Resenhas - O Estrangeiro

Heider 16/10/2022

Experiência marcante.
Leitura agradável com uma escrita muito direta, muito seca e que combina perfeitamente com o protagonista. Uma história tão curta e que leva a muitas reflexões.

Preciso admitir que não entendi tudo, muitas situações são abertas a interpretações: a personalidade de Mersault, como as pessoas ao redor o enxergam, o dolo e o julgamento. Como pode aquelas pessoas sentirem tanta raiva do crime de Mersault? Também não ficou claro para mim.

Albert Camus consegue construir um clima tenso que nos prende até o final, chega a dar uma esperança ao ver como a liberdade vai ganhando importância quando a situação de Mersault vai se agravando.

Um livro tão curto merece uma releitura em breve. Recomendo.

Nathy.Mileno 16/01/2022

Meursault de apático a surpreendente
No começo, achei Meursault apático. Para ele, a vida tanto faz como tanto fez. Meursault no início acomodado com toda vida, até mesmo as descrições e ações que o autor fez de Meursault eram por meio de frases e períodos curtos, como se tivesse a intenção de mostrar que o personagem era aquilo curto, grosso, objetivo e não precisa dizer mais nada. Porém, quando a narrativa foi avançando, a história e escrita mudaram o curso. As frases e os períodos curtos não eram muitos em relação ao início.
Gostei do livro, porém cheguei a essa conclusão depois de alguns dias após finalizada a leitura.

Sabelpimenteel 12/03/2023

A história do livro já se inicia mostrando a completa apatia que o personagem principal demonstrou a morte da própria mãe, a partir disso a história se desenrola nessa narrativa que mostra a vida de um homem com pensamentos existencialistas e o julgamento do assassinato que ele cometeu e como ele reage após esse acontecimento.
Minha experiência com esse livro foi muito boa, gostei da forma com que a escrita é fluida mas ao mesmo tempo traz um certo incomodo.

thata 25/10/2022

Existencialismo
Estou nessa saga de ler os livros de Albert Camus. Comecei por O Estrangeiro, e achei super injusto o final. Mas gostei bastante ;)

Ká 29/05/2022

The cure - Killing an arab
Resolvi ler a obra que inspirou a musica killing an arab do the cure e eu adorei esse livro, trás questões sociais muito interessantes de como nossa sociedade sempre irá julgar moralmente o comportamento que temos perante os outros. A escrita dele é densa porém fácil de compreender, em alguns momentos penso que a tradução pecou pelo menos na edição que li.

Catharina.Mattavel 17/06/2020

A indiferença absurda
O Estrangeiro apresenta um personagem considerado anti-herói, Meursault que logo no primeiro paragrafo transparece a tamanha indiferença acerca da morte de sua mãe, e esse é apenas um dos acontecimentos que o protagonista assume uma postura passiva e fria. Camus é um filósofo que tem a intenção de apresentar a filosofia do absurdo, através de O Estrangeiro, uma filosofia que pode ser considerada pessimista por alguns, por ser tão crua a ponto de passar a ideia de que não existe um sentido na vida.

Meursault ao mesmo tempo que causa um inconformismo gigante no leitor, também gera reflexões acerca da liberdade e da condição humana, dando voz a uma das obras mais marcantes do pensamento ocidental. É uma leitura difícil no sentido de digerir e elaborar as percepções do protagonista.
De fato, o título não poderia ser melhor, já que o protagonista é um estrangeiro em sua própria vida, sempre com uma postura "tanto faz" e sem tomar partido de nada. O que me causou mais estranhamento, foi presenciar um personagem que aceita a violência, sem que isso cause qualquer sentimento a ele.
Nossos sentimentos diante a obra, são reforçados pelos próprios personagens secundários, que após uma atrocidade causada por Meursault, questionam as atitudes e comportamento acerca da morte de sua mãe. Foi uma ótima forma de Camus nos preparar para todos os outros elementos que acompanham o telespectador, elementos que nos causam inúmeras sensações, que parecem até compensar todos os sentimentos que faltam em Meursault.
Foi muito gratificante conhecer o trabalho de Camus, é uma narrativa que marca em diversos sentidos, que nos faz questionar até mesmo o sentir e moral de cada um de nós, e que os nossos sentimentos mais profundos são previsíveis, causando o choque ao se deparar com alguém que não sente como a maioria. Espero que essa tenha sido apenas o inicio de muitas leituras do autor.

site: https://www.instagram.com/p/CBjEsn3DMDF/?hl=pt

Jonatas Costa 09/02/2021

Um livro que deu de conta das minhas expectativas, personagens interessantes, apenas o final achei um pouco filosófico demais. Um livro com muitas reflexões, tocando vários assuntos da sociedade. Resumindo: gostei do livro

zimmerman1 14/05/2020

A Culpa é do Sol
As relações humanas tão absurdas quanto reais, existem no mundo que já não é mais compreensível pelo homem que não vê em sua própria existência um significado grandioso ou nem perto disso. A religião não o acolhe, o amor não é eterno, do mesmo jeito que a vida não é eterna. As coisas não tem um significado, elas não precisam ter. Aceitamos a natureza da vida em sua própria insignificância. As coisas acontecem por acontecer numa vida em que não somos os próprios mandantes e que mesmo assim o destino não existe. O futuro é apenas uma consequência das insignificâncias triviais. O narrador não vê humanidade em sua própria vida, compreende os fatos e mesmo assim não os entende. Não precisa de respostas, não quer saber, repete sempre o mantra do ´´tanto faz``. Uma vida conduzida pelo acaso, iniciada e terminada pelas tempestuosidades da própria natureza, pela incerteza e pelo calor. Pelo sol radiante na praia.

FabiWolfart 13/08/2022

O estrangeiro
A indiferença de Meursault pela vida o levou a seu destino.
Leitura rápida e fácil.
Porém, não leria novamente.

Ibercson 06/04/2021

Bom!
Gostei, mas esperava mais emoção...
Porém é uma leitura até que agradável.
Imaginava algo próximo de um conde de mont Cristo moderno, mas...

Zaqueu 28/08/2021

Estrangeiro de si
Já no começo da leitura gera um certo desconforto de como Marsault releva a morte da própria mãe. Passivo diante da realidade da vida. Porém verdadeiro diante de tudo o que fez e cometeu.

Camila 31/12/2020

Comecei a ler esse livro e não consegui mais parar. A construção de seus personagens, cada detalhe da narrativa, os absurdos e o acaso: tudo muito impressionante.

Noany0 12/01/2023

Uma vida na qual eu pudesse lembrar desta vida
Obra curta sobre ideias existencialismo e exemplo exímio do ?absurdismo? em Camus.
O livro te apresenta personagens, um pequeno enredo e um estopim do qual muda da primeira parte pra segunda, e que rege toda a narrativa adiante, acerca do primeiro acontecimento presente no livro, ?hoje mamãe morreu?.
Muito bom, de maneira rápida consegue se ter uma prova das principais ideias do autor, além de ser um clássico de escrita fluída e muito simples, recomendo.

Karina Paidosz 06/03/2023

Estamos diante de uma consciência esvaziada, estranha ( ou "estrangeira")

Adorei a reflexão que nos leva essa leitura.
Senti muitíssimo por ti, Meursault.
Penso que sua vida por si só não vinha a ser tão agradável e boa quanto gostaria.

Percebemos que tudo o que nos acontece é o reflexo de nossas vivências.
O que aceitamos e o permitimos nos acometer.

Li esse livro por uma referência de uma leitura anterior. Já fiquei curiosa em ler mais de Camus.

dan 06/11/2021

albert camus paga minha terapia seu safado
eu adoraria escrever uma resenha muito boa sobre tudo que eu pensei enquanto estava no banho pós terminar esse livro eu juro, eu realmente me aprofundei no sentido da história, mas agora estou com raiva, estava tão obvio onde o autor queria chegar com tudo isso e eu fiquei procurando coisas pra tentar entender o que estava acontecendo, então só com minha crise no banho que eu percebi o quão safado esse autor é, juro ele me paga. eu ja tive meus momentos de me sentir um estrangeiro em um ambiente, em uma conversa ou em qualquer situação que dê pra você se sentir completamente distante do que esta rolando, mas por motivos diferentes do protagonista, por isso me foi tão dificil conectar com os pensamentos dele, uma pessoa tão apática ao que acontece em sua volta, enquanto eu literalmente nasci com o dedo na tomada. por isso minha raiva, o autor me pegou muito nessa ideia ele literalmente me fez sentir a pessoa que faz com que o protagonista se sinta o estranho, enquanto eu em toda minha existência fui o estrangeiro.