A diaba e sua filha

A diaba e sua filha Marie NDiaye




Resenhas - A diaba e sua filha


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Gabriela Gonçalves 28/08/2023

Conto infanto-juvenil curtinho, mas bem interessante. Ótimo para trabalhar sobre preconceitos e os seus impactos. Nessa história, uma mãe está à procura de sua filha. Ela percorre o vilarejo batendo nas portas das casas perguntando sobre a criança. No começo, todos a tratam bem e até se predispõem a ajudar. Mas quando olham para seus pés e veem que são cascos de cabra, ficam com medo e desistem de ajudá-la. Além disso, a própria vida da Diaba é influenciada por esse preconceito. Ela 'lembra que era feliz", "lembra que tinha uma casa" e isso tudo vai se perdendo. Sua chama interior, o sentido de se manter viva vai se apagando. É bem metafórico. Gostei da leitura!
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Ana 05/07/2021

Lido pela primeira vez em Novembro de 2016 (4/5)

Lido pela segunda vez em Julho de 2021: (5/5)
Relendo esse livro agora, percebi que gosto muito dessa história. Parece uma fábula que nunca li quando era criança. As ilustrações são lindas demais e combinam muito com o tom melancólico do conto.
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kiki.marino 20/03/2021

Contos e lendas do mundo todo acabam tendo algo de base em comum, esse me parece com a do folclore português " A dama do pé de cabra ",duas estórias populares entre crianças e adultos. Um pequeno livro com boas ilustrações.
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Paula 15/03/2021

Pra mim mostra a facilidade de colocar um rótulo , e a dificuldade de se romper o preconceito e abrir se ao novo, ou ao que é diferente.
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Gabriela 23/04/2017

3.5 estrelas

Mais uma resenha de livro da editora Cosac Naify. Como os outros livros da editora que já li, este também tem um projeto gráfico bonito. É um livro infantil curtinho, por isso a resenha tá curtinha também.

É um livro bonito, cujas ilustrações capturaram bem o ambiente noturno e de medo da história. A história fala de uma diaba de rosto bonito, mas com pés em forma de casco, que sai à noite procurando por sua filha perdida. As pessoas do vilarejo batem com a porta na cara da diaba simplesmente por conta de sua deformidade nos pés, ela nunca lhes fez nada.

É uma história que fala sobre preconceito de uma maneira delicada, como as pessoas sentem medo do que não conhecem e como julgam as outras pelas aparências e não pelo que são. Supostamente é um livro infantil, mas serve para todas as idades.

site: https://bibliomaniacas.blogspot.com.br/
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Leia com a gente 17/04/2017

Hoje vou falar de um livro que me deixou um tanto intrigada. O que me chamou a atenção, num primeiro momento foi a capa, que é linda demais, em seguida o título que a princípio me pareceu indicar uma história de terror. Mas ao ler a sinopse qual não foi minha surpresa ao constatar que se tratava de um livro infantil!

A diaba e sua filha é um livro bem curtinho, na verdade um conto, escrito pela autora francesa Marie Ndiayne e publicado pela editora CosacNaify, o que explica todo o capricho da edição. o livro tem muitas ilustrações que permeiam a história e se misturam a narrativa. A edição traz ainda uma belo prefácio da escritora Mia Couto.

Histórias para o público infantil, em geral, tem como premissa a simplicidade e temas relacionados ao universo das crianças, mas tal simplicidade pode, por vezes, esconder intenções mais complexas como ensinamentos que o autor pretende passar de maneira lúdica. E é isso que acontece em A diaba e sua filha, uma fábula simples cuja mensagem alcança não só crianças, mas adultos também.

A trama nos conta a história de uma mulher que sai todas as noites batendo de porta em porta do vilarejo onde mora a procura de sua filha desaparecida. A mulher não consegue se lembrar como ela desapareceu, sabe apenas que um dia ela não voltou para casa.

Em sua peregrinação, noite após noite, as portas das casas se abrem para a mulher, e os moradores ao se deparar com um rosto agradável de se ver a recebem comovidos com sua aflição mas logo mudam de atitude ao notarem que a mulher possui cascos no lugar dos pés. O pavor toma conta das pessoas e a mulher passa a ser chamada de “diaba”.

A história da diaba que procura sua filha toca em um assunto delicado e presente em nossa sociedade: a intolerância pelo que é diferente. Porque somos assim? Porque afastamos tudo que nos é estranho e passamos a rotular o diferente como algo ruim, desagradável ou perigoso? São reflexões pertinentes e que estão presentes em nosso dia-a-dia.

De maneira lúdica a autora usa a história da mulher tida como uma diaba apenas pelo fato de ter pés diferentes para nos fazer pensar sobre como podemos ser cruéis com pessoas que nada nos fizeram mas que por algum motivo, seja estético, comportamental ou apenas por uma opinião diferente não se encaixa no considerado “padrão normal”.

O fato de o livro ser infanto-juvenil é legal por já ter ideias tão esclarecedoras para pessoas que têm preconceito com o diferente, ao mesmo tempo que é acolhedor para quem não se adequa ao padrão e é tratado diferente por esse motivo. É o tipo de leitura que contribui muito para mudar sua visão de mundo e começar a enxergar as coisas sob ângulos diferentes.

Se você tem filhos, leia para eles. Se não tem, leia para você mesmo, garanto que dentro dessas 40 páginas se esconde uma grande lição.

site: http://leiacomagente.com.br/diaba-e-sua-filha-marie-ndiaye/
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Julia.Martins 08/04/2017

Conto curto que me deixou cheia de questionamentos
O conto tem edição belíssima da Cosac Naify e a orelha foi escrita por Mia Couto; tantos atrativos não foram capazes de atender às minhas expectativas. Entendo que o conto seja uma metáfora para nossos medos e pré julgamentos, mas ainda assim não me cativou.
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Lene Colaço 03/04/2017

Eu Sou Os Outros
Já falei que não leio resenhas de livros que pretendo ler, né? Mas vou muito além, não leio nem as especificações, nem mesmo quando estou comprando/pesquisando. E isso tem gerado algumas decepções. O livro da resenha de hoje foi uma delas. Mas a leitura compensou minha frustração.

Como esse livro é bem pequeno (não se engane com as 40 páginas, porque além de ser pequeno [A5, creio eu], as letras são grandes e ainda possui ilustrações), não vou me estender muito na introdução porque a sinopse já faz isso. O resumo é esse: uma Diaba mora na floresta e sai todas as noites em busca de sua filha, mas não consegue ajuda porque as pessoas tem medo ao ver seus pés, que são na verdade cascos de cabra. Um dia ela decide que irá pegar qualquer criança para ser sua filha. Nesse mesmo dia o povo da aldeia expulsa uma menina que tem os pés deformados, por acreditarem que ela é a filha da Diaba e que pode se tornar uma Diaba também. Então esses dois seres, alvo de preconceito, se encontram e faz você refletir sobre muita coisa.

Esse é um livro que causa bastante suspense, a começar pelo titulo. Foi esse o motivo que me levou a comprá-lo. Eu não sabia que se tratava de uma obra infantojuvenil, e achei isso muito especial. Estamos acostumados a ver livros infantis com bastante colorido e pouca abordagem de assuntos sérios e essenciais para a formação do individuo. Marie NDiaye quebra esse costume trazendo uma leitura que aborda preconceito, adoção e, acima de tudo, humanidade.

Resenha completa no blog Bala de Limão

site: http://baladelimao.blogspot.com.br/2017/04/resenha-diaba-e-sua-filha-de-marie.html
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Francine 09/02/2017

É uma obra que vale a pena ler, contar e usar para abordar a necessidade de não estigmatizar o que podemos definir como maldade e bondade.
A diaba e sua filha me atraiu inicialmente pelo título, depois a sinopse cumpriu o objetivo e acabou por me incentivar a adquirir essa leitura. Até então não tive contato com a literatura africana, algo que pretendo mudar depois dessa bela experiência.

Com uma narrativa melancólica, somos apresentados a uma jovem que não se lembra quem foi ou onde mora. Ela apenas carrega uma certeza: é mãe de uma menina, de quem desconhece o paradeiro. Conforme anda pelas ruas, seus passos ecoam: clique-claque, clique-claque, clique-claque...

Ela não é capaz de dizer desde quando seus pés se tornaram parecidos com pequenos cascos de cabra, com uma acentuada fenda. No véu de suas lembranças sabe que nem sempre foi assim. Um dia, seus pés foram normais.

Ela bate de porta em porta e pergunta a quem lhe atende: "Onde está minha filha?".

Seu rosto é belo, atraente... Mas quando as pessoas olham para seus pés, e encontram os cascos, rapidamente fecham a porta! Elas não dão ouvidos à voz sofrida de uma mãe que perdeu sua criança. Elas temem aquela diaba. Elas temem enfurecê-la e terem suas vidas roubadas.

Elas temem o desconhecido.

Por ser uma leitura de poucas páginas, não direi mais nada. Basta saber que é um enredo capaz de ser lido literal ou metaforicamente. De modo literal, nós o interpretaremos como um mito, uma fábula africana que pode ser apresentada às crianças como uma introdução ao gênero dark fantasy. De modo metafórico, no entanto, poderemos encontrar nas entrelinhas uma enorme riqueza de reflexões:

– Os pés de cabra que todos rejeitam, hoje, podem ser o quê?
(a raça, a orientação sexual, a ideologia política... qualquer diferença capaz de gerar preconceito)
– De todos os personagens, por fim, quem mais demonstrou afeto?
(a diaba, que procurava sua filha, ou o povo que a rejeitava?)
– Por que os pés da diaba assustavam?
(por sua aparência, pela falta de informação)

O desfecho é maravilhoso. Imprevisto e agridoce de um jeito que atende a expectativa, mas mantém o enigmático que percorre toda a narrativa. É uma obra que vale a pena ler, contar e usar para abordar a necessidade de não estigmatizar o que podemos definir como maldade e bondade. Afinal...

Não são os cascos de cabra que tornam uma pessoa boa ou má.
São suas atitudes.

As ilustrações são maravilhosas, seguindo um estilo um pouco embaçado talvez para sugerir que não vemos direito a pessoa a quem previamente julgamos com nossos preconceitos. A edição é impecável (marca da Cosac Naify). Leitura recomendada.

Resenha publicada no blog My Queen Side:

site: http://www.myqueenside.com.br/2017/02/resenha-157-diaba-e-sua-filha.html
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Palazo 29/07/2011

A diaba e sua filha (Marie NDiaye)
Histórias infantis são geralmente simples e contém uma dose de entretenimento para torná-las mais agradáveis aos olhos do leitor a qual se dedica. Mas a simplicidade pode esconder uma infinidade de segredos na composição do texto e imagem, capazes de fazer muito mais do que apenas entreter.

O livro de Marie NDiaye tem a capacidade de transmitir uma mensagem muito além de suas linhas. Em A diaba e sua filha, publicado pela Cosac Naify, é contada uma fábula tão simples e tocante que é capaz de despertar uma série de discussões e sentimentos no leitor.

A história poderia resumir-se na busca da diaba por sua filha. Mas os elementos envolvidos na narrativa evidenciam o medo, preconceito, carinho e amor expressos nas palavras da autora e nos traços esfumaçados e marcantes da egípcia Nadja.

A diaba, de face agradável de olhar, clama por sua filha: “Onde está minha filha?”. As portas abrem comovidas pela procura, e fecham-se de pavor ao notarem que os pés da diaba como “pequenos cascos negros e delicados como os de uma cabra”. As pessoas comentam, o pavor toma conta, e todos querem expulsar a mulher de cascos de cabra, chamando-a de diaba e temendo pelas mazelas que ela trará.

O estado de medo fica marcado de forma forte pela ilustração de Nadja, que não tem um traço com contornos delineados. Seu traço é indefinido, brincando com luzes, sombras e com as formas, transmitindo de maneira brilhante o ambiente noturno e os sentimentos aflorados.

A partir das ilustrações e da narrativa fica evidente o cuidado da obra ao tratar do delicado tema do preconceito contra os que são esteticamente diferentes, e segundo Mia Couto, na orelha do livro, como “os nossos medos são coletivamente construídos”.

Assim, de uma forma simples e delicada a narrativa do livro “A diaba e sua filha” procura mostrar mais que uma simples história. A obra tem o propósito de transmitir e ensinar valores que envolvem inclusão, além de fazer-nos pensar sobre como lidamos com o diferente e nos deixamos influenciar pelo medo coletivo. Enfim, será difícil passar ileso pelo livro de Marie NDiaye.
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