O Estrangeiro

O Estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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bluerised 17/03/2024

Ele é muito fd-se pra tudo. é vazio. o mundo pode cair e ele simplesmente não tem reação nenhuma, chega a ser insensível, mas alguma coisa faz você criar alguma espécie de sentimento bom sobre ele, seja pouco ou muito pouco. enfim, é difícil descrever esse livro, mas é muito bom e te deixa preso até o fim.
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Gustavo666x 16/03/2024

Hoje, mamãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem. Recebi um telegrama do asilo: "Sua mãe faleceu. Enterro amanhã. Sentidos pêsames." Isso não esclarece nada. Talvez tenha sido ontem.

Assim, somos introduzidos à nossa viagem ao absurdismo de Albert Camus.
Para Camus, a vida não tem sentido, e a busca de um sentido transcendental é uma tentativa absurda. Mas, se o sentido é criado por nós em nossas cabeças e, quando morrermos, deixará de existir junto conosco, então por que dar tanta importância às coisas?
Esse vazio é vivido na pele por Meursault, que leva uma vida ausente de sentido e perspectivas, não se sentindo afetado em momento algum pelas situações deprimentes ao seu redor, sendo somente um hedonista que só se vê prejudicado ao ser distanciado de seus prazeres carnais, como o sexo e seu vício em cigarros.
O personagem constantemente regido pelo "tanto faz", como se nada tivesse tanto peso assim em sua vida, e ao ser submetido a perguntas sobre alguma situação sensível, não hesita em dar uma resposta fria, sem senso empático ao próximo.
Camus disse que, na sociedade, todo homem que não chora no enterro da mãe pode ser condenado a morte. Meursault não demonstra mais do que ele sente, e por isso, podemos sentir empatia em alguns momentos ou até mesmo nos identificar.
Senti uma semelhança absurda entre Meursault e o personagem Travis do filme "Taxi Driver" de 1976, dirigido por Martin Scorsese. Quando pesquisei, descobri que Paul Schrader, escritor do filme, usou o existencialismo de Camus como inspiração. Muito interessante!

No mais, melhor do que um filósofo criar apenas um conceito, é ter a proeza de conseguir torna-lo também um clássico literário fantástico! Muito bom!
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Daniel 16/03/2024

Me senti burro
Confesso: não sei se entendi o final do livro. Não que eu não tenha ficado satisfeito com a conclusão, mas acho que as camadas mais filosóficas passaram voando e eu não consegui registrar.
Daí eu relí o último capítulo. E gostei ainda mais. Mas continuo achando que alguma coisa me passou desapercebida. Quase como se o sentido último da angústia e plenitude do existencialismo do personagem estivessem na minha frente mas eu não conseguisse enxergar. Estranho esse sentimento, mas é justamente por ele, e por ter acompanhado a melhor construção de um protagonista que já li, que este é um dos melhores livros e não foge ao título de "um clássico".
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Ricardo 16/03/2024

Estranho/estrangeiro
Cara, que escrita envolvente e que livro fantástico.

O estrangeiro é a história de um homem estranho/estrangeiro/apático/indiferente em relação a tudo e a todos. Até que acontece uma epifania?

É um livro potente, intenso e, sinceramente, muito difícil de resenhar. Recomendo demais.
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Bruna 15/03/2024

Com certeza um dos livros mais difíceis para se fazer uma resenha que já li, talvez por ser um texto que gere uma comoção muito pessoal, com diversas formas de ser interpretado e absorvido. É uma literatura do absurdo, mas ao mesmo tempo tão próximo e real. Mersault, o protagonista é absolutamente perturbador na sua forma indiferente de existir, beirando ao psicopatismo. Por outro lado, isso gera no leitor um efeito contrário, um excesso de sensações por esse ?não sentir? do protagonista. Para mim fica claro nesse texto que o autor quer nos fazer pensar sobre o ser humano como ser racional, mas não muito, certo? Racionalizar demais é estranho, esquisito e você pode ser julgado por pensar demais e sentir de menos.
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Marcelo 15/03/2024

Absurdo que nos mobiliza
Acho que é a segunda vez que leio o livro? já faz tanto tempo que li a primeira vez e a sensação é que foi outra leitura? por isso essa quase vertigem do ?acho?.
Um livro de impacto .. óbvio? o potente Camus. Mas um livro que hoje me perguntaria : se Camus fosse reescrever ?O estrangeiro? trazendo em tela o homem do século XXI, o que será que viria? Sim? porque o nosso absurdo hoje é outro? não é mais a possível indiferença (aquela) do de outrora ?
Uma outra coisa é sobre o sentido mesmo do ?estrangeiro?? quem é o estrangeiro? Aquele que não pertence ao lugar onde está e não pertence mais ao lugar de onde veio? mas o que fazer com isso!? Embora me sinta um herdeiro da influência desses existencialistas? para mim brincar e sorrir parecem-me mais aprazíveis hoje.. mais existencialista lúdico divino?
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hanul_ 13/03/2024

O Estrangeiro é uma obra muito rápida de se ler, o que contrariou minhas expectativas. Achava que, mesmo pela pouca quantidade de páginas, seu conteúdo seria mais denso. Ledo engano. Ao menos, se nos prendermos só a escrita das páginas.

A história de Meursault é muito simples. Após a morte de sua mãe, uma série de eventos o levam a ser preso.
É engraçado que, a primeira vista essa história pareça muito complexa. Não tenho dúvida de que outros grandes escritores escreveriam 900 páginas com um enredo desse, enveredando para a psicologia criminal, social, talvez até mental. Quem sabe desenvolvendo um mistério, focando nas relações, na investigação. Quem sabe? Na realidade, usando a expressão favorita de Meursault, tanto faz. Quem escreveu o livro foi Albert Camus e, o protagonista de Camus, é um homem até que simples.
Um homem comum. Tem trabalho, um apartamento, alguns colegas, algumas garotas. A verdade na minha visão é que, ele provavelmente passaria a vida toda sem nenhum problema, se não tivesse feito o que fez. Mas, quem sabe o que teria acontecido também? Tanto faz.

A verdade é que é muito mais difícil resenhar esse livro do que parece. De início, eu achava que o protagonista seria alguém verdadeiramente detestável no sentido mais literal da palavra. Mas não me deparei com isso, na realidade, senti grande grau de simpatia pelo mesmo, conforme a trama avançava. Dei até risada com algumas de suas reações e de como as pessoas reagiam a ela, como o juiz o chamando de "sr. anti-cristo". Na realidade acho que Meursault é alguém mais feliz do que qualquer pessoa que virá a existir na Terra.

Da mesma forma, é ímpar, como, em suas palavras, ele é julgado por não ter seguido o que a sociedade espera das pessoas em um determinado papel, não por ter realmente cometido um crime. Acho que, apenas esse aspecto da obra renderia outro livro completo.

Achei uma obra particularmente espetacular, mas, se me perguntarem publicamente qual minha opinião, direi a eles, que, no fundo, tanto faz.
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13/03/2024

O estrangeiro
Apenas uma palavra para descrever este livro: Indiferente.

"Esperança, é claro, era ser abatido numa esquina, em plena corrida, por uma bala perdida?

O livro é uma ótima porta de entrada para a obra de Albert Camus. A leitura, além de fluída, é imersiva, quando percebi já havia terminado enquanto que a indiferença sentida por Meursault permaneceu, fazendo-o um estrangeiro em todas as suas relações humanas e em sua vida.
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agapetae 12/03/2024

.
? essa volta à realidade gera uma depressão que exige resistência para suportar "um desgosto [...] que o forçaria a jogar tudo no cesto de lixo" [...] aqui, a ansiedade persecutória cede seu lugar à angústia da perda e ao sentimento de incompletude devido à impossível apreensão (total) do objeto ?
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Biblioteca Álvaro Guerra 12/03/2024

Mersault leva uma vida banal ;recebe, indiferente , a notícia da morte da mãe no primeiro parágrafo do romance, comete o crime ;é preso ;julgado tudo gratuito , sem sentido , apenas mais um homem arrastado pela correnteza da vida e da história .

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788501014863
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Madson 12/03/2024

Livro curto, intenso e sem dúvidas merece uma releitura no futuro, uma não. Várias. Por momentos na nossa vida acabamos por lidar com o nosso dia a dia e nossos problemas da mesma maneira com a qual o protagonista lida com os deles. Infelizmente vivemos em um período em que, por vezes, o anormal já se faz normal.
Matt 13/03/2024minha estante
É incrível como a personalidade apática dele torna-se angustiante durante a leitura.




Michele222 11/03/2024

Não esperava
Um tipo de leitura que não estou acostumada, por isso acabei lendo até a metade e depois de alguns meses aue vim concluí a leitura. Esse bicho tem uma indiferença com tudo que acontece com a vida dele, é até de se espantar. No final, porém, acho que ele não é tão indiferente assim. (Quero uma vida totalmente diferente da dele?)
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Michael Alves 07/03/2024

O perigo ao se colocar no lugar do protagonista
Esse foi um dos melhores livros que já li, mas sempre com um receio, me colocaria facilmente no lugar do protagonista.

Isso já me ocorreu em outras narrativas, mas nunca em uma onde minha existência foi colocada a prova, quem sou e qual minha relação com o outro, me importo quanto ou não me importo nem um pouco, estou vivendo de forma mecânica ou posso sentir algo significativo, e quando sinto, é apenas de meu interesse?
O significado de momentos e quem sou em cada um, sabendo que mais a frente não serei mais do que um homem morto.
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Giovane 07/03/2024

??...O Estrangeiro
Albert Camus.

"Um dos livros mais enigmáticos da literatura francesa do século XX, Mersault ( Personagem principal), é uma figura estranha, alheia a tudo o que está acontecendo a sua volta, uma figura de consciência envaziada, a tudo que vive no tempo presente e na recusa de estabelecer nexos entre a gratuidade dos fatos, onde nem a morte da própria mãe o faz ter alguma reação diferente da qual nao seja o descaso habitual. O clímax do livro é o assassinato do árabe na praia, cometido sem qualquer premeditação e ditado por um impulso que tampouco pode ser atribuído a um colapso da consciência.

Livro fantástico, a verdadeira filosofia do absurdo, pode e deve ter várias interpretações a respeito, nenhuma estória dentro da obra esta lá por acaso. Tentei fazer um resumo bem pequeno para evitar spoiller.
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leiturasdatita 05/03/2024

Tudo porque não chorou em um enterro
O livro nos mostra alguns acontecimentos da vida sendo tratados de uma maneira totalmente absurda, onde a ausência de choro e tristeza em um velório, por exemplo, é levada em consideração para uma condenação de um crime.

Vemos o personagem principal agindo com passividade, desde lidando com a morte da mãe, questionamentos do chefe sobre querer mudar de vida profissional, namorada propondo casamento, até sentar no banco dos réus.

Além de se mostrar totalmente indiferente, ele também se mostra descrente de religião e salvação divina, e sua atitude acaba sendo vista com maus olhos pelo capelão e pelo próprio juiz.

O autor nos lembra também que buscar valorizar sonhos para o futuro é uma forma de sair das situações de absurdo, mas é necessário querer buscar novos caminhos. Boa leitura.
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