Cultura e Evangelho

Cultura e Evangelho Justo L. González




Resenhas - Cultura e Evangelho


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Bibis8 29/08/2023

Eu ainda amo muito tudo isso
Faz um bom tempo que não leio nada teológico, fiquei com medo de ter perdido o gosto sabe, mas me enganei completamente, nem lembro a última vez que fiquei tão empolgado lendo algo, como agora lendo esse.
Amo aprender mais sobre coisas que eu nem sabia que gostava tanto {parece até um plot twist dentro de mim mesmo}, e nesse livro foi basicamente isso, tenho tido umas disciplinas sobre cultura na faculdade e amei muito estudar essas coisas, então ler sobre as organizações sociais que produzem culturas numa perspectiva bíblica foi bom demais.
Sobre o livro, achei ele bem completo {apesar do tamanhinho}, gosto de como o autor perpassa diversos temas em seus capítulos e dentro de cada capítulo ele estrutura de um jeitinho tão interessante seu argumento para chegar no assunto principal e ainda, de quebra, ele consegue se por {enquanto individuo} no seu texto, então consegui aprender bastante e ainda conhecer um cara muito legal.

Obs.: CHUPA! Eu ainda dou pro gasto Gabriel rato de biblioteca, do passado, que conseguia ler muito mais do que eu. ?
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Gui Souza 04/02/2024

O Lugar da cultura no plano de Deus
Justo Gonzales traz uma reflexão importante, pelo simples fato dele ser um cristão latino americano, de cuba, os insights que ele tem são bem diferentes dos norte americanos.

Gonzalez constrói um a teologia bíblica da cultura, fazendo relação com o cultivo e culto na etimologia e na sua teologia bíblica.

Ele também tem uma profunda preocupação missionária, pois para ele, a discussão de cultura e fé é sempre revivida quando o evangelho encontra uma nova cultura.

Há críticas duras, mas necessárias, um ponto alto é o paralelo entre Babel e o pentecostes que é de ???.

Superou minhas expectativas.
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Jonas.Pessoa 09/05/2020

Excelente, mas com ressalvas.
O Dr. Justo escreve muito bem. É a 2a obra dele que leio, com outra temática, mas a didática é a mesma. Fico sempre impressionado como consegue colocar em palavras aquilo que muitas vezes se mantém no campo do abstrato. Digo isso em virtude do assunto tratado que é muito difícil, até mesmo para definir, como é a cultura. Ele consegue demonstrar como cultura tem muita relação na nossa vida, linkando-a com termos como culto e cultivo, que estão na raiz etimológica da palavras. Além disso, vemos nesse livro como as outras culturas diferentes da nossa são vistas, normalmente, como inferiores, sem perceber que a criação de Deus e o chamado à grande comissão tem relação direta com essa diversidade. Contudo, o autor também expõe como elas estão maculadas pelo pecado, justificando com inúmeros exemplos que deixam a leitura muito rica e clara. O capítulo que dá nome ao livro, na minha opinião, é o melhor. Entretanto, há algumas coisas nesse livro que me incomodaram bastante. De início, o prólogo é totalmente desnecessário e muito confuso. O autor deste - não é o Dr. Justos - tenta fazer um resumo da obra, mas mais atrapalha que ajuda. Ele tenta se valer de trechos do livro que quando citados fora de seus contextos ficam desconexos. Somado a isso, gasta-se quase 20 páginas para algo sem valor algum - confesso que fiquei com a sensação que foi apenas para encher lingüiça, em virtude do próprio material ter poucas páginas. O capítulo 1 também deixou muito a desejar. Não consegui achar sentido algum entre a fé e a cultura, pois essa parte ficou mal escrita - estranhei, pois o Dr. Justos não foi claro em sua exposição. Por último lugar, achei alguns trechos repetitivos dentro dos próprios capítulos. Repetir é bom por ser didático, mas em excesso se torna prolixo e cansativo. Mesmo assim, recomendo demais essa obra.
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mateuscunha 10/01/2015

A relação entre o cristão e a cultura em pequenos ensaios teológicos
Já li bastante sobre o assunto desde que aderi à Teologia Reformada, então a leitura foi de pouco proveito para mim. O autor tem ideias interessantes e um pensamento sistemático, o que facilitam a leitura, mas pode-se dizer que é uma obra de introdução ao assunto.

Para quem tem interesse na relação entre o cristão e a cultura, prefiro recomendar as obras de Francis Schaeffer (pensador sensacional), e também o livro "Verdade Absoluta", de Nancy Pearcey.
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Beth 10/07/2015

Leeeeeia!



Rapaz, sabe aquele livro que você olha e pensa: "Ah, vou ler em um dia", pois bem, se você quiser ler sem meditar ou prestar atenção no que lê, da tranquilo, mas se você quer processar a leitura, degusta, sentir, guardar... duvido que consiga!

Eu sempre me perguntei sobre a ligação entre o evangelho e a cultura. Sempre me questionei se um, inremediavelmente anulava o outro ou não, se ambos podiam coexistir numa sociedade. Se você assim como eu, se questiona sobre isso, não perca tempo, leeeeeia esse livro!

González foi para mim uma descoberta, o autor é de uma genialidade incrível, a forma como ele apresenta a queda (e como esse influenciou a cultura) e como ele discorre sobre a Ceia e o Batismo me deixou atônita. Além de que, o autor permeia todos os Sete capítulos (justamente, são apenas sete) com muiiiiiito contexto histórico, isso para mim foi um banquete!

Pode ser que você nem ache isso tudo quando ler, mas eu? Eu super recomendo e até queria conversar sobre esse livro com alguém! Leiiiiiaaaaaaammm!


site: www.asletrasquemealimentam.blospot.com.br
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Ozeas 23/10/2021

Verossimilhança entre Cultura e Culto
O autor visa romper uma das maiores barreiras que há no evangelismo: discernir entre a essência do evangelho e o que é cultural, algo inerente ao missionário.

Demonstra em toda a obra que um dos maiores erros que cometemos, não só no evangelismo, mas na vida é desconhecer a etimologia das palavras, principalmente o que significava para a audiência. Assim, ele descreve a similaridade entre cultivo e culto, originárias do latim.

Não obstante, ele reitera que todos os povos são oriundos em Deus, por intermédio de Adão e Eva. Estes povos desenvolveram, em suas culturas, uma forma própria para cultuar a Deus, mesmo que essa forma seja conhecida mundo a fora como mitologias.

Assim, quando o missionário chega em uma determinada nação/povo, precisa se conscientizar que Deus já está lá. Logo, o evangelista/missionário deve identificar como aqueles povos enxergam Deus dentro de sua cultura.

A essência do Evangelho não é a cultura judaica, menos ainda a cultura do país do missionário, mas... uma Pessoa, Jesus Cristo.
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Aefe! 07/03/2014

GONZALEZ, Justo L. Cultura & Evangelho. São Paulo: Hagnos, 2011
Obra do historiador cubano Justo Gonzalez, Cultura & Evangelho propõe ser uma teologia da cultura. Aborda o tema não pela perspectiva sociológica ou antropológica, mas da perspectiva da teologia bíblica.
O livro é dividido em 7 capítulos bem definidos. O primeiro deles, Fé e cultura, o autor defende a importância do tema, e coloca a problemática de como se relaciona, ou se separa, a fé da cultura, e de como ambas estão quase inseparavelmente relacionadas. No segundo capítulo, Cultura e criação, após definir cultura, sobretudo com os termos culto e cultivo, que derivam a palavra cultura, o autor nos leva para Gênesis 1 e 2, colocando que a ordem dada ao homem sobre dominar a natureza está na base da cultura, e que ela antecede à queda, e portanto, faz parte do propósito de Deus. Na capítulo 3, Cultura e pecado, o autor analisa Gênesis 3 e a extensão do pecado sobre a cultura, com a sujeição dos seres humanos uns pelos outros, fazendo uma análise do nomeamento da mulher antes e depois da queda. Deste modo, o autor mostra que toda a cultura carrega o selo do pecado. No quarto capítulo, cultura e diversidade, o autor faz uma interessante análise da narrativa da Torre de Babel, colocando a importância da diversidade das culturas como modo de frear o domínio do pecado e acusando o imperialismo em todas as eras, especialmente o americano. No capítulo 5, Cultura e Evangelho, o autor fará a relação do evangelho na cultura, analisando termos como catolicidade e a doutrina do Logos; no capítulo 6, Cultura e missão, ele aborda termos como enculturação e acultaração, e finalmente, no capítulo 7, Culto e cultura, o autor faz uma análise dos dois sacramentos, o Batismo e a Comunhão, e sua relação com a cultura.
A obra traz boas reflexões teológicas a respeito da cultura, embora algumas vezes o autor pareça subir alto demais em suas reflexões, forçando o texto bíblico. Além do mais, a obra é muito rica em aplicações e observações na história da igreja, como não poderia ser diferente. O autor, no entanto, peca em não trazer nenhuma bibliografia, nem citações de autores pós reforma, como se fosse um ranço mal resolvido do autor. E ainda sobre este problema mal resolvido, o autor lança algumas acusações pertinentes, mas quase beirando a amargura, contra as missões americanas e estrangeiras na América Latina.
A obra vale a leitura, dá uma arejada nas reflexões teológicas e mostra um ponto de vista mais conservador quando falamos em teologia latino-americana.
Ela é muito útil especialmente para missionários e professores de missiologia, mas também para pastores e líderes que busquem refletir melhor sobre sua atuação sobre a cultura.
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Claudio Rosa 06/05/2015

Introdução ao assunto
Esse livro, talvez por ser o primeiro do assunto que estou lendo o considero como um estudo introdutório sobre o tema. Trata-se de uma coletânea de sermões organizadas pelo autor para falar sobre a diversidade cultural e a propagação do evangelho. O que posso dizer desse livro é que ele abriu o meu apetite pelo assunto, além de me esclarecer muitos pontos que haviam ficado abertos durante essa minha vida no cristianismo. Muito bom mesmo... Super indico para os missionários de plantão!
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Rafael Reis 01/10/2015

Cultivando o Culto com a minha Cultura
Segundo Justo González, a origem das culturas aconteceu no episódio da torre de Babel. Por causa da diversidade de línguas criada neste ambiente, as pessoas precisaram se separar para sobreviver, já que o intuito divino foi causar confusão. Houve então a destituição do universalismo construído entre eles que resultou na autossuficiência, consequentemente, no esquecimento de Deus. Cabe adicionar por livre interpretação que o mundo caminha para esta integração, novamente, de caráter universal. Uma vez que a humanidade se volta aos mesmos erros, uma nova ordem aponta a solução em uma só língua, seguindo na velha estrada da autossuficiência humana, anulando a dependência de Deus.

O evangelho não pertence a nenhuma cultura terrena, ele provém do Reino dos Céus e o anuncia tanto para os judeus quanto para aqueles que possuem pés dançantes empoeirados nas tribos mais remotas da Amazônia. O evangelho não foi criado para permanecer aprisionado no latim de algumas catedrais, pois o próprio Espírito de Deus o soprou em diversas línguas para que corresse o mundo, assim também o mesmo Espírito continua libertando-o de toda forma que tenta dominá-lo, contanto que o destino das boas novas não é ser manipulado por uma ordem ou cultura, mas atravessar as fronteiras, alcançando toda tribo, povo, língua e nação.

O evangelho de Jesus pode ser vivido em qualquer cultura, uma vez que não existe um parâmetro de santidade das culturas. Todas possuem bons valores que se assemelham a vontade de Deus e todas estão contaminadas com o pecado. É possível encontrar culturas isoladas onde o canibalismo é comum e culturas modernas que permitem seus semelhantes morrerem de fome. Dessa forma o evangelho tem a missão de restaurar a cultura, aproximando o indivíduo de Deus, abraçando suas tangas, argolas e danças. Também tem a missão de identificar e combater o pecado, não aquele que apaga as tintas do corpo ou muda o penteado, mas tudo aquilo que afasta o homem de Deus.

Infelizmente ao longo da História o evangelho chegou de maneira imperialista em muitas culturas. Povos trocaram o café pelo chá por costume dos missionários, deixaram de usufruir seus ritmos e costumes, esqueceram até mesmo da sua ancestralidade. Porém ainda há esperança, é possível ver um movimento onde brasileiros que se converteram ao cristianismo podem ser cristãos brasileiros, distintos dos brasileiros que se converteram ao cristianismo europeu ou americano, pois no Brasil o pé se mexe com samba, baião e forró, e ninguém pode impedir!

Cultura vem da palavra cultivo, sua origem está ligada a agricultura. Esquimós aprenderam a sobreviver no clima frio, assim criaram a sua cultura. Outros povos aprenderam a não morrer de fome no deserto, também criaram a sua cultura. Se trocarmos estes povos de lugar, eles precisarão reaprender a forma de sobreviver, isto é, necessitarão adquirir uma nova cultura para o mesmo fim. O evangelho é o fim para as culturas e existem formas diferentes de vivê-lo, a essência é a mesma, o que muda são os desafios do ambiente. E o culto? Ele também deriva das palavras iniciais do parágrafo e é completamente afetado pelas condições climáticas! A vestimenta do esquimó não serve para cultuar no deserto e por isso ele troca, muda até a sua cor e a forma de andar, o que antes era neve agora é areia!

As únicas coisas que não mudam em nenhum culto cristão em todo o planeta Terra são o batismo e a comunhão. O autor diz que a água é um elemento universal encontrado em todo o mundo, a água nos açudes do nordeste é a mesma água que se encontra nas torneiras do Japão. Dessa forma o batismo independente de aspersão ou imersão é batismo com água! Já a receita do pão da comunhão não apresenta a mesma característica universal da ordenança anterior. O pão de minha mãe tem uma receita diferente do pão da senhora que fugiu da guerra na Síria, porém não importando as diferenças dos elementos do pão, no final tudo é pão e com ele dá pra fazer a comunhão!

Então me deixe cear com meu pão de sal, meu berimbau, meu pão de milho, meu frevo, meu pão integral, meu silêncio, meu pão de leite, minha poesia, meu pão de queijo, meu sotaque, meu pão de batata, minha cor, meu panetone, meu piercing, meu pão farofa, meu batidão, meu pão de alho, meu black power, meu pão de ló, minhas palmas, meu pão de pão, minha cultura!
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Diógenes Gimenes 19/12/2017

Leitura obrigatória
Um dos melhores livros que já li do Justo, e um dos melhores livros que li sobre a teologia-latino-americana. Acredito que esta leitura deveria ser inseridas nos seminários teológicos-brasileiros.
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joaoaranha 08/07/2018

Descobrindo os encaixes
Em uma leitura bastante aprofundada e reflexiva, o Dr. Justo Gonzalez apresenta um questionamento muito interessante sobre os encaixes entre cultura e Reino de Deus, com ótimas sacudidas, diante de situações do cotidiano. Recomendado.
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