A Teoria da Exploração do Socialismo Comunismo

A Teoria da Exploração do Socialismo Comunismo Eugen von Böhm-Bawerk




Resenhas - A Teoria da Exploração do Socialismo Comunismo


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Alessandro 27/09/2014

A melhor crítica ao socialismo feita até hoje.
A Teoria da Exploração do Socialismo-Comunismo: A Ideia de que toda renda não advinda do trabalho (aluguel, juro e lucro) envolve injustiça econômica.

(publicado orinalmente no blog leituras paralelas)

Primeiramente peço desculpas aos leitores do meu blog por fugir do tema ficção fantástica e científica, mas como estamos em época de eleições achei interessante aproveitar o momento para ler e estudar esse excelente trabalho de Eugen von Böhm-Bawerk escrito em 1921. Após esse parênteses retornarei a ficção, eu prometo! Na verdade esse livro trata-se de um trecho de um trabalho maior, Kapital und Kaptatizins (Capital e Juro), que ainda hoje é considerada uma das maiores e melhores críticas ao socialismo-comunismo já feitas.
Fico profundamente entristecido quando percebo que as teorias da exploração ainda prevalecem em todo mundo hoje, depois de passados mais de 150 anos desde seu surgimento, mesmo após tanto sangue e lágrimas terem sido derramados em nome do socialismo e comunismo. Na época em que Böhm-Bawerk fez sua crítica o socialismo já dominava o mundo:

Hoje, mais de um terço da humanidade vive sob o comunismo, cujos os líderes emitem seus pronunciamentos arrogantes e militantes a partir da plataforma do dogma socialista. Outro terço da humanidade, naquilo que por vezes se chama de mundo livre, vive sob sistemas econômicos claramente socialistas. Praticamente todo resto tem organizações sociais e econômicas em que a teoria da exploração é indicador de intervenção governamental.

Alguma coisa mudou desde então? Na minha opinião considero que muito pouco tenha mudado. Apesar do fim da União Soviética e de praticamente apenas três países continuarem comunistas (China, Coréia do Norte e Cuba), o socialismo ainda é uma força dominante na política mundial. No Brasil, por exemplo, temos empresas estatais ineficientes e corruptas (como ignorar a corrupção na Petrobrás?), e os nossos governantes fazem discursos contra o capitalismo e taxam os banqueiros de exploradores da classe operária. O ex-presidente Lula, ainda ativo e influente no cenário político, faz a todo momento discursos repletos de dogmas socialistas. Até mesmo nos EUA, baluarte do mundo livre, a teoria da exploração influencia fortemente a opinião pública. Essa influência se mostra na crença popular de que uma economia capitalista livre submete os assalariados ao poder e ao arbítrio dos industriais ricos que exploraram seu trabalho. Essas ideias, as versões populares da teoria da exploração, invadiram as escolas e universidades de todo o mundo, penetraram em todos os canais, mudaram radicalmente todos os partidos políticos e até mesmo as religiões. Hoje existe um gigantesco movimento de sindicatos submetendo nossa política à uma nova ordem em assuntos sociais e políticos. A teoria da exploração continua determinando nossa economia básica e está presente em todos níveis do governo. A legislação trabalhista, a taxação, os programas sociais, tudo reflete a teoria da exploração.
Böhm-Bawerk não limita-se a analisar o trabalho de Karl Marx, por considerar o trabalho O Capital inferior em profundidade e coerência ao trabalho de Johann Karl Rodbertus. Mesmo assim ele prova que a teoria de Rodbertus é mal fundamentada e produz conclusões falsas e contraditórias.
O livro analisa o trabalho iniciado com Johann Karl Rodbertus e depois popularizado por Karl Marx, vamos ver alguns dos pontos analisados pelo autor em um dos melhores momentos do livro onde ele expõe alguns dos erros dos socialistas:

O Problema do Valor de Troca

No cerne da teoria da exploração apregoada pelos socialistas está o dogma de que o valor de troca é composto apenas pela quantidade de trabalho envolvido em sua produção, portanto todo lucro do empresário vem da exploração do trabalhador, mas essa ideia esta completamente errada. Os predecessores de Karl Marx e seus seguidores ignoram completamente os seguintes fatores, por considerá-los apenas pequenas exceções à sua regra:

Bens raros: A teoria socialista lida apenas com bens produzidos em massa, e ignora bens que possuem um valor diferenciado devido sua raridade ou impossibilidade de serem reproduzidos em massa. Como exemplo podemos citar a diferença entre o vinho produzido em massa e os vinhos de safras especiais ou antigos, que possuem evidentemente valores diferenciados. Mesmo que o mesmo vinho tenha recebido a mesma quantidade de trabalho, seu valor pode variar drasticamente devido sua raridade.
Bens produzidos pelo trabalho qualificado: Os socialistas consideram que todos bens que não são produzidos pelo trabalho comum, mas pelo qualificado, são uma exceção. Embora o produto de um artesão que produz um violino não corporifique mais trabalho que o de um marceneiro comum, os produtos do primeiro normalmente tem um valor de troca mais elevado, que não pode ser medido pela quantidade de trabalho desprendida para a elaboração do bem. Marx, de forma ingênua, considera que o trabalho qualificado corresponde apenas a um múltiplo do trabalho comum, em suas palavras:
O trabalho complexo, diz ele, vale só como trabalho comum potenciado, ou multiplicado. Assim, uma pequena quantidade de trabalho complexo equivale a uma quantidade maior de trabalho comum. A experiência nos mostra que essa redução acontece constantemente. Uma mercadoria pode ser o produto de um trabalho complexo mas, se seu valor a iguala ao produto de trabalho comum, ela passa a representar apenas determinada quantidade de trabalho comum.

Podemos perceber aqui a ingenuidade de Marx. Pois é evidente que por mais que multipliquemos o trabalho comum de marceneiros que trabalham sem qualquer qualificação nunca atingiremos o resultado equivalente ao que apenas um artesão talentoso (como um Stradivarius) poderia atingir sozinho ao fazer um violino.

Bens produzidos por trabalho extraordinariamente mal pago: É sabido que em determinados ramos da produção os salários são extremamente baixos, e produzem bens de valor extraordinariamente baixos, portanto o produto de vários dias de um operário que produz tais bens normalmente vale muito menos que o produto de outro operário. Mais uma vez a quantidade de trabalho desprendida não é suficiente para determinar o valor de troca.
Oscilações no valor de troca devido a oferta e procura: Frequentemente o valor dos bens sofre oscilações devido à oferta e procura, muitas vezes subindo ou descendo além do nível que corresponderia ao trabalho exigido para sua produção. Os socialistas consideram essas variações apenas como irregularidades passageiras que não interferem na determinação do valor de troca, sendo que nunca um teórico defensor do socialismo tentou verificar se não existiria um princípio mais amplo que explicasse essas oscilações.
Incorporação de valor de troca: Pode parecer evidente que de dois bens que precisam de determinada quantidade de trabalho para serem elaborados, aquele que teve uma maior quantidade de trabalho prévio vale mais. Mas os socialistas ignoram isso sistematicamente.
Böhm-Bawerk conclui a análise do problema do valor de troca da seguinte forma:

pode-se concluir que o dispêndio de trabalho exerce ampla influência sobre o valor de troca de muitos bens. Mas não como causa definitiva, comum a todos os fenômenos de valor, e sim como causa eventual, particular

Ou seja, os socialistas consideram o trabalho como o único fator que determina o valor de troca de um bem, e atacam todos os outros fatores que não se coadunam com essa lei do valor classificando-os como ilegais, antinaturais e injustos, e esse é um dos maiores erros do socialismo.

Como vimos acima, Böhm-Bawerk fez uma crítica devastadora das ideias defendidas pelos socialistas de que toda renda obtida por outra fonte que não seja o trabalho é imerecida. Infelizmente, apesar de fazer uma crítica devastadora e bem fundamentada ele não conseguiu impedir o crescimento e ascensão do socialismo o que acabou produzindo consequências nefastas até os dias de hoje.
Böhm-Bawerk é impiedoso com a teoria dos socialistas, a atacando de vários ângulos com uma dialética impecável até ter certeza de ter deixado para trás apenas a carcaça sem vida de uma teoria falaciosa. O seu ataque prende a atenção do leitor nessa tarefa de destruir a teoria socialista e seu tom quase informal de escrita é bastante didático e acessível.

site: http://leiturasparalelas.wordpress.com/2014/09/27/a-teoria-da-exploracao-do-socialismo-comunismo-eugen-von-bohm-bawerk/
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Vinícius 25/09/2022

A crítica detalhada a o Capital de Marx
O economista precursor da escola austríaca de economia, Böhm-Bawerk refuta de forma contundente as férias de mais-valia, juros, salários e exploração propagada pela obra de Marx, a qual poucos leram de forma completa, seus três extensos volumes. Obra de grande utilidade para quem deseja entender os erros da obra de Marx e sua teoria econômica que nenhum país consegue tornar viável.
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Phelip 31/03/2020

O autor faz uma análise crítica e epistemológica dos principais expoentes da teoria na qual todo valor é oriundo exclusivamente do trabalho Ricardo e Marx, aponta os erros metodológicos de ambos e as incoerências na obra. Leitura recomendável para todos que tem interesse em humanidades sobretudo por apresentar um ponto de vista diferente das teorias marxistas em voga, além de ser o primeiro autor a refutar a teoria da mais valia ao introduzir a variável tempo em relação ao valor de determinado produto.
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Pedro 03/09/2016

Muito Bom
Foi um livro muito bom. Eugene von Böhm-Bawerk trégua de forma muito clara e contundente as teorias socialistas na economia. Vale a leitura.
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ruthenio 28/12/2017

Teoria Marxista dos Índices de Salários
Texto de Ludwig Von Mises contida no livro:
"Toda a sua doutrina econômica, apresentada nos alentados volumes do seu principal tratado, O capital, se baseia na lei de ferro. A falsidade dessa pretensa lei, que durante cem anos ninguém questionou, mina os fundamentos de toda a argumentação econômica de Marx, destruindo por inteiro a demagogia central do sistema marxista: a doutrina que defende que os assalariados são sempre explorados pelos empregadores."
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