Alta fidelidade

Alta fidelidade Nick Hornby




Resenhas - Alta Fidelidade


149 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 7 | 8 | 9 | 10


Renata (@renatac.arruda) 03/07/2015

Alta Fidelidade
Como literatura é ótimo, Hornby é muito habilidoso e criou um personagem bem verossímil, com tamanha franqueza que é fácil de (se) identificar. Mas o cara é um sacana e um tanto quanto "homem branco iuzomista", e nesse momento da vida já deu uma cansada de livros escritos por homens, sobre homens e "para" homens. O que significa que li tardiamente. Mas quem curte cultura pop, música, relacionamentos e listas, vai curtir.

Siga @prosaespontanea no Instagram!
www.instagram.com/prosaespontanea
comentários(0)comente



Dani 02/03/2015

Um personagem incrível!
Meio chato, meio herói, meio romântico, nem bonito, nem feio. Ou seja, um personagem muito real. E adoro essas histórias que se aproximam das nossas.
Amei!
Flávia 12/01/2016minha estante
Estou amando !!




Michelle 14/02/2015

Finalmente terminei!
Tinha ouvido falar sobre este livro, e soube que há um filme, que não assisti, inspirado nele. Talvez se eu tivesse visto o filme teria me poupado dessa leitura. Não gostei tanto quanto eu esperava.

Rob é um cara de 35 anos que tem uma loja de discos quase falida. Ele começa o livro falando sobre seus relacionamentos, e faz um lista com as 5 garotas que o deixaram mal depois do término do relacionamento.
Tudo para Rob e os caras que trabalham com ele na loja, Barry e Dick, gira em torno de listas.

Para falar a verdade esperava mais do livro. Alta Fidelidade é a estória de um perdedor. Um cara sem rumo na vida, que não sabe muito bem o que quer fazer, que tem um trabalho que não lhe dá orgulho, e que teve relacionamentos com consequências desastrosas para a sua vida. Rob é imaturo, o típico cara que não sabe lidar muito bem com questões do "mundo adulto". Ele não faz escolhas, se acomoda e deixa tudo rolar... Até que em um momento, no final do livro, ele tem que decidir se finalmente cruza a linha para assumir as responsabilidades que sua idade trazem.

Não tive empatia por Rob. Não me identifiquei com sua estória. Há algumas tiradas engraçadas que, para mim, não bastam para salvar o livro.
bort0 23/02/2015minha estante
Desculpa, mas não entendi porque você não gostou?




Jean 10/01/2015

Dessafio Literário 2015 - Janeiro
De umas semanas pra cá, estou convencido que o elemento mais importante de uma história arrebatadora é um personagem inesquecível. Sempre valorizei a sinopse matadora, aquela ideia que nos leva a pensar "Por que eu não pensei nisso antes?". Contudo, aos poucos venho valorizando a construção do personagem no enriquecimento de um livro, filme ou qualquer outra narrativa.

É uma constatação pessoal, de quase nenhuma valia para qualquer um que esteja lendo essas poucas linhas. Pareceu, porém, oportuno dividir esse pensamento numa resenha sobre o livro ALTA FIDELIDADE. Porque a trama da famosa obra de Nick Hornby não poderia ser mais prosaica. E, mesmo assim, o autor construiu um livro inesquecível, reconhecido mundialmente.
O narrador personagem é um personagem complexo e rico em sentimentos. A leitura oscila entre a graça e a raiva - sem maniqueísmos ou truques do autor para nos direcionar quanto ao que sentimos em relação à Rob (protagonista do livro).
Houve momentos de incredulidade diante da mentalidade obtusa de Rob (e que atire o primeiro "vinil" - para ficar no espírito do livro - aquele que nunca foi obtuso em algum momento de sua vida) e momentos de gargalhadas genuínas com o sarcasmo e a própria obtusidade desse personagem.

Trata-se de uma leitura muito agradável, bem escrita e comovente. Mais do que as famosas listas de músicas que o livro contém, recomendo ALTA FIDELIDADE pela qualidade de seu texto, pela trama interessante e por despertar diversos sentimentos durante sua leitura.
comentários(0)comente



Diane 06/07/2014

Um romance para os homens
Rob está na casa dos trinta, acabou de levar um pé na bunda, tem uma loja de discos com poucos clientes e, se lhe falta dinheiro, sobra-lhe mal humor e sarcasmo. A vida de Rob é regida pela música: Segundo o próprio, o que define uma pessoa não é quem ela é, mas do que ela gosta. Filmes, livros e músicas (principalmente músicas) definem a personalidade de uma pessoa. Não é a toa que a história é recheado de referencias a cultura pop (inclusive, aos fãs da cultura pop, fiquem com um bloquinho e uma caneta do lado para anotar os vários artistas e álbuns citados ao longo do livro).
Pode parecer imaturo julgar uma pessoa pelo seu gosto musical. E é, como até mesmo Rob poderá descobrir mais tarde. Mas que atire a primeira pedra quem nunca quis apedrejar o cara que passa de carro tocando Lepo Lepo no volume máximo ou sentiu sua barriga remexer por alguém que nunca tenha ouvido falar em George Harrison.
Mas a trama principal é com relação a Laura, a moça que lhe deu um pé na bunda. E é por esse motivo que dei o título de "romance para os homens" para esta resenha. Porque Rob não passa por uma desilusão amorosa chorando na cama e devorando uma caixa de chocolate enquanto assiste Ps Eu Te Amo. Ele fica sozinho, fumando, bebendo, ouvindo suas músicas, comendo outras mulheres e se preocupando se Laura já fez sexo com outro ou não. E eu, mulher, só pensava em como ele é um babaca e se preocupa com coisas sem importância.
Talvez seja porque quis me enfiar em um território que não é meu. Imagino Nick Hornby escrevendo esse livro para outros homens. Por mais que alguns homens não vão concordar com as atitudes do protagonista (afinal, cada um é cada um) acredito que possam o entender melhor, porque já devem ter passado por situações, inseguranças e medos parecidos, e a identificação com o protagonista vai ser mais profunda. (NOTA Á MÁFIA DOS "DIREITOS IGUAIS" DA INTERNET: Sim, você pode ser homem e sofrer uma desilusão amorosa assistindo PS Eu Te Amo e comendo chocolate e sim você pode ser mulher e sofrer sozinha fumando e comendo outras. To fazendo aquela coisa feia chamada 'generalizar', as vezes é necessário.)

De presente a ambos os sexos, o livro traz diversos momentos que me fizeram gargalhar, várias bandas que ainda não conhecia e várias passagens sensacionais. Claro que teria que terminar a resenha com uma lista, mas não vou citar um TOP 5 de melhores passagens, seria clichê. Vou fazer um TOP 2:

2- "Se tivesse que adivinhar, eu diria que estou zangado porque sei que estou preso, e não gosto dessa sensação. Seria melhor, sob alguns aspectos, se eu não estivesse tão ligado a ela; Seria melhor melhor se aqueles doces possibilidades, aquela expectativa sonhadora que você tem aos quinze aos vinte ou vinte e cinco anos, até, e você sabe que a pessoa mais perfeita do mundo talvez entre em sua loja ou escritório ou festa de um amigo a qualquer momento...seria melhor se tudo aquilo ainda estivesse comigo em algum lugar, no bolso de trás ou nas gavetas de baixo. Mas aquilo tudo se foi, eu acho, e isso basta para deixar qualquer um zangado."

1- "As pessoas se preocupam com o fato das crianças brincarem com armas e dos adolescentes assistirem a vídeos violentos; temos medo de que assimilem um certo tipo de culto á violência. Ninguém se preocupa com o fato das crianças ouvirem milhares de canções sobre amores perdidos e rejeição e dor e infelicidade e perda. As pessoas afetivamente mais infelizes que conheço são as que mais gostam de música pop; e não sei se foi a música pop que causou tal infelicidade, mas sei que elas vêm ouvindo as canções tristes há mais tempo do que vêm vivendo suas vidas infelizes."
comentários(0)comente



João 26/06/2014

Estória de amor sarcástica
Devo admitir que, quando comecei a ler este livro, eu não dei muita importância: parecia que seria, afinal, mais um livro sobre um romance clichê de final feliz.

E, realmente, acabou sendo um romance clichê com final feliz, mas foi impossível não simpatizar com Rob durante sua tragetória com Laura, suas listas, e seu impecável gosto musical.
Claro, com o texto imundado de sarcasmo de Nick Hornby, que acaba trazendo não só uma singularidade à ficcção mas, também, um retrado fidedigno de uma das transições mais bruscas da vida humana, essa simpatia fica ainda mais realçada, e dou crédito ao autor pela façanha.

Rob, na casa dos trinta e poucos anos, é simplesmente o retrato daquele rapaz que parou no tempo: vive em sua loja de músicas com seus amigos Barry e Dick, com uma vida estagnada por não querer escolher o rumo da sua vida - afinal, e se fizer a escolha errada? Isto impacta sua vida em todos os sentidos e, especialmente, seus relacionamentos.
A trama gira em torno de Laura, uma de suas namoradas, e se desenvolve de maneira tão fluída que nem percebemos, em um primeiro momento, o quanto o personagem amadurece ao longo da história.
Acabamos por nós mesmos achar que Rob, as vezes, não tem jeito: sua imaturidade para lidar com as situações nos remetem a certos medos próprios do ser humano ao sairmos de nossa zona de conforto, e eu, pelo menos, cheguei a revoltar-me com certas atitudes do personagem, porém sempre indagando-me se não faria a mesma coisa que ele.

Espantou-me o fato de todo este desenvolvimento pessoal do personagem ficar, de certa forma, em segundo plano na estória, e como Laura pode ser usada como uma metáfora para esse rito de transição para assunção de responsabilidades da vida adulta.

Bom, eu tenho 21 anos, e consigo imaginar o sentimento de Rob na pele. É realmente díficil pensar que certas coisas tem que mudar, mesmo que em primeira instância sempre pareça que para pior, mas Nick Hornby nos da um choque de realidade de maneira triunfal e mostra que certas mudanças podem, sim, tornarem as coisas melhores do antes.

4* pela simpatia, só não dou 5* pelo clichê deliberado.
Mesmo assim, recomendo para quem quer ter uma leitura casual divertida e, para aqueles que se encaixarem no perfil, enriquecedora.



comentários(0)comente



alineaimee 25/04/2014

Li inúmeras resenhas que elogiavam muito o Alta Fidelidade, mas acho que fiquei com a impressão errada sobre ele. Em geral, os resenhistas destacavam o fato de o protagonista ser apaixonado por música e ter mania de fazer listas dos cinco melhores acerca de tudo. Só por isso, já fiquei muito interessada. Também eram comuns elogios ao humor do personagem, então fiquei com essa ideia de que o romance era divertido e escolhi lê-lo pensando que teria uma experiência desopilante. Não foi o que aconteceu.

Rob Fleming está na casa dos trinta e poucos, tem uma loja de discos quase falida e acaba de ser deixado pela namorada, Laura. Ele começa a enumerar os cinco piores rompimentos de sua vida, inicia uma autoanálise, e começamos a ter noção de com quem estamos lidando. Ele finge que vai demonstrar que o abandono de Laura não foi nada de tão grave, mas vai ficando claro, ao longo do romance, que isso não é verdade. Rob é uma pessoa frustrada, egoísta, mal-humorada. Mais do que isso, ele é imaturo e um verdadeiro cretino. É infiel com as namoradas, impaciente com os amigos, preconceituoso, usa as pessoas. Sua capacidade de fazer as escolhas mais equivocadas era tão grande que tive ímpetos de jogar o livro na parede, na impossibilidade de encher o personagem de tabefes.

Então, vocês indagarão: é ruim assim, Aline? Não, gente. O livro é ótimo! Um romance que consegue despertar sentimentos tão fortes no leitor em relação ao personagem só pode ser muito bom. Minha raiva não era com uma escrita ruim, problema de estilo ou de construção do personagem. Pelo contrário. Se me roí de raiva, é porque o personagem era convincente demais. Essa talvez seja a maior qualidade do romance: a capacidade de Hornby de criar personagens e situações críveis.

Percebam: terminei o livro muito mal, emputecida de verdade com o Rob, que me pareceu um dos personagens mais obtusos de que tive conhecimento. Revoltava-me o fato de que ele chegasse tão perto das melhores conclusões, das percepções mais cristalinas, e em seguida agisse como um completo babaca egocêntrico. Longe de ser desopilante, a leitura foi uma experiência deprimente. Precisei de tempo, de certo distanciamento para reconhecer a eficiência do texto de Hornby. Rob é um personagem humano demais, a ponto de causar vergonha alheia. Porque tudo por que ele passa é possível, tudo soa real demais e é narrado com uma sinceridade desconcertante.

É curioso que num livro sobre uma crise existencial, a capa seja tão descontraída e com cores tão fortes. Ela sugere uma ideia um tanto equivocada do romance, porque destaca apenas um dos seus aspectos. O drama de Rob e a indignação que o personagem me causou não estão retratados aí.

Para me reconciliar com o personagem, listarei as cinco melhores características do romance (originalidade, cadê você?):

1. Estilo narrativo. Nick Hornby escreve muito bem!

2. Os amigos, Barry e Dick, viciados em música, desajustados e incapazes de terem uma conversa séria. As passagens com eles são as mais engraçadas.

3. As listas que Rob, Barry e Dick fazem. São muito divertidas e interessantes para quem gosta de música e cultura pop.

4. Humor. Rob é irônico, autocrítico, ácido. Sua sinceridade extrema nos convida à identificação, que comigo não rolou, de fato (porque sou chata).

5. Ótima caracterização dos personagens, lugares e situações, que torna a história muito crível.


Enquanto a alta fidelidade de Rob é destinada somente a si mesmo e à música, o romance, por sua vez, funciona como um espelho, buscando ser fidedigno ao refletir um aspecto que não queremos reconhecer em nós mesmos. E se a gente ainda reage mal a esse reflexo, é porque estamos no caminho certo. Alta Fidelidade é tocante, cool, envolvente e sacana, como um bom e bem afinado blues.


site: http://www.little-doll-house.com/2014/04/alta-fidelidade.html
comentários(0)comente



Marianne 16/04/2014

"Alta Fidelidade" (Nick Hornby)
Resenha de estreia! Antes de tudo, uma breve apresentação: meu nome é Marianne, moro em São José dos Campos e estou integrando o time de resenhistas do Dear Book. Agora vamos ao que interessa!
Alta Fidelidade foi escrito por Nick Hornby e nos apresenta Rob, um cara rabugento quase quarentão, louco por música, dono de uma loja de discos de vinis quase falida chamada Championship Vinyl. Pra Rob música é coisa séria e o gosto musical de uma pessoa pode defini-la completamente.
O livro é ambientado em Londres e nossa história começa quando a namorada de Rob, Laura, termina o relacionamento e vai embora do apartamento onde moravam. A partir daí Rob decide listar seus cinco términos de namoros mais memoráveis e ai conhecemos um pouco mais da vida amorosa do nosso protagonista.
Achei que o livro fosse se prender a essa análise do personagem a seus relacionamentos anteriores, mas o autor nos leva a conhecer bem a intimidade de Rob de um jeito bem sincero e fiel aos sentimentos de um cara de trinta e poucos anos que foi abandonado pela namorada, sem deixar o personagem muito caricato.
Achei que a grande sacada do livro foi que praticamente lemos a mente do Rob o tempo todo. Seu pensamento é retratado de um jeito tão humano e verdadeiro que sabemos que Rob poderia ser um amigo próximo que está nos contando coisas que não contaria pra ninguém, em hipótese alguma. Passei boa parte do livro sem entender se Rob queria a namorada de volta ou gostava da ideia de estar solteiro, e conclui que na verdade nem o próprio personagem sabia bem o que querer.

"Sabem qual é a pior coisa de ser rejeitado? A falta de controle. Se ao menos eu pudesse controlar quando e como seria chutado por alguém, aí não pareceria uma coisa tão ruim. Mas aí, claro, não se trataria de rejeição, certo? O fim seria por consenso mútuo. Por diferenças artísticas. Eu estaria deixando a parceria pra seguir carreira solo. Sei o quanto pressionar, e pressionar por alguma medida de probabilidade é inacreditável e pateticamente infantil, mas é a única coisa que se pode fazer pra tentar recuperar uma parte do controle que está com ela.
Quando vi a Laura na saída da loja, absolutamente entendi, sem sombra de dúvida, que eu a queria de volta. Mas a razão pra isso, provavelmente, é que o rejeitado da história sou eu.”

Quando Rob resolver saber como estão as cinco ex-namoradas dos cinco términos mais memoráveis tambem temos uma surpresa e o próprio personagem percebe que nem sempre o outro lado da história (o que geralmente não conhecemos) é tão simples quanto imaginamos. Aliás, imaginação é o forte do cara, Rob se diverte imaginando cenas que ele sabe que nunca vão acontecer, como a namorada voltando pra casa arrependida, mas que confortam de alguma maneira (quem NUNCA fez isso?).
Como é escrito todo em primeira pessoa conhecemos todos os outros personagens pelos olhos do Rob. Dick e Barry são seus funcionários na loja de discos e o mais próximo do que ele pode considerar como amigos, Marie é uma cantora que se apresenta nos pubs de Londres, e a minha preferida e mais significante pra vida de Rob: Laura. Laura e Rob são duas personalidades totalmente opostas, em um relacionamento que me irrita o livro todo. Laura é atenciosa e sensata e Rob age quase constantemente como um idiota.
Rob é um personagem que eu amei e odiei. Amei pela sinceridade quase infantil do personagem e odiei pela rabugice e insistência em querer ser um cara chato.

"Quanto a mim, vou escutar Beatles assim que chegar em casa. Abbey Road, provavelmente, mas vou programar o cd pra pular "Something". Os Beatles eram figurinha de brinde no chiclete, ver Help na sessão de sábado de manhã, brincar com guitarrinhas de plástico e cantar "Yellow Submarine" se esgoelando no fundão do ônibus da escola. Eles pertencem a mim, e não a mim e a Laura, ou a mim e à Charlie, nem a mim e à Alison Ashworth, e, mesmo que ouvi-los me faça sentir alguma coisa, não vai ser alguma coisa ruim."

O livro tem um final bem realista e interessante, que poderia ser o final de um capítulo da minha vida, ou da sua. Eu adoro finais mais realistas quando o livro segue a linha “situações do cotidiano”. O saldo final é totalmente positivo e entrou com certeza pra lista dos meus favoritos. O autor escreve de maneira muito envolvente e nos mostra reflexões muito bacanas através do personagem, está mais que recomendado.
Em 2000 foi lançado o filme "Alta Fidelidade", dirigido por Stephen Frears e com participação de Nick Hornby no roteiro. Eu fiquei muitíssimo curiosa pra assistir e ver se realmente o filme faz jus ao livro (sempre me decepciono com os filmes =( ).
Espero que tenham gostado da minha primeira resenha, eu adorei fazer =). Até a próxima!

site: http://www.dear-book.net
comentários(0)comente



Paty 14/04/2014

O romance nos apresenta Rob, um cara de 35 anos, dono de uma loja de discos quase falida, nos idos anos 90, que adora fazer listas e que, após o rompimento com sua namorada, se vê perdido, ou melhor, no fundo do poço de todos as esferas da sua vida! Rob é apaixonado por música, filmes e passa quase todo o tempo com seus dois funcionários listando as 5 melhores músicas da vida, os 5 melhores álbuns e claro, o livro começa com ele listando seus 5 principais rompimentos amorosos, deixando bem claro para Laura, sua atual ex-namorada, que ela não está entre eles!

Rob é um cara não muito sociável, eu diria, um tanto quanto egocêntrico e ranzinza, e fica bem claro que está enfrentando uma das suas piores crises, mas ele mesmo se nega a olhar pra ela com a "seriedade" necessária, prefere organizar sua vida a partir da organização da sua coleção de discos! Ele é o narrador de sua história e acaba, em determinados momentos, deixando de lado alguns dados da história que acaba por nos mostrar em outros momentos do livro, fazendo com que possamos encadear melhor a história e a própria personalidade do personagem.

Mesmo com um texto muito divertido, Hornby consegue colocar no romance uma boa dose das dúvidas, carências e receios não apenas dos homens de uma geração, mas, me arrisco a dizer, de toda uma geração! O livro fala sobre inseguranças, relacionamentos, dúvidas afetivas, sexo e de uma forma bem simples, direta e com um texto muito bem escrito; com personagens, mesmo os coadjuvantes, muito bem construídos, com aspectos fortes e o melhor, o autor não se deixa cair no chavão maniqueísta em nenhum momento.

E como não poderia ser diferente, o gosto musical de Hornby dá o ritmo e o tom para o gosto do Rob, nos deixando com vontade de pegar esse livro com pilhas de fitas K-7 gravadas pra ir ouvindo enquanto rola a releitura!

Resenha original no blog Alma do meu sonho:

site: http://almadomeusonho.blogspot.com.br/2014/04/resenha-alta-fidelidade-nick-hornby.html
comentários(0)comente



Tuia 04/03/2014

Resolvi ler o livro pois conhecia o filme, e o amava!
Conclusão: Amei o livro! E ainda descobri que o autor era o roteirista de outros filmes que eu amo. Era super fã do cara, e não fazia ideia.

Uma leitura gostosa, para entretenimento.
comentários(0)comente



Barbara 02/02/2014

Sei que muitos gostaram, mas sinceramente esse livro n me prendeu nenhum pouco, li 100 pags, e a muito custo! Affffff Fikei curiosa pelo final, pq talvez a coisa boa começasse na parte q n li, mas, realmente, n consegui. Parabéns para quem chegou ao final.
comentários(0)comente



Vitor 04/01/2014

Incrível como Hornby conseguiu chamar minha atenção, de modo que comecei a ler o livro descompromissado. A cultura pop (apesar de não conhecer algumas das referências - outra época, outro país) e as situações cotidianas são bônus para mim, sempre gostei de livros desse gênero.
Mas o que realmente me cativou no livro foram as vezes que estava rindo da ironia ou da desgraça da vida de Rob - não porque sou sádico, mas porque vi nelas muitas situações por qual passei também. Rob pode ter 35 anos, mas ele tem seus momentos de insegurança e egoísmo que faz dele não o protagonista perfeito e nem sempre o certo, mas que mesmo assim simpatizamos, porque nós somos ou temos um amigo Rob Fleming que tem sua Laura (e Alison, e Penny, e Jackie, e Charlie, e Sarah, e...) e tem seus problemas que impedem de ter sucesso e ser feliz na vida, que algumas vezes são impostos por nós mesmos.
Assim como Rob vê que esses problemas não são aquilo que ele imaginava, também faz com que o leitor possa notar a mesma coisa.
Esse livro fica no meu top 5 de leituras que realmente levo algo após ter terminado, e com certeza um item de "dude-lit" para os caras se identificarem ou para as garotas verem um pouco como funciona a cabeça dos homens.
comentários(0)comente



Aninha 15/12/2013

De: Journal de Sorrisos | Alta fidelidade
“Enfim. Dicas de como não planejar sua carreira profissional: a. terminar com a namorada; b. largar a faculdade; c. ir trabalhar numa loja de discos; d. continuar trabalhando em lojas de discos pelo resto da vida.” (HORNBY, N. Alta fidelidade. São Paulo: Companhia das Letras, p. 31, 2013).

O livro é repleto disso aí. Isso o quê?! Listas? Sim. Humor autodepreciativo? Sim. Discos, namoradas e música? Sim, sim e sim, música pop dos anos 80/90. É sério.

Conheci esse livro porque uma vez, não lembro porquê, meu professor de antropologia disse que esse livro era muito bom. Fui atrás (virtualmente, claro) de Hornby e percebi que ele me interessava muito mais do que imaginava. Quis todos os seus livros, isso há uns 4 anos. Desde então, venho reescrevendo seu nome nas wishlists literárias. Até que uns dias atrás, passeando alegremente pela livraria (livraria = alegria) vi o que a Companhia das Letras fez com as edições novas e bonitas de seus livros. Aí já era tentação demais, não me aguentei. Assim como não aguentei esperar para lê-lo, no mesmo dia que ele chegou, já o comecei – há muito tempo não fazia isso.

Foi então que percebi que a citação da capa tem razão, ele é de fato um “clássico imediato”. Não tem como não gostar. Rob é um solteiro de 35 anos que reavalia toda sua vida amorosa após ser deixado pela namorada. E é através de uma revisão incessante e obsessiva do seu passado que ele busca uma reconciliação consigo mesmo, afinal, por que se deixou chegar a esse estado?

Não se iludam, a coisa toda é bem engraçada. É como uma comédia romântica, com uma grande moral no final e uma trilha sonora marcante. E bem marcante. Quer dizer, para mim não foi fácil acompanhar tantas músicas, artistas e afins – não eram exatamente “da minha época”. Claro que fiz uma playlist especial do livro (aqui!), mas ainda assim muitas cenas seriam melhor vivenciadas se eu conhecesse a música X da qual ele falava com tanta paixão.

Moral da história? Repensei tudo. Quis me ver com 35 anos; quis saber se estaria feliz, satisfeita ou gorda; quis me vestir melhor e analisei as músicas que ouvia. Vi que fazer listas é uma coisa completamente normal e que talvez essa minha mania esteja ainda em um nível muito precoce para chamar de loucura. Percebi que não estou sozinha no barco das pessoas que pensam demais, criam teorias e vivem histórias paralelas em seu próprio mundo. Uau, Rob, quem diria que era você quem me ensinaria certas coisas sobre eu mesma, não?

Com carinho,

A.

site: http://journaldesorrisos.wordpress.com/
comentários(0)comente



Psychobooks 02/12/2013

Classificado com 3,5 estrelas no Psychobooks

Mais uma vez fui fisgada pela capa de um livro. Assim que vi o relançamento de Alta Fidelidade pela Companhia das Letras, fiquei apaixonada pela capa e solicitei meu exemplar para resenha. Caso você esteja se perguntando, sim, existe um filme baseado nesse livro protagonizado pelo John Cusack (perfeito no papel de Rob) e com o Jack Black como Barry.

Enredo

Logo no início do livro, somos apresentados à primeira lista de 'Top 5' do livro, com os cinco foras inesquecíveis de Rob Fleming e o de Laura não está entre eles. Com 35 anos, Rob é dono de uma loja de discos que está sempre à beira da falência, nunca se casou, não terminou a faculdade e vive modestamente em um pequeno apartamento perto de sua loja. Depois do rompimento com Laura, Rob quer sair do fundo do poço e resolve tentar entender o que fez de errado para sua vida ter tomado esse rumo.

Narrativa

A escrita do autor é simples, direta e despretensiosa, com muita referência à cultura pop musical e cinematográfica ele envolve o leitor que - se tiver mais de trinta anos -, vai relembrar bons momentos das décadas de 80 e 90. O autor surpreende com momentos engraçados em meio à reflexões, com uma boa dose de ironia e consegue deixar o texto leve com um bom ritmo de leitura, sem deixar o leitor entediado ou confuso.

Quem narra é o personagem principal, então quando vai nos contar uma história, ele omite alguns fatos a princípio e parece ter uma atitude um tanto infantil para sua idade, depois conta os detalhes que tinha deixado de mencionar e faz com que o leitor tenha uma visão completamente diferente do episódio em questão e mude sua opinião em relação ao Rob.

Personagens

Rob está naquela época em que as pessoas começam a se perguntar se estão felizes com suas vidas, onde foram parar os sonhos de infância e o que foi feito com as expectativas da adolescência; e isso dá um ar melancólico à narrativa. Depois de fazer a lista com os 'Top 5' foras, ele resolve que já é hora de superar essas mulheres e vai contar ao leitor um pouco sobre como foi cada relacionamento. E é por causa das listas com os 'Top 5' a leitura fica cheia de citações musicais que se você não conhece, vale a pena conferir ;)

Laura é uma advogada atraente e bem sucedida que um dia resolve que já não pode mais morar com Rob e que o relacionamento deles precisa de um tempo. Como o livro é narrado pelo Rob, o leitor fica do seu lado e acredita que a Laura está errada, mas aos poucos, Rob vai contando o que realmente aconteceu e a história dos dois muda um pouco.

Dick e Barry trabalham na loja de discos de Rob e são amigos. Cada um com uma personalidade bem diferente, com idade aproximadas, eles formam um trio sarcástico e engraçado.


Concluindo

Eu esperava mais dessa leitura, achei que encontraria uma narrativa crua e me deparei com uma estrutura parecida com a de um chick-lit, a diferença é que em Alta Fidelidade, o protagonista é um homem. É claro que o humor é bem mais sarcástico e por vezes o personagem é auto depreciativo, mas tem muita lamentação e uma crise existencial infinita que deixou a leitura um pouco enfadonha em alguns momentos.

Para mim, foi uma leitura legal, nada extraordinário, mas tenho certeza que muitas pessoas irão amar. Leitura recomendada para quem gosta de romances sob o ponto de vista masculino, que é um pouco mais ácido, no entanto, não muito diferente do feminino. Amadurecimento, relacionamento, monogamia, responsabilidade, são alguns dos temas abordados pelo autor.

site: http://www.psychobooks.com.br/
comentários(0)comente



149 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 7 | 8 | 9 | 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR