O Filho do Vento

O Filho do Vento Kenneth Oppel




Resenhas - O Filho do Vento


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Wagner Fernandes 31/05/2022

O filho do vento
Titulo: O FILHO DO VENTO
Autor: Kenneth Oppel
Editora: Prumo
Ano: 2011
Matt Cruse tem 14 anos e é um grumete no dirigível "Aurora". O pai dele trabalhava ali e ele seguiu seus passos. Sua paixão é voar.
Um dia, Matt vê um balão à deriva sobre o Pacífico e é enviado pelo capitão para ver se há sobreviventes. Lá, ele encontra um velho moribundo que afirma ter visto estranhas criaturas aladas.
Um ano depois, uma mocinha embarca no "Aurora". Ela tem a mesma idade de Matt e um segredo que envolverá o garoto em seus planos. Ela traz consigo o diário do velho que Matt resgatara um ano antes e planeja encontrar as criaturas que o ancião descobriu e ficar famosa no mundo científico (proeza difícil por ser mulher - e adolescente!). Mas Kate é obstinada e não desistirá facilmente.
E nessa aventura os dois enfrentarão muitas situações embaraçosas e perigos. Kate, para provar sua teoria; Matt, para continuar sua rotina trabalhando no "Aurora", que ele ama de paixão... (até se ver atraído pela bela jovem que vive colocando-o em encrenca!).
Uma boa história, prende a atenção e nos deixa angustiados não só pelos perigos, mas pelas atitudes de Kate. Ao longo dessa viagem, a esperteza de Matt e a coragem e impertinência de Kate serão uma mistura explosiva até chegarem a seu destino.

É admirável que esse livro seja pouco conhecido. Na editora certa ele teria alcançado mais leitores. É pena que títulos muitas vezes chatos tenham mais visibilidade que este. Espero que alguma editora o reedite juntamente com outros títulos do autor.

Minha nota: 5,0.
Vale a leitura certamente.
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Camis 15/08/2013

O livro todo se passa na década de 20, quando os dirigíveis estavam em alta, assim como os bons costumes e as mulheres ainda não usavam calças, apenas vestidos. Matt Cruse é o grumete de um desses dirigíveis, mais precisamente o Aurora. Pra ele que nasceu no ar, e que mal suportava ficar em terra firme por mais do que algumas semanas, o Aurora era seu lar, mesmo estando tão longe da casa de sua mãe.

Um ano atrás, durante uma de suas vigias, Matt avistou no céu um balão caindo, mas antes que o mesmo pudesse ser engolido pelo mar, ele, o comandante e os outros tripulantes conseguiram resgatar o balão e abrigá-lo dentro do dirigível. Dentro do balão, um velho homem estava morrendo, e suas últimas palavras para Cruse foi perguntando se ele havia visto as belas criaturas.

Mesmo 1 ano depois da conversa absurda com um homem que estava, provavelmente, alucinando, Cruse ainda se questiona sobre quais criaturas o velho se referia. As coisas saem do controle quando ele conhece Kate, uma passageira do Aurora, audaciosa e tempestiva demais para alguém de sua idade ou para qualquer mulher daquela época. O homem do balão era avô dela, e o atual objetivo de vida da garota é provar que o ele não estava alucinando, e que realmente viu a criatura descrita em seu diário de bordo. Segundo o avô de Kate, perto de uma ilha perdida no Atlântico, habita uma espécie não conhecida ainda, meio ave de rapina, meio morcego e meio leoa. Um felino dos céus, tão branco que se confunde com as nuvens.

No entanto, quando piratas invadem o dirigível, assaltam os passageiros e ainda danificando a nave, o Aurora é obrigado a fazer um pouso de emergência em uma ilha desconhecida. Sem rádio para pedir socorro, sem gás suficiente para voar, e com a membrana da nave toda danificada, eles são obrigados a permanecer na ilha até que surja outra alternativa. E quais seriam as possibilidades de aquele pequeno pedaço de terra ser justamente o qual o avô de Kate mencionou? Ou ainda, quais as chances de os piratas que os roubaram terem uma pequena vila secreta naquele mesmo lugar? Caberá a Cruse salvar o Aurora das mãos dos piratas, e ainda proteger Kate enquanto ela tenta honrar a memória do avô.

No início estava achando a narrativa bem lenta e desinteressante, mas então, algumas páginas depois, quando Kate entra na estória as coisas ficam bem mais divertidas. Kenneth Oppel nos conduz com uma narração cheia de detalhes, muito bem desenvolvida e com aventura do início ao fim. Matt Cruse é um personagem que pode ser descrito como “bom moço”, educado, compreensivo, aventureiro, que respeita a hierarquia da nave e que não sabe guardar rancor. Enquanto isso, Kate é impetuosa, atrevida, corajosa, determinada e que, ao contrário de Cruse, não dá a mínima para regras. E, mesmo sendo tão diferentes, ambos os personagens cativam o leitor. É claro que, ainda assim, em alguns momentos é inevitável brigar com Matt por ele seguir Kate mesmo quando não devia, e detestar Kate quando ela é tão insistente e parece desconhecer o significado da palavra “não”.

Como esse foi o primeiro livro que li que falava sobre dirigíveis, e também nunca tive grande interesse por esse tipo de transporte, acabou que me perdi em algumas cenas em que o autor descrevia os lugares dentro da nave. No início do livro existe um desenho do interior do Aurora, mostrando cada um dos locais e seus respectivos nomes. No entanto, como os nomes estão em inglês e em termos técnicos, para mim, que sou leiga no assunto, mesmo falando inglês, acabei não conseguindo traduzir algumas das palavras. O que não ajudou nenhum pouco na hora de ler. Então, se tivesse que dar um ponto negativo, seria esse: o mapa do dirigível que era pra ajudar, na verdade, não teve praticamente efeito algum. Fora isso recomendo a leitura com toda certeza, e acho que, com uma originalidade admirável, O Filho do Vento pode se torna uma leitura muito agradável.


site: http://nolimitedaleitura.blogspot.com.br/2013/08/o-filho-do-vento.html
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Adriano 08/09/2012

Filho do Vento
Com toda essa modinha de livros infanto-juvenis é difícil explicar por que aparentemente esse não decolou, talvez tenha sido por falta de divulgação, já que o máximo que eu vi foi ficar apenas duas semanas em destaque no submarino. Nada de blogs comentando nem nada.
O enredo é bem bacana, um mundo alternativo com a tecnologia que nós temos hoje como o rádio, por exemplo, mas com alguns costumes sociais da década de 20. Nesse cenário há os dirigíveis que cruzam o mundo como se fossem os aviões. Alguns apenas para fins de viagem mesmo, e outros com fim de turismo.
Em uma dessas naves, encontra-se Matt Cruse, um garoto que adora voar e praticamente vive para o seu trabalho como grumete no dirigível Aurora.
Toda a sua rotina muda quando um dia ele se depara com um balão à deriva com um senhor moribundo no cesto. Matt consegue salvá-lo, mas o velho morre logo depois na enfermaria. Mas antes, delirante, ele fala de ter visto criaturas extraordinárias parecidas com onças voadoras vivendo numa ilha desconhecida.
Um ano depois, Matt conhece Kate, uma passageira do dirigível que revela ser neta do tal velho e que pretende provar que tudo o que o avô vira era real e não apenas delírios.
Mas como nem tudo são flores, no meio da viagem eles são atacados por piratas, fazendo com que o Aurora sofra várias avarias e precise fazer um pouso de emergência numa ilha. Daí se eu escrevesse algo a mais seria spoiler.
É preciso dizer que algumas discussões durante a narrativa são bem entediantes. O Matt é só um rapazinho de 15 (pra mim isso é uma criança) que nunca conseguiu superar a morte do pai há alguns anos. Pai esse que tinha sido funcionário desse mesmo Aurora.
Tudo o que ele faz, faz lembrar o pai. Só o fato de ir pra casa e ver a mãe e as irmãs é um tormento. Não que não goste delas, mas ele prefere estar voando que com os pés no chão.
O autor praticamente não fala sobre o “mundo” em si, só se concentra na história. Pode até parecer que isso seja algo ruim, mas achei que nisso ele acertou. Seria um tempo perdido e foi bacana exercitar um pouco a imaginação.
No geral a história é bem bacana, só uma pena que ficou no universo infanto-juvenil. Típico livro de adolescente. Se tivesse havido mais divulgação, ele com certeza teria tido mais sucesso por aqui.
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