Edda em Prosa

Edda em Prosa Snorri Sturluson
Snorri Sturluson




Resenhas - Edda em Prosa


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Regis 14/09/2023

Adoro essa mitologia, mas o livro não tem fluidez alguma
Essa é a edição mais completa disponível em português da Edda em Prosa, e traz todo panteão dos deuses nórdicos e suas histórias do início do universo até o Ragnarök.
Escrito pelo poeta, historiador e político Snorri Sturluson por volta de 1220. Essa obra detalha o panteão nórdico composto por duas principais famílias de deuses, os Aesir e os Vanir.
Snorri escreve o livro sobre a hipótese de que os deuses nórdicos de Asgard (Aesir) foram inspirados por figuras de grandes reis e imperadores.

Os escandinavos antigos eram politeístas e suas crenças se relacionam com a cultura dos povos nórdicos durante a Era Viking (de 793 a 1066 d.C), e embora a região da Islândia já sofresse a influência do Cristianismo, a narrativa do historiador islandês apresentou a percepção mitológica que perpassava na visão dos povos escandinavos antigos tornando a Edda em Prosa uma grande fonte documental da mitologia nórdica.

O autor inicia o livro falando de Odin, ligando ele a criação do mundo:
"Filho de Borr, Odin é a quem é atribuído o título de ?Pai de todos?, é o governante do reino e criador de todo universo. É dito que Ele vive em todas as épocas e governa todo o seu reino, e dirige todas as coisas, grandes e pequenas.
Ele criou os Céus e a terra e o ar, e todas as coisas que há neles." 

Odin, na minha percepção, juntamente com Loki são os seres mais interessantes de todo o livro.
A imagem de Odin sentado em seu trono de onde tudo vê com seus dois corvos ?Hugin? e Munin? e seus dois lobos "Geri e Freki" é poderosa.
Thor, que entre todos os deuses era o mais adorado pelos povos nórdicos, é apresentado apenas como um guerreiro raivoso, de pavio curto e pouco inteligente; que aparece apenas quando é preciso guerrear.
Já Loki é o grande simbolo da maldade, embora suas artimanhas sempre acabem beneficiando os deuses. Tornou-se irmão do deus Odin através de um ritual de sangue e conseguiu privilégios no panteão dos deuses nórdicos. Mas, ainda assim, nunca deixou para trás sua natureza perversa.
Enquanto os outros: como Balder, Frigga, Freya, Frey, Hel, Sif, Tyr e os seres sobrenaturais; Anões, heróis e as Valquírias são apenas brevemente descritos.
Particularmente falando a melhor parte do livro é a apresentação do Ragnarök.

Essa leitura foi muito curiosa, mas também muito maçante: apesar de apresentar os deuses e falar de seus feitos, a escrita não discorre de forma espontânea, o que a torna arrastada em algumas partes e um pouco confusa, sem muita ordenança. Sempre quis ler a fonte dos mitos que geraram tantas histórias na literatura e na cultura pop ocidental, mas a escrita cansativa e a forma de organização das histórias não foi muito prazerosa de ler.
Essa publicação traz várias pinturas e gravuras coloridas, sendo algumas em preto e branco, com representações artísticas dos deuses e de momentos dos mitos. A edição é lindíssima e possui alguma coesão, mas pouquíssima fluidez... sendo assim recomendo apenas para quem for muito fã de mitologia.
Cleber 15/09/2023minha estante
Também fico bem curioso para ler e como sempre adorei sua resenha


Cosmonauta 15/09/2023minha estante
Antes pensei em comprar esse livro, mas por ser "a versão mais completa disponível em português", fico na dúvida se espero o lançamento de uma edição integral, imagino que as partes faltantes sejam importantes ...


Regis 15/09/2023minha estante
Obrigada, Cleber! ??


Regis 15/09/2023minha estante
Eu esperaria, Cosmonauta... apesar de ser uma edição muito bonita é incompleta e confusa.




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vitóriaalice 19/07/2023

Mesmo sendo um livro bem curto minha leitura foi bem arrastada, enfim, só sei que é um material bem completo pra qm quer ter uma ideia geral sobre a mitologia nórdica
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Sparr 22/12/2022

Uma aproximação com o antigo
Tenho respeito e credulidade em divindades nórdicas. Assim, aprender, ainda que em algumas lacunas ou perspectivas rasas sobre as lendas e mitologias de como eram as relações dos deuses entre si, entre outros e com os homens, permite entender a complexidade do homem primitivo e como sempre tivemos a necessidade de explicar a nós mesmos a origem de tudo.

A dualidade encontrada como característica central de todos os deuses do panteão nórdico, é vista em todo o universo, inclusive em nós. Assim, homem assemelha-se ao que considera divino, pois ninguém é de todo bom ou de todo mal em sua origem, torna-se um ou outro em seu desenvolvimento ou a desapegar-se de sua natureza.

Foi uma boa leitura.
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Draculina 19/04/2022

Edda em Prosa
Infelizmente essa obra deixou a desejar por não ser incluso a seção Háttatal e o motivo foi mais banal. Mas, é interessante conhecer as fontes de uma outra forma de escrita.
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Thiago 08/10/2021

Uma cultura há muito esquecida.
Um livro muito interessante. Poder conhecer um pouco mais sobre a cultura nórdica por meio de uma obra quase milenar é impagável. Podemos ter contato com as formas "originais" de diversos mitos que só conhecemos por outras fontes modernas.
Claro que o leitor desavisado também não deve se iludir. Este livro já é tanto "moderno" quanto "processado", é um compêndio de mitos, histórias e ensinamentos, não representa um livro sacro da época. Pelo contrário, foi escrito já por cristãos, então não se pode esperar algo como os comentários de Uthred de Crônicas Saxônicas, por exemplo.
Outra questão é a organização do livro. Ele se divide em duas partes principais, sendo que uma delas destaca a maior partes dos deuses e mitos, e outra explica como ser um poeta. Então ambas, especialmente esta última, são escritas de forma bem curta, não linear e sem detalhes ou diálogos. Destaco a beleza da segunda parte, em que se aprende que os poetas "chamam as coisas por outros nomes que não os seus, o que torna a poesia rica".
Uma excelente leitura.
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Almeida dos Santos Policena 18/07/2021

Surpreendente
Achei o livro muito interessante o que mais me surpreendeu foi a semelhança do Ragnarok com o Apocalipse bíblico e também a descrição de alguns deuses. Me faz pensar que de certa forma todas as mitologias apontam para algo... Outra coisa que me surpreendeu foi saber que os escaldos possuíam uma metáfora e canções para se referir a Cristo. Um livro cheio de conhecimento e agrega muito em conhecimento sobre mitologia nórdica l
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Dayanne 28/06/2021

A primeira parte é muito interessante, traz diversos contos e aventuras da mitologia nórdica (que era o que eu estava buscando).

É engraçado notar como o contexto histórico da época altera a narrativa do autor. Com a ascensão do cristianismo, Sturlusson faz parecer que os deuses na verdade eram apenas homens que, devido aos seus grandes feitos, acabaram sendo vistos como divindades, ou seja, ele nega toda a crença nórdica como religião.

A segunda parte é mais monótona, apesar de haver alguns contos no meio, seu foco está em apresentar as metáforas usadas nas poesias dos escaldos e os nomes utilizados, tanto é que as últimas páginas não são nada além de nomes e nomes para diversas coisas.

Uma coisa que me incomodou foi a opção do editor de retirar a terceira parte, o Háttatal. Apesar de ser composta por apenas cantos, gostaria de ter lido já que faz parte da obra original.
Tidan 09/03/2022minha estante
Poxa, mancada mesmo não ter o Háttatal




Leo 19/05/2021

Obrigatório para quem gosta da Mitologia Nórdica!
Pode parecer um pouco cansativo e repetitivo para quem está começando. São muitos nomes que o autor vai colocando desde o início, pode parecer confuso, talvez até se perca na leitura, mas pra quem continua lendo, vale muito a pena! Narra com riqueza de detalhes as sagas, os mitos, personagens... Talvez você até veja Loko com outros olhos após ler essa obra!
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Thiago Gadelha 10/03/2021

Prosa boa
Edda em prosa conta a mitologia nordica comentando os significados de passagens cantadas e cheio de ilustrações antigas. Um bom livro pra conhecer esse mundo nórdico.
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Marcos.André 17/07/2020

Se Você procura estudar a Mitologia Nórdica, cá estão, as Eddas em Prosa é um acervo de contos que mostram os feitos dos deuses do panteão nórdico, sim, vai muito além de um livro de contos de fadas, tem muitos provérbios profundos, ditos pelo próprio Valfadr.
A muitos os contos, muitos os feitos dos deuses, antes que esses se preocupassem enfim ao Ragnarok, ainda assim, ela tem uma série de conhecimentos, muito difícil não sair contagiado com esses manuscritos.
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Thaisliz 31/03/2020

Mitologia nórdica
O livro conta a história dos deuses nórdicos desde suas origens até o fechamento de um ciclo (Ragnarok), onde ocorre a morte de quase todos os deuses e o início de novos tempos. Edda em prosa conta em detalhes esse período na primeira parte do livro. Entretanto, a segunda parte é composta de textos aleatórios que não apresentam muita relação com a mitologia ou não tem muita informação interessante a acrescentar (no meu ponto de vista, é claro). Outro ponto intrigante do livro, são as declarações que autor faz sobre o cristianismo, alegando que essa era a verdadeira religião e a mitologia nórdica se trata apenas de uma falácia, sendo verdade ou não, isso não vem ao caso, só achei totalmente desnecessário e desrespeitoso. De forma geral, a leitura é interessante.
Thiago 06/10/2021minha estante
É porque o autor escreveu por volta do ano 1100, estava na vigência da Idade Média, onde era obrigatório ser cristão e deixar isso claro. Especialmente numa obra falando de outra religião.


Thaisliz 15/10/2021minha estante
Entendi. Grata pelo esclarecimento.




Alan Martins 07/12/2017

A obra mais completa sobre mitologia nórdica do mercado brasileiro
Título: Edda em prosa: Gylfaginning e Skáldskaparmál
Autor: Snorri Sturluson
Editora: Ed. Barbudânia
Ano: 2014
Páginas: 344
Tradução: Artur Avelar
Veja o livro no site da editora: https://www.facebook.com/Barbudania/

Eles não sabiam onde era o seu reino, mas eles acreditavam que ele governava tudo na terra e nas nuvens, o céu e as estrelas, o mar e o clima. A fim de que isso pudesse estar relacionado e ser relembrado, eles deram seus próprios nomes a tudo, mas com as migrações de povos e multiplicação de línguas, essa crença mudou de muitas maneiras. (STURLUSON, Snorri. Edda em prosa: Gylfaginning e Skáldskaparmál. Ed. Barbudânia, 2014, p. 14)

Nunca a mitologia nórdica esteve tão em alta na cultura pop. Há diversas séries e filmes inspirados nesse tema. Uma das fontes mais preciosas sobre essa mitologia é o ‘Edda em prosa’, escrito no século XIII, livro sobre o qual falarei neste post, atualmente a edição mais completa disponível no Brasil.

SOBRE O AUTOR
Nascido por volta de 1179, Snorri Sturluson foi um historiador, político e poeta islandês. Teve uma vida política influente e agitada, sendo eleito duas vezes para o parlamento islandês. Tornou-se amigos de reis, com grandes contatos nos países nórdicos.

Escreveu muitos textos sobre história, porém seus escritos sobre mitologia são os mais conhecidos, uma das principais (se não a principal) fontes sobre mitologia nórdica. Não eram apenas compilados sobre deuses antigos e seus cultos, mas também levantamentos de hipóteses sobre a criação desses deuses e as origens dos mitos.

Sua vida política o levou à fama e à morte, que ocorreu em 1241, ao ser assassinado, vítima de uma conspiração política norueguesa.

“Há homens que são conhecidos como Campeões, Paladinos, Homens de Guerra, Bravos, Valentes, Durões, Dominadores, Heróis. Contra estes estão os seguintes termos: Mole, Fraco, Sem Fermento, Insípido, Derretido, Medroso, Covarde, Espreitador, Fracote, Odioso, Degenerado, Patife, Vil, Cão, Vadio, Vagabundo, Reles, Imbecil, Inútil, Filho da Miséria”. p. 300

FONTE DE CONHECIMENTO
Como o próprio nome diz, esta versão é apresentada em forma de prosa, se diferenciando de uma outra versão do ‘Edda’, que é escrita em forma de versos. É um estilo de narrativa um pouco diferente do que temos atualmente, se assemelhando à Bíblia. Além disso, originalmente não havia separação por capítulos, nem parágrafos, o que só ocorreu em versões posteriores, em traduções para o inglês.

Esta edição contém dois livros: o Gylfaginning (A Ilusão de Gylfi), que é a narrativa sobre os deuses nórdicos, a origem do mundo, do homem e de diversas outras coisas, contando a saga dos deuses até a chegada do Ragnarök; e o Skáldskaparmál (Poesia dos Escaldos), onde o autor discute e faz ligações entre a poesia e a mitologia, apresentando exemplos de metáforas e nomes. A versão original apresenta mais um livro, o Háttatal, que foi omitido desta edição, opção do tradutor, por se tratar de algo mais técnico sobre construção de poesias.

Vale ressaltar as hipóteses levantadas por Sturluson, que acreditava que figuras reais inspiraram os deuses de Asgard (Æsir), como grandes reis e imperadores, além de outras crenças e cultos. Ele também faz algumas ligações com o cristianismo, apontando este como grande influenciador dos mitos (ele viveu em uma época onde o cristianismo já havia chegado aos países nórdicos).

Temos aqui uma edição muito completa, grande fonte de conhecimento sobre os mitos e também sobre história.

“Ela [a vaca Audumla] lambia os blocos de gelo, que eram salgados; e no primeiro dia que lambeu os blocos, então saiu deles durante a noite o cabelo de um homem, no segundo dia, a cabeça de um homem, no terceiro dia um homem inteiro estava lá”. p.30

LEITURA UM POUCO CANSATIVA
Pelo estilo de narrativa, até mesmo por ser um texto antigo, a leitura não se mostra muito prazerosa. Há muitos nomes de difícil pronúncia, que não são importantes para se compreender o que a obra quer dizer, além de muitos se repetirem diversas vezes.

Tudo é apresentado de forma direta, o que talvez seja realmente o objetivo do autor, apresentar as origens das coisas através da mitologia nórdica, entretanto, isso deixa a narrativa “seca”, meio sem graça. Há algumas narrativas bem construídas, em forma de pequenas histórias, principalmente no Gylfaginning, que é o melhor dos dois livros, pois o Skáldskaparmál funciona mais como um guia para poetas da época de Sturluson, cheio de exemplos reais, de versos e metáforas compilados por ele.

Claro, esta é a edição mais completa para quem deseja se aprofundar nesse tema, porém há outros livros que podem servir melhor como uma introdução, que vão deixar o leitor mais interessado em continuar pesquisando. Como exemplo, posso citar o ‘Mitologia nórdica’, de Neil Gaiman, onde ele apresenta a mitologia nórdica do início ao fim, com narrativas muito semelhantes às encontradas no ‘Edda em prosa’ (fonte que ele usou como referência), porém com uma construção muito mais interessante e moderna, mais gostosa de ser lida.

“Um salão fica ali, belo, sob a árvore perto da fonte, e fora do salão há três donzelas, que são chamadas assim: Urdr ou Passado, Verdandi ou Presente, Skuld ou Futuro; essas donzelas determinam o período de vida dos homens: nós a chamamos de Nornas […]” p. 46

SOBRE A EDIÇÃO
Devemos agradecer ao tradutor e aos responsáveis por trazerem esta obra para o Brasil, pois fazia falta em nosso mercado algo parecido. Artur Avelar utilizou as obras em inglês de Ramus Anderson (The Younger Edda, 1879) e Arthur Gilchrist Brodeur (The Prose Edda, 1916), além do texto original em islandês antigo, como bases para sua tradução, que ficou muito boa, um grande trabalho que, aparentemente, foi feito apenas por ele (não há nomes de editores ou revisores).

A edição é bem simples, com capa mole e sem orelhas, páginas em papel offset (branco), a diagramação poderia ser melhor, com mais espaçamento entre as linhas e uso de hifenização. Ademais, a obra apresenta mais de cem imagens, pinturas antigas, inspiradas nos mitos nórdicos. É difícil criticar a edição por seu aspecto físico, pois é quase uma publicação independente e o livro nem foi impresso no Brasil, vindo dos EUA (tem até um selo de importação). Mas fique claro, o idioma do livro é o português do Brasil.

“Então o Poderoso Governante de Roma/ Em suas terras rochosas confirmou/ Seu poder; dizem que Ele se assenta/ Ao Sul, na Fonte de Urdr”. p. 261

CONCLUSÃO
Para quem gosta de mitologia nórdica, temos uma excelente fonte de conhecimento neste livro. Quem está iniciando-se sobre o tema, terá uma obra bem completa em mãos, entretanto não é a edição que apresenta o texto mais agradável de se ler. Acredito que esta talvez não seja a melhor introdução, aquela que cativa o leitor, porém é a melhor para aprofundar os conhecimentos. Livro de inegável valor histórico e cultural.

“[…] e por minha fé, tudo o que e ute disse é igualmente verdade, embora haja algumas coisas que você não pode colocar à prova”. p. 76

Minha nota (de 0 a 5): 4

Alan Martins

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