Mari 08/09/2013O Príncipe Gato | Sem Querer me Intrometer Se você, que leu a sinopse, está achando toda essa coisa de Príncipe Gato, Buraco de Minhoca e Reino Marshmallow muito louca e está considerando nem sequer ler a resenha, vou escrever um único argumento para mostrar à vocês o porquê de continuarem lendo esse post: O Príncipe Gato é um livro que, realmente, superou minhas expectativas e me deu ainda mais motivos para continuar apostando tanto na literatura nacional. Mas antes de continuar dando minha opinião, vamos falar um pouco mais sobre a estória.
Nos primeiros capítulos do livro, conhecemos Hugo, um enigmático jovem que esconde diversos mistérios e tristezas em seu passado.
Hugo vive uma vida "comum" em São Paulo, e mora sozinho em um apartamento que costumava dividir com seu tio-avô (personagem que não aparece nesse livro, porém suspeito que terá muito envolvimento na estória durante os próximos livros da trilogia). Em um dia normal, passeando pela biblioteca, Hugo encontra pela primeira vez um gato estranho, escondido em uma salinha, lendo atentamente um livro.
A partir desse encontro, o Príncipe Gato inclui (por livre e espontânea pressão!) Hugo em seu plano em busca da Ampulheta do Tempo, um artefato que ajudará o Príncipe a salvar o seu reino, Marshmallow.
Os dois, que matem um relacionamento estranho de amor e ódio, se aventuram por São Paulo, fazem novas amizades (inclusive com um rato poliglota e cientista, Eleanor) e tem, juntos, que enfrentar inimigos incrivelmente poderosos vindos de Marshmallow, os Feiticeiros.
A estória é intercala capítulos narrados em primeira pessoa pelos três personagens principais (Hugo, Gato e Eleanor). E posso afirmar que mesmo com essa mudança de narrador (e considerando também que os três são totalmente diferentes), os fatos não ficam nem um pouco confusos para o leitor.
O que mais gosto no livro, é que O Príncipe Gato não trata apenas de uma estória incrível de fantasia, mas também menciona e faz críticas à vários assuntos do dia-a-dia paulistano, como a poluição que os homens trazem à cidade e o trânsito caótico devido ao imenso número de carros.
O livro também traz uma visão bastante interessante sobre doença, morte e perdas.
A leitura é rápida, dinâmica e nada tediosa. Além disso, a linguagem é simples e nenhum fato da estória fica desconectado, tudo é explicado e encaixado perfeitamente.
O final do primeiro livro é surpreendente de uma forma que eu jamais imaginaria, e nos faz ansiar muito pelo segundo livro.
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