Memorial do Convento

Memorial do Convento José Saramago




Resenhas - Memorial do Convento


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Neilson.Medeiros 07/04/2024

Uma obra profunda e repleta de significados para mim. O trágico contraste entre os monarcas e o povo. O capricho da igreja executado às custas de muito suor e sangue. Personagens inesquecíveis: Blimunda e sua visão crua, Baltazar e suas vontades, Pe. Bartolomeu, o Voador. Deixo a seguir duas citações marcantes, dentre tantas:

?Talvez à esquerda de Deus esteja outro deus, talvez Deus esteja sentado à direita doutro deus, talvez Deus seja só um eleito doutro deus, talvez sejamos todos deuses sentados, donde é que estas coisas me vêm à cabeça?

?e o ermitão respondeu, ninguém pode ser não sendo, homem e mulher não existem, só existe o que forem e a rebelião contra o que são, e a rainha declarou, eu rebelo-me contra o que sou, diz-me agora tu se te rebelas contra o que és?
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Diego Piu 07/04/2024

Blimunda Sete-Luas e Baltasar são Sete-Sóis formam um casal inesquecível e os melhores momentos do livro são os que eles estão presentes. A experiência só não foi melhor pq bateu aquela sensação de que o "início não começava" no primeiro terço do livro.
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mariaonacross 28/03/2024

é uma obra complexa de José Saramago. confesso que foi um desafio ler devido à sua escrita densa. a personagem Blimunda foi a que mais me chamou atenção na trama, e o final do livro é marcante, convidando à reflexão sobre as questões abordadas. Saramago mais uma vez demonstra sua maestria como contador de histórias neste romance, que, apesar de exigir um esforço maior na leitura, permanece envolvente e provocativo.
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Larissa Alves 17/03/2024

"O mundo de cada um é o que os olhos tem"
Em Portugal do século XVIII, onde o rei D. João V esbanja dinheiro para a construção de um convento colossal, acompanhamos toda a exploração, desigualdade e hipocrisia da realeza e da religião. Saramago não minimiza sua crítica ao luxo e a opulência exagerada, enquanto costura a isso tudo a história de amor de Blimunda e Baltasar, uma mulher com o poder de ver por dentro das pessoas e um ex soldado que perdeu uma mão na guerra. Para completar o lado profano da história, esse casal se une a um padre herético que sonha em construir uma máquina de voar.
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swettie.bittch 21/02/2024

Memorial do Convento
It is so bad i wanna give you a zero, but that?s not possible, so i give you a 0.5.
a única parte boa daqui é a blimunda e a morte do padre.
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xzysw_ 04/02/2024

Livro que dividiu as minhas opiniões do início ao fim, comecei odiando e terminei gostando um pouco. Essa história fictícia se enquadra em um contexto histórico muito interessante, em que nos é apresentado uma crítica social ao rei e seu desejo de construir um convento, pois foi obrigando as pessoas a irem trabalhar na obra do local que muita gente morreu. Além disso, temos Baltasar e Blimunda com o seu relacionamento simples porém curioso, e o padre Bartolomeu Lourenço com a sua maluca vontade de voar. O final me surpreendeu e fiquei presa em uma confusão.
?Era uma vez um rei que fez promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez.?.
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Alexandra153 17/01/2024

A história casal autêntico, simples e extraordinário que se encontra e não mais se larga. Vivem um período da história de Portugal em que um rei faz uma promessa e um país inteiro se obriga a cumprir, resultando no Convento de Mafra.
É um livro extraordinário, numa escrita descritiva na qual não falta ritmo.
Recomendo!
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felipefrancica 31/12/2023

Sóis e Luas, marcantes.
Mais um livro fantástico de Saramago, não esperava por menos. É surpreendente a inteligência do autor ao detalhar a história que se passa no livro e retrata a verdadeira sociedade portuguesa do século XVIII.

As personagens são complexas, peculiares e marcantes. Baltasar e Blimunda ficarão registrados em minha memória.

Recomendo muito a leitura, que apesar de transitar por momentos difíceis é recompensada pela genialidade da escrita de Saramago.
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Georgia 30/12/2023

Sem palavras.
De longe, o mais complexo livro de Saramago, entre todos que já li. A leitura exige não só a compreensão das estruturas gramaticas e lexicais difíceis (típicas do autor), mas a sutileza de perceber que os detalhes da vida cotidiana de cada um dos personagens são a narrativa principal do livro. Aqui, as metáforas estão incríveis, as ironias afiadíssimas e a comparação entre a riqueza dos reis e a pobreza do povo é cruel. Entretanto, acredito que poderia ser um pouco menos arrastado, sem que perdesse a qualidade e a essência da história.
Vitor 16/01/2024minha estante
Percebi kkkk, fui pegar ele agora pra ler, o meu primeiro do Saramago tô ainda nas primeiras páginas dele




rebecbs 15/12/2023

Vontades da alma
Eu sou MUITO suspeita a falar sobre, já que sou uma fã de carteirinha do Saramago, mas este livro é DIVINO;

as metáforas, as ironias, e principalmente: a forma em que ele critica alguns dos problemas sociais que Portugal estava sofrendo no século XVIII me fizeram ficar ansiosa, tanto pelo contexto histórico como pelo desfecho do romance entre Blimunda e Baltasar.

Algo que também me deixou FISSURADA foi a promessa que ela fez, logo no comecinho do livro: de que não olharia para Baltasar por dentro. Eu achei, no mínimo, POÉTICO o jeito em que essa promessa, apenas na última página do livro é "quebrada" - quando a Blimunda "recolhe" a vontade do Baltasar para "eternizá-lo" - ao menos foi essa a minha interpretação.

Eu dou 5 estrelas porque esse virou um dos meus favoritos do Saramago. ?
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Marcos Nandi 23/11/2023

QUE LIVRO!
É até difícil de resenhar, mas vamos lá hahaha

Já li sete livros do Saramago, mas ainda acho uma das leituras mais complexas de se fazer. E não é só pela estrutura gramatical, mas pela poética, por sua intensidade, e este me exigiu muito, principalmente no lado emocional que não está lá essas coisas hahahaha.

O livro é polifônico. Possuí várias vozes que narram uma história anacrônica. Vai para o passado e ao futuro numa velocidade ímpar. Alguns fatos que acontecerão no futuro dos personagens, e que se passarão depois na história narrada no livro, se intercalam com informações dos passados dos personagens.

Junte isso, a uma dose de romance misturada com um desdém contra Portugal, e temos o plot da história.

A ação do livro se passará numa Portugal governada por João V, pai de D Pedro I (lembre-se que nosso D. Pedro I, é o D. Pedro IV na ordem de sucessão ao trono de Portugal).

Temos um rei fazendo o papel de...rei. Autocrático, egolatra e extremamente passivo com seu povo e alheio ao santo ofício que insiste em queimar "bruxas".

Casado com Dona Maria Ana, uma mulher fantoche dentro de um sistema em que a mulher só serve para "sentir as dores na lua de mel" e parir, mas que não consegue ter filhos que vingue para assumir uma eventual sucessão. Cujo único pecado é ter sonhos eróticos com seu cunhado.

Porém, dado momento, o rei promete a construção de um convento Franciscano, se Deus abrir a madre de sua esposa e gerar-lhe filhos.

O convento passa a ser então, talvez, o protagonista do livro. Todas as ações se passam em virtude dele e por ele.

Oposto a opulência real, temos uma Lisboa que cheira mal, cheia de pestes e doenças mortais, onde reside Baltasar Mateus, o Sete-Sóis, ex-combatente de guerra, cuja mão esquerda é decepada, vivendo em Lisboa como um pedinte.

Em certo domingo, num dia de santo ofício, Sebastiana Maria de Jesus, é condenada ao açoite público e ao degredo para Angola por ter visões e revelações. Sua filha Blimunda tem o dom de ver por dentro das pessoas, e se apaixonara por Baltasar.

Junto a esse casal, temos também, um padre que sonha em construir uma máquina que fizesse o homem voar. Esta passarola, também será um personagem.

Cara, a leitura é essencial! Nenhum resumo dará a dimensão desta obra prima.
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mipavaneli 11/11/2023

Favorito da vida
Um dos motivos pra eu ter demorado pra escrever essa resenha é que estava digerindo a leitura e todas as marcas que deixou em mim. Também não pensei que poderia fazer jus à complexidade das personagens e essa historia tão encantadora.

No começo tive medo de não me conectar com essas pessoas tão peculiares vivendo uma realidade tão diferente (e com a escrita do Saramago em pt de Portugal kkk), mas todos se mostraram tão humanos que isso não foi um problema.

Pode ser que a leitura não funcione pra todo mundo, mas pra mim a história foi tão lúdica e com tantas nuances sobre o que é ser humano que valeu super a pena. Um favorito da vida ??
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