A jangada de pedra

A jangada de pedra José Saramago




Resenhas - A Jangada de Pedra


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Diego Alves Z 28/01/2023


Como a maiorias das obras de Saramago, acredito que é o modo de contá-la e não no enredo é onde reside a qualidade do artista, já que ele é um autor muito metafórico.

Duas mulheres, dois homens, um velho, um cão e dois cavalos em uma jornada com elementos surrealistas pelas paisagens ibéricas, aprendendo através do contato com o que é inalcançável sobre as diferenças que os comportam no mundo.

Recomendo para quem já teve algum contato com o autor antes.
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Vanessa.Vtknas 23/01/2023

Viagem mágica
Com sua forma de escrever peculiar e maravilhosa, Saramago nos leva por uma viagem um tanto surrealista, acompanhando a jornada de personagens comuns e apaixonantes. A história é tão diferente que qualquer indicação seria spoiler.
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Fernanda Taniz 06/11/2022

demorei muito pra sair dessa leitura, misturado à ressaca literária então, piorou ainda mais. bom, sobre o livro não me senti nada conectada na história. entendi a lógica que Saramago quis falar, mas não consegui mesmo fazer parte dela.
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Ana 29/09/2022

Gostei demais deste livro, a escrita de Saramago é muito boa e particularmente eu gosto bastante. Ele descreve a história e os personagens muito bem e as metáforas e comparações que ele faz neste livro são muito interessantes.
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"Aonde você vai Sam?" 17/09/2022

À deriva...
Fora do zero absoluto tudo se mexe, tudo vibra, tudo muda.

Sinta o movimento...

Que a carne seja "feita de tudo que vai e vem, tempo, nuvem, aflição também"

Pois até água, se parar, apodrece.
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Carol749 14/09/2022

O que mais gosto nos livros do Saramago é o imaginário surrealista e a forma de narrar a história como quem conta um causo, e esse livro não é excessão em nenhum dos dois pontos.
Com a separação da península ibérica da Europa, o autor nos trás questões de pertencimento a pátria e qual espaço ocupamos, e é quase impossível não se sentir próximo ao grupo de amigos que conduzem a narrativa.
Saramago segue sendo um dos meus autores favoritos.
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Molizini 02/09/2022

Que inteligência!
Da para ficar um pouco mais inteligente lendo Saramago. Não são só as disposições das palavras no texto, mas a sapiência em um desenrolar de acontecimentos seguidos depois de uma hecatombe inusitada. Todos seus personagens são inteligentes, até o cão. Realmente, é o melhor escritor da língua portuguesa.
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Marianne Freire 16/08/2022

Resenha de A Jangada de Pedra
O SER, AS ALEGORIAS, O NEOFANTASTICO E A PENÍNSULA IBÉRICA EM JANGADA DE PEDRA

São como cristais as palavras do romance de Saramago, cuidadosamente posicionados sobre a linguagem, e brilhando sobre as questões íntimas do ser. A fantasia se debruça sobre a criação literária que aborda política e história, a soberania e identidade de Portugal e Espanha, que dividem entre si a península ibérica.

Narrativa sem pontuações, diversas expressões de Portugal, intertextualidade, ficção com metáforas e antíteses, reflexões sobre o íntimo do ser marcam essa obra Saramaguiana, e o homem isolado procurando a sua completude caracterizam a linha poética da obra.

A ?utopia?, primeira vez divulgada em livro em 1516 com Thomas More, acompanha as inúmeras reflexões que Saramago faz nas entrelinhas literárias, e é a partir de seu lugar social e dessa escrita consciente do ?fazer literário? que Saramago move a jangada.

A alegoria é a separação física entre península e Europa, e a ?jangada? se constitui numa grande metáfora onde o mover geográfico da Península representa o deslocamento do homem para um espaço crítico de novos horizontes de realidade, em busca de respostas sobre si e sobre o mundo.

Os personagens seguem em busca do devir, próprio da projeção da utopia.

A metaficção historiográfica, as críticas políticas veladas à Europa e as grandes potências, e os neorealismos criativos na trama fazem desse livro um clássico afiadíssimo.

Estaríamos por fim, todos juntos, à deriva, num mundo separatista-distópico? Não dá pra saber só pela obra, pois ela só se conclui no imaginário de cada um.
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Bielzin 09/06/2022

Se soltando e indo embora
Saramago, Saramago.
Quanta metáfora, ler com cuidado senão passa despercebido, porque diferente do normal, aqui os diálogos são dentro dos parágrafos, a sintaxe é complicada. Mas a experiência é transformadora.

A parte da península virar uma jangada, a forma como cada personagem central da história entra na trama, o encontro, o governo, o mundo...

...ainda há esperança.

Dê ao mar o que é do mar, dê a terra o que é da terra.
Agora ler Ensaio sobre a Cegueira...e todos os outros.
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erbook 24/04/2022

Crítica à Comunidade Europeia
Imaginem um acontecimento inusitado: a península ibérica (Portugal e Espanha) se descola tectonicamente do continente europeu e inicia um percurso supostamente à deriva pelo oceano Atlântico rumo ao ocidente. Esse fato surreal é o mote desta brilhante narrativa de José Saramago, escrita em 1986, ano em que Portugal ingressou na Comunidade Econômica Europeia (CEE). À época, o país vivenciava um período de redemocratização após longo regime ditatorial instituído por Antônio de Oliveira Salazar, que perdurou mais de 40 anos até abril de 1974. O ingresso de Portugal na CEE implicou severa disciplina econômica e monetária ao país, cuja crítica sutil pode ser lida nesta literatura de alto nível.

Na obra, após fenômenos insólitos, houve ruptura na cordilheira dos Pirineus, separando a península ibérica da França e consequentemente do restante da Europa. Joaquim Sassa lança uma pedra pesada no mar e ela rebate na água por muitos metros; José Anaiço inexplicavelmente passa a ser seguido por milhares de estorninhos pelo céu; Pedro Orce começa a sentir tremores na terra melhor que os sismógrafos; Joana Carda, com pedaço de pau, fez risco no chão que não se desfaz nem com água. Esses 4 personagens e mais alguns que surgem no caminho se encontram e iniciam uma jornada, passando por Santiago de Compostela, guiados pelo instinto do cão Constante, ao tempo em que se transformam no percurso.

Com a mencionada península - mais propriamente ilha - à deriva pelo Atlântico, Saramago expõe o risco para a bacia mediterrânica, o medo generalizado da população, a correria nos aeroportos por parte dos endinheirados que puderam fugir do país, a invasão de hotéis ante a falta de turistas, bem como outros meandros políticos para tentar solucionar o desafio geográfico.

Acompanhamos duas travessias: a dos personagens e a da própria península. Tal como os personagens se transformam, a ideia do autor é que Portugal e Espanha também se modifiquem, buscando inspirações fora da Europa para a construção de identidade cultural e econômica diferenciadas. Uma pista deixada por Saramago sobre onde procurar influências e similaridades é justamente onde a península (ilha de pedra) “estaciona” no oceano Atlântico.

**********

Dica de Filme baseado nesta obra: “A jangada de pedra” do diretor francês George Sluizer, que, infelizmente, não consegui assistir.

Trecho interessante: “Sabido é que todo o efeito tem sua causa, e esta é uma universal verdade, porém, não é possível evitar alguns erros de juízo, ou de simples identificação, pois acontece considerarmos que este efeito provém daquela causa, quando afinal ela foi outra, muito fora do alcance do entendimento que temos e da ciência que julgávamos ter.”
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13marcioricardo 19/10/2021

Portugal e Espanha
A Península Ibérica separa-se da Europa e se torna numa jangada de pedra pelo Oceano Atlântico. E com este fenômeno, outros ocorrem na vida de cinco pessoas, que acabam por se encontrar e percorrer uma aventura em conjunto com dois cavalos e um cachorro.
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Sté 05/08/2021

Chato
Já tinha lido outros 2 livros do José Saramago, mas esse foi um desafio, visto que, ele é contado pelo narrador e me deu muito a impressão que nunca acontece nada na história e quando acontece é muito rápido. A resolução tbm não gostei, porém combina com a história.
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regifreitas 18/04/2021

A JANGADA DE PEDRA (1986), de José Saramago.

Mais uma obra concluída para o projeto de ler os romances de José Saramago em ordem cronológica. Este, o sétimo romance publicado pelo autor, foi uma releitura para mim; o primeiro contato com a obra havia sido em 2010.

Aqui observamos elementos que já vinham se tornando recorrentes no trabalho do Nobel português desde as obras anteriores. O realismo mágico mesclado com um subgênero que os estudiosos vêm nomeando de metaficção historiográfica. Saramago se vale de acontecimentos históricos, mas reinterpreta-os de forma livre e subjetiva. O humor ácido, as digressões filosóficas, a mistura dos discursos direto e indireto, a sintaxe e a pontuação característica, todos também estão presentes.

Em um dado momento, a Península Ibérica se desgarra da Europa. Uma fenda se abre nos Pirineus, aumentando aos poucos, até o ponto que Espanha e Portugal se afastam cada vez mais do continente europeu, numa espécie de ilha flutuante ou uma jangada de pedra, vagando cada vez mais para o ocidente através do Atlântico. O fato inusitado acaba reunindo seis personagens (três homens, duas mulheres e um cão), que até então não se conheciam. Esses seres também haviam presenciado, cada qual, insólitos acontecimentos que, por algum motivo, uniu-os numa jornada através da Península flutuante. É a trajetória desses personagens que acompanhamos, tendo como pano de fundo as repercussões, em Portugal e Espanha, bem como na Europa e no mundo, do estranho acidente geológico ocorrido.

É um Saramago em toda a sua genialidade, mostrando porque se tornou um dos maiores nomes da literatura do final do século XX. Se é uma obra que se destaca dentro da produção contemporânea, quando penso nos outros livros do autor português existem trabalhos que acabo gostando mais. Mas são por detalhes mínimos que isso ocorre, pois se trata de um romance fenomenal.
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Raisa 23/01/2021

"Ao mar o que ao mar pertence, a terra que fique com a terra."
Saramago faz uma metáfora fantasiosa da península ibérica se desgarrando da Europa e vagando pelo oceano como uma crítica à desassociação cultural e identitária de Portugal e Espanha em relação à Europa.A forma como ele conta a história é o próprio livro. Um clássico afiado Saramago.
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