Obs(cena)s

Obs(cena)s Janaína Calaça




Resenhas - Obs(cena)s


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Jung Angel 01/07/2012

Minha Opinião sobre "Obs(cena)s "
Composto de 17 contos o livro é muitas vezes obsceno não em relação ao sexo descrito, mas aquilo que está em escondido no silencio de cada experiência.

“Um dos clichês repetidos exaustivamente é de que a paixão dura o tempo de combustão da chama de uma vela. Depois disso é amor ou conformismo”

Elevador: Conta a história de um homem solitário, que ficou obcecado em ficar o dia todo no elevador para cuidar quem entrava e saia e se encontrava alguém com quem começar uma conversa, resultado foi que ele acabou expulso e trocou o elevador pelas escadas solitárias do seu novo prédio!

Entre pernas: Conta a História de cansado da rotina de seu casamento, cansado de ouvir os problemas e não saber como lidar e se abrir sobre o seus!

Dia de Limpeza: Conta a História de uma mulher que trabalhava como faxineira o colégio, prestes a se aposentar e no seu ultimo dia de trabalho acontece algo que fez com que seu ultimo dia não fosse bom como ela previa!

Dogging peep show: Conta a História de uma bela menina que gostava de receber olhares mostrando o quanto ela era bonita e sensual, até que acabou virando sensação do youtube!

O Vestido Verde: Conta a Historia da Mãe que por ter sido abandonada pelo marido que levou junto a sua filha, acabou por ficar sozinha e optou em transformar seu corpo igual ao que sua filha teria e vestiu o vestido verde que seria dela se ela estivesse com ela, saiu para uma volta e se perdeu no horizonte!

O domador: Conta a História de Donato e Calisto, um casal homossexual, que se amavam e se acertavam muito bem, única coisa que atrapalha a relação era a rotina sexual deles até que Calisto resolve mudar isso, que depois de um tempo tornou o motivo do fim da relação entre o domador e o domado!

Festa: Conta a História da menina com seu pijama que acompanha a festa eufórica pela sua janela, uma festa da qual ela não consegue parar de olhar para aqueles corpos entrelaçados e praticamente grudados!

Herança: Conta a História dos irmãos naquele apartamento das lemranças de cada um que o tempo ia guardando para quem ainda podia ver! “O amor, quando não vivido na clandestinidade, passou do tempo.”Pag 64

O colecionador: Conta a História de um menino que descobre a coleção do pai de revistas pornôs e a partir daí pega o gosto e o vicio de colecionar as suas revistas, só que seu vicio termina de forma trágica.

Dormência: Conta a História de um casal que além de deixar a vida virar uma rotina monótona e dormente compartilhava um segredo do qual apenas o marido lembrava!

O tempo e as Botas: Conta a História de um homem e o seu relógio do qual ele não consegue se desfazer, não apenas não consegui se desfazer do relógio como se tornou escravo do tempo até que um dia ao observar sua volta deixou o tempo rolar sem pensar!

Rodízio: Conta a história da arrasadora, sedutora e mais que sensual e desejada Cat Power e um de seus rodízios que viciou em seu corpo a ponto de não querer que mais ninguém tenha seu gozo.

O Verbo: Conta a História de um rapaz que não falava com ninguém, com o tempo todos pensavam que ele estava doente e foram excluindo ele da vida social até que um dia sua mãe foi se confessar com ele, e neste momento ele teve muito mais voz do quando não falava!

Alzira: Conta a história de Alzira que tinha uma mãe muito severa, e que inveja o seu corpo fazendo com que ambas se tornassem afastadas. Percebendo o quando invejava a filha a mãe de Alzira toma uma atitude, logo acaba tendo um pessadelo e acordando pra fazer o que ela nunca fez pela filha!

A estrela da Semana: Conta a História de uma mulher extravagante que exalava sedução e tentação, os finais de semana eram seus dias de reinados onde ela conseguia brilhar mais ainda até um dia seu lugar foi tomado e sua luz acabou!

O Perfume: Conta a História de uma Colecionadora de vidros de perfume, pois colecionar eles e sentir o resto de sua fragrância a faziam se lembrar de momentos que passaram, querendo que as lembranças voltem o conto termina de forma triste!

O Corte: Conta a História de uma menina que no seu aniversário resolve cortar o cabelo e acaba sendo digamos “Abusada” pelo cabeleireiro. No fim o conto acaba mostrando o quando a menina cresceu depois do corte de cabelo!

A brevidade do sentimento é medida pelo “tempo de combustão da chama de uma vela”, como se, para sobreviver, necessitasse desesperadamente do oxigênio que é seu alimento e também seu veneno.

P.S: Este livro eu recebi ele em Ebbok da Editora Patuá para fazer resenha, agradeço a Patuá pela boa leitura e gostaria muito de quem sabe mais pra frente ganhar livros em “Papel”, pois acho a leitura mais agradável que ler no Pc!

A capa e a arte do livro junto com sua diagramação estão ótimos. Os contos do livro são bem interessantes alguns me lembram outro livro de contos que eu li! E eu queria muito o livro em Papel! ;)

Acompanhe as resenhas/críticas completas no blog "Lendo com a Angel". Se puder siga e comente que ficarei muito feliz por sua companhia!

site: https://lendocomaangel.blogspot.com/
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Swan 11/08/2011

http://bempramente.blogspot.com/2011/07/resenha-obscenas-janaina-calaca.html
Uma coletânea com 17 contos relatando situações diversas que retratam como, por vezes, o sentimento de amor romântico, aquele dos filmes com finais felizes, não dura muito quando confrontado com a realidade da vida urbana moderna.
“Um dos clichês repetidos exaustiva­mente é de que a paixão dura o tempo de com­bustão da chama de uma vela. Depois disso é amor ou conformismo. Ele chegou naquela noite não querendo mais se conformar. A com­bustão de ambas as chamas se deu em mo­mentos distintos. Enquanto ele era só cinzas, ela ainda era o vermelho.” O Perfume
A maioria dos personagens não recebe nome e é retratada como ‘carne que deseja e é desejada’. Os contos são deveras obscenos, não em relação ao sexo, mas no tangente a realidade de fatos que, mesmo explícita, é por vezes não admitida.
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Giro Letra 21/07/2011

Obs(cena)s
No seu livro de estreia, Janaína Calaça nos apresenta uma deliciosa coletânea de contos. Em "O elevador", um homem trabalhava o dia inteiro; pagava míseros R$9,00 por um almoço que incluía refrigerante ou suco; esperava 2 horas, depois do serviço, para pegar o metrô menos cheio (menos infernal); chegava no apartamento alugado no 10º andar, onde só havia a mobília e uma caneca de café à sua espera. Sozinho.

Porém, ele suportava essa rotina. Até ficar de férias. O que fazer, agora, com tanto tempo disponível? Com tanta solidão? Ele decide fazer amizade com seus vizinhos. Mas como? Então, decide ficar no elevador, tentar puxar papo com alguém. O dia inteiro. Diversos dias. No entanto, as "conversas" se limitavam às cortesias de praxe, por mais que ele tentasse um pouco mais. Diversos tipos de pessoa passam por ele, cumprimentam, nada mais. Ele não consegue nem ao menos alguém para tomar um café com ele. E o mais irônico: aquelas pessoas que tanto se recusam a conversar com ele, agora, reúnem-se no playground, para discutir sua permanência no elevador, o que já começa a incomodar os vizinhos, os quais já estão evitando o elevador social, para não ter que encontrá-lo. Ele ouve as vozes discutindo animadamente, o barulho das xícaras de café que são tomadas naquele espaço, por aquelas pessoas que se dispõe a conversar tão calorosamente para reclamar, e se recusam a fazer amizade com ele.

Leia a resenha completa: http://www.giroletra.com.br/2011/07/obscenas.html
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Editora Patuá 15/07/2011

Trecho do Prefácio
"(...) Ao fazer uso de uma linguagem que prima pela ausência de pudores, a escritora dramatiza uma reversão de valores frequentemente atribuída ao mundo moderno globalizado: o sexo transborda, “perversões” abundam, e a sentimentalidade do amor se mostra obscena. Décadas atrás, Roland Barthes, em um dos verbetes dos Fragmentos de um discurso amoroso, definiu-o como obsceno, como um discurso de extrema solidão, cortado dos mecanismos de poder e menosprezado pelas linguagens existentes. No mundo moderno, não é o langor da carne que deveria ser ocultado, mas o patético do sentimento amoroso. No entanto, esse discurso ainda continua sendo falado “por milhares de sujeitos” (...)" (Antonio Laranjeira / Doutor em Letras e professor de Teoria da Literatura na Universidade Federal da Bahia.)
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