Os Devaneios do Caminhante Solitário

Os Devaneios do Caminhante Solitário Jean-Jacques Rousseau




Resenhas - Os Devaneios do Caminhante Solitário


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Larissa2501 05/11/2023

Rousseau soube como a vida social pode adoecer o espírito, após perder seu direito de caminhar livremente, seu anonimato e também seus amigos, tendo escutado coisas ofensivas e falsas sobre si mesmo, resultando num profundo desgosto com tudo e todos, isso, por conta de seus escritos sobre política que foram entendidos como uma ofensa e uma ameaça para o governo da época. Não tendo outra alternativa, Rousseau teve que buscar conforto em si mesmo, fazendo um árduo trabalho de autoconhecimento e reeducação, onde teve que aceitar que, mesmo tendo um coração verdadeiramente bom, a vida com os outros homens não era para ele, outra coisa que o agradava, era a botânica, conseguia sentir alegria apenas contemplando o quão simples e bonitas eram as coisas que não eram feitas pelos homens.
No livro, ele narra suas caminhadas quando já estava num momento avançado de sua idade, relembrando o quanto que esse desprezo que a sociedade tinha por ele o deixou ansioso e inseguro e o quanto foi difícil voltar a ver beleza nas coisas simples, muito sincero e até um pouco sentido sobre as coisas que foi sujeito.
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Marcos606 05/04/2023

No final da vida, Rousseau resolve escrever, textos notadamente mais autobiográficos do que antes. Começa pelas 'Confissões' 1770, 'Rousseau juiz de Jean-Jacques' 1777 e culmina neste Devaneios, de 1778, incompleto, pela morte do autor no mesmo ano. A parte final do livro provavelmente concebida algumas semanas antes de sua morte.

A obra é composta de reflexões autobiográficas e filosóficas, o autor geralmente usando a primeira pessoa do singular e fornecendo por digressões alguns detalhes sobre sua vida.

O livro, que se apresenta como o "diário de devaneios" de Rousseau, é composto por dez seções irregulares, chamadas de caminhadas, que são reflexões sobre a natureza do homem e seu espírito. Rousseau, através deste livro, apresenta uma visão filosófica da felicidade, próxima da contemplação, através do relativo isolamento, de uma vida tranquila e, sobretudo, de uma estreita relação com a natureza, desenvolvida pelo caminhar, pela contemplação.

Esses Devaneios buscam produzir no leitor um sentimento de empatia que lhe permita, através do autor, compreender melhor a si mesmo.

Tem certo valor terapêutico mesmo se é um tanto vazio.
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Aline.Rodrigues 22/01/2023

Tímido e arrebatador
Quanto prazer em ler este pequeno livro! Assim como o próprio Rousseau se define, tímido é o livro, mas quanta intensidade ele possui nas suas linhas! Sempre encontro muito prazer em conhecer vidas humanas, demasiado humanas e Rosseau é uma destas vidas. Homens que se voltam para si, como único caminho de salvação do mal-estar social. Assim como o homem do subsolo de Dostoiévski, Rosseau se tornou um dos meus grandes amigos íntimos literários.
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Carina 19/01/2023

Momento
Acho que esse não foi o melhor momento para essa leitura....muito filosófico para o meu atual gosto literario.
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Ingrid 11/07/2020

Em seu livro ?Os devaneios do Caminhante Solitário?, Rousseau descreve sobre seu tempo cercado pela solidão, onde aprendeu sobre inúmeras coisas e principalmente como conviver com seu eu de forma amigável. Nesse livro Rousseau descreve vários devaneios que lhe ocorriam enquanto caminhava. Como era amante da natureza, via nela seu refúgio enquanto era perseguido pela sociedade, preferia viver em meio as flores do que em meio aos homens, pois estes nada tinham a acrescentá-lo e sempre que estava entre eles, não podia ser autêntico, pois precisava agradá-los.
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Vivendo a Vida 29/07/2018

Os devaneios do caminhante solitário
Como uma biografia, nesse livro o leitor se encantará com os pensamentos desse clássico autor. Como que divagando pela vida, ele nos vai dando, aos poucos, as idéias do seu pensamento. Um livro para descobrir uma das faces da vida ou mesmo para entender um pouco mais sobre os pensamentos humanos.
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Tiago 25/03/2017

OS DEVANEIOS DO CAMINHANTE SOLITARIO
Desde o surgimento do chamado Estado moderno - final do século XIV - a centralização do poder nas mãos dos monarcas europeus era sinalizada, dentre outras coisas, pela concessão de monopólios, criação de moedas, exércitos, leis e impostos. Esse predomínio de “poder de direito divino” cambaleou até o século XVIII, quando se tornou pratica a sistematização da razão como método e a secularização do pensamento político. O poder passou a exigir uma base racional para sua legitimidade. Essa imposição deu vazão a perspectivas políticas variadas - divergentes em alguns pontos, mas que partilham de uma origem comum: a existência do chamado contrato social.
Filho de um simples relojoeiro genebriano, Jean Jacques Rousseu tornou-se um dos protagonistas de seu tempo ao revalidar a temática do contrato social. Essa nova concepção da política forneceu o impulso filosófico que caracterizou as revoltas do século XVIII. É inegável a influência da filosofia de Rousseau nos eventos do chamado “século das luzes”. Sua posição política é amplamente exposta em obras celebres como O contrato social e Discurso sobre a origem e os fundamentos das desigualdades entre os homens.

Em Os devaneios do caminhante solitário, Rousseau deixou de lado o fenômeno político para se concentrar no fenômeno humano. O texto - de apenas 134 paginas - registra suas caminhadas realizadas nos arredores de Paris entre os anos de 1776 e 1778. Em muitos momentos vemos um autor amargurado e desiludido narrar às dificuldades criadas pela chegada da velhice. Em outros um homem que se rendeu aos encantos da natureza divagar sua admiração pelas flores e seus tormentos morais. A valorização do ambiente natural surge na obra como um dos traços mais marcantes da escola literária do Arcadismo – onde a simplicidade da beleza da natureza era empregada como oposição as extravagâncias da aristocracia.

Esteticamente o texto é dividido de forma que cada capitulo consiste em uma caminhada – dez no total - de um determinado dia. Na quinta caminhada, Rousseau fala sobre a felicidade e sua relação com as lembranças. Conclui que nenhum sentimento ou forma de admiração pode ser constante. O fluxo contínuo da mudança acompanha as formas de afetos aos quais somos permeáveis. Na sétima caminhada, Rousseau faz uma revelação no mínimo inusitada para um homem que se imortalizou na figura de um dos maiores pensadores de seu tempo: “o devaneio me relaxa e me diverte, a reflexão me cansa e me entristece; pensar foi sempre para mim uma ocupação penosa e sem encanto.”
A oitava caminhada é um dos textos mais reflexivos e profundos da obra. Rousseau julga o comportamento humano e condena as opiniões por considerá-las como produto das paixões. O ato em si não é avaliado a revelia das intenções por trás dos mesmos: “Em todos os males que nos acometem, olhamos mais para a intenção do que para o efeito. Uma telha que cai de um teto pode nos machucar muito, mas não nos fere mais que uma pedra atirada de propósito por uma mão maldosa”.
Em sua ultima caminhada Rousseau fala pela primeira vez sobre madame de Warens - que apesar de ter apenas 28 anos já era chamada de senhora. Seu relacionamento com madame de Warens é um dos temas mais controversos de sua historia pois na ocasião Rousseau tinha apenas 16 anos. O texto possui um tom agradável e é por si apenas bastante revelador. Vele muito apena ser lido e admirado.

AUTOR
TIAGO R. CARVALHO

site: http://cafe-musain.blogspot.com.br/2016/02/os-devaneios-do-caminhante-solitario.html
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Carmem.Toledo 20/04/2016

Melancolia filosófica
Texto inacabado do filósofo genebrino Jean-Jacques Rousseau, "Os devaneios do caminhante solitário" é uma obra curta que traz seus pensamentos sobre seu isolamento no fim da vida, depois de críticas contundentes a sua obra e supostas perseguições. Percebe-se um grande tom melancólico na escrita de Rousseau, revelando um pouco de seu estado de espírito na época.

site: https://ocaminhantesolitario.blogspot.com
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Lucas 26/02/2016

Apesar do recalcitrante ressentimento que o dominava, Rousseau nos ganha com sua franqueza e com sua capacidade de expressão dos preciosos êxtases solitários que o libertavam de tudo.

site: alfaritmo.blogspot.com
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Maurino 27/07/2011

A vontade de liberdade.
Nesses devaneios, Rousseau busca o refúgio da “experiência interior” em oposição à agitação da sociedade corrompida, que injustamente o teria excluído. Acumpliciando-se com a natureza, ele acolhe o murmúrio contínuo de um mundo obscuro e hostil somente para melhor sentir, em si mesmo, a perfeita plenitude de sua consciência. É no concurso dos objetos circundantes, que se lhe oferecem aos sentidos, que ele encontra a mais pura fruição de seu íntimo sentimento de existência. Ora, se ele não pode mais agir no mundo, em meio aos seus, a harmoniosa unicidade da vida, também ameaçada pelo delírio que o acomete, é compensatoriamente reconquistada no mais recôndito recanto de sua alma - na embriaguez imaginária pela qual ele se abandona ao êxtase (confundindo-se com a natureza em uma espécie de místico sentimento oceânico). Todavia, é aí que se encontra a potência: se ele renuncia ao mundo, diante da impossibilidade de comunicação com os seus, ainda que isso decorra da “perda do juízo”, a força do fluxo libertário de sua palavra reivindica a sua permanência, ao mesmo tempo o redimindo em seu passado e o justificando no futuro - enquanto palavra eficaz, que incendiará as gerações seguintes, mais do que qualquer outro contemporâneo seu. Este é, sem dúvida, um belíssimo livro sobre a vontade de liberdade.
Davi 28/08/2012minha estante
Resenha Fascinante Mauricio!!
Me convenceu até a lê-lo !!:)




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