O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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13/03/2024

O estrangeiro
Apenas uma palavra para descrever este livro: Indiferente.

"Esperança, é claro, era ser abatido numa esquina, em plena corrida, por uma bala perdida?

O livro é uma ótima porta de entrada para a obra de Albert Camus. A leitura, além de fluída, é imersiva, quando percebi já havia terminado enquanto que a indiferença sentida por Meursault permaneceu, fazendo-o um estrangeiro em todas as suas relações humanas e em sua vida.
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agapetae 12/03/2024

.
? essa volta à realidade gera uma depressão que exige resistência para suportar "um desgosto [...] que o forçaria a jogar tudo no cesto de lixo" [...] aqui, a ansiedade persecutória cede seu lugar à angústia da perda e ao sentimento de incompletude devido à impossível apreensão (total) do objeto ?
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Biblioteca Álvaro Guerra 12/03/2024

Mersault leva uma vida banal ;recebe, indiferente , a notícia da morte da mãe no primeiro parágrafo do romance, comete o crime ;é preso ;julgado tudo gratuito , sem sentido , apenas mais um homem arrastado pela correnteza da vida e da história .

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788501014863
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Madson 12/03/2024

Livro curto, intenso e sem dúvidas merece uma releitura no futuro, uma não. Várias. Por momentos na nossa vida acabamos por lidar com o nosso dia a dia e nossos problemas da mesma maneira com a qual o protagonista lida com os deles. Infelizmente vivemos em um período em que, por vezes, o anormal já se faz normal.
Matt 13/03/2024minha estante
É incrível como a personalidade apática dele torna-se angustiante durante a leitura.




Michele222 11/03/2024

Não esperava
Um tipo de leitura que não estou acostumada, por isso acabei lendo até a metade e depois de alguns meses aue vim concluí a leitura. Esse bicho tem uma indiferença com tudo que acontece com a vida dele, é até de se espantar. No final, porém, acho que ele não é tão indiferente assim. (Quero uma vida totalmente diferente da dele?)
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Michael Alves 07/03/2024

O perigo ao se colocar no lugar do protagonista
Esse foi um dos melhores livros que já li, mas sempre com um receio, me colocaria facilmente no lugar do protagonista.

Isso já me ocorreu em outras narrativas, mas nunca em uma onde minha existência foi colocada a prova, quem sou e qual minha relação com o outro, me importo quanto ou não me importo nem um pouco, estou vivendo de forma mecânica ou posso sentir algo significativo, e quando sinto, é apenas de meu interesse?
O significado de momentos e quem sou em cada um, sabendo que mais a frente não serei mais do que um homem morto.
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Giovane 07/03/2024

??...O Estrangeiro
Albert Camus.

"Um dos livros mais enigmáticos da literatura francesa do século XX, Mersault ( Personagem principal), é uma figura estranha, alheia a tudo o que está acontecendo a sua volta, uma figura de consciência envaziada, a tudo que vive no tempo presente e na recusa de estabelecer nexos entre a gratuidade dos fatos, onde nem a morte da própria mãe o faz ter alguma reação diferente da qual nao seja o descaso habitual. O clímax do livro é o assassinato do árabe na praia, cometido sem qualquer premeditação e ditado por um impulso que tampouco pode ser atribuído a um colapso da consciência.

Livro fantástico, a verdadeira filosofia do absurdo, pode e deve ter várias interpretações a respeito, nenhuma estória dentro da obra esta lá por acaso. Tentei fazer um resumo bem pequeno para evitar spoiller.
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leiturasdatita 05/03/2024

Tudo porque não chorou em um enterro
O livro nos mostra alguns acontecimentos da vida sendo tratados de uma maneira totalmente absurda, onde a ausência de choro e tristeza em um velório, por exemplo, é levada em consideração para uma condenação de um crime.

Vemos o personagem principal agindo com passividade, desde lidando com a morte da mãe, questionamentos do chefe sobre querer mudar de vida profissional, namorada propondo casamento, até sentar no banco dos réus.

Além de se mostrar totalmente indiferente, ele também se mostra descrente de religião e salvação divina, e sua atitude acaba sendo vista com maus olhos pelo capelão e pelo próprio juiz.

O autor nos lembra também que buscar valorizar sonhos para o futuro é uma forma de sair das situações de absurdo, mas é necessário querer buscar novos caminhos. Boa leitura.
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Henrique 05/03/2024

Absurdismo ou psicopatia?
O livro é fantástico desde o início, sendo que logo o primeiro parágrafo já começa com uma passagem poderosa que nos ajuda a compreender o personagem principal, Mersault.
A estrutura do livro é bem simples e é bem fácil lembrar de cada capítulo.

Embora, o livro seja, em geral, constante no seu pacing, eu sinto que boa parte da carga filosófica está na segunda parte, após o clímax do livro ao final da primeira.

Minhas maiores críticas ao livro são:
1. O personagem de Mersault é tão exagerado na sua apatia que não me parece apenas alguém que se deparou com o Absurdo, mas sim alguém com traços de psicopatia, mesmo.
2. Quando eu comprei o livro, estranhei ele estar na área de literatura ao invés de filosofia. Pensei que fosse como Zaratustra de Nietzsche, por exemplo, que é filosofia por meio de uma narrativa, mas a filosofia no livro é tão sútil e fragilizada pela falha na caracterização de Mersault que eu agora compreendo porque ele estava na seção de Literatura: parece mais literatura com filosofia do que o oposto.

Depois de tanto descer a lenha, regresso um pouco na argumentação para afirmar que, apesar de tudo, é um ótimo livro e eu amei a leitura. Recomendo bastante.
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Nicole779 04/03/2024

Um livro para refletir
Eu como uma pessoa que adora psicologia e filosofia acabei gostando muito deste livro,pois acredito que os estilos das obras de Albert Camus sejam para serem assim,analisadas e repensadas várias e várias vezes.

O livro fala sobre um homem que é totalmente indiferente a tudo e todos e o livro acaba deixando implícito sobre sua real condição mental,os detalhes sobre suas características e sua personalidade. Ele mostra indiferença com membros da família,não sente prazer em basicamente nada,é como se vivesse no automático. Mas nós leitores não sabemos quais são seus reais sentimentos ou intenções.

Amei,eu recomendo,mas é claro que não é todo mundo que vai gostar.
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Juan Bahia 04/03/2024

O Estrangeiro - Estranha Sensação
Pessoalmente estava com expectativas altas pelo autor e pelo que li das resenhas e prefácios.

O livro conta uma história simples, regular e previsível. Nenhum personagem marcante, nenhum acontecimento surpreendente.

E uma leitura contínua, reta e simples. Poderia até recomendar para mais pessoas mas eu gosto de ler para me divertir ou aprender e este livro não forneceu nenhum dos dois. Não digo que é ruim mas para meu estilo de leitura e para o que busco no momento foi mais um balde de água em um dia frio de inverno.

No fim, em minha opinião e para mim, foi uma história rasa, sem graça, sem conexão ou um desenrolar cativante.
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pitypooralfie 03/03/2024

"tinha um ar tão confiante, não tinha? no entanto, nenhuma das suas certezas valia um cabelo de mulher. nem sequer tinha certeza de estar vivo, já que vivia como um morto. eu parecia ter as mãos vazias. mas estava certo de mim mesmo, certo de tudo, mais certo do que ele, certo da minha vida e desta morte que se aproximava. sim, só tinha isto. mas ao menos agarrava esta verdade tanto quanto esta verdade se agarrava a mim. tinha tido razão, ainda tinha razão, teria sempre razão. vivera de uma certa maneira e poderia ter vivido de outra. fizera isto e não fizera aquilo. não fizera determinada coisa, ao passo que fizera esta outra. e depois? era como se durante todo o tempo tivesse esperado por este minuto e por essa madrugada em que seria justificado. nada, nada tinha importância, e eu sabia bem por quê. também ele sabia por quê. do fundo do meu futuro, durante toda esta vida absurda que eu levara, subira até mim, através dos anos que ainda não tinham chegado, um sopro obscuro, e esse sopro igualava, à sua passagem, tudo o que me haviam proposto nos anos, não mais reais, que eu vivia"

"também os outros seriam um dia condenados. também ele seria um dia condenado. que importava se, acusado de um crime, ele fosse executado por não ter chorado no enterro de sua mãe? o cão de salamano valia tanto quanto a mulher dele. a mulherzinha-autômato era tão culpada quanto a parisiense com quem masson se casara, ou quanto marie, que queria que eu me casasse com ela. que importava que raymond fosse tão meu amigo quanto céleste, que valia mais do que ele? que importava que marie oferecesse hoje a boca a um novo meursault? será que compreendia, portanto, este condenado? e que do fundo do meu futuro..."

esse livro foi muito sensorial pra mim. senti calor do sol inclemente e o cansaço com meursault de forma bem intensa. até quando lia no meu quarto durante a noite, com o ventilador ligado e o ambiente fresco, eu sentia a opressão do calor e o sol esquentando os pensamentos.

o começo do livro foi um pouco difícil, e eu fiquei em dúvida em relação às minhas expectativas. senti um pouco de medo de não conseguir aproveitar ou entender o livro; inclusive, demorei para conseguir dar uma nota e precisei reler o último capítulo.

o estrangeiro é uma obra muito intrigante. acho que o camus construiu o protagonista de tal forma, que eu me senti apática junto com ele; nada me chocava, nenhuma situação absurda me comovia. essa ligação com meursault foi um pouco incômoda em alguns momentos.

o que mais me chocou e chamou a atenção nesta primeira leitura (porque eu com certeza precisarei reler esse livro várias vezes) foi o julgamento. é de fato absurdo tudo o que é trazido ali, como o meursault é julgado não por seu crime, mas por sua apatia diante da vida. eu realmente me senti conectada a partir dessa parte.

além de ficar um pouco revoltada com o absurdo da situação, também encontrei muito espaço para reflexão. acho que o estrangeiro é o tipo de livro que ecoa muito tempo após terminada a leitura, e que pode trazer novas percepções em reencontros futuros.

"pela primeira vez em muito tempo pensei em mamãe. pareceu-me compreender por que, ao fim de uma vida, arranjara um ?noivo?, porque recomeçara. lá, também lá, ao redor daquele asilo onde as vidas se apagavam, a noite era como uma trégua melancólica. tão perto da morte, mamãe deve ter-se sentido liberada e pronta a reviver tudo. ninguém, ninguém tinha o direito de chorar por ela. também eu me senti pronto a reviver tudo. como se esta grande cólera me tivesse purificado do mal, esvaziado de esperança, diante desta noite carregada de sinais e de estrelas eu me abria pela primeira vez à terna indiferença do mundo. por senti-lo tão parecido comigo, tão fraternal, enfim, senti que tinha sido feliz e que ainda o era. para que tudo se consumasse, para que me sentisse menos só, faltava-me desejar que houvesse muitos espectadores no dia da minha execução e que me recebessem com gritos de ódio"

incrível como um livro tão curto pode conter tanta coisa, um universo inteiro de reflexões e críticas bem posicionadas. acho que agora eu entendo um pouquinho o amor que as pessoas têm por esse livro e pelo camus.
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Natanael86 03/03/2024

Iniciando na leitura de camus, por agora, achei incrível a sua forma de escrever e filosofias. Em o estrangeiro, acompanhamos a vida monótona de mersault, na qual vive de forma apática e sem significado. Aqui a "liberdade" do homem que não tem ideologia, fé, ou algo em que se ampare ou de algum sentido dá espaço pra um caminho de sem importância às coisas ao redor do protagonista. Tudo lhe convém.
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Lucy 03/03/2024

Livro muito interessante. Ainda não conhecia nada do autor e vou ler outras obras para entendê-lo melhor.
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lila 03/03/2024

Abismada
Não sei bem como descrever o quanto eu me apaixonei por essa obra e pelo próprio Camus! Essa anedonia monótona que o Mersault carrega consigo diante de felicidades e desgraças traz a tona um existencialismo verdadeiramente absurdo e que desperta inúmeros questionamentos. Essa filosofia, de certo modo deprimente, impulsiona-me a ver minha pequenisse nesse universo e não esperar que ele traga a minha vida um sentido, mas fazer isso eu mesma. O final foi, sem dúvidas, minha parte preferida; um diálogo de epifania tão emocionante e rico que me fez ler até altas madrugadas sem nem conseguir tirar os olhos das páginas!
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