Resenhas - O Trem que traz a noite

Fimbrethil Call 22/10/2009

Bom
bom livro, cheio de poesias bonitinhas, que vêm com um CD (que eu nunca ouvi).

Se você gosta de poesias modernistas vai gostar desse livro. De assuntos variados, recomendo a leitura

Dane 26/04/2016

Flora Figueiredo é natural de São Paulo. Escreve poemas, crônicas, é tradutora, compositora, fora vice-presidente da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, membro da Women Association of Journalists and Writers, correspondente do Centre International dÉtudes Poétiques, na Bélgica, cujo acervo constam suas obras. Durante três anos foi responsável pela última página da revista Cláudia. Finalista do Premio Jabuti em 2000 na categoria Poesia, é membro da União Brasileira de Escritores (UBE).
A admirável autora já publicou as seguintes obras poéticas: Florescência (lançado, também, em Portugal), Limão Rosa, Amor a Céu Aberto, Calçada de Verão, Estações, Chão de Vento e participou de várias Antologias. Seus livros foram adotados pelas redes públicas de ensino. Tem trabalhos nas áreas publicitária e musical, com parceiros como o Ivan Lins, o maestro Aylton Esobar, Natan Marques e muitos outros.
O livro poético dela de que eu mais gosto se chama O Trem que Traz a Noite. Depois de ter cursado caminhos por entre floradas sublimes, onde o amor se anuncia tanto ensolarado, como outonal, onde a insolência e a sensualidade se vestem de cadência e alegria, Flora Figueiredo nos convida a viajar neste trem de atração, encantos e charmes.
Pela janela aberta, assistimos ao desfilar das cores que se oferecem com os tons reservados aos poetas.
Elas chegam bordadas com o brilho das estrelas que se atrasaram na madrugada.
No ritmo que desliza pelos trilhos, somos transportados a destinos de brandura, astúcia, harmonia e linhas marcantes da autora.
Quem já viajou com Flora por seus trabalhos anteriores, conhece os encantos de seus rumos.
Ser passageiro do Trem que Traz a Noite é certeza de paisagens memoráveis.
O melhor dos melhores poemas que existe no livro, em minha opinião, é o seguinte:
"Círculo Vicioso

Pedi ao tempo
Que parasse um momento
De frente para o mar.
Que tirasse o a camiseta suada,
Que respirasse fundo
Apenas o segundo suficiente
Para se poder sonhar.
Mas o tempo é inclemente.
Insiste em correr
Arrastando a hora,
Que leva na coleira
Como bichinho de estimação.

Parece brincadeira!
Há tantos anos estamos assim,
Que já não sei agora
Se sou eu que corro atrás do tempo,
Ou se é o tempo que corre atrás de mim."
--Flora Figueiredo

P.S.: este texto foi BASEADO em outros textos. Não me culpem por plágio. Obrigada, beijo.