Na Nossa Estante 18/10/2013
Eu fiquei tão fã do livro “A Batalha do Apocalipse” do Eduardo que logo comprei “Herdeiros de Atlântida” porque estava tomada pelo espírito do “eu preciso ler este livro agora”, e li.
Nas primeiras páginas Eduardo explica o motivo pelo qual não explorou mais os personagens da Batalha, o que é legal e tal, mas...
Apesar do sucesso da Batalha o autor resolveu criar novos personagens, porém, o cenário das guerras entre os Anjos é o mesmo. Isso não impede a história de ser interessante, mas em alguns momentos eu achei repetitiva e cansativa, principalmente as explicações sobre os Anjos, suas castas, os céus, o motivo de toda a “briga”, porque a briga é a mesma.
O Arcanjo Miguel, maior autoridade entre os Anjos enquanto Deus descansa em seu sétimo dia, se revolta contra os humanos, pois inveja o livre arbítrio que lhes foi dado como um presente por Deus. Achando que os humanos não merecem o que receberam, tenta a todo custo destruir a humanidade e o Arcanjo Gabriel, que não concorda com as atitudes de Miguel, se volta contra ele, assim, o céu é dividido entre os que defendem os humanos e os que apoiam Miguel. Entretanto, existe uma trégua e uma Celestial é enviada à terra para investigar se o tratado de paz foi violado.
A história começa em Santa Helena uma cidade universitária onde Raquel estuda, tem um namorado, uma família e ela simplesmente não sabe quem é de verdade.
Os Anjos Leviah e Urakin são enviados à terra para procurarem pela Arconte Kaira e contam com a ajuda do Anjo exilado Denyel para ajudá-los em troca da anistia para poder voltar ao céu.
Enquanto Kaira tenta descobrir quem ela é e saber mais sobre a garota Raquel que ela pensava ser, os Anjos “bons” são perseguidos pelo Anjo Branco que quer encontrar também o templo de Athea, para achar o Rio Oceanus que é um dos caminhos para se chegar ao céu.
Entre um capítulo e outro o autor também conta a história do Anjo Exilado Denyel e do Primeiro Anjo, líder dos Sentinelas que foram os primeiros enviados de Deus à Terra.
O livro é bom? É, mas os acontecimentos datam de antes da “Batalha do Apocalipse” e em determinado momento Eduardo Spohr até menciona Ablon passando rapidamente por ele e mergulhando metodicamente em explicações sobre a mitologia dos livros, tornando a leitura um pouco cansativa. Eu não sei vocês, mas detalhes demais me deixam confusa, acho difícil guardar excesso de informações e particularidades que na verdade não vão afetar o rumo da história.
O livro é bom, não tão bom quanto “A Batalha” e por isso eu não me apaixonei perdidamente por ele, mas é interessante e o final te deixa com vontade de ler o segundo para suprir a curiosidade da conclusão dos acontecimentos narrados no último capítulo. No entanto, eu resolvi dar mais um tempo antes de ler o livro dois, “Anjos da Morte”, apesar de ter visto muitas pessoas elogiando a história, porque não sei quanto tempo Eduardo vai demorar em escrever o último livro da trilogia ou se a trilogia vai ser mesmo de três livros, já que no mundo da literatura nunca se sabe se três é mesmo igual a três. Definitivamente literatura não é uma ciência exata e confesso que eu nunca fui realmente boa em matemática, parece que autores que fazem sucesso também não.
Para concluir, vale ressaltar que Eduardo Spohr desta vez deixou pra lá o complicado vocabulário que ele adotou no primeiro livro e não encheu este de palavras complicadas, facilitando assim a leitura, de modo que não é necessário ficar com a página do dicionário aberta ou mesmo a do Google.
Marise
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