O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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Felipe 28/04/2021

Quatro breves pancadas à porta do Absurdo.
É a obra romanesca que faz parte do ciclo de Absurdo Negativo de Camus, aquele no qual ele não tenta nos mostrar algum tipo de direção acerca do absurdo, apenas o apresenta. O autor cria um protagonista consciente do absurdo no qual está inserido. Profundamente apático mas não completamente melancólico pois o vemos em momentos de felicidade(ou, no mínimo, divertimento). Chamando atenção por não concordar ou simplesmente não perder tempo tentando entender as convenções de vivência e crença estabelecidas pelo ser humano.
Não se trata de concordar ou não com as ações de Meursault, menos ainda sobre gostar ou não do protagonista.
O papel do romance é despertar em nós os mesmos questionamentos dele. Não há como concluir a leitura e não começar a se perguntar os porquês de cada interação. Da ordinária à mais profunda, incluindo essa própria profundidade.
Débora Pizzio 01/07/2022minha estante
Vc é mto culto


Felipe 02/07/2022minha estante
Leio até no banho kkkkkk




Babs 27/10/2020

Eu não entendi o hype todo em torno desse livro. Será que sou burra? Achei, obviamente, bem escrito e interessante essa conexão do Mersault com a natureza, mas, superestimado.
elle carmo 31/10/2020minha estante
é um lance mais filosófico, ele conseguiu traduzir a teoria do absurdo em ficção, não só através do enredo em si, mas também da forma que foi escrito. dizem que pra entender melhor é legal ler o mito de sísifo.


Babs 01/11/2020minha estante
Simm, meu professor de literatura disse isso do mito de sisifo. Vou ler também. Mas não deixa de ser um ótimo livro.




Marcia 21/12/2021

Minhas impressões sobre o livro
Olá! Ontem finalizei a leitura do livro "O estrangeiro" de Albert Camus. O livro foi escrito em 1942 e ressalto a importância de termos isso em mente quando começar a leitura.
Terminei o livro ontem a noite e fiquei pasma, sem ação, intrigada...
O livro é curto, tem 169 páginas, mas não se iludam pois é denso, reflexivo e intrigante.
A história se passa na Argelia e tem como seu protagonista e narrador o sr Mersault. Ele é um sujeito muito apático, daqueles que não veem sentido na vida, todos vamos morrer um dia, entao "tanto faz". Para ele tudo é o "tanto faz" e não se incomoda com nada.
Vejam o começo do livro: "Hoje, mamãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem. Recebi um telegrama do asilo: “Mãe morta. Enterro amanhã. Sinceros sentimentos.” Isso não esclarece nada. Talvez tenha sido ontem..."
E a historia vai seguindo, vamos conhecendo outros personagens bem intrigantes tambem até que num determinado momento da história Mersault comete um crime e aí vamos acompanhar o julgamento dele e toda a dificuldade do advogado em defende-lo, ja que ele não sente nenhuma motivação em mudar pois pra ele esta claro, ele cometeu o crime. Ele até se admira quando o estado lhe envia um advogado.
Durante o período em que esteve preso e aguardava o julgamento ele começa a perceber que sua vida era boa e o valor da liberdade.
Amigos, um livro que me fez pensar muito, grifei e fiz várias anotações tanto de indignação como aspectos do cotidiano dele que se repetia. Uma das coisas que chama a atenção é o quanto o sol e o calor são mencionados por ele. O crime que ele cometeu, ele diz ser parte culpa do calor , situação quase de uma insolação naquele momento. Mas a forma que ele cometeu o crime deixa muitas dúvidas em relação a ele e se a situação poderia ser diferente. Ele conta: "Então atirei quatro vezes ainda num corpo inerte em que as balas se enterravam sem que se desse por isso. E era como se desse quatro batidas secas na porta da desgraça..."
E aí, como vai se desenrolar esse julgamento? Ele é culpado, é um psicopada ou foi o acaso, um golpe de azar aquele momento em que ele cometeu o crime?
E quem é o estrangeiro? É ele mesmo, um estrangeiro no mundo eu diria.
A sinopse do livro nos da uma ideia desse livro instigante: "Meursault vê sua vida mudar completamente quando mata um homem; é preso, julgado, condenado. Tudo acontece de repente, sem explicação nem consolo para o absurdo de sua vida. Meursault é o estrangeiro, um forasteiro quanto aos ditames da sociedade, personagem criado por Albert Camus para mostrar o que há de mais trágico na condição humana. Um clássico da literatura que, mesmo após setenta anos de sua publicação, consegue manter um caráter atual."
Recomendo a leitura, não é a toa que se trata de um clássico.
Sara.Klust 22/12/2021minha estante
Estou querendo ler.


Marcia 22/12/2021minha estante
Leia sim Sara, um livro que mexe muito com a gente.




Leila de Carvalho e Gonçalves 28/07/2018

A Hipocrisia Humana
Vencedor do Prêmio Nobel em 1957, o franco-argelino Albert Camus (1913-1960) é um dos maiores nomes da literatura do século XX, em especial, graças a ?O Estrangeiro? que abre sua "Trilogia do Absurdo" da qual também fazem parte "O Mito de Sísifo" e "Calígula".

Em linhas gerais, este absurdismo é considerado uma retomada das reflexões do filósofo Søren Kierkegaard e neste romance, está personificado nas atitudes e reflexões das personagens, sobretudo, de seu narrador e protagonista.

Chamado Mersault, ele não passa de um simples funcionário público cuja cuja vida é um vazio, pois é incapaz de amar, odiar, sentir qualquer emoção. Na verdade, ele se comporta como se fosse um "estrangeiro", tomando como perspectiva ao invés de um país, a própria a humanidade.

Publicado em 1942, o livro causou grande impacto, sendo classificada por boa parte da crítica como existencialista, uma corrente filosófica muito em moda na Europa e que ganharia força no pós-guerra. Camus sempre rejeitou essa ideia e chegou a escrever: ?Não sou existencialista, o único livro de ideias que eu publiquei, ?O Mito de Sísifo?, foi contra os existencialistas?, todavia este posicionamento não impediu que ele e Sartre mantivessem um relacionamento cordial até o rompimento em 1951, por questões políticas.

O livro divide-se em duas partes. Na primeira, o foco está em Meursault e na sua indiferença, até mesmo diante da morte da mãe, fato que choca o leitor; na última, a história surpreende pelo disparate da própria sociedade que, ao julgá-lo por um crime, também o julga pela sua maneira singular de encarar a vida sem fingimento.

Com uma história aparentemente simples, ?O Estrangeiro? possui um forte conteúdo filosófico, traçando uma crítica feroz à imprensa, ao sistema judiciário e a religiosidade. O romance também denuncia a hipocrisia do ser humano que usa os sentimentos como forma de manipulação e conquista do poder.

Nota: Essa edição exibe o prefácio do jornalista Manuel da Costa Pinto, um estudioso de Camus, no entanto, devido à presença de spoilers, recomendo a leitura somente após a conclusão da obra.

"Toda a infelicidade dos homens nasce da esperança." (Albert Camus)
Debora.Andrade 02/09/2020minha estante
Tudo, a sua resenha!!!


Leila de Carvalho e Gonçalves 02/09/2020minha estante
Grata, abraços.




Vanessa 29/06/2019

Um livro bem curto, mas existencialmente impactante
Albert Camus traz um personagem (Mersault) extremamente indiferente. Nunca li nada como O Estrangeiro, nesse aspecto.

Achei-o, em certas atitudes, chocante, mas também me peguei pensando durante a leitura “já fui Mersault, já fui ‘tanto faz’ diversas vezes em variadas ocasiões”, o que me fez ficar mais curiosa para saber qual seria o rumo do personagem (tão imprevisível que me assustava quando as situações aconteciam).

Acredito que Camus quis transmitir uma mensagem existencialista, nesse livro, de que a nossa existência não tem nenhuma razão de ser e que não há nenhuma lógica ou sentido/motivo para fazermos algumas coisas, apenas nos acostumamos a fazer por convenções (sendo assim, um tema de Absurdo e da Gratuidade).

É interessantíssimo como o Autor, pelo que já pesquisei, utiliza certas frases, situações ou até personagens em outros livros seus, criando várias autorreferências (nessa obra, ele cita uma leitura que Mersault faz de um caso descrito num jornal e que, este mesmo caso, é narrado em outra obra dele. Camus também utilizou elementos de O Estrangeiro em outras obras suas).

O Estrangeiro, no geral, é bem interessante para se ler porque apresenta uma linguagem acessível, bruta e com um toque filosófico que nos faz refletir sobre as nossas próprias existências ou atitudes.
Olguinha 29/06/2019minha estante
Quero ler agora hahah ?


Vanessa 29/06/2019minha estante
Hahhaha olga, tu vai gostar!
e dá pra ler numa tarde ou numa noite, tem só 100 págs




Eliza.Beth 19/11/2022

?Hoje, ou daqui a vinte anos, era sempre eu quem morria?
Tanto faz
Não tinha nenhuma importância
O brilho do céu era insuportável
O queimar do sol
Quatro batidas secas na porta da desgraça
Acaso, acaso, acaso, acaso, acaso
Vazio de um coração
Pecado x Culpa
Viver como um morto
Vida absurda, sopro obscuro
Gritos de ódio

Livro para ser lido 1 milhão de vezes
Michela Wakami 24/11/2022minha estante
?????


Carolina.Gomes 05/12/2022minha estante
?




Joao.Ricardo 23/04/2020

LEITURA PÓS COLONIAL
Retomando as leituras que terminei antes da Páscoa, tive o contato com “O estrangeiro”, de Albert Camus. É notória, na obra, a escrita impecável do autor, em seu enredo minuciosamente arquitetado ao redor de um narrador desacreditado da vida, mas muito crítico sobre suas convicções de mundo.
Meursault é o francês desterrado, distante de suas raízes europeias, residente da Argélia em meados da década de 40. No decorrer de suas desventuras, sob a influência do astro maior - o sol -, mata um árabe, sem maiores explicações. E é julgado por isso.
Publicada em 1942, anos antes de eclodir formalmente a revolução argelina, não posso deixar de colocar minha leitura pós-colonial da obra na tentativa de contrapor alguns paradigmas sobre obra e autor (salve E. Said!).
Primeiro, parto do ponto que Camus era opositor de uma Argélia independente. Dito isso, temos que compreender que o livro foi concebido em momento predecessor à arregimentação do movimento revolucionário nacionalista argelino que mudou o país. Ao passo que o enredo era criado, as tropas do exército francês, que tinham permissão para abater nativos, sucessivamente massacravam civis. Isso, ao meu ver, definitivamente, é um marcador evidente que trespassa a obra.
Ora, o personagem principal (Meursault) assassina um árabe - sem nome - sob os auspícios do sol/calor, em uma praia deserta, nos arredores de Argel.
O que pude observar, portanto, é que a literatura de Camus pode ser vista como um elemento na geografia política da Argélia destruída pela França, que foi um processo minucioso e violento, datado dos idos de 1830. Nesse contexto, fica nítida a sensibilidade colonial tardia refletida no autor sob a forma do romance realista, que permeia na narrativa a realidade política da Argélia em contraponto.
Vale a leitura, vale compreender a obra como um cânone, vale compreender o livro sob uma perspectiva diferenciada, permeada pela realidade de um território colonizado, e discernir como a morte de um árabe reverbera a narrativa.
#oestrangeiro #albertcamus #letranger
Bruna 23/04/2020minha estante
acabei de ler, mordi minha lingua, hahahah. Fui ler com preconceito por causa dos posicionamentos do autor, pensando "ah mas vou ler porque é um ponto de referencia importante"... No fim, sensacional


Bruna 23/04/2020minha estante
tem um texto do sartre analisando a obra, mas nao li deve ser interessante




spoiler visualizar
Clara K 16/07/2014minha estante
Parece ser um livro fascinante. Vou procurar esta leitura, sem dúvida.


DIRCE 18/07/2014minha estante
Oi Clara,
Na verdade, é um livro precioso.




Natalia 23/11/2023

Tanto faz
Mersault é o personagem principal desse livro de Camus, publicado em 1942.

Livro rápido de ser lido, pela própria natureza da escrita - rápida, sem aprofundamentos e sem detalhes.

A vida do personagem parece uma sucessão de acasos, ele é indiferente a tudo e a todos, desde a morte da mãe até o pedido de casamento da namorada, o crime que cometeu é uma obra desse arrastar de acontecimentos ao acaso, Mersault não luta nem pela própria liberdade, parece alheio aos sentimentos, só questões físicas o incomodam, como o sol no rosto na praia ou o cansaço na noite do velório da mãe.

Um livro que acaba impactando por essa estranheza, essa indiferença tão marcante do personagem, que responde com um "tanto faz" a tudo que lhe acontece, um tanto faz verdadeiro, sem dizer algo esperando outro, pra ele, não há diferença.
Marina 23/11/2023minha estante
A escrita te faz sentir como um estrangeiro


Natalia 24/11/2023minha estante
Bem isso mesmo... parece que ele não pertence aquele lugar




Thamiris.Treigher 26/11/2023

A vida é um absurdo?
Esse foi um livro que, ao terminar a leitura, fiquei sem entender se tinha gostado ou não, porque achei muito doido. Precisava de um tempo para processar. Mas entendi que a questão principal não é gostar ou não do livro, e que essa leitura vai muito além disso.

Ela vai além do que a gente espera, do que as expectativas humanas nutrem, do que a razão parece mostrar como o "certo" e o "esperado".

Em "O Estrangeiro", de Albert Camus, somos apresentados a Mersault, um homem que é diferente de qualquer expectativa e totalmente fora da caixinha. Ele é indiferente a tudo que acontece em sua vida, na vida das pessoas e no mundo, dos pequenos detalhes às grandes coisas. Para ele, tudo é "tanto faz" e nada parece ter um sentido maior. Ele não sofre com a morte da mãe, para ele tanto faz casar ou não com a mulher que se envolve e não sabe se prefere uma coisa ou outra, pois ele está apenas sendo "levado" pelo absurdo que é a vida (essência do pensamento camusiano).

Ele não tem objetivo de vida, fé em alguma crença, planos, remorsos, gostos, sonhos, paixões, ideologias, consolo, relações profundas... Nada parece fazer sentido ou ter uma explicação.

Até que um dia, ele comete um crime, simplesmente também por cometer, sem nenhuma grande motivação ou sentido por trás, exatamente nesse mesmo movimento em que ele leva a vida.

Durante o processo de prisão e julgamento, diversas reflexões que giram em torno do absurdismo são apresentadas. Será que, por ser assim, Mersault é um homem livre, já que não precisa de sentido nem explicação pra nada? Absurdo e liberdade são faces da mesma moeda? É possível ter paz vivendo assim?

Uma leitura curta, mas que revira, mexe com nossas expectativas e que tem alto teor filosófico (amo), provocando ainda mais questionamentos sobre esse grande mistério que é a vida.

Camus é genial, isso é inquestionável!
Fabio 28/11/2023minha estante
Adorei a resenha, Thamiris!


Thamiris.Treigher 28/11/2023minha estante
Muito obrigada, Fábio! ?




joaoggur 08/06/2023

Suprassumo da literatura ocidental.
Finalmente entendi todo o alarde por cima de O Estrangeiro. O livro, não tendo mais que duzentas páginas, consegue ter uma profundidade ímpar. Há tantas camadas, tantos vãos ainda não descobertos, que sua leitura ainda é pertinente depois de mais de 80 anos de seu lançamento.

?Minha mãe morreu hoje. Ou talvez pode ter sido ontem?. A frieza das palavras de Mersault, ainda na primeira frase do livro, já diz muito sobre o próprio protagonista. A história é narrada pelo próprio, e quanto mais a trama se desenvolve, mais conhecemos esse peculiar Sr Mersault.

O personagem principal é marcado pelo niilismo e pela indiferença. Diferentemente de todo o resto da sociedade, Mersault não se preocupa com banalidades, não assunta conversas com trivialidades e muito menos parece se importar com os percalços da vida. E imagino que a complexidade da obra esta por cima de seus ombros.

O adjetivo que mais bem o define está no título escolhido por Albert Camus: Estrangeiro. O homem, por todo o livro, demonstra ser um estrangeiro. Não só um estrangeiro perante a sociedade, mas um desconhecido dentro de si mesmo. A cada passo dado, um aprendizado novo é internalizado: acredito que nem Mersault se reconhecia dentro de Mersault. Sua indiferença o fazia quase como um apátrida, alguém tão diferente que nem pode ser considerado humano.

Uma leitura clássica, e extremamente interessante. A linguagem simples esconde uma bruta filosofia encrustada e escondida. Não saíra de suas cabeças tão cedo.
dani 08/06/2023minha estante
Sinto uma nostalgia ao ler sua resenha desse livro! Li há alguns anos enquanto estudava francês. Foi uma leitura desafiadora, tanto pelo idioma quanto pela indiferença desconcertante do protagonista. Deu vontade de reler!


joaoggur 09/06/2023minha estante
Vale a pena reler, @dani! Sinto que o entendimento vai muito além de uma só leitura. A cada vez que relemos uma simples frase, mais camadas achamos por detrás de Mersault. O Estrangeiro não deve ser entendido; e sim, devorado de forma antropofágica.




Me chamam de João 05/05/2020

Todo livro merece uma segunda chance
Uma amiga de trabalho, que é apaixonada pela literatura, me emprestou o livro, pois se lembrou de mim.

Comecei a ler, mas me vi um pouco perdido e então parei de ler, e ao mesmo tempo sugiram outras leituras que tive que colocar na frente.

Entretanto, com a chegada da quarentena, decidir ler, confiando no gosto da minha amiga.

Me apaixonei pelo livro! Dei gargalhadas, risadas, chorei, entristeci, fiquei confuso e revoltado, mas é incrível como Camus consegue nos prender a leitura e toda a história da personagem principal.

Livro envolvente, embora o começo seja confuso, mas no decorrer do livro, tudo passa a ter sentido, ou não...
Edlane Carine 13/05/2020minha estante
Muito bom! Literatura francesa!


Me chamam de João 13/05/2020minha estante
Sim sim hahah




Lou 31/03/2021

Muito bom
É tão interessante e engraçado o jeito do personagem principal, o modo dele de se enjoar de tudo e de todos , e nunca ter motivação para nada é oque torna o livro incrivel. acredito que não foi so eu q achei isso, mas a sensação de busca do entendimento dos sentimentos d meursault é oq faz cada folha ser mais intrigante.

eu costumo me decepcionar com finais de livros, mas o fim do estrangeiro é inesperado
nele é quando conseguimos conhecer mais um pouco do personagem.

obrigada meu mozi (Gabriel) por ter me presenteado!
E por fim, Tanto faz.
Gabriel 31/03/2021minha estante
Resenha top! Agora tem que ler os outros do Camus. Te amo ?




Ana Lícia 25/03/2021

Deixa a vida me levar, vida leva eu...
A vida tem sentido para você? Sua existência tem algum propósito? Para o protagonista de O Estrangeiro, não.

E se você fosse um Estrangeiro na sua própria vida? Se vivesse apenas vendo as coisas passarem ao seu redor, sem se importar com nada e ninguém? Sem laços afetivos. Seria psicopatia ou apenas um jeito de passar pela terra?

Nosso protagonista, Meursault, apenas vive a partir de sensações externas. Do que ele pode sentir em sua pele, deixando de lado as sensações internas, deixa o sentimentalismo bem distante. Começamos a narrativa com Meursault perdendo a mãe. E o fato de ele não mostrar nenhuma afetação em relação a mãe irá trazer grande julgamento e prejuízo no futuro.

Mas ele é assim. Ele nunca se arrependia de nada. Não se preocupava com o amanhã. Seria capaz de matar alguém, como se fosse beber um copo de água. Naturalmente.
Não tinha ambições, propósitos ou paixões.
E, claro que este comportamento iria incomodar as pessoas ao seu redor. Como alguém pode viver sem acreditar em nada? É uma afronta as normas sociais.

Meursault irá fazer algo, que o levará a julgamento. Mas o interessante que não será julgado pelo crime, e, sim, por suas atitudes de indiferença quanto a mãe e a vida.

Eu já li vários livros estranhos e, alguns se tornaram favoritos como A Metamorfose, de Franz Kafka.
O Estrangeiro começa de forma simples, quase banal, e vai se transformando. A cada página entramos em uma atmosfera atípica, uma sensação de estranheza e curiosidade nos acompanha o tempo todo. Um livro inóspito, estranho e que nos traz uma experiência extraordinária. E, claro, nos faz refletir muito sobre nossa existência.

O conformismo e a indiferença deste livro. É absurda e genial.
Carol Santos 25/03/2021minha estante
adorei a resenha, fiquei curiosa!!




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