O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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Clara 30/01/2024

O absurdismo em "o estrangeiro"
"Do fundo do meu futuro, durante toda esta vida absurda que eu levara, subira até mim, através dos anos que ainda não tinham chegado, um sopro obscuro, e esse sopro igualava, à sua passagem, tudo o que me haviam proposto nos anos, não mais reais, que eu vivia."

O estrangeiro, de Albert Camus, retrata a vida de Mersault, um cidadão médio da cidade de Argel, apático e alheio ante os acontecimentos ao seu redor. Assiste indiferente ao velório da sua mãe e, no dia seguinte, inicia um relacionamento irregular com Marie, sua ex-colega de trabalho, até que os acontecimentos o levam a matar um árabe na praia: sem qualquer premeditação, quase que inconscientemente, esse homem culpa o sol escaldante pelo crime que cometeu. A meu ver, a obra delineia com rigor a vida do homem que se depara com o absurdo e creio que esse seja o objetivo do Camus: apresentar o pensamento camusiano em forma de narrativa.
Mersault, por sua falta de escrúpulos e sua indiferença, é moralmente condenado em seu julgamento pelos atos pregressos ao crime cometido, recebendo a pena capital. Para mim, a segunda parte do livro é a mais interessante. O clímax é o absurdo dando "quatro batidas secas na porta da desgraça"... As reflexões ficam cada vez mais intrigantes e nem mesmo a condenação parece abalar Mersault, na verdade, ele parece aceitá-la; para ele, a partir do momento em que se morre, não importa como e quando, o destino é o mesmo, e aceitar isso o torna livre num mundo não livre, onde todos parecem buscar amparo nas religiões, ideologias... (Por isso ele enfrenta o capelão e por isso eu acho essa parte tão legal)
Acredito que estou longe de compreender por completo a filosofia de Camus, mas meu grande desejo é a entender por inteiro. Inclusive, escrevo estas notas a partir da releitura da obra. Filosofia costuma travar um pouco meu cérebro XD
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Yuri.Nogueira 30/01/2024

And now I'm allowed to live once again
Fantástico!

Uma esplendorosa digressão acerca da absorção dos estímulos do mundo, do propósito & reação, causa & efeito, tomada de decisão, atribuição de sentido. Ser o estrangeiro, no fim das contas, talvez signifique ser, dentre todos, o menos ausente.
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Fernanda.Burkert 29/01/2024

Sem palavras!
Meu primeiro livro do Camus e a história me prendeu tanto que devorei o livro em horas. Uma leitura fluida, envolvente e muito bem construída.
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Marina 29/01/2024

Esse é um livro que resume como eu acho que os homens pensam, universalmente (tirando o grande acontecimento do livro, isso tá reservado pra um nicho de outra ordem)
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yasm1m_ 28/01/2024

Reflexões
Esse livro mexeu muito comigo, em parte porque vivencio a apatia do personagem principal dia após dia. A escrita é fluida, e o autor consegue colocar em palavras expressões e sentimentos que todos nós, em menor ou maior grau, já vivenciamos. Recomendo muito.
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Bia 28/01/2024

Achei angustiante como o personagem se vê apático a tudo que lhe passa, a sua vida. Refleti nesse aspecto, vamos seguindo uma rotina constante, que nos deixa anestesiado a tudo a nossa volta. Livro espetacular, quero reler depois de um tempo
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Emille Dias 28/01/2024

O livro é bem curto, de leitura rápida, mas muito interessante!

Você se pega a todo momento tentando desvendar algum padrão psicológico na mente do protagonista, por mais complexos e desconexos que sejam seus pensamentos (pelo menos pra mim, uma pessoa ignorante na área da psicologia).

Camus consegue te deixar angustiado com toda a confusão mental do personagem principal. É um livro que te leva a refletir sobre o pior da natureza humana.

Um clássico recomendadíssimo!
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immc 27/01/2024

Toda esta vida absurda que eu levara
"Pela primeira vez em muito tempo pensei em mamãe. Pareceu-me compreender por que, ao fim de uma vida, arranjara um ?noivo?, porque recomeçara. Lá, também lá, ao redor daquele asilo onde as vidas se apagavam, a noite era como uma trégua melancólica. Tão perto da morte, mamãe deve ter-se sentido liberada e pronta a reviver tudo. Ninguém, ninguém tinha o direito de chorar por ela. Também eu me senti pronto a reviver tudo. Como se esta grande cólera me tivesse purificado do mal, esvaziado de esperança, diante desta noite carregada de sinais e de estrelas eu me abria pela primeira vez à terna indiferença do mundo. Por senti-lo tão parecido comigo, tão fraternal, enfim, senti que tinha sido feliz e que ainda o era. Para que tudo se consumasse, para que me sentisse menos só, faltava-me desejar que houvesse muitos espectadores no dia da minha execução e que me recebessem com gritos de ódio."
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Augusto254 26/01/2024

O calor que entorpece
"O Estrangeiro", de Albert Camus, é uma obra filosófica que examina a vida de Meursault, um homem aparentemente indiferente a emoções e normas sociais. A narrativa explora a alienação e a falta de sentido na existência humana, culminando em um ato impactante que desafia as convenções morais. Camus utiliza uma prosa direta e introspectiva para questionar a natureza da moralidade e da liberdade individual, deixando os leitores imersos em reflexões existenciais profundas.
JULIANA_PFRANCO 31/01/2024minha estante
Ótima resenha! ??




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Bruna.Barros 25/01/2024

Bom
É uma leitura bem cansativa, no sentido de parecer que nunca chega num ponto objetivo. Por ser um livro curto é uma leitura boa, mas esperei um final mais impactante
Brunno 25/01/2024minha estante
Agora minhas expectativas diminuíram... =/




raissax_ 24/01/2024

Você que sabe
Minha experiência com essa leitura foi até engraçada, já que eu estava lendo sobre um personagem apático estando tão apática as motivações que o levava a tomar certas decisões, quanto ele mesmo era durante a maior parte do livro. é um bom livro, entendi e consegui pegar muitas críticas e alusões do autor sobre a sociedade e a vida real, mas sei lá, a premissa é geniosa e eu fiquei muito interessada quando descobri o livro, só que não consegui me conectar 100% com o enredo e os pensamentos do personagem.
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