O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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Chris 20/10/2021

Indiferença
Esse foi o tipo de livro que, no início, parecia que muito chato e enfadonho, mas que foi melhorando muito até chegar ao ápice no final (ou pelo menos a minha forma de percepção do personagem foi ficando mais favorável). Mersault é um francês indiferente a tudo e a todos: não reage à morte ou ao enterro da mãe; não reage ao carinho de Marie; não reage às amizades que vão lhe aparecendo. Tudo é efeito da inevitabilidade e da casualidade natural da vida. Durante páginas, isso torna-se quase insuportável. Mas depois da fatalidade de matar um árabe e ser preso e seguida, a história começou a me envolver. Foi durante seus longos meses de prisão e depois durante os dias de julgamento, que foi possível para mim perceber que ele também é humano: sentiu saudades de Marie, do bairro que morava, dos entardeceres, dos banhos de praia, sentiu vontade de VIVER. A passagem da visita do padre na prisão, com sua sentença de morte já acertada, foi impressionante de se ler, pois, para um homem tão indiferente como ele se mostrara anteriormente, houve demonstração muita emoção e vontade de viver.
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Erika 15/04/2020

Superestimado
Mersault é um cara que não tem sentimentos. A mãe morre, e tá tudo bem. A namorada pede ele em casamento e tá, vamos casar então. O amigo espanca uma mulher, e beleza. Ele mata um cara e ãh, preciso de um advogado? Certo.

O cara é uma planta nesse mundo, que não toma atitude nenhuma, e a única coisa de impacto que faz na vida é cometer o assassinato de um homem que não tem nada a ver com problemas seus. E tá tudo bem.

Não sei, não rolou. Sei que é sobre uma pessoa que está a passeio na vida, que se deixa levar por fatos, que pode apresentar problemas psicológicos, talvez até seja um psicopata. Mas não achei isso tudo não, viu?

Mais um clássico da literatura mega aclamado que eu não entendi.
karlinismo 17/04/2020minha estante
Kkkkkkkk


Stackiev 20/04/2020minha estante
Creio que seja um clássico pelo significado que ele carregava - e ainda carrega - numa época conturbada, num mundo cinza, um mundo após presenciar violentos colapsos e grandes atrocidades - as duas guerras mundiais, sobretudo. É uma reflexão, através da filosofia do absurdo que Camus incorporou nesse romance, sobre se vale mesmo a pena atribuir esforços tal como efeito a dar valor à vida.
Já ouvi gente relatar que achou a história chata, arrastada, desinteressante. Porém, acho muito verossímil e fiel ao sentimento de dar-se conta do absurdo e sentir-se desnorteado diante da própria vida, tal como Mersault que não tem ambições, sonhos; não vê futuro, é deixado ser levado pelo tempo - é como dizer: qualquer caminho serve.


Erika 21/04/2020minha estante
Halberstram, justamente esse propósito da história em focar no ?deixa a vida me levar? de Mersault é que não me causou o impacto que talvez eu esperasse.




L 04/07/2023

O Estrangeiro
Russos e franceses adoram deprimir o mundo. Se você gosta do tipo leitura que tem o poder de lhe deixar meio melancólico (a) por algum tempo, leia.

PS: Eu sei que Albert Camus não nasceu na França... Mas a alma dele era francesa! ?
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Diego 29/03/2021

O Estrangeiro
Um livro incrível que te faz refletir do início ao fim, uma escrita tão fluída que você não quer parar de ler.
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Janaina.CrisAstomo 17/07/2021

Pensar fora da caixa. Teoria do absurdo.
Um homem comete um crime: ele não chorou no velório da sua mãe. E por isso ele foi condenado à morte. O fato de ele ter matado um homem com 5 tiros é um mero detalhe em sua sentença.
Ele sempre denomina sua mãe terna e como "mamãe" e não perde uma ocasião de compreendê-la e de identificar-se com ela (Sartre).
JuKirchhof 17/07/2021minha estante
Ele foi julgado e condenado "antes mesmo" de matar. Esse livro é incrível!


Janaina.CrisAstomo 17/07/2021minha estante
Pois e. Agora estou lendo o qie Sartre falou sobre esse livro. Aravilhoso.




Gi Santos 04/01/2024

Camus conseguiu criar um personagem tão comum e corriqueiro, tão cansado do mundo, do cotidiano, tão inexpressivo quando a vida requer paixão, que honestamente, é fácil de se identificar e repudiar na mesma proporção. Foi um livro que eu terminei e fiquei com a sensação de "e cadê o resto? Eu quero ler sobre a vida desse cara até ele dar o último suspiro, eu quero saber o que vai acontecer com ele."
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Eliza.Beth 16/12/2021

Avalanche
Cara, que livro!
Não tem como você ler as primeiras frases desse texto e não ser fisgado imediatamente.
A indiferença do personagem me pegou de primeira.

É o tipo de leitura que cada um pode tirar uma interpretação diferente a depender da sua própria realidade.

Eu não tinha lido a sinopse do livro (graças a Deus) pois o final da primeira parte foi um choque para mim. Completamente inesperado. Completamente contrário ao que se espera do protagonista. O Camus foi tão sensível e inteligente nesse ponto.

Outro ponto no qual o Camus foi sensacional: só parei para pensar na narrativa em primeira pessoa depois que eu terminei o livro. Nós, leitores calejados, já sabemos que narradores em primeira pessoa é desconfiança na certa.
Tive dificuldade para desconfiar do Meursault.

Isso não quer dizer que eu não veja algo de diferente nele. Não sou da área da psicologia, mas ele não me pareceu ter uma mente saudável.

O final foi assim, de puxar os cabelos! Grifei simplesmente tudo da conversa dele final com o padre. Não costumo gostar de finais abertos. Mas esse, eu amei.

Ameiiiii forte. Um livro para ser relido muitas vezes.
Carolina.Gomes 16/12/2021minha estante
A conversa c o padre é absurdamente perfeita! Fico feliz por ter te forçado a ler. Sabia q vc ia amar. ?


Eliza.Beth 18/12/2021minha estante
Nossa, vc me conhece demaaaissss!!! ???
Uma recomendação dessas, bicho!!! Grata como sempre ?


Carolina.Gomes 18/12/2021minha estante
Um livro p ser revisitado?




VitAria.Caroline 30/07/2022

Eu demorei pra fazer esse comentário pq não sabia que nota daria para esse livro, acho que por um lado sou sentimental demais para entender e compreender alguém tão apático quanto o Meursault. Mas eu gostei desse exagero e de como o livro conversa conosco, a mensagem que passa.
Mas enfim, ainda acho o Meursault um 🤬 #$%!&
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Sergio Carmach 12/05/2015

A sociedade toma por base o sistema de crenças e as manifestações exteriores de um indivíduo para julgar seu caráter, intenções e sentimentos.

A despeito das inúmeras e profundas análises já feitas a respeito desse livro, eu diria que O Estrangeiro basicamente afirma a frase acima.

Alguns dizem que esse livro é superestimado; outros afirmam que é uma das melhores obras já escritas. Bem, eu gostei. Bastante até! Não porque a história é aclamada, mas porque ela, de forma interessante e inteligente, leva o leitor a fazer indagações relevantes. Eu me perguntei: é um homem como o protagonista Mersault que se faz estrangeiro ou é a terra que se faz estranha a ele? Quem precisa compreender quem? Seria Mersault um ser insensível ou simplesmente sereno frente à vida? Na verdade, insensíveis não seriam as sociedades, acostumadas a esmagar os indivíduos sob seus padrões e convenções?

O livro se divide em duas partes. A primeira é essencialmente uma narrativa factual; e o leitor pode até se sentir lendo um relatório. Mas, seja como for, nada ali é dito à toa. Cada mínimo movimento de Mersault e cada situação vivida por ele serão lembrados e analisados na segunda parte, trecho do livro onde o leitor encontrará a “ação” da história e o espírito filosófico de Camus.

"Darei a prova do que afirmo, meus senhores, e dá-la-ei duplamente. Sob a crua claridade dos fatos em primeiro lugar e em seguida sob a iluminação sombria que me será fornecida pelo perfil psicológico desta alma criminosa", disse o procurador encarregado da acusação de Mersault. Em A Peste, Camus expôs precisamente, na voz do padre Paneloux, a forma (torta) de pensar dos cristãos diante das calamidades; do mesmo modo, o autor soube, em O Estrangeiro, traduzir perfeitamente a maneira de raciocinar da Justiça e da sociedade quando confrontadas por personalidades como a de Mersault. Acompanhar a lógica acusatória do procurador é uma satisfação para o leitor, mesmo que ele discorde do que diz o personagem. No julgamento fica claro que às vezes a verdade pode, sim, parecer ridícula; tão ridícula, que soa irreal, absurda.

Nas últimas páginas, surge o velho conflito entre razão e religião; no caso, entre materialismo e espiritualismo. A meu ver, outro ponto alto de um livro que, independentemente de ser ou não genial, vale muito a pena ser lido.

site: http://sergiocarmach.blogspot.com.br/2015/05/resenha-o-estrangeiro.html
Douglas 19/07/2019minha estante
muito bem observado, Sergio.
o livro é interessantíssimo. confunde, instiga e provoca.
e cabem muitos questionamentos acerca da vida de Mersault... pra tudo existe uma causa.




Serpassan 23/01/2024

Um sujeito comum.
Narrativa sobre um cidadão comum, um homem que não sente as emoções da vida ou até mesmo da morte, uma pessoa que só pensa em si mesmo e tem sua vida transformada por uma circunstância peculiar...
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Elizabeth 30/12/2022

Escolhas
Um homem que teve suas escolhas simples, julgadas pelos olhos da justiça, que esqueceu que ele pode ser quem ele quiser.
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queridasreticencias 21/03/2021

O Estrangeiro de Albert Camus.
O que falar sobre este livro? Que coisa estranha eu acabei de ler.

Apesar da crueza e indiferença do narrador, creio ter conseguido captar a essência. Era um homem que vivia seus dias um após o outro, sem de fato se importar com algo. O verdadeiro ?tanto faz?, frio em relação à tudo.

Os traços do personagem me levou a pensar que talvez fosse alguém com problemas mentais, um psicopata.

?Psicopata é a designação atribuída a um indivíduo com um padrão comportamental e/ou traço de personalidade, caracterizada em parte por um comportamento antissocial, diminuição da capacidade de empatia/remorso e baixo controle comportamental ou, por outro, pela presença de uma atitude de dominância desmedida.? Ele era isso.

Parece uma pessoa perdida na realidade, não sabe e não entende o que está acontecendo e tanto faz o que está acontecendo. E vivendo nessa maneira dormente, acabou por cometer um crime sem pensar, sem maldade, apenas fez. Ao perguntarem por quê o fez, ele não sabia responder. Entendem? Era completamente apático e alheio à tudo.

Porém, depois de sua sentença, ele passa a fazer sérios questionamentos sobre a vida.

Não sei bem explicar a sensação que fiquei, ao mesmo tempo que queria chacoalhar o personagem e mandá-lo acordar para a vida, também conseguia o compreender, apesar de em nenhum momento conseguir gostar dele.

Creio que a intenção seja essa, fazer-nos perceber se talvez não estejamos vivendo como ele. Uma incógnita, mas um grande impacto psicológico. Até agora estou pensativa...
Rosangela.Chaves 21/03/2021minha estante
Eu tive essa sensação quando li esse livro. Foi indicação de um amigo e me deixou pensativa por um longo tempo. O livro traz um personagem tão alheio que se não soubéssemos o que ele pensa durante a narrativa teríamos nele um assassino frio, quando na verdade ele é tão anestesiado que nem assassinato o faz sentir qualquer coisa.




Maria.anamariaprof 12/04/2020

Amei
Primeira obra desse autor que eu leio. Primeira de muitas!!!!!
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Maro 18/03/2021

Tanto faz. Isso não quer dizer nada.
Um livro curto que dá um tapa na cara.
Estranho, angustiante, incômodo. O livro grita existencialismo, não tem como não ouvir.
Mersault, tão indiferente, narra enterrar a mãe e fritar um ovo no mesmíssimo tom. E é indiferente sem querer usar isso propositalmente para o mal ou para o bem, nem de si mesmo nem de outros. Ele simplesmente é, e tanto faz. Isso não quer dizer nada.
Mas a sociedade tem suas regras e seus padrões de comportamento, e até de pensamento (!), e segui-los ou não gera suas consequências.

Esse é o tipo de livro que você acaba de ler e sente a necessidade de sair correndo pra conversar com alguém. Você quer ler mais sobre, pesquisar, pensar. E agora VOU TER QUE ler O mito de Sísifo.
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Fernanda 22/04/2023

Imperdível!
Primeiro contato com o autor... e que contato!
A forma como se escolheu contar e expressar essa história é visceral e atordoante. Espero ler mais livros de Camus em breve.
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