Resenhas - Just do Something

Sacha 19/07/2012

A aplicação da doutrina certa para uma geração carente
Eu peguei esse livro para ler atraído pelo tema da vontade de Deus e por aquilo que tenho ouvido sobre seu autor, Kevin DeYoung. O livro mostrou seu valor pela habilidade do autor em lidar com os principais textos bíblicos referentes ao tema. Com grande conhecimento de nossa época e geração, Kevin DeYoung aplica cada um dos princípios aos problemas à instabilidade de nossa geração acomodada. Quisera eu ter lido esse livro aos 17 anos de idade.

No coração do livro, está o diagnóstico de que muito do linguajar “evangélico” sobre a vontade de Deus não passa de desculpas à cobiça, curiosidade para descobrir o que Deus não revelou, apatia às responsabilidades (covardia), etc; sempre disfarçadas pela visão tradicional sobre a vontade de Deus.

A proposta do livro é o caminho da sabedoria (mais detalhada no capítulo 5), construída numa forte convicção de que Deus já deixou tudo o que homem precisa para realizar Sua vontade já revelada: a santificação (1 Ts 4.3). Os exemplos que o autor usa são de fácil compreensão e relevantes a todos da geração contemporânea: casamento e trabalho. A aplicação é clara e não deixa margem para a acusação de utopia ou abstrato.

Ainda assim, o autor não despreza uma visão bíblica (e equilibrada) da provisão divina e ativa no desenrolar da vontade de Deus na vida de cada um. Também não deixa passar em branco a contribuição do papel do Espírito Santo sobre o assunto da orientação divina (principalmente nas passagens presentes no livro de Atos).

Enfim, ao final de leitura, somos lembrados que “descobrir a vontade de Deus” é muito mais um estilo de vida orientado pelas Escrituras que um evento místico. Recomendo essa leitura a todos os jovens (ou não). É hora de assumir responsabilidades, fazendo todas as coisas com diligência para a glória de Deus.

“No final de contas, o que importa é isso: viva para Deus. Obedeça as Escrituras. Pense nos outros antes de si mesmo. Seja santo. Ame Jesus. E enquanto você faz essas coisas, faça qualquer outra coisa que você quiser, com quem você quiser, onde quer que você queira, e você estará andando na vontade de Deus.” (p. 122) – Quão libertador é isso!