Alta fidelidade

Alta fidelidade Nick Hornby




Resenhas - Alta Fidelidade


149 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10


Zeka.Sixx 31/07/2020

Um clássico sobre adolescentes trintões
E eis que, exatos 25 anos depois de seu lançamento, eu finalmente leio o livro que consagrou Nick Hornby. Confesso que um pouco dessa demora é justificado pelo fato de que eu já havia assistido ao filme: geralmente não gosto de ver o filme antes de ler o livro, porque é inevitável que o filme dê vários spoilers do livro. Já o contrário (ler o livro e depois ver o filme) nunca me incomodou.

Mas, nesse caso, posso dizer que a experiência de ler o livro já tendo visto o filme não trouxe qualquer prejuízo significativo. A história de Rob Fleming, um cara de 35 anos, viciado em cultura pop, dono de uma loja de discos à beira da falência e abandonado por (mais uma) namorada, é contada de maneira deliciosa e irresistível. Rob é aquele típico "trintão adolescente", que tanto estamos acostumados a ver nos filmes de Judd Apatow: um cara que, aos 35 anos, continua se comportando como se tivesse 18, e para quem aparentemente o mais importante não é quem você é, mas sim as coisas (filmes, músicas, livros, etc.) que você gosta.

O livro narra a trajetória de Rob enquanto ele sofre por ter sido abandonado pela última namorada, tentando decidir se realmente a amava e a quer de volta ou não. Em meio a isso, somos apresentados às suas visões de vida, seus pensamentos em relação ao sexo oposto e aos relacionamentos amorosos em geral, todos eles sempre permeados de paralelos com a cultura pop, em especial ao mundo da música. Mesmo ele sendo cínico até dizer chega, e tomando ao longo da história algumas decisões questionáveis, é impossível não acabar "torcendo" pelo protagonista.

Não sei se o livro resistiu ao tempo, se ele ressoa da mesma forma com os temidos millennials, ou se o livro não teria impacto para uma geração que cresceu desacostumada a colecionar discos de vinil e CDs. Sei que, para mim, foi impossível não me apaixonar pela história e não me identificar, em vários momentos, com Rob Fleming, um cara que, assim como eu, considera um "auge profissional" o singelo fato de ter trabalhado como DJ, como ele diz nessa passagem:

"E eu adorava, adorava fazer aquilo. Olhar para uma sala cheia de cabeças quicando ao ritmo da música que você escolheu é uma coisa empolgante, e o período de seis meses em que o club foi popular me deu a maior felicidade que já tive até hoje. Foi a única época em que tive de verdade a sensação de estar em movimento, embora mais tarde eu pudesse ver que se tratava de um falso movimento, porque não pertencia a mim, e sim à música: qualquer um que tocasse os seus discos dançantes preferidos num volume muito alto e num lugar apinhado de pessoas que haviam pago para ouvi-los teria sentido exatamente a mesma coisa".
comentários(0)comente



Daniel Lucca 01/02/2023

Anos 90 nostálgico 80 londrino
Nick relata a história do seu alter ego (Rob) em um relacionamento conturbado e cheio de falhas (como a maioria dos relacionamentos) até que ele pisa na bola e chuta o balde totalmente se perdendo e tentando se reencontrar na falta que sente de Laura.

A leitura desse livro deve ser feita lembrando a época em que foi escrito pleno anos 90, ou seja, cheio de machismo. Por outro lado a transformação em que Rob vai sofrendo ao longo da história mostra um pouco como a mente do autor e de muitos homens trabalha (sem querer generalizar)

Vale a leitura!
comentários(0)comente



Wanderlei 23/03/2010

Top Five - Ótimas histórias sobre um chorão chato...
Eu tinha grandes expectativas sobre este livro,felizmente, não me decepcionou.Quarenta páginas no livro, eu não tinha certeza se fiz uma boa escolha. Eu pensei que o livro poderia ser um pouco superficial, e um desperdício de tempo.Mas quanto mais eu lia mais eu percebia que não era apenas mas uma história de vida, mas o rumo da alma de alguém. É fácil de ler, todas as referências culturais apenas tornam o texto ainda mais divertido. A melhor parte? É realmente te dar uma luz sobre o comportamento das pessoas e fornecer um excelente e olhar para o mundo dos relacionamentos.Rob Fleming é um cara de 36 anos, boa aparência e de bom coração, porém sem rumo e preso em uma carreira sem saída como o proprietário de uma desmotivada loja de discos usados e vive com uma namorada que é uma advogada bem sucedida. Quando ela finalmente o deixa,Rob luta para reavaliar sua vida,revivendo com muito humor seus “top Five” relacionamentos passados a nos proporcionar algumas risadas com suas top 5 listas.Acho que qualquer pessoa com mais de 25 anos vai sentir que já enfrentou algumas das mesmas situações que ocorrem no livro, pelo menos, uma ou duas vezes .
Ótimo para os amantes da música e filmes,ainda mais por ser um livro bem escrito, divertido e envolvente, com personagens interessantes e um enredo atraente.O que mais se pode pedir de um livro?

“Ninguém me disse que ser um adulto seria assim. Eu pensei que era tudo sol e rosas, e tudo seria perfeito. Ninguém me avisou sobre as coisas que realmente importam. Certamente, ninguém me avisou que as relações dão muito trabalho”
comentários(0)comente



Psychobooks 02/12/2013

Classificado com 3,5 estrelas no Psychobooks

Mais uma vez fui fisgada pela capa de um livro. Assim que vi o relançamento de Alta Fidelidade pela Companhia das Letras, fiquei apaixonada pela capa e solicitei meu exemplar para resenha. Caso você esteja se perguntando, sim, existe um filme baseado nesse livro protagonizado pelo John Cusack (perfeito no papel de Rob) e com o Jack Black como Barry.

Enredo

Logo no início do livro, somos apresentados à primeira lista de 'Top 5' do livro, com os cinco foras inesquecíveis de Rob Fleming e o de Laura não está entre eles. Com 35 anos, Rob é dono de uma loja de discos que está sempre à beira da falência, nunca se casou, não terminou a faculdade e vive modestamente em um pequeno apartamento perto de sua loja. Depois do rompimento com Laura, Rob quer sair do fundo do poço e resolve tentar entender o que fez de errado para sua vida ter tomado esse rumo.

Narrativa

A escrita do autor é simples, direta e despretensiosa, com muita referência à cultura pop musical e cinematográfica ele envolve o leitor que - se tiver mais de trinta anos -, vai relembrar bons momentos das décadas de 80 e 90. O autor surpreende com momentos engraçados em meio à reflexões, com uma boa dose de ironia e consegue deixar o texto leve com um bom ritmo de leitura, sem deixar o leitor entediado ou confuso.

Quem narra é o personagem principal, então quando vai nos contar uma história, ele omite alguns fatos a princípio e parece ter uma atitude um tanto infantil para sua idade, depois conta os detalhes que tinha deixado de mencionar e faz com que o leitor tenha uma visão completamente diferente do episódio em questão e mude sua opinião em relação ao Rob.

Personagens

Rob está naquela época em que as pessoas começam a se perguntar se estão felizes com suas vidas, onde foram parar os sonhos de infância e o que foi feito com as expectativas da adolescência; e isso dá um ar melancólico à narrativa. Depois de fazer a lista com os 'Top 5' foras, ele resolve que já é hora de superar essas mulheres e vai contar ao leitor um pouco sobre como foi cada relacionamento. E é por causa das listas com os 'Top 5' a leitura fica cheia de citações musicais que se você não conhece, vale a pena conferir ;)

Laura é uma advogada atraente e bem sucedida que um dia resolve que já não pode mais morar com Rob e que o relacionamento deles precisa de um tempo. Como o livro é narrado pelo Rob, o leitor fica do seu lado e acredita que a Laura está errada, mas aos poucos, Rob vai contando o que realmente aconteceu e a história dos dois muda um pouco.

Dick e Barry trabalham na loja de discos de Rob e são amigos. Cada um com uma personalidade bem diferente, com idade aproximadas, eles formam um trio sarcástico e engraçado.


Concluindo

Eu esperava mais dessa leitura, achei que encontraria uma narrativa crua e me deparei com uma estrutura parecida com a de um chick-lit, a diferença é que em Alta Fidelidade, o protagonista é um homem. É claro que o humor é bem mais sarcástico e por vezes o personagem é auto depreciativo, mas tem muita lamentação e uma crise existencial infinita que deixou a leitura um pouco enfadonha em alguns momentos.

Para mim, foi uma leitura legal, nada extraordinário, mas tenho certeza que muitas pessoas irão amar. Leitura recomendada para quem gosta de romances sob o ponto de vista masculino, que é um pouco mais ácido, no entanto, não muito diferente do feminino. Amadurecimento, relacionamento, monogamia, responsabilidade, são alguns dos temas abordados pelo autor.

site: http://www.psychobooks.com.br/
comentários(0)comente



Victor 23/06/2009

Diversão e identificação
Quando abri o livro, me deparei com uma frase impactante: "Está vendo o seu nome nesta lista, Laura?". Exatamente o nome de minha ex-namorada. Comecei a leitura já gargalhando por dentro...

É um romance confissional, que transita entre a graça e a mesquinharia. Me identifiquei inúmeras vezes com Rob Fleming, com suas manias, músicas, livros e filmes. Um livro muito divertido de ler, no final das contas, mas não acho que faria menção a ele no meu Top 5!
comentários(0)comente



Natalia846 26/10/2023

O que faz esse livro muito bom na minha opinião é o fato do personagem não ser nenhum pouco perfeito, ele não é nem um mocinho, nenhum coitado. Ele é um cara que comete muitos erros, toma decisões erradas e tem pensamentos idiotas muitas vezes. E claro não podemos esquecer que se passa no início dos anos 90 então muito close errado acontecia.
E eu gosto de ler livros com personagens assim, porque mesmo quando não me identifico com eles, dá pra tirar uma lição dali, mesmo que seja uma lição de como não agir, e podemos também nos colocar em perspectiva, porque todo mundo já foi babaca alguma vez na vida.
A parte mais legal são as referências de músicas e toda a atmosfera musical em volta de tudo.
A escrita do Nick Hornby é muito boa, me envolvi na narrativa completamente durante a leitura do livro.
comentários(0)comente



Marianne 16/04/2014

"Alta Fidelidade" (Nick Hornby)
Resenha de estreia! Antes de tudo, uma breve apresentação: meu nome é Marianne, moro em São José dos Campos e estou integrando o time de resenhistas do Dear Book. Agora vamos ao que interessa!
Alta Fidelidade foi escrito por Nick Hornby e nos apresenta Rob, um cara rabugento quase quarentão, louco por música, dono de uma loja de discos de vinis quase falida chamada Championship Vinyl. Pra Rob música é coisa séria e o gosto musical de uma pessoa pode defini-la completamente.
O livro é ambientado em Londres e nossa história começa quando a namorada de Rob, Laura, termina o relacionamento e vai embora do apartamento onde moravam. A partir daí Rob decide listar seus cinco términos de namoros mais memoráveis e ai conhecemos um pouco mais da vida amorosa do nosso protagonista.
Achei que o livro fosse se prender a essa análise do personagem a seus relacionamentos anteriores, mas o autor nos leva a conhecer bem a intimidade de Rob de um jeito bem sincero e fiel aos sentimentos de um cara de trinta e poucos anos que foi abandonado pela namorada, sem deixar o personagem muito caricato.
Achei que a grande sacada do livro foi que praticamente lemos a mente do Rob o tempo todo. Seu pensamento é retratado de um jeito tão humano e verdadeiro que sabemos que Rob poderia ser um amigo próximo que está nos contando coisas que não contaria pra ninguém, em hipótese alguma. Passei boa parte do livro sem entender se Rob queria a namorada de volta ou gostava da ideia de estar solteiro, e conclui que na verdade nem o próprio personagem sabia bem o que querer.

"Sabem qual é a pior coisa de ser rejeitado? A falta de controle. Se ao menos eu pudesse controlar quando e como seria chutado por alguém, aí não pareceria uma coisa tão ruim. Mas aí, claro, não se trataria de rejeição, certo? O fim seria por consenso mútuo. Por diferenças artísticas. Eu estaria deixando a parceria pra seguir carreira solo. Sei o quanto pressionar, e pressionar por alguma medida de probabilidade é inacreditável e pateticamente infantil, mas é a única coisa que se pode fazer pra tentar recuperar uma parte do controle que está com ela.
Quando vi a Laura na saída da loja, absolutamente entendi, sem sombra de dúvida, que eu a queria de volta. Mas a razão pra isso, provavelmente, é que o rejeitado da história sou eu.”

Quando Rob resolver saber como estão as cinco ex-namoradas dos cinco términos mais memoráveis tambem temos uma surpresa e o próprio personagem percebe que nem sempre o outro lado da história (o que geralmente não conhecemos) é tão simples quanto imaginamos. Aliás, imaginação é o forte do cara, Rob se diverte imaginando cenas que ele sabe que nunca vão acontecer, como a namorada voltando pra casa arrependida, mas que confortam de alguma maneira (quem NUNCA fez isso?).
Como é escrito todo em primeira pessoa conhecemos todos os outros personagens pelos olhos do Rob. Dick e Barry são seus funcionários na loja de discos e o mais próximo do que ele pode considerar como amigos, Marie é uma cantora que se apresenta nos pubs de Londres, e a minha preferida e mais significante pra vida de Rob: Laura. Laura e Rob são duas personalidades totalmente opostas, em um relacionamento que me irrita o livro todo. Laura é atenciosa e sensata e Rob age quase constantemente como um idiota.
Rob é um personagem que eu amei e odiei. Amei pela sinceridade quase infantil do personagem e odiei pela rabugice e insistência em querer ser um cara chato.

"Quanto a mim, vou escutar Beatles assim que chegar em casa. Abbey Road, provavelmente, mas vou programar o cd pra pular "Something". Os Beatles eram figurinha de brinde no chiclete, ver Help na sessão de sábado de manhã, brincar com guitarrinhas de plástico e cantar "Yellow Submarine" se esgoelando no fundão do ônibus da escola. Eles pertencem a mim, e não a mim e a Laura, ou a mim e à Charlie, nem a mim e à Alison Ashworth, e, mesmo que ouvi-los me faça sentir alguma coisa, não vai ser alguma coisa ruim."

O livro tem um final bem realista e interessante, que poderia ser o final de um capítulo da minha vida, ou da sua. Eu adoro finais mais realistas quando o livro segue a linha “situações do cotidiano”. O saldo final é totalmente positivo e entrou com certeza pra lista dos meus favoritos. O autor escreve de maneira muito envolvente e nos mostra reflexões muito bacanas através do personagem, está mais que recomendado.
Em 2000 foi lançado o filme "Alta Fidelidade", dirigido por Stephen Frears e com participação de Nick Hornby no roteiro. Eu fiquei muitíssimo curiosa pra assistir e ver se realmente o filme faz jus ao livro (sempre me decepciono com os filmes =( ).
Espero que tenham gostado da minha primeira resenha, eu adorei fazer =). Até a próxima!

site: http://www.dear-book.net
comentários(0)comente



Elaine 23/05/2021

Romance
Já havia assistido o filme e gostei bastante do livro. Lembro bem do lance das lista de 5 mais em tudo que virou vício.
comentários(0)comente



livraria.da.mel 09/08/2023

Só não joguei fora depois de ler, porque foi presente
Ganhei esse livro de presente de um amigo e segundo ele eu iria amar, pois tem muitas listas e músicas que são duas coisas nas quais sou viciada. E realmente tem tudo isso no livro, mas eu detestei essa leitura com todas as minhas forças. Cheguei até o final do livro só para poder falar mal com propriedade. E o motivo de eu ter odiado esse livro é bem simples: o protagonista é um grande babaca.

O livro de 1995 é narrado pelo ponto de vista dele, então eu fiquei durante toda a leitura na cabeça do babaca e por isso a leitura foi chata e me fez passar raiva. Nessa obra que depois de ler fiquei sabendo que é um clássico da literatura contemporânea e representou toda uma geração nos anos 90. Nós conhecemos Rob que é dono de uma loja de discos, adora fazer listas, adora música e também adora ser babaca com as mulheres que namora e depois se fazer de coitado e não entender o motivo delas terem largado ele.

Quando ele percebe que precisa dar um jeito na sua vida, ele resolve reconquistar a sua ex-namorada Laura e reerguer a sua loja de discos, com a ajuda de seus dois amigos que ele nem chega a admitir que são seus amigos. Afinal, um sujeito tão insuportável como o Rob se acha bom demais para os amigos dele. Acho que deu para notar que essa leitura foi bem ruim, mas em defesa do meu amigo ele nunca tinha lido o livro, só me deu por achar que eu ia gostar.

A obra foi adaptada para o cinema em 2000 e o filme que é bem fiel ao livro tem um ar de clássico cult. O filme embora não mude muito em relação ao livro consegue ser mais legal. E em 2020 fizeram uma série que infelizmente teve apenas uma temporada e na qual, embora a base da história seja a mesma, o gênero do protagonista foi alterado. Na série temos a Rob e outras mudanças também foram feitas, a série ao contrário do livro eu achei maravilhosa e super recomendo.
comentários(0)comente



renatodoho 09/02/2010

O livro de uma geração (pop)
Nick Hornby consegue em Alta Fidelidade retratar com muito bom humor e admirável fluência uma geração que cresceu na cultura pop do final dos anos 70 aos anos 80 em sua totalidade. O texto com várias referências musicais, cinematográficas e culturais põe na mesa as neuras e o atual estado das pessoas, principalmente homens, da faixa dos 30 anos. A inércia, as dúvidas afetivas e profissionais, o existencialismo por vezes tosco, tudo é colocado de forma natural e autêntica, sem artificialismos, cinismo ou pretensão. Hornby demonstra ótimas habilidades de narração, colocando-nos(os leitores) na posição do próprio protagonista ou como se batessemos um papo com Rob Fleming(protagonista do livro). Um papo descontraido e muito engraçado, chegando a muitas gargalhadas no decorrer do romance. Um ótimo livro para ler, reler, refletir e se divertir à beça!
comentários(0)comente



Kaaah 18/06/2016

Alta Fidelidade
Alta Fidelidade pode entrar na lista das melhores comédias românticas dos anos 90.
O livro te conquista logo de cara.
As dúvidas afetivas, o existencialismo, a insegurança nos relacionamentos com as mulheres, as dúvidas sobre sexo, medo, traições... tudo isso é exposto de maneira autêntica. Talvez pelo enredo ter essas características, a obra dd Hornby tenha sido taxada de um "livro para homens" ou até mesmo uma obra machista. Não concordo.
Enfim, "Alta Fidelidade" é um livro para ser devorado por qualquer homem ou mulher que esteja na casa dos 30 anos e que tenha tido a felicidade de acompanhar tudo o que aconteceu no mundo da música e da cultura pop dos últimos 20 anos.
comentários(0)comente



tonjds 01/03/2022

Ele é um babaca
Babaca! Assim defino o protagonista. Xinguei várias vezes durante a leitura (sim, crio vínculos com os personagens kkkk) por algumas atitudes e pensamentos. Foi um ótimo exercício de empatia.

Entendo os dilemas da vida adulta, por coincidência, tenho a mesma idade do Rob e isso me fez ficar mais próximo da história.

É um livro bem legal e de fácil leitura. Recomendo! ... mesmo o Rob sendo um babaca kkkkk
comentários(0)comente



Diane 06/07/2014

Um romance para os homens
Rob está na casa dos trinta, acabou de levar um pé na bunda, tem uma loja de discos com poucos clientes e, se lhe falta dinheiro, sobra-lhe mal humor e sarcasmo. A vida de Rob é regida pela música: Segundo o próprio, o que define uma pessoa não é quem ela é, mas do que ela gosta. Filmes, livros e músicas (principalmente músicas) definem a personalidade de uma pessoa. Não é a toa que a história é recheado de referencias a cultura pop (inclusive, aos fãs da cultura pop, fiquem com um bloquinho e uma caneta do lado para anotar os vários artistas e álbuns citados ao longo do livro).
Pode parecer imaturo julgar uma pessoa pelo seu gosto musical. E é, como até mesmo Rob poderá descobrir mais tarde. Mas que atire a primeira pedra quem nunca quis apedrejar o cara que passa de carro tocando Lepo Lepo no volume máximo ou sentiu sua barriga remexer por alguém que nunca tenha ouvido falar em George Harrison.
Mas a trama principal é com relação a Laura, a moça que lhe deu um pé na bunda. E é por esse motivo que dei o título de "romance para os homens" para esta resenha. Porque Rob não passa por uma desilusão amorosa chorando na cama e devorando uma caixa de chocolate enquanto assiste Ps Eu Te Amo. Ele fica sozinho, fumando, bebendo, ouvindo suas músicas, comendo outras mulheres e se preocupando se Laura já fez sexo com outro ou não. E eu, mulher, só pensava em como ele é um babaca e se preocupa com coisas sem importância.
Talvez seja porque quis me enfiar em um território que não é meu. Imagino Nick Hornby escrevendo esse livro para outros homens. Por mais que alguns homens não vão concordar com as atitudes do protagonista (afinal, cada um é cada um) acredito que possam o entender melhor, porque já devem ter passado por situações, inseguranças e medos parecidos, e a identificação com o protagonista vai ser mais profunda. (NOTA Á MÁFIA DOS "DIREITOS IGUAIS" DA INTERNET: Sim, você pode ser homem e sofrer uma desilusão amorosa assistindo PS Eu Te Amo e comendo chocolate e sim você pode ser mulher e sofrer sozinha fumando e comendo outras. To fazendo aquela coisa feia chamada 'generalizar', as vezes é necessário.)

De presente a ambos os sexos, o livro traz diversos momentos que me fizeram gargalhar, várias bandas que ainda não conhecia e várias passagens sensacionais. Claro que teria que terminar a resenha com uma lista, mas não vou citar um TOP 5 de melhores passagens, seria clichê. Vou fazer um TOP 2:

2- "Se tivesse que adivinhar, eu diria que estou zangado porque sei que estou preso, e não gosto dessa sensação. Seria melhor, sob alguns aspectos, se eu não estivesse tão ligado a ela; Seria melhor melhor se aqueles doces possibilidades, aquela expectativa sonhadora que você tem aos quinze aos vinte ou vinte e cinco anos, até, e você sabe que a pessoa mais perfeita do mundo talvez entre em sua loja ou escritório ou festa de um amigo a qualquer momento...seria melhor se tudo aquilo ainda estivesse comigo em algum lugar, no bolso de trás ou nas gavetas de baixo. Mas aquilo tudo se foi, eu acho, e isso basta para deixar qualquer um zangado."

1- "As pessoas se preocupam com o fato das crianças brincarem com armas e dos adolescentes assistirem a vídeos violentos; temos medo de que assimilem um certo tipo de culto á violência. Ninguém se preocupa com o fato das crianças ouvirem milhares de canções sobre amores perdidos e rejeição e dor e infelicidade e perda. As pessoas afetivamente mais infelizes que conheço são as que mais gostam de música pop; e não sei se foi a música pop que causou tal infelicidade, mas sei que elas vêm ouvindo as canções tristes há mais tempo do que vêm vivendo suas vidas infelizes."
comentários(0)comente



Jean 10/01/2015

Dessafio Literário 2015 - Janeiro
De umas semanas pra cá, estou convencido que o elemento mais importante de uma história arrebatadora é um personagem inesquecível. Sempre valorizei a sinopse matadora, aquela ideia que nos leva a pensar "Por que eu não pensei nisso antes?". Contudo, aos poucos venho valorizando a construção do personagem no enriquecimento de um livro, filme ou qualquer outra narrativa.

É uma constatação pessoal, de quase nenhuma valia para qualquer um que esteja lendo essas poucas linhas. Pareceu, porém, oportuno dividir esse pensamento numa resenha sobre o livro ALTA FIDELIDADE. Porque a trama da famosa obra de Nick Hornby não poderia ser mais prosaica. E, mesmo assim, o autor construiu um livro inesquecível, reconhecido mundialmente.
O narrador personagem é um personagem complexo e rico em sentimentos. A leitura oscila entre a graça e a raiva - sem maniqueísmos ou truques do autor para nos direcionar quanto ao que sentimos em relação à Rob (protagonista do livro).
Houve momentos de incredulidade diante da mentalidade obtusa de Rob (e que atire o primeiro "vinil" - para ficar no espírito do livro - aquele que nunca foi obtuso em algum momento de sua vida) e momentos de gargalhadas genuínas com o sarcasmo e a própria obtusidade desse personagem.

Trata-se de uma leitura muito agradável, bem escrita e comovente. Mais do que as famosas listas de músicas que o livro contém, recomendo ALTA FIDELIDADE pela qualidade de seu texto, pela trama interessante e por despertar diversos sentimentos durante sua leitura.
comentários(0)comente



149 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR