O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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chübner 22/02/2023

Viver é um absurdo.
Eu comecei a ler Camus no primeiro ano de psicologia por indicação de um professor de fenomenologia. Cá estou eu me preparando para escrever o TCC sobre a filosofia do absurdo agora no meu último ano.
O Estrangeiro te causa estranheza, e é essa a intenção do autor. O protagonista é um homem apático, esquisito, não reage ao que acontece em sua vida...
Este livro é uma ficção que ilustra a filosofia do autor, Mersault é o homem revoltado e a vida é um absurdo.
Daniele 05/03/2023minha estante
Esse livro é maravilhoso. Não lembro se li ele ano passado,ou em 2021.

Ps. Aposto que seu TCC vai ser maravilhoso, e o tema que vice escolheu é incrível




nalannes 19/07/2020

O Estrangeiro é um livro sobre a sobre a nossa percepção sobre normalidade.

A visão do absurdo que temos do personagem, seus pensamentos e atitudes são as mesmas que são destacadas em seu julgamento na parte final do livro.

O livro tem toda essa apresentação filosófica dos conceitos de Camus, o que com certeza exigiria um estudo mais profundo de sua obra para aproveitá-la com mais clareza.

O que é absurdo? Como é ser um estrangeiro em meio às normas da sociedade? O que é liberdade? Há espaço para seremos quem realmente somos? O que nossas atitudes realmente significam?

Com a pouca bagagem que tenho hoje no assunto, a leitura foi rápida, interessante e, ao mesmo tempo, muito desconfortável. A segunda parte lembrou muito de como me senti com O Processo, de Kafka.

A sensação de ter tantas perguntas sem respostas, de precisar explorar mais o universo que o personagem estava inserido e sua própria mente que parece tão passiva e ao mesmo tempo tão cheia de si.

Com certeza lerei outras obras do autor para me aprofundar mais.
Leitura e . 19/07/2020minha estante
Oii... Boa tardee...Tudo bem?... Desculpa por interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar a me seguir no Instagram para acompanhar minhas leituras... tem sorteio de livros em andamento... te espero lá...?
Obrigado.
@leituraeponto




Paulinho 02/03/2013

O Absurdo de ser humano.
O estrangeiro de Albert Camus publicado em 1942 é um livro que aborda o absurdo da vida, da existência. Mersault é o estrangeiro, estrangeiro dentro da sua sociedade, da sua comunidade. Isso porque se nega a cumprir os mecanismos sociais de falsidade e hipocrisia. Se nega a mentir, fingir; se nega a compartilhar a falsas emoções que os seres humanos fingem ter para parecem mais nobres, melhores ou no pior da hipótese; normais.
O livro mostra como nos habituamos a tudo, por pior que seja.
"Nos primeiros dias de asilo, chorava [mãe] muitas vêzes. Mas era por causa do hábito. Ao fim de alguns meses, choraria se a tirassem do asilo, ainda devido ao hábito.”
O Estrangeiro Albert Camus - 154 páginas - Abril Cultural - Primeira Parte. Capítulo I. Página 13.
Outra passagem ainda mais contundente:
"Nessa altura pensei muitas vêzes que, se me obrigassem a viver dentro de um tronco sêco de árvore, sem outra ocupação, além de olhar a flor do céu por cima da minha cabeça, ter-me-ia habituado pouco a pouco.”
O Estrangeiro Albert Camus - 154 páginas - Abril Cultural - Segunda Parte. Capítulo II. Página 100.
Albert Camus mostra também como o protagonista se nega a cumprir o jogo social:
"Instantes depois, perguntou-me se eu a amava. Respondi-lhe que não queria dizer nada, mas que me parecia que não.”
O Estrangeiro Albert Camus - 154 páginas - Abril Cultural - Primeira Parte. Capítulo IV. Página 51.
Outra passagem:
"e perguntando-me se eu acreditava em Deus. Respondi que não. Sentou-se indignadamente. Disse-me que era impossível, que todos os homens acreditavam em Deus, mesmo os que não O queriam ver.”
O Estrangeiro Albert Camus - 154 páginas - Abril Cultural - Segunda Parte. Capítulo I. Página 90.
A profundidade e a quantidade de reflexões que esse livro provoca, o certo incômodo que ele nos causa o torna uma obra de grande amplitude. A vida é vivida automaticamente simplesmente cumprimos um roteiro pré-estabelecidos e queremos nos sentir sujeitos da nossa própria vida. Ler O Estrangeiro é um exercício de análise da própria vida, de como nós a conduzimos, de como nós nos anulamos em prol de uma moralidade hipócrita e mesquinha. O livro aborda todos os aspectos absurdos da vida, a religião, o casamento, a morte dos entes queridos.
Mersault não é condenado por matar um árabe ele é condenado por não chorar no enterro da mãe:
“Meus senhores, um dia depois da morte da sua mãe, êste homem tomava banhos de mar, iniciava relações com uma amante e ia rir às gargalhadas, num filme cômico. Não tenho nada a acrescentar.”
O Estrangeiro Albert Camus - 154 páginas - Abril Cultural - Segunda Parte. Capítulo III. Página 120.
É aceitável que um homem mate outro, mas que não chore no enterro da mãe é inadmissível.
“Que importava se, acusado de um crime, era executado por não ter chorado no enterro da minha mãe?”
O Estrangeiro Albert Camus - 154 páginas - Abril Cultural - Segunda Parte. Capítulo V. Página 153.
Por diálogos fantásticos, por reflexões pertinentes e mordazes, O Estrangeiro é um livro que deve ser lido e relido. Pensado, analisado e discutido. Enquanto pessoas que se neguem a ser atores de sociedades doentes, enquanto houver estrangeiros em sua própria cultura e sociedade esse livro será uma luz.
"Tão perto da morte, a minha mãe deve ter-se sentido libertada e pronta a tudo reviver. Ninguém, ninguém tinha o direito de chorar por ela. Também eu me sinto pronto a tudo reviver. Como se esta grande cólera me tivesse limpo do mal, esvaziado da esperança, diante desta noite carregada de sinais e de estrêlas, eu abria-me pela primeira vez à terna indiferença do mundo. Por o sentir tão parecido comigo, tão fraternal, senti que fôra feliz e ainda o era. Para que tudo ficasse consumado, para que me sentisse menos só, faltava-me desejar que houvesse muito público no dia da minha execução e que os espectadores me recebessem com gritos de ódio.
O Estrangeiro Albert Camus - 154 páginas - Abril Cultural - Segunda Parte. Capítulo V. Página 154.
Baixando 13/04/2013minha estante
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Jô Santos 19/10/2020

Sobre o vazio da existência humana
RESENHA
OBRA: O Estrangeiro
AUTOR: Albert Camus

Nº de páginas: 125
País de origem: França
Mês de leitura: Agosto/ Outubro

Albert Camus é um escritor francês, nascido na Argélia (que era dominada pela França), viveu entre 1913 e 1960, teve uma vida muito movimentada foi escritor, ensaísta, filosofo, jornalista e ativista político tendo participação na Guerra de Independência Argelina e atuando no Partido Comunista Francês, teve uma desavença com Jean Paul Sartre e se opunha abertamente ao marxismo e ao totalitarismo soviético, o que criou mitos sobre o acidente de carro que o matou em 1960. O conjunto de sua obra lhe rendeu um Nobel de Literatura em 1957.
Sua obra é marcada pelo existencialismo, levando o absurdo da existência humana aos seus limites. O Estrangeiro, publicado em 1942, é um perfeito exemplo disto, conhecido como o “romance do absurdo” o livro narra a vida do Sr. Meursault desde o dia em que este recebe a noticia da morte de sua mãe até o dia de sua própria. Meursault é uma figura estranha a sua própria realidade, vivendo uma existência vazia de significados, um eterno tanto faz, não mostra apego as pessoas, a lugares, a momentos, vive como um sem lugar, um eterno passageiro, como diz o título um estrangeiro em sua própria vida. Vivendo uma rotina metódica, sem lugar para buscar um sentido das coisas, sem lugar para refletir sobre o agora ou o futuro.
Trata-se de um livro bastante curto e a tradução de António Quadros trás esse tom metódico, vazio, sem sentimentalismo o que só enriquece a experiência do livro. A narrativa apesar de estranha e apática, te prende exatamente pelo incomum, você se vê querendo conhecer este homem estranho e os lugares onde sua apatia o leva.
O livro foi uma surpresa que o projeto de leitura conjunta do meu curso me proporcionou, lê-lo em voz alta foi uma experiência a parte, dividir seus acontecimentos com outros leitores ao vivo foi fabuloso, uma experiência verdadeiramente marcante. Fiquei muito feliz por conhecer a obra do escritor e ansiosa por ler outros livros do mesmo.
Cacique 23/12/2020minha estante
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Solo 01/07/2020

Raso como a perspectiva de vida do personagem
Sinceramente, achei a leitura um tanto desinteressante. A narrativa não possui uma profundidade que te prenda ao que esta por vir (não sei se essa foi a intenção do autor, mas pensando por esse lado, faz sentido). Não acho que foi uma história feita para que nos apeguemos a personagens pois tudo se passa muito rápido - tanto que o desenvolvimento se passa em um único final de semana.
Mersault é um personagem leve, não gostei nem deixei de gostar. A leitura, ao meu ver, não é uma das quais você pode tirar alguma reflexão profunda, acho que isso seria forçar a barra tanto quando querer tirar um propósito de vida do apanhador no campo de centeio.
Posso dizer que me desapontei com meu primeiro contato com o autor, mas não a ponto de me desinteressar por uma possível futura leitura
Dickson 26/03/2021minha estante
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RICARDO 26/06/2013

O senso comum intelectual
Contradizer a qualidade de um livro como “O Estrangeiro” é sem dúvida algo que me deixa muito hesitante e com um profundo receio de que talvez não tenha entendido a grandeza dessa obra, que me falte na verdade capacidade intelectual e sensibilidade para esse tipo de leitura.
Chego mesmo a pensar que minhas ideologias e crenças limitam a capacidade de análise e sinto-me um sujeito medíocre por não ver lá muito sentido num livro tão aclamado. Desde então aviso aos possíveis leitores toda a incompetência dessa análise, é a minha voz contra o senso comum intelectual de que “O Estrangeiro” seria um “clássico da literatura contemporânea”.
Serei bem direto, até porque não vou me cansar argumentando contra Jean Paul Sartre e tantos outros que escreveram páginas e mais páginas fundamentando a grandeza desse pequeno livro. Ele deve ser mesmo fantástico, disso não tenho dúvida, e devo estar vendo a obra de forma limitada, não é o que sinto mas é o que a razão fundamentada pelo argumento de autoridade me leva a crer.
Vamos então ao que penso:
O Estrangeiro não é um clássico. Aliás passa longe disso.
Talvez tenha se tornado pela introdução de Sartre e pelo ensaio do próprio Camus feito após o lançamento do livro, um ensaio para “explicá-lo”. Não li esse ensaio, mas talvez seja ele somado a opinião de Sartre o motivo do frisson pela obra, como uma espécie de jogo em que para vencer e chegar a resposta o jogador precise montar peças descobrindo então como desvendar o mistério.
Infelizmente sou desses sujeitos atrasados que acredita na obra por si, que para ser clássica precisa se constituir sozinha como um mito, uma explosão da mente, e não enxerguei nada disso em ´O Estrangeiro, mesmo com a introdução de Sartre e os comentários de colegas e professores. Expectativas trazem frustrações e isso poderá ter sido o grande problema, mas tive expectativas com Dorian Gray, com Ilusões Perdidas, com o Grande Gatsby e elas, de fato, se realizaram. Obras universais,que merecem seu lugar no “hall da literatura mundial”. O livro de Camus foi uma completa frustração, não por me sentir finito e sozinho no mundo, foi por ter diante dos meus olhos um possível diamante escondido em pedra bruta que não pude lapidar.
Tentei achar respostas, pensei que talvez não tivesse conseguido abrir os olhos por acreditar em Deus ou por ser meio “comunista”, por não ter paciência com essa linha do humanismo a là filme melancolia, de ver sentido em não achar sentido, essa coisa blasé intelectualoide. Ora, comunistas e cristãos são seres muito parecidos, uns acreditam em uma ideia-Deus, outros acreditam em uma ideia-homem e isso os faz mover e sentir prazer em viver na comunidade, seja como irmãos ou como companheiros que no fundo acaba sendo a mesma coisa.
Senti-me então incapaz, e isso é péssimo, sou daqueles que quer ler o Torá, o Alcorão e o Main Kumpf por ver nessas três obras elementos interessantes. Porque o que quero das leituras é o conhecimento e moral nenhuma deve obstar a sabedoria. Lembro da história de Hannah Arendt que sendo judia era discípula de Heidegger, um nazista assumido, e de como ela tentou não misturar duas coisas que se confundidas fazem o sujeito regredir completamente no caminho do saber.
Quero sentir tudo o que for possível, experimentar as perspectivas mais variadas, isso me faz crescer como pessoa e é isso o que traz um clássico. Mas não encontrei nada substancial em O Estrangeiro. Podem contra-argumentar que o sentido é as coisas não terem sentido - inclusive um dia pensei assim quando li Martin Eden, esse sim um clássico- na roda da vida e da sua insignificância, mas não, Martin Eden é um desiludido, não é um estrangeiro. Martin passa por dificuldades, vê a vida, dá sentido a tudo e só depois se vê perdido.
Li, do Sartre, Sursis, um bom livro, talvez um clássico, por sua narrativa diferenciada e seu humanismo intrínseco e achei muito engraçado que o mesmo Sartre tenha feito a introdução ao Estrangeiro. Não deixa de fazer sentido, compreendi que o assunto tratado no fundo é o mesmo, mas um é bem escrito, interessante, instigante, marcante, o outro são páginas corridas de algo que sem explicação, não passa da curta história de um sujeito julgado por não ter emoções.
Comparam em alguns pontos O Estrangeiro com obras de Kafka e Hemingway, retirem suas conclusões, mas não enxerguei Kafka nem Hemingway. Kafka ao mesmo tempo que é fantástico exala realidade, a alma humana saindo por todos os cantos em uma narrativa que mais se parece a um sonho bizarro e por isso real. Hemingway é a simplicidade da narrativa e a profundidade da alma. Ao menos em “O Estrangeiro” Camus esta longe léguas desses dois autores.
Para terminar, duas considerações: penso que essa sensação de não pertencimento ao mundo, de uma realidade que tanto poderia ser uma como outra totalmente diferente, de uma sociedade amoral onde a civilidade não passa de uma convenção necessária para as pessoas viverem em paz com seus abismos interiores seja algo natural ao europeu. Um reflexo do individualismo que se aprofunda cada vez mais no velho mundo. “O Estrangeiro” parece o reflexo disso, pouco latino, pouco comunitário, é a história de um sujeito que vive a imposição de uma moral sem no entanto fazer parte dela, um sujeito que vê em um árabe não um ser humano mas, simplesmente, “um árabe” - o personagem isento da moral, tornando-se um paradigma para a nossa compreensão de mundo.
Entretanto o “paradigma” é colocado muito mais por uma introdução de Sartre e um ensaio de Camus do que pela própria obra. Para mim é simplesmente levar a tentativa de sentido ao nada, nem mesmo ao não fazer sentido, pois o não fazer sentido já é um sentido da coisa, mas é o nada, talvez esse seja o “clássico” da coisa.
Não é um livro que leria novamente. Antes que me esqueça, uma dica para o seres que se aventuraram até aqui – não leiam a introdução de Sartre primeiro, ela conta a história e isso deixa a leitura broxante, afinal literatura é literatura e filosofia é filosofia por mais que elas se aproximem o bom dos livros acaba sendo o mistério.
Gabi 05/07/2013minha estante
Belíssima resenha! Conseguiu traduzir exatamente o que senti quando terminei o livro. Pareceu-me que, ao mesmo tempo que ele falava de tudo, não falava de nada. O livro não "acontece", fica parado num existencialismo melancólico.




José Ricardo 31/07/2013

A Filosofia do Absurdo...
O livro é narrado na primeira pessoa do singular pelo personagem principal, Meursault. A história inicia quando Meursault recebe um telegrama informando sobre a morte de sua mãe. Ele vai ao sepultamento, mas não expressa abalo emocional, tanto que, ao ser questionado por seu patrão sobre a idade de sua mãe, responde: "uns 60 anos". Não bastasse isso, no dia seguinte ao funeral, Meursault inicia um relacionamento com Marie, ocasião em que tomam banho de mar e vão ao cinema, assistir uma comédia.

Meursault leva uma vida comum. Trabalha em um escritório qualquer, tem amigos superficiais, hábitos banais; enfim, vive imerso num quotidiano sem questionamentos de ordem existencial. Ou, como ele mesmo diz: "perdera um pouco o hábito de interrogar a mim mesmo".

A despeito disso, em certa ocasião, de repente se vê envolvido em um crime na praia. O fato resulta em sua prisão e no curso do processo ele não sabe ao certo o que está ocorrendo. Afinal, não entende nada sobre Direito e, por conta disso, naquele ambiente hermético é como se fosse um estranho; um "estrangeiro". Está à sorte da empatia e benevolência de seus semelhantes, os quais, por sua vez, demonstram uma postura muito mais para o individualismo do que para o solidário.

Vale destacar, dentre várias, a passagem em que o juiz reconhece em Meursault o próprio anticristo apenas por ambos não seguirem as mesmas convicções religiosas...

Interessante, também, a fala do jornalista, que fazia a cobertura do caso, quando se aproxima de Meursault e diz: "sabe, tivemos que aumentar um pouco o seu caso. O verão é uma época morta para os jornais. As únicas histórias que valiam alguma coisa eram a sua e a do parricida."

Como se percebe, a obra é repleta de leituras nas entrelinhas, além de ser compatível com a chamada filosofia do absurdo, da qual Camus era adepto.

Para a filosofia do absurdo a vida não tem sentido algum. As pessoas é que buscam sentido nas coisas para aliviarem o sofrimento humano. Mas a vida é só a vida e nada mais. O ser humano, no fundo, não sabe de onde veio, para onde vai ou o quê está fazendo aqui. O ser humano é um "estrangeiro" no mundo e vaga ao acaso e a sorte dos mais variados e aleatórios acontecimentos, os quais não compreende ou detém controle. Não bastasse tudo isso, este mesmo ser humano ainda tem que conviver com seus semelhantes, o que torna a vida ainda mais difícil do que já é.

Albert Camus nasceu na Argélia - e não na França - e recebeu prêmio nobel de literatura por seu legado. "O Estrangeiro" é um livro curto em palavras, mas denso de significados. A dificuldade em compreender seu significado reside em sua própria ausência de significado, assim como ocorre em relação à vida. Este, portanto, é seu maior significado. Neste aspecto, Camus é coerente com seu pensamento: a filosofia do absurdo...
Pedro Sanches 21/09/2013minha estante
É realmente um ótimo livro, e parabéns, adorei a resenha.




Lou 31/03/2021

Muito bom
É tão interessante e engraçado o jeito do personagem principal, o modo dele de se enjoar de tudo e de todos , e nunca ter motivação para nada é oque torna o livro incrivel. acredito que não foi so eu q achei isso, mas a sensação de busca do entendimento dos sentimentos d meursault é oq faz cada folha ser mais intrigante.

eu costumo me decepcionar com finais de livros, mas o fim do estrangeiro é inesperado
nele é quando conseguimos conhecer mais um pouco do personagem.

obrigada meu mozi (Gabriel) por ter me presenteado!
E por fim, Tanto faz.
Gabriel 31/03/2021minha estante
Resenha top! Agora tem que ler os outros do Camus. Te amo ?




LQuei 03/07/2022

Sem palavras pra descrever o sentimento que se tem ao ler esse livro. Uma mistura de injustiça, justiça, felicidade, tristeza, sorrisos e lágrimas. Um livro que nos faz refletir muito sobre a vida e a morte. Apenas ler pra entender

?Do fundo do meu futuro, durante toda esta vida absurda que eu levara, subirá até mim, através dos anos que ainda não tinha chegado, um sopro obscuro, e esse sopro igualava, à sua passagem, tudo o que me haviam proposto nos anos, não mais reais, que eu vivia?
Maria 03/07/2022minha estante
Ta lendo mt vei????




Mari 29/07/2021

Eu ainda não sei exatamente o que falar sobre esse livro. Ele é tão simples? é sobre a vida de um homem. Mas tão complexo?..
O jeito que Camus conseguiu escrever um personagem totalmente alheio à tudo, alheio aos sentimentos, alheio aos acontecimentos, alheio ao mundo completamente. É absurdo. Nada o afeta.
Eu senti que era um pouco psicopático, mas não sei se estou certa.
É difícil descrever, mas eu adorei. Muito bom. Já quero reler e entender melhor
Elane48 29/07/2021minha estante
Li esse livro quando estudava o Existencialismo. Ajudou muito.




@LuanLuan7 19/07/2022

Ser estranho é absurdo.
O estrangeiro, na verdade, é Meursault: um francês que mora na Argélia.

(Spoiler ? - Após o funeral da mãe, ele se envolveu em um crime ao disparar 5 tiros contra um ?árabe?. Na verdade, foram 1 + 4 tiros. -?)

Entre a morte da mãe e o cumprimento da sentença, o personagem demonstra total indiferença a todo e qualquer aspecto da vida. Essa indiferença será usada contra ele no tribunal, sobretudo o fato de não haver chorado no enterro de sua mãe.

Sobre a própria obra, Camus disse o seguinte: "Em nossa sociedade, qualquer homem que não chore no funeral de sua mãe corre o risco de ser condenado." Ou seja, o personagem foi condenado porque não satisfez as expetativas sociais.

O choque que tive com a forma e o resultado do julgamento (sentença) só foi superado pelo final intenso, poético e reflexivo dos últimos momento do condenado, a caminho da paz eterna.

Citação: ?Pensei que tinha passado mais um domingo que ia retomar o trabalho; e que, afinal, nada tinha mudado.?
almeidalewis 19/07/2022minha estante
????




Mari 29/07/2021

Indignar-se ou resignar-se diante da vida?
É através de Meursault, um homem resignado dos desígnios da vida, que Camus nos apresenta o seu pensamento filosófico conhecido como Absurdismo.

A tendência humana é buscar um significado para a própria existência mas, segundo Camus, é humanamente impossível encontrá-lo, o que torna a vida um Absurdo - o escritor entende a vida como uma luta constante e sem sentido.

A atitude absolutamente passiva de Meursault perante os acontecimentos que determinarão o seu futuro nos abre a porta para o universo de Camus.

Camus viveu o peso do início do século XX. Guerras, pestes, totalitarismo, campos de concentração e todos os horrores que sabemos - esse ambiente foi extremamente propício para o desenvolvimento do seu pensamento.

Em ?O Estrangeiro? ele nos faz refletir sobre a condição humana e a irracionalidade do mundo.

?-
Embora ?O estrangeiro? seja a obra mais conhecida de Camus, ele tem outras obras importantes como: A peste, O mito de sísifo, O homem revoltado.

Camus morreu em um acidente de carro em 1960, três anos após receber o Prêmio Nobel de Literatura.

?O estrangeiro? inspirou não somente outros filósofos e escritores como também astros do rock. A música ?Killing an Arab? do The Cure é totalmente inspirada em Meursault.
Douglas Finger 29/07/2021minha estante
Vou ler tambemm!




Luciana Lís 27/02/2015

“Hoje a mãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem”. O Estrangeiro (1942), a mais famosa obra do argelino Albert Camus, é a história de Mersault, um escriturário que vive em Argel, homem que nada exige da humanidade, que vive entre a irracionalidade da vida e a práxis de equilibrar-se em sua rotina – não chorou no velório de sua mãe, a quem havia deixado num asilo tempos antes após entrarem em acordo mútuo: nada mais esperavam um do outro. No dia seguinte ao enterro dela, foi à praia, ao cinema, e iniciou um romance com a mesma mulher a quem disse que não amava, mas a desposaria se ela assim quisesse. As reflexões mais imponentes do livro são provocadas a partir do julgamento de Mersault, que assassinou um árabe na praia. As razões que culminam com a imputação da culpa não são o verbo do crime do qual era acusado, matar, mas toda a observância de sua frieza e racionalidade frente à vida – para o juiz, a falta de sensibilidade diante do defunto da mãe ou a inércia diante da agressão física a uma mulher oprimida se tornam razões mais relevantes diante do assassinato que cometera. Questionado sobre as razões do crime, alega que o calor e o sol o fizeram chegar à situação limítrofe de disparar quatro tiros contra o homem que matara. E para ele essa era a única e verdadeira razão coerente, já que a busca por falsas alegações emocionais seria firmar um pacto com um sistema social com o qual ele não é condescendente. E por não agir com a sensibilidade a que a humanidade tornou convencional, Mersault recebe uma condenação irreversível. Ao recolher-se a prisão, emerge num lúcido e cruel monólogo em que afirma o desejo de continuar a existir do mesmo modo com que construiu tudo aquilo que chamava de sua vida, tendo apenas o que é verdadeiro, negando a Deus, e que mesmo diante da sentença proferida pelo juiz e endossada por toda a sociedade, ele afirma que foi um homem feliz.
Por: @lucianalis

site: Para mais resenhas: instagram.com/coletivoleituras
Antonio 12/04/2015minha estante
Parabéns, linda resenha de um livro espetacular, cheio de metáforas, escrito de maneira fluida, fácil de ler, porém, difícil de compreender em todas as suas nuances.




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