Crash - Uma Breve História da Economia

Crash - Uma Breve História da Economia Alexandre Versignassi




Resenhas - CRASH


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Brunno.Azevedo 07/08/2018

Abre a mente
Para os leigos em economia e como a relação da humanidade com o dinheiro foi construída, este livro é simplesmente esclarecedor.
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Phillipe Luiz 18/02/2018

Viagem pela história das bolsas de valores pelo mundo
É um grande livro para pessoas curiosas sobre temas relacionados a investimento. Ao explicar sobre o que aconteceu na história com os grandes eventos de quebras de bolsas pelo mundo, presta um serviço inestimável lançando luz sobre várias questões que impactam nossas vidas mesmo quando não estamos prestando muita atenção.
A leitura é agradável e muito útil a investidores em diversos estágios de aprendizado.
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Hugo.Fernandes 07/08/2017

Entendendo Economia
Sem complicar muito o autor Alexandre Versignassi consegue descrever todo o desenvolvimento do que temos hoje em nossas carteiras, o papel-moeda, valorizado tanto quanto ouro, demonstrando a importância de todos os erros do passado, muitos deles grandes colapsos, não serie possível possuir um mercado tão complexo e ao mesmo tempo tão simples.
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Cláudio Jr. 08/05/2017

Esclarecedor!
Livro muito esclarecedor. Tudo que você precisa saber de mais básico na economia está neste livro, desde a criação da primeira bolsa de valores na Holanda até a nossa bolsa tupiniquim. O autor fala como surgiram os bancos, como funcionam os juros bancários, o famoso cdi, como aconteceu a crise do subprime e até porque se chama dessa forma e como essa crise fez quebrar um dos maiores bancos do mundo. E ainda temos um pouco do mago de Omaha em um dos capítulos, enfim, recomendo muito ainda mais para quem está iniciando ou queira iniciar nesse mundo das finanças.
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Tiago Torres 27/03/2017

Um dos melhores e mais interessantes livros sobre economia que já li! E nao precisa ser economista!
Descobri uma paixao avassaladora por economia há uns três anos e estou lendo bastante sobre o tema. Um amigo me indicou esse livro, comecei a ler e nao parei mais!! É um livro muito facil de ler (nao precisa ser economista), interessante, engraçado, com muitas curiosidades, fatos, números interessantes e intrigantes, significados de vários termos que usamos atualmente, mas que foram criados há séculos. Eu já indiquei para vários amigos e vou ter esse livro como referência pro resto da vida!! MUITO BOM!!! Lerei novamente com toda certeza, mas agora fazendo uma linha do tempo e anotando os acontecimentos mais marcantes da historia da economia e do mundo!! O autor Alexandre Versignassi está de parabéns por essa bela obra! =)
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May 11/03/2017

E Newton nem era tão gênio assim...
Possivelmente a melhor indicação pra quem não faz economia, mas se interessa bastante pelo assunto. Com uma escrita leve, recheada de humor e dados históricos SENSACIONAIS, esse é o livro Crash. Você aprenderá o que são ações, derivativos, bolha econômica, como acontece a inflação e seus tipos... Enfim, pra ficar por dentro de como funciona a especulação financeira e NÃO ficar mais perdidão na hora de ligar a TV e o Jornal Nacional começar a falar sobre economia. Ao terminar a leitura, você provavelmente vai pensar: estudar economia poder ser muito, mas muito divertido!
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JJ 16/01/2017

História da economia mundial e nacional de forma bem descontraída e simples
Um ótimo livro da história da economia contada de forma bem leve, simples e descontraída. O livro contempla diversos assuntos, desde do surgimento do dinheiro, funcionamento dos bancos, preços, inflação, até as ações. Um dos pontos mais positivos do livro e um diferencial é do autor ser brasileiro, Alexandre Versignassi, onde durante os capítulos aborda a economia brasileira e suas particularidades, muito interessante. Um ótimo livro introdutório de entendimento financeiro, e, muito recomendado para os que têm interesse em aprender e conhecer mais o mercado, sem ser da área econômica, financeira ou correlatas.
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eriksonsr 12/12/2016

A histórica da economia de um jeito simples
Primeio livro que li em em 2016, e por sinal comecei muito bem! O livro é simplesmente ótimo! O autor parece ser de uma vertente liberal (já ganha alguns pontos por isto) e de uma forma muito objetiva fala sobre a economia desde os primórdios da humanidade, quando alguns agricultores passaram a acumular algum excedente daquilo que produziam e se especializar nestas funções até chegar aos dias atuais.

Apesar de curto (e esse é o único defeito do livro), o mesmo contempla vários assuntos, funcionamentos dos bancos, bancos centrais, inflação, preços, bolsa, ações e etc. Outra coisa que achei ótima no livro é que o autor é brasileiro, então ele acaba falando bastante sobre a economia brasileira e dando diversos exemplos tendo como base a nossa economia.

Enfim, tirando o fato de ser curtinho o livro é bom de mais! Vai entrar fácil no top 5 leituras de 2016!


Alguns pontos que gostei ou achei interessante:

"Lucrar sem ter investido nada, coisa que os especuladores chamam de 'alavancagem'";

"... bancos fazem dinheiro exatamente assim até hoje. Eles pegam emprestado pelo menos o triplo do que têm e usam o dinheiro para investir";

"Se você tem uma ação da Vale, por exemplo, significa que é dono de 0,2 bilionésimo da empresa. Como proprietário de uma parte da mineradora, você tem direito a um pedaço dos lucros dela, os 'dividendos', no jargão. E esse dinheiro pinga na sua conta de tempos em tempos. É para isso que serve uma ação: pagar dividendos. Se os lucros estão altos, o dinheiro que entra para você també é alto. Ter esses papéis nas mãos é um bom negócio quando a empresa é lucrativa. Tão bom que outras pessoas vão querer comprá-los de você para ficar com o direito de receber um naco dos lucros da companhia. Aí é lei da oferta e da procura: se muita gente está interessada nelas, o preço sobe. E você pode vender na bolsa por mais do que pagou.";

"Dinheiro é um mecanismo engenhoso: permite que uma manicure compre seis pãezinhos sem ter de fazer as unhas do padeiro. E dá para resumir sua essência em uma palavra: fé. basicamente fé que você vai conseguir trocar os papéis que estão na sua carteira ou os números que aparecem no site do seu banco por coisas pra comer, vestir e morar. Mas essa é uma noção incompleta. Dinheiro só é algo digno desse nome quando obedece a dois critérios: 1) Precisa ser uma coisa que todo mundo queira. 2) Não pode ser algo muito abundante. Se não for escasso, não tem como valer nada. E se não vale nada, não é dinheiro.";

"Isso que chamamos de humanidade começou há 2 milhões de anos. Foi quando um animal bípede, de cérebro grande, capaz de usar armas e dominar o fogo se multiplicou pelo mundo. Era o Home erectus, um humano de feições amacacadas que deixaria dois descendentes antes de acabar extinto. Alguns dos erectus que saíram da África, sua terra natal, e foram viver no frio da Europa evoluíram até virar Neandertais. Os que ficaram onde tinham nascido acabaram dando origem a outro espécie de grande macaco: nós, Homo sapiens. Foi há 200 mil anos. O fato de estarmos aqui até hoje não é grande coisa se comparado aos milhões de de anos que o erectus sobreviveu e mesmo aos 400 mil anos que o Neandertal aguentou";

"Quem possuía terras férteis tinha o poder. Comia, bebia e vestia o que quisesse. E tinha como produzir muito mais do que precisava. Quem não tinha seu pedaçõ de chão estava numa pior. Eram cada vez mais territórios ocupados pelas fazendas, e praticamente não havia mais o que caçar em certas regiões. O que fazer, então? Trocar trabalho por comida. Isso tinha dois lados. Primeiro, o ruim: um grande fazendeiro podia facilmente acabar com dúzias de escravos fermetando seu vinho, assando seu pão e construindo sua mansão de pedra em troca de migalhas, bastava manter um exército de seguranças bem alimentados para evitar um motim e estava tudo certo. Agora, o lado bom: homens que antes vivieriam correndo atrás de gazelas por aí estavam fermetando vinho, assando pães e construindo casas. Pela primeira vez na Pré-História deste planeta, surgiam trabalhos especializados. Deu tão certo que nunca deixamos de viver assim seja sob o sistema de governo que fosse.";

"A comida acabou desempenhando exatamente o mesmo papel que o dinheiro tem hoje. Se você um padeiro ou um construtor de casas melhor que os outros, tendia a receber um naco maior do que excedente de grãos e de carne do seu patrão, o latifundiário (figura que com o tempo ganharia o nome de 'rei'). Desse jeito, você poderia cabar com mais alimentos do que poderia consumir. Teria seu excedente particular. Aí, se quisesse ter seu próprio paderia e vestir casacos de pele, trocaria um pouco desse excedente por serviços e produtos assim";

"Você pode imaginar que carregar socos de comida por aí para trocar por outros produtos não era lá muito prático. Mas os babilônios, povo que viveu no Crescente Fértil há 4 mil anos, criaram uma forma de driblar isso. E, de quebra, inventaram duas coisas que você conhece melhor ainda: as cédulas e os bancos. Você depositava os sacos de grãos que recebia em silos de armazenamento mantidos pelo rei (os 'bancos') e ganhava em troca um tablete de argila em que vinha gravada a quantidade de mercadorias deixada lá. Esses tabletes eram as 'cédulas'.

Os mais abonados, inclusive, aprederam a fazer com que tabletes gerassem mais tabletes sem ter de fazer força: emprestavam a juros... era um esquema sofisticado. Até juros compostos eles já cobravam. Juro composto, vale lembrar, é aquilo de pagar uma taxa de 1% ao mês que, ao fim de um ano, não terá somado 12%, mas 12,7";

"Os tables da Babilônia podiam ser uma ideia genial. Mas não foi a que vingou. O problema é que o lastro do dinheiro acabava estragando. Grãos, uma hora, apodrecem. Aí os tablets de argila não valiam mais nada.

O sal cumpria esse papel. Seu valor intrínseco era o seguinte: num mundo sem geladeiras, o que fazer para presevar a carne? Salgá-la. Etnão era algo com demanda praticamente tão garantida quanto a comida em si. Ele também era relativamente raro, já que o processo para extraí-lo do mar ou de minas não é simples. Além de não apodrecer, ele tinha uma bela vantagem sobre os grãos: era fácil de transportar";

"... essência da ideia: as pessoas acreditavam nas moedas cunhadas pelo governo justamente porque o Estado garantia que elas eram de ouro ou de prata puros, certo? Sólo desprezou isso. Se o povo confiava nas moedas cunhadas, elas não precisariam ser totalmente puras. O que o Estado dissesse que era dinheiro seria aceito como tal. Mas como colocar mais dinheiro no mercado? Usando moedas falsas.

Essa história parece tão sem lógica que seria difícil de acreditar à primeira vista. Mas a amior prova de que ela aconteceu mesmo está na sua carteira. Não tem nenhuma moeda de pra ali. Nem de cobre, nem de nada que valha alguma coisa por si só. Seu dinheiro é feito de papel sem valor e, mesmo assim, ele pode motivar você a trabalhar tantas horas quanto um agricultor de tri ateniense";

"A diferença entre o crescimento da quantidade de moeda em circulação e o aumento dos preços, na prática, mostra quanto a produção do país cresceu.";

"Um corte de juros, então, irriga a economia de dinheiro nas duas pontas: a do consumo e a da produção. Com juros menores, o consumo cresce, e o gasto das empresas para produzir os bens de consumo diminui. Depois uma coisas alimenta a outra: quanto maior a produção, menor o preço; quanto menor o preço, maior a produção.

O efeito visível disso é que os preços diminuem ao longo do tempo. Não os preços em dinheiro. Por um mecanismo inerente ao modelo econômico que se firmou no mundo depois da Segunda Guerra, esses sobem sempre. Mas o número de dias que você precisa trabalhar para comprar alguma coisa diminui, pelo menos quando a economia cresce";

"Se as pessoas vão comprar vinho, a demanda pela bebida aumenta, e o vinicultor tem uma motivação para produzir mais bebida. Com ele platando mais uvas e produzindo mais vinho, PIB de Roma cresce. Ótimo. Mas e se houver mais dinheiro circulando no mercado do que a capacidade dos vinicultores de produzir mais vinho? Eles vão leiloar as garrafas. Não num leilão propriamente dito, mas aumentando o preço. O valor de uma garrafa de vinho não é que ela custou para ser produzida, mas o máximo que as pessoas estão disposta a pagar por ela. E, se muita gente estiver com muito dinheiro na mão, essa disposição vai existir.";

"Nenhum governo aceita que é o responsável por uma infação. Sempre arranjam alguma desculpa";

"Eles até podem causar subidas e descidas temporárias na taxa de inflação. Mas não têm como dar início a uma inflação contínua. Por um motivo simples: nenhum desses supostos culpados pela inflação tem as impressoras que produzem aquilo que a gente carrega na carteira";

"A inflação funciona como um imposto invisível. Quando o estado imprime mais moedas do que a economia pode absorver, o que ele faz é desvalorizar o dinheiro que está no seu bolso. Se você tem 100,00 namão, e o governo imprime uma quantidade de dinhero 20% maior do que devia, vamos ter uma inflação de 20%. Seus 100,00 passam a valer 80,00. Digamos que o Estado tenha feito essa impressão extra para pagar suas próprias contas. Isso significa que os 20,00 que você perdeu em poder de compra foram parar na mão do governo. Os economistas chamam isso de 'imposto da inflação'";

"... existiam outras torneira de dinheiro novo. Os bancos estaduais eram uma delas. E que vazão tinha essa torneira: cada unidade da Federação tinha seu Banco público, o Banespa em São Paula, o Banerj no Rio, o Banrisul no RS.... Eles foram instituídos pelo governo federal para fomentar o desenvolvimento econômico de cada região.

Cada Estado, como dono de seu próprio Banco, não tinha pudores de pegar empréstimos dele para tocar despesas do dia a dia depois de ter gasto mais do que tinha. Os governadores faziam isso como se estivessem tirando de um bolso para colocar em outro, mas não: o dinheiro do Banco deveria ser para financiar empreendedores, não para pagar champagner em festa no Palácio do Governo";

"Na prática, os mais ricos acabavam recebendo sua parcela do 'imposto da inflação', sua cota do roubo em massa de carteiras que o Estado estava promovendo. Isso deixava a elite do país tão protegida da inflação quanto o governo. E deixava claro qual é, de fato, o mal da inflação: ela concentra a renda. O acesso às riquezas que o país produz acaba restrito aos privilegiados que tinham como se proteger dela mamando initerruptamente nas tetas gordas do Banco Central. O de cima sobre, e o de baixo desce.";

"Esse jogo de controlar ferrenhamente o câmbio, por sinal, acabou no Brasil... vale a lei da oferta e da procura.

Isso não significa que o governo não faça nada para influenciar o câmbio. Uma medida comum é taxar os dólares que entram no país. Por exemplo, cobrar 2% de taxa dos estrangeiros que compram ações na Bolsa de Valores de São Paulo. Isso a princípio, afugenta uma parcela dos investidores, e os dólares deles... com menos dólar no mercado, o preço da moeda americana tende a subir. Dólar subindo significa real descendo";

"A inflação faz o valor das moedas estrangeiras subir com mais velocidade que os preços internos; e mais importante, numa economia inflacionada, a mera posse de moeda estrangeira costuma ser o melhor investimento. A procura por elas aumenta, e a cotação sobre mais ainda.";

"Os fiscais do Diocleciano conseguiram uma façanha maior do que garantir o congelamento, eles acabaram com o mercado. Muitos preços acabaram fixados em valores mais baixos do que deveriam. Em muitos casos, não valia mais a pena para os comerciantes renovar o estoque. Eles gastariam mais dinheiro para encher as prateleiras do que ganhariam depois vendendo a preço tabelado. O resultado foi uma crise de abastecimento. A produção não saía das fazendas. O pouco que chevava à cidade acabava comercializado por baixo dos panos, a preços bem mais altos. Natural: como a punição por vender no mercado negro era a morte, o ganho precisava compensar o risco. O congelamente, na real, fez com que os alimentos ficassem mais caos do que nunca. Pior: tudo isso serviu de combustível para a inflação, decadência do comércio formal deixou o governo com menos receitas de impostos";

"A ideia de controlar os preços é um utopia. Os preços só existem porque tudo no mundo existe em uma quantidade finita";

"Convidar a população para virar 'sócia' significa dividir a empresa em partes. Milhares de partes. E então vender os pedaços no mercado. Em que mercado? Construíram um em Amsterdã para comercializar as 'partes' da VOC e deram o nome de bourse (bolsa).

E a VOC foi para a bolsa. Exatamente 1.143 pessoas compraram partes da empresa. Cada pedaço da VOC era chamado de 'parte de uma ação'. 'Ação' no sentido de empreitada.

As ações da VOC faziam o que ações fazem: davam direito a uma parcela dos lucros da companhia";

"Você acha que os papéis vão estar a 120,00 na semana que vem, né? Então vamos fazer o seguinte: você me dá 1,00 agora, e, em troca disso, deixo você comprar 100 ações a 110,00 cada uma daqui a sete dias.

Uma parte substancial do mercado de ações funciona assim. Até hoje. Não mais ou menos assim. Exatamente assim. São apostas a dinheiro sobre uma variável imprevisível: se o preço de uma ação vai subir ou descer. Tudo no mercado financeiro era e continua sendo obejto de aposta: o preço de uma ação no futuro, a cotação de uma moeda em dólar daqui a um ano, o índice de algum mercado, como a pontuação do Ibovespa daqui a duas horas. É um cassinão mesmo. Legalizado no mundo todo. O nome bonito dessa bolsa de apostas é 'mercado futuro', ou 'mercado de derivativos'";

"Existem mais derivativos para quem prefere um ganho pequeno, porém certo, à chance remota de ganhar uma bolada. A opção de venda é um deles. Funciona assim: eu chego para você e ofereço 100 ações da Vale que tenho comigo a 45,00, mas para entregar só daqui a um mês. Vamos dizer que o preço de mercado os papéis esteja hoje a 46,00. E que ele esteja subindo. Você aceitaria fechar agora comigo por 45,00? Parece ok... E você fecha o acordo. Dali a 30 dias vai comprar 100 ações da Vale que hoje estão a 46,00 por 45,00. Posso muito bem fechar o acordo sem ter papel algum na mão. Se chegar lá na frente, e a ação estiver a 40,00 eba: gasto 4.000,00 para comprar 100 ações e vendo automaticamente o lote para você (temos um contrato, lembre-se) por 4.500,00.

O nome desse tipo de negócio é 'venda a descoberto'. 'Descoberto' porque você fecha uma venda sem ter a coisa que vai vender. No fundo, ela é o cisne negro das opções de compra: você só ganha dinheiro quando as ações caem.";

"Sem esse tipo de artifício (fator multiplicador), sem o milagre da multiplicação da moeda, a economia não teria como funcionar na velocidade que funciona. Nossas vidas mudariam. E para a pior.";

"Para cada 1,00 de verdade da economia brasileira, existem 9,20 voando por aí na forma de crédito";

"O governo de qualquer país tem uma regra para frear a multiplicação infinita do dinheiro: cada vez que alguém faz um depósio, uma parte tem de ir para os cofres do Banco Central. A proporção varia de país para país. No Brasil, é a metade. É o chamada 'depósito compulsório'";

"Mas essa não é a única proteção. Os bancos mantêm uma sociedade privada para dar alguma segurança aos clientes: é o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Todas as instituições financeiras do país depositam um pouco lá todo mês.

Funciona assim: caso algum banco quebre, o FGC banca os clientes que ficaram na mão. Ele garante até 70 mil do que o correntista tiver na conta ou na poupança";

"O governo, mesmo sendo quem manda nas impressoras de dinheiro, também pega dinheiro emprestado. Ele faz isso na forma de papéis de dídvida: você compra um título de 1.000,00 em 2011 e vem escrito ali que você pode trocar o papel por 1.100,00 em 2012. Quanto mais tempo você der para o Estado pagar, mais juros você ganhará, essa é a mecânica da coisa. No caso dos fundos de renda fixa é só um pouco diferente. Eles são administrados por Bancos, que fazem o meio de campo entre o seu dinheiro e os títulos do governo. Os bancos juntam a grana de um monte de correntistas interessados em aplicar em renda fixa e compram uma montanha de títulos públicos. São tantos que todo dia há alguns vencendo. Sempre pinga alguma coisa que o governo já está pagando.";

"Um jeito de o governo injetar moeda na economia é pelo depósito compulsório. Mas o compulsório não é nada perto do que dá para fazer com os títulos públicos, os gradnes trilionários da nossa economia. Em 2010, o perigo de recessão da crise do crédito já tinha passado. O receio voltara a ser o de sempre, o de inflação. Então o lance agora era drenar dinheiro da economia. Um jeito bom de fazer isso é colocar novos títulos públicas à venda, títulos que paguem juros maiores, para atrair a atenção dos bancos. Os juros desses papéis sempre vão estar abaixo do que aqueles que um Banco pode ganhar fazendo empréstimos para pessoas e empresas. Só que o risco de calote do governo é quase zero. Então, se aparecem títulos com uma reda um pouquinho maior que a normal, eles vão prestar atenção. E vão pagar por esses títulos com dinheiro que, de outra forma, teria crescido e se multiplicado economia afora na forma de crédito";

"Quando uma instituição financeira pega 100 milhões emprestados com outra, ela deixa 100 milhões em títulos públicas de garantia. Se rolar calote, o emprestador não perde nada, uma hora chega o vencimento do título, e ele embolsa a grana das mãos do próprio governo.";

"Essas megaoperações de empr´estimos entre Bancos acontecem todos os dias. Você as conhece pelo nome de overnight, isso porque o Banco empresta em um dia para pegar de volta com juros no outro, aí fica como se o rendimento tivesse acontecido ao longo da madrugada, 'overnight'";

"Selic é a siga de Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Ele é só um sistema mesmo, um programa de computador que calcula em tempo real qual é a média de juros que um Banco está cobrando do outro na ciranda de empréstimos. E a Selic é a 'taxa básica' prque ela indica qual é o preço que os bancos estão pagando pelo dinhero que vão emprestas depois. Se esse preço for de 12% ao ano, nenhuma taxa no mercado vai ser menor que essa, se não o Banco não lucra.

Quando existe pouco dinheiro no sistema bancário todo, os juros do over ficam naturalmente mais altos. Os outros bancos vão pegar emprestado de qualquer jeito, mesmo quando a Selica está alta, ele ainda assim será pequena em comparação com qualquer outra taxa. AI entra o governo, na pele do Banco Central. Se achar que tem moeda demais no sistema financeiro, e que isso pode engatilhar uma infação alta, ele entra na cirando pedindo dinheiro emprestada, como se fosse mais um banco qualquer. A diferença é que o BC não é um banco qualquer: pode oferecer a taxa de juros que quiser. Se a média dos Bancos está cobrando 9% de juros nos empréstimos entre eles, o Banco Central vai lá e oferece 10%. O BC vai aumentando seus juros devagarinho na dança do Over até conseguir o que deseja: drenar o dinehro dos Bancos.

Se a situação for inversa, e a intenção do BC for injetar dinhero no sistema para comater uma recessão, ele entra emprestando dinheiro a juros mais baixo que os dos outros Bancos. Dinheiro mais barato para os bancos significa juros menores para a gente";

"O BC trabalha com o que o governo chama de 'meta de inflação'. Quem estipula isso não é o BC sozinho, o Ministério da Fazenda e do Planejanmento também apitam.";

"O que resta, em todos os casos, é o de sempre: azeitar as coisas para que a própria economia cresça. E os salários subam acima da inflação. Por 'azeitar as coisas' entram fatores que não dependem de Banco Central nenhum: diminuir a burocracia e os custos para quem quer abrir uma empresa, distribuir renda para que haja mercado consumidor de verdade, cortar impostos para aumentar o valor real dos salários, e, aí sim, as pessoas terem como fazer a economia girar de verdade. TUdo isso dando certo, ótimo. O Honda Civic vai custar 200 mil no futuro, mas você vai ganhar isso em poucos meses de trabalho, porque a economia cresceu";

"Tem um parâmetro que ajuda a entender melhor o que foi a aversão aos títulos do governo. Quanto maior é a confiança dos investidores, maior tende a ser o prazo de vencimento deles.";

"O índice é um jeito de medir a variação coletiva dos preços das ações. A Bovespa vê quais são as ações mais negociadas dos pregões e tira a média em que elas subiram ou desceram.

Se 10% de todo o dinheiro que flui na Bovespa são ações da Vale, por exemplo, a mineradora vai responder por 10% da variação do Ibovespa naquele dia. Quer dizer: se todas as ações da bolsa ficarem no zero, e a Vale subir, vá lá, 5%, o William Waack vai dizer no fim do dia que o Ibovespa subiu 0,5%, 'puxado' pela alta da Vale.

O índice, enfim, serve como um termômetro para analistas de mercado.";

"Desde 2002, pessoas físicas podem comprar títulos pela internet, no site do Tesouro Direto (tesouro.fazenda.gov)";

"Sem o crédito fluindo livre pela economia, o mundo trava. Foi o que aconteceu em 2008. E por um motivo torpe: os bancos estavam fazendo um papel que não deveria ser o deles, mas o de investidores comuns";

"A flutuação exata dos preços das ações é improvisível por natureza. O que há são estatísticas mostrando que sim, em períodos mais longos é extremamente provável que a bolsa dê mais dinheiro que qualquer outro investimento. Quanto mais longo o período, maior a probabilidade";
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Mare.Trosdorf 16/11/2016

Tem como colocar 6 estrelas?
Livro sensacional... De forma leve e bem humorada ele passa por toda a história. Ensina conceitos de economia sem firulas e complicações.. E prova q na economia nada se cria só se copia!
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Sérgio 14/10/2016

História da Economia - com humor
Se você quer ter uma noção básica sobre a história do dinheiro, da economia, das principais crises pelas quais o mundo passou financeiramente. precisa ler este livro. O autor utilizou bem a pesquisa jornalística e o bom humor, fazendo-nos rir muito enquanto nos ensina sobre assuntos que geralmente são entediantes, como a bolsa de valores, ou o investimento em opções... Aprenda economia e história enquanto se diverte.
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Diones 31/08/2016

Fascinante
De maneira geral, posso afirmar que é um ótimo livro para introdução nas ciências econômicas. O livro possui uma linguagem fácil e com fatos do passado da humanidade e atuais da economia brasileira, comparando-os. Recomendo para aqueles que têm interesse em aprender, ou pelo menos aprofundar um pouco melhor, economia.
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Gabriel Cavalcante 25/06/2016

Primeira leitura de economia que eu faço. "Crash" tem uma linguagem bem simples e humorada, quase sem "economês". O livro faz um resumão da história do dinheiro desde a época que era sal grosso. Explica muito bem na medida do possível como funciona o mercado financeiro, sobre as maiores crises que já passamos e sempre fazendo paralelos super interessantes. E obviamente, a história da economia no Brasil é como que uma protagonista no livro. Excelente.
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Pedro.Oliveto 30/04/2016

Sensacional!
Um livro sensacional, educativo, cheio de conteúdo, deveria de se tornar um livro didático, obrigatório!

Aprender a essência do dinheiro e da economia foi maravilhoso!
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Daniel.Simoes 25/04/2016

Conta a história do dinheiro. Explica a economia de hoje fazendo paralelo com acontecimentos do passado. Um livro muito elucidativo. O autor consegue explicar com simplicidade questões complexas de economia. Pude aprender mais sobre inflação, juros, títulos públicos, bolsa de valores, enfim, pude ter uma ideia melhor de como funciona a economia mundial.
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altamir neto 10/03/2016

Para leigos, mas não menos excelente
O livro é voltado para aqueles que não têm familiaridade com o assunto economia. Para esses, é uma excelente obra, que depois de suas 300 páginas vai te fazer compreender melhor conceitos básicos que a escola deveria ensinar como: bolhas, mercados de ações, inflação, deflação e outros. Além de ter uma divertida narrativa histórica sobre os mesmos conceitos e, claro, sobre a origem do dinheiro, esse simples papel que é aceito como bem universalmente.
Alexandre Versignassi faz um trabalho espetacular despertando nosso interesse e relacionando cada capítulo com as decisões de personagens históricos e de sociedades que moldaram nosso mundo atual.
Recomendo a todos. Até os economistas podem se divertir com a obra.
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