O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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Me chamam de João 05/05/2020

Todo livro merece uma segunda chance
Uma amiga de trabalho, que é apaixonada pela literatura, me emprestou o livro, pois se lembrou de mim.

Comecei a ler, mas me vi um pouco perdido e então parei de ler, e ao mesmo tempo sugiram outras leituras que tive que colocar na frente.

Entretanto, com a chegada da quarentena, decidir ler, confiando no gosto da minha amiga.

Me apaixonei pelo livro! Dei gargalhadas, risadas, chorei, entristeci, fiquei confuso e revoltado, mas é incrível como Camus consegue nos prender a leitura e toda a história da personagem principal.

Livro envolvente, embora o começo seja confuso, mas no decorrer do livro, tudo passa a ter sentido, ou não...
Edlane Carine 13/05/2020minha estante
Muito bom! Literatura francesa!


Me chamam de João 13/05/2020minha estante
Sim sim hahah




Ylane.Santana 27/01/2022

O Estrangeiro
Meu primeiro pensamento sobre Camus era que seria uma leitura muito complexa e que eu me acharia burra demais pra entender porém minha primeira experiencia com um livro dele fluiu muito bem. Me identifiquei muito com o personagem Meursault em várias ocasiões.
Rafael Kerr 27/01/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.


Bianca 27/01/2022minha estante
Até hj não como me senti sobre esse livro. É estranho, mas familiar ao mesmo tempo.




Miguel.Lopes 18/11/2020

Um autorretrato do homem do século XX
Nascia em 1913, na antiga Mondovì e atual Dréan - região costeira da Argélia -, o escritor, filósofo, dramaturgo, jornalista, romancista e ensaísta Albert Camus. Uma das grandes figuras da literatura do século XX, recebeu o prêmio Nobel de literatura em 1957 e contribuiu amplamente para a corrente de pensamento conhecida por "absurdismo". O cerne do pensamento absurdista reside na consciência do absurdo da condição humana e na revolta como uma resposta a esse absurdo, levando o indivíduo ao conflito como resolução de ação e força para o sentido ao mundo e à existência.

A obra "O Estrangeiro", publicada em 1942, figura entre suas maiores obras, com menção notória também para "A peste", "O mito de Sísifo" e "A queda". O romance narra à história de Mersault, homem indiferente, inexpressivo, de consciência esvaziada e por muitos momentos até passível de ser rotulada como estranha. Várias são as situações em que é comum deparar-se com o protagonista proferindo algo similar à expressão "tanto faz", o que demonstra sua passividade.

Diversos são os episódios excêntricos protagonizados pelo personagem, como a indiferença fronte o falecimento de sua mãe; o relacionamento criado sem cerimônias um dia após o enterro de sua madre, com uma colega de longa data; o homicídio doloso a um árabe ocasionado por questões climáticas, mais especificamente o calor e, por fim, a indisposição com seu próprio julgamento. Adentrar na vida de Mersault é observar, de forma escancarada e bastante peculiar, a figura do homem do século XX e, quem sabe, XXI.

Tratando especificamente da leitura, o autor desenvolve seu texto de maneira que é difícil desprender-se, sendo comum o "gostinho de quero mais". De compreensão razoável, não há de ser grande a dificuldade com o vocabulário do autor, entretanto, vale ressaltar que em alguns poucos momentos tive de reler o trecho para maiores esclarecimentos. Entra, sem dúvidas, como uma de minhas obras favoritas.
Rafael.Luiz 18/11/2020minha estante
Ótima análise! ????


rebeca 19/11/2020minha estante
muito massa




Marcia 21/12/2021

Minhas impressões sobre o livro
Olá! Ontem finalizei a leitura do livro "O estrangeiro" de Albert Camus. O livro foi escrito em 1942 e ressalto a importância de termos isso em mente quando começar a leitura.
Terminei o livro ontem a noite e fiquei pasma, sem ação, intrigada...
O livro é curto, tem 169 páginas, mas não se iludam pois é denso, reflexivo e intrigante.
A história se passa na Argelia e tem como seu protagonista e narrador o sr Mersault. Ele é um sujeito muito apático, daqueles que não veem sentido na vida, todos vamos morrer um dia, entao "tanto faz". Para ele tudo é o "tanto faz" e não se incomoda com nada.
Vejam o começo do livro: "Hoje, mamãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem. Recebi um telegrama do asilo: “Mãe morta. Enterro amanhã. Sinceros sentimentos.” Isso não esclarece nada. Talvez tenha sido ontem..."
E a historia vai seguindo, vamos conhecendo outros personagens bem intrigantes tambem até que num determinado momento da história Mersault comete um crime e aí vamos acompanhar o julgamento dele e toda a dificuldade do advogado em defende-lo, ja que ele não sente nenhuma motivação em mudar pois pra ele esta claro, ele cometeu o crime. Ele até se admira quando o estado lhe envia um advogado.
Durante o período em que esteve preso e aguardava o julgamento ele começa a perceber que sua vida era boa e o valor da liberdade.
Amigos, um livro que me fez pensar muito, grifei e fiz várias anotações tanto de indignação como aspectos do cotidiano dele que se repetia. Uma das coisas que chama a atenção é o quanto o sol e o calor são mencionados por ele. O crime que ele cometeu, ele diz ser parte culpa do calor , situação quase de uma insolação naquele momento. Mas a forma que ele cometeu o crime deixa muitas dúvidas em relação a ele e se a situação poderia ser diferente. Ele conta: "Então atirei quatro vezes ainda num corpo inerte em que as balas se enterravam sem que se desse por isso. E era como se desse quatro batidas secas na porta da desgraça..."
E aí, como vai se desenrolar esse julgamento? Ele é culpado, é um psicopada ou foi o acaso, um golpe de azar aquele momento em que ele cometeu o crime?
E quem é o estrangeiro? É ele mesmo, um estrangeiro no mundo eu diria.
A sinopse do livro nos da uma ideia desse livro instigante: "Meursault vê sua vida mudar completamente quando mata um homem; é preso, julgado, condenado. Tudo acontece de repente, sem explicação nem consolo para o absurdo de sua vida. Meursault é o estrangeiro, um forasteiro quanto aos ditames da sociedade, personagem criado por Albert Camus para mostrar o que há de mais trágico na condição humana. Um clássico da literatura que, mesmo após setenta anos de sua publicação, consegue manter um caráter atual."
Recomendo a leitura, não é a toa que se trata de um clássico.
Sara.Klust 22/12/2021minha estante
Estou querendo ler.


Marcia 22/12/2021minha estante
Leia sim Sara, um livro que mexe muito com a gente.




Daniele 27/11/2021

Alheio a vida, aliás, qual o sentido dela?
O estrangeiro é um livro que poderia facilmente ser chamado de "o estranho". Meursault é um cara totalmente alienado aos fatos ao redor de si. É indiferente a morte da mãe, não derramando uma lágrima se quer, um dia após o enterro segue com sua vida normalmente e vai ao cinema assistir um filme cômico com sua namorada. É indiferente com as pessoas que convive; seu chefe o propõe uma premiação no trabalho, onde poderá morar em Paris e viajar, ele responde "tanto faz". Seu vizinho espanca a namorada, pede que que ele testemunhe a seu favor e ele prontamente diz "ok, tanto faz".
Sua namorada o pede em casamento, ele diz "tanto faz".
Assassina um homem sem nenhum motivo real, mesmo o vendo inerte, ainda lhe dirige mais quatro tiros, que logo dirá que "era como se batesse quatro breves pancadas à porta da desgraça."
Após o assassinato, é preso e fica a espera de seu julgamento, e o que vemos não é simplesmente uma discussão a cerca do homicídio, mas aos fatos precedentes, esses mesmos que descrevi, ao fato, por exemplo, de ter aceito um cafezinho no velório da mãe, e de ter dormido frente ao seu corpo inerte.
No seu julgamento, não só as testemunhas do fatídico crime, mas principalmente, as pessoas do asilo que sua mãe morava, seus vizinhos, sua namorada e o guarda que o ofereceu café testemunham, e a partir daí, a discussão se passa a questionar não só o que o levou ao tiros, mas como ele se comporta diante pra própria vida.
Posso dizer que foi um livro que me causou muito incômodo, mas acho que essa era justamente a intenção. Os monólogos nas últimas páginas são incríveis, e a última frase do livro me deixou quase sem ar, é com certeza um livro duro, mas excelente, que necessita ser lido com muita calma e apreço, para não ser confundido com um livro monótono ou chato.
Enfim, o absurdo de Camus me surpreendeu, e agora, pretendo ler "O mito de Sísifo", que conversa muito com "O Estrangeiro", além de claro, "A peste".
Apesar do estranhamento, e talvez justamente devido a ele, gostei demais desse livro, que inclusive pretendo reler futuramente.

Uma curiosidade que li aleatoriamente num comentário por aí, o nome do Meursault é um trocadilho. “Meur” e morre (meurre) em francês é pronunciado do mesmo jeito. “Sault” e “sot”, que significa idiota, imbecil, débil, também. Ou seja, o nome do Meursault é um trocadilho que quer dizer “morre idiota”, “morre imbecil”.
Joao 05/12/2021minha estante
A filosofia do Camus é incômoda mas acho sensacional. Adoro esse livro e parabéns pela resenha!!


Daniele 05/12/2021minha estante
É sensacional mesmo!
Obrigada ;)




Natália 02/05/2017

Part of review of Ryan R.: "it raises the question of whether much of our emotion is created by ourselves or the expectations of others to exhibit certain emotions in a given sitatuion. The book is also an indictment on people's efforts to dictate other people's lives. We are constantly told what is right and as a means to justify our own sense of "what it means to be human". We often impose these characteristics upon others, expecting them to fulfill similar traits and characteristics, as they have been already imposed on us. It is in a way, a self-justification of our actions as right or "humanly". Constantly, Meursault is being told he must live and/or act a certain way, whether it be by the judge, his lawyer, or the priest. Once he doesn't conform to these measures, he is marginalized and called "inhuman"; this is an attempt on the part of the others to rationalize their own ways of life and understandings. If they manage to declare him "inhuman", it allows them to call themselves human and justify their own means of living."
Gustavo.Campello 24/05/2017minha estante
Qual a necessidade de fazer uma resenha em inglês em uma rede social nacional?


Natália 06/06/2017minha estante
bicho, pq eu usava goodreads até então




Ester323 25/02/2023

Melancólico
Eu já tinha uma ideia do que iria encontrar aqui e sabia que estava diante de um grande autor, e todas as expectativas que criei foram atendidas.
Achei tudo tão bonito, mesmo que tão simples. Todos os acontecimentos foram bem sutis e caminharam em harmonia. É uma história bem triste, mas sempre achei esse tipo de vazio interessante.
Matheus656 26/02/2023minha estante
lerei esse ano ainda !!


Ester323 26/02/2023minha estante
meu filho, vc le em um dia, confia em mim




Ariana.Cunha 05/04/2020

Um estrangeiro no mundo
*Aqui temos uma narrativa para se ler numa sentada. Pequena, leitura fluida e curiosa.
?
*O folhoso é narrado pelo protagonista Mersault (parece um livro de memórias do próprio personagem).
Apesar de um discurso de pouquíssimas páginas, a obra mostra-se cheia de nuances que nos inquietam.
?
*Mersault é um tipo de estranho no ninho. Vive metodicamente seus passos. Trabalhador, não incomoda ninguém, mas também não se opõe a acontecimentos que geram dor aos que estão tão perto de si. Perde sua mãe, é amado por uma mulher e mata um árabe por matar. Dentro desses três acontecimentos, ele não esboça nenhuma reação sentimental. É apático a tudo que o rodeia. Essa sua impassibilidade o levará a condenação. Nota-se que não será o crime em si que o condenará, mas sim a sua displicência como e com o ser humano.
?
*Percebemos que Mersault é o estrangeiro no mundo. Ele não se conecta com a própria vida e com os que estão a sua volta. Assiste a tudo como plateia de sua existência.
?
*Na minha leitura, imaginei se ele não era alguém com Asperger.?????
?
*Nos leva a refletir sobre algumas filosofias como o niilismo, o absurdismo (corrente do Camus) e existencialismo.
?
?
Frases marcantes:
* "Como nunca tenho quase nada a dizer, prefiro calar-me".
?
"Perguntou-me se não estava interessado em uma mudança de vida. Respondi que nunca se muda de vida".
Beatriz3345 05/04/2020minha estante
Adoro esse livro


Ariana.Cunha 05/04/2020minha estante
Eu adorei tbm!!! ;)




Marcos.Gonçalves 20/04/2023

Depressivo, apático e lindo
Esse livro alugou um triplex na minha cabeça quando a primeira linha já diz que a mãe do protagonista morreu e ele fica indiferente com isso. Esse é um livro curto, bem gostoso e rápido de ler. Eu amei demais o personagem principal por ser essa pessoa totalmente desgostosa com a vida, indiferente das situações e totalmente passivo nas decisões. O escritor escreve muito bem, de forma que flui muito bem a leitura e amei a reflexão disso aqui.
Denny's 20/04/2023minha estante
Acho que a maior reflexão que fiz quando li esse texto é que o existencialismo é não procurar sentido pra tudo na vida, existir é o único sentido que a vida tem de fato o resto é ilusão que nós mesmos criamos pra preencher esse vazio universal.


Denny's 20/04/2023minha estante
E alugou um triplex na minha cabeça também hahahahahah




Babs 27/10/2020

Eu não entendi o hype todo em torno desse livro. Será que sou burra? Achei, obviamente, bem escrito e interessante essa conexão do Mersault com a natureza, mas, superestimado.
elle carmo 31/10/2020minha estante
é um lance mais filosófico, ele conseguiu traduzir a teoria do absurdo em ficção, não só através do enredo em si, mas também da forma que foi escrito. dizem que pra entender melhor é legal ler o mito de sísifo.


Babs 01/11/2020minha estante
Simm, meu professor de literatura disse isso do mito de sisifo. Vou ler também. Mas não deixa de ser um ótimo livro.




Matheus.Lopes 23/09/2020

Eu gostei bastante desse livro, a maneira como ele é escrito proporciona um certo prazer que eu não sei explicar mas que me agrada semelhante ao que tive quando li Bukowski. A forma como ele trata até o cotidiano mais banal da personagem me prendia mais e mais no livro tanto que eu li praticamente em um dia (não que seja um livro grande também). É uma leitura única e que no futuro revisitarei mais vezes. Aproveitem a leitura e defendam o livro.
anita 27/09/2020minha estante
boaaaa amor


Leozinho 28/09/2020minha estante
vc é mt fofo




Joao.Ricardo 23/04/2020

LEITURA PÓS COLONIAL
Retomando as leituras que terminei antes da Páscoa, tive o contato com “O estrangeiro”, de Albert Camus. É notória, na obra, a escrita impecável do autor, em seu enredo minuciosamente arquitetado ao redor de um narrador desacreditado da vida, mas muito crítico sobre suas convicções de mundo.
Meursault é o francês desterrado, distante de suas raízes europeias, residente da Argélia em meados da década de 40. No decorrer de suas desventuras, sob a influência do astro maior - o sol -, mata um árabe, sem maiores explicações. E é julgado por isso.
Publicada em 1942, anos antes de eclodir formalmente a revolução argelina, não posso deixar de colocar minha leitura pós-colonial da obra na tentativa de contrapor alguns paradigmas sobre obra e autor (salve E. Said!).
Primeiro, parto do ponto que Camus era opositor de uma Argélia independente. Dito isso, temos que compreender que o livro foi concebido em momento predecessor à arregimentação do movimento revolucionário nacionalista argelino que mudou o país. Ao passo que o enredo era criado, as tropas do exército francês, que tinham permissão para abater nativos, sucessivamente massacravam civis. Isso, ao meu ver, definitivamente, é um marcador evidente que trespassa a obra.
Ora, o personagem principal (Meursault) assassina um árabe - sem nome - sob os auspícios do sol/calor, em uma praia deserta, nos arredores de Argel.
O que pude observar, portanto, é que a literatura de Camus pode ser vista como um elemento na geografia política da Argélia destruída pela França, que foi um processo minucioso e violento, datado dos idos de 1830. Nesse contexto, fica nítida a sensibilidade colonial tardia refletida no autor sob a forma do romance realista, que permeia na narrativa a realidade política da Argélia em contraponto.
Vale a leitura, vale compreender a obra como um cânone, vale compreender o livro sob uma perspectiva diferenciada, permeada pela realidade de um território colonizado, e discernir como a morte de um árabe reverbera a narrativa.
#oestrangeiro #albertcamus #letranger
Bruna 23/04/2020minha estante
acabei de ler, mordi minha lingua, hahahah. Fui ler com preconceito por causa dos posicionamentos do autor, pensando "ah mas vou ler porque é um ponto de referencia importante"... No fim, sensacional


Bruna 23/04/2020minha estante
tem um texto do sartre analisando a obra, mas nao li deve ser interessante




spoiler visualizar
Clara K 16/07/2014minha estante
Parece ser um livro fascinante. Vou procurar esta leitura, sem dúvida.


DIRCE 18/07/2014minha estante
Oi Clara,
Na verdade, é um livro precioso.




Pedro.Castello 02/06/2016

Perturbador.
Sinceramente, eu esperava mais. Principalmente por ser um clássico de um vencedor do prêmio Nobel. Ou seja, um clássico do clássico.

No todo, achei o livro arrastado, porém muito bem escrito. Você entra totalmente na cabeça do personagem principal. E talvez seja por isso que o livro seja tão badalado. Até porque, o enredo é muito simples.

O grande negócio do livro é a personalidade do assassino. Ele é absurdamente blasé. Tá nem aí pra nada. Não liga pra mãe, pra mulher que o ama e nem mesmo pro advogado que vai defendê-lo. No final do livro é quase impossível não se irritar com isso.

Mas como ele não liga pra ninguém, eu procurei não ligar pra ele também. Meursault não merece que ninguém sofra por ele.
Flávia 02/06/2016minha estante
Crie gado, filhos, papagaio... mas não crie expectativas rs. Eu gostei bastante, justo por já ter "quebrado a cara" com autores premiados e não esperar mta coisa de tão poucas pg...


Pedro.Castello 03/06/2016minha estante
Não é? Ahahaha Mas não podemos desanimar, porque a lista é grande e o tempo é curto.




Leila de Carvalho e Gonçalves 28/07/2018

A Hipocrisia Humana
Vencedor do Prêmio Nobel em 1957, o franco-argelino Albert Camus (1913-1960) é um dos maiores nomes da literatura do século XX, em especial, graças a ?O Estrangeiro? que abre sua "Trilogia do Absurdo" da qual também fazem parte "O Mito de Sísifo" e "Calígula".

Em linhas gerais, este absurdismo é considerado uma retomada das reflexões do filósofo Søren Kierkegaard e neste romance, está personificado nas atitudes e reflexões das personagens, sobretudo, de seu narrador e protagonista.

Chamado Mersault, ele não passa de um simples funcionário público cuja cuja vida é um vazio, pois é incapaz de amar, odiar, sentir qualquer emoção. Na verdade, ele se comporta como se fosse um "estrangeiro", tomando como perspectiva ao invés de um país, a própria a humanidade.

Publicado em 1942, o livro causou grande impacto, sendo classificada por boa parte da crítica como existencialista, uma corrente filosófica muito em moda na Europa e que ganharia força no pós-guerra. Camus sempre rejeitou essa ideia e chegou a escrever: ?Não sou existencialista, o único livro de ideias que eu publiquei, ?O Mito de Sísifo?, foi contra os existencialistas?, todavia este posicionamento não impediu que ele e Sartre mantivessem um relacionamento cordial até o rompimento em 1951, por questões políticas.

O livro divide-se em duas partes. Na primeira, o foco está em Meursault e na sua indiferença, até mesmo diante da morte da mãe, fato que choca o leitor; na última, a história surpreende pelo disparate da própria sociedade que, ao julgá-lo por um crime, também o julga pela sua maneira singular de encarar a vida sem fingimento.

Com uma história aparentemente simples, ?O Estrangeiro? possui um forte conteúdo filosófico, traçando uma crítica feroz à imprensa, ao sistema judiciário e a religiosidade. O romance também denuncia a hipocrisia do ser humano que usa os sentimentos como forma de manipulação e conquista do poder.

Nota: Essa edição exibe o prefácio do jornalista Manuel da Costa Pinto, um estudioso de Camus, no entanto, devido à presença de spoilers, recomendo a leitura somente após a conclusão da obra.

"Toda a infelicidade dos homens nasce da esperança." (Albert Camus)
Debora.Andrade 02/09/2020minha estante
Tudo, a sua resenha!!!


Leila de Carvalho e Gonçalves 02/09/2020minha estante
Grata, abraços.




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