A jangada de pedra

A jangada de pedra José Saramago




Resenhas - A Jangada de Pedra


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Ewerton 19/12/2015

Leituras de 2015: completas

Foi uma leitura complicada, pois precisei interromper três vezes desde maio, quando iniciei. Saramago não é um autor fácil, mas magnífico! Realmente é algo para quem tem muita paciência e está disposto a interpretar muitas coisas, seja desde a pontuação "inexistente" ou pelas alegorias "ácidas" em sua obra. A jangada de pedra apresenta muitas características geográficas da peninsula Ibérica, o que dificulta um pouco em alguns momentos.

PS: Esta obra pode ser melhor entendida a partir do momento em que você situa o contexto político em que foi escrita ;)
Volnei 07/03/2016minha estante
Realmente a leitura deste autor é para poucos mas é muito bom. Se você não leu o livro Ensaio sobre a cegueira deste autor leia. É um dos melhores livros de saramago. Tanto que ja se tornou filme com o roteiro aprovado pelo próprio Saramago. De todos os livros que li dele este foi o primeiro e o que mais gostei;




Dani 11/12/2015

Livro denso, comecei diversas vezes até me vincular. A partir de uma situação hipotética (a separação da península ibérica da Europa) Saramago desenvolve sua história apresentando o comportamento humano perante as adversidades. O livro é feito por personagens com alguns aspectos fantásticos misturados a realidade peculiar dos sentimentos humanos.
No decorrer da narrativa o autor entrelaça a história dos personagens com questões profundas para incentivar o pensamento.
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ElisaCazorla 26/10/2015

Onde estão as fronteiras?
Como sempre acontece depois que termino um livro do Saramago, fiquei completamente impressionada com a habilidade, o controle, a criatividade, a mente grandiosa desse autor incrível!
A Jangada de Pedra nos faz refletir sobre muitos assuntos, tais como, fronteiras, responsabilidades, culpa, morte, significado da vida, prioridades, relacionamentos, o desespero, as hierarquias e, como não?!, o poder do Estado. Lemos um livro do Saramago não porque queremos saber quais serão as resoluções e as explicações para os problemas que vão aparecendo no decorrer das páginas. Lemos um livro do Saramago porque nos dá ideias que são boas para pensar.
Podemos nos enxergar em cada um dos personagens dessa história. Mesmo assim, eles não são estáticos, são dinâmicos, cheios de vida e profundamente humanos.
Não é um livro para ser lido apenas uma vez, como qualquer livro do Saramago, porque está repleto de detalhes e ironias que podem passar despercebidas numa única leitura.
Ler Saramago é um prazer inestimável. Um privilégio poder ter a língua portuguesa como nossa língua mãe e poder ler Saramago no original. Um verdadeiro tesouro.
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Yuri 02/06/2015

Viajando sobre uma pedra que navega



Esse é o segundo livro que eu leio do Saramago, sendo o primeiro Todos os Nomes. Não é tão bom quanto. O começo é um pouco lento, mas depois de umas páginas pega no tranco e vai como se fosse numa ladeira. Saramago escreve em blocos maciços em vez de tijolinhos de alvenaria, isso deixa a leitura meio cansativa, no geral, não atrapalha, é só não ter pressa. Do mesmo jeito de Todos os Nomes, temos a história, mas o que importa mesmo é a técnica narrativa, que bota muito em pouco e tira leite de pedra. Saramago, se quisesse e estivesse vivo, poderia descrever o mundo todo a partir de um barbante.

A história é essa: a península ibérica se desgruda da Europa e sai pelo mundo ter suas próprias aventuras. Os personagens principais são seis, contando o cachorro e tirando a massa de pedra, cada qual acredita ter, de modo diretamente indireto, contribuído com a separação. Acompanhamos, usando de muitas ironias, a situação política, diplomática e social que causa ao mundo o passeio, criticando de tudo um pouco, com justas justificativas. É inteligente, porém, em certa altura do livro, o leitor percebe que na risada não há graça. O final é súbito, dá gosto. O autor acaba quando bem acha que, mesmo havendo muito para se contar, já não dá mais. Em outras palavras, entediou-se, apesar do termo não ser exato, dessa história e não vai tentar estourar o elástico das tramas. Só se dá próximo ao fim, além do óbvio esgotamento das páginas, pois de tão cansado que Saramago estava, cansado está você também ao terminar de ler.


P.S

Uma comparação interessante é com Dom Quixote, citado algumas vezes durante a a história. São livros sobre jornadas inusitadas de pessoas um tanto fora de si. Até divide-se em episódios, como no Quixote, não muito absurdos individualmente, e sim no contexto amplo do que ocorre. O autor parece, por vezes, quando começa a citar em cadeia ditados populares à lá Sancho Pança, querer fazer saliente o paralelo.
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Volnei 02/05/2015

A jangada de pedra
O que aconteceria se um dia parte do continente europeu se desligasse e passasse a vagar pelo oceano tal como uma jangada? Por toda cordilheira pirenaica estalam os granitos, multiplicam-se as fendas e a península ibérica se desgarra do resto do continente. Quatro personagens se unem por conta de coisas estranhas que também acontece com eles numa viagem utópica. Este ? um dos grandes romances da literatura portuguesa.

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br/ https://twitter.com/VolneiCampos
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Bruna 20/10/2014

Um incidente geológico, onde a Península Ibérica se desprende do resto do continente e fica boiando pelo oceano. Uma epopeia, escrita por um gênio da literatura portuguesa, quiçá o maior.
No exato momento onde Joana Carda risca o chão com uma vara, Joaquim Sassa joga uma uma pedra ao mar, José Anaiço sendo seguido por milhares de pássaros estorninhos,Pedro Orce batendo os pés no chão e sentindo o estremecimento da terra,Maria Guavaira puxa o fio de lã que se estende em demasia,esses fato unem os cinco personagens principais que juntamente com um cachorro, saem em uma viagem poética.
O lado crítico de Saramago, foi bem usado com doses de ironia para expor comentários críticos de seu descontentamento com a comunidade européia.Um livro e tanto,eu diria.
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Paula 01/12/2013

A Jangada de Pedra
"Racham os Pirineus, a Península Ibérica se desgarra da Europa. Transformada em ilha - Jangada de Pedra -, navega à deriva pelo oceano Atlântico.
A esse espetacular acidente geológico somam-se outros insólitos que unem os quatro personagens principais do romance numa viagem apocalíptica e utópica pelos caminhos da linguagem e, por meio dela, pelos da arte e da cultura peninsulares.
A ínsula ibérica vagueia ao acaso de um mar tecido de muitos mitos e história.
A história dos povos ibéricos, José Saramago a conta e reconta pela memória de um narrador, múltiplo de si mesmo e dos personagens cujas andanças acompanha.
Os mitos se costuram nas pedras da fratura de que se fez a jangada. Neles se recuperam as crônicas, peregrinações de heróis anônimos ou notórios da identidade ibérica, todos notáveis, D. Quixote entre uns, os peregrinos de Santiago de Compostela na Idade Média entre outros.
Narrativa perfeita na qual os fantasmas do inconsciente pousam familiarmente no cotidiano; surrealismo vigoroso que torna o incomum realidade, criando as condições oníricas para virar o mundo às avessas e, então, contar-lhe, com ironia e graça, os transtornos de erros e acertos, de enganos e desenganos.
Posto assim ao contrário de si mesmo e de suas aparentes e reais firmezas, o mundo abre-se para a aventura ficcional da desconstrução das certezas das palavras e dos objetos; deixa-se viajar no estranhamento que daí decorre; reencontra-se em signos velhos e cristalizados: signos novos contudo, nos enigmas em que se tornam, reveladores também nas fantásticas soluções narrativas que desencadeiam."
Carlos Vogt
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Marcos Faria 01/06/2013

Uma das coisas mais impressionantes em "A jangada de pedra" (Cia. das Letras, 1988) é ter sido escrito em 1986, e não na sequência da crise financeira de 2008. Quando Portugal e Espanha ficam à deriva da Europa e os jovens do continente vão às ruas gritar "nós também somos ibéricos", o romance antecipa em vinte anos a falência dos PIGS e os protestos contra o desmonte do wellfare state. Mas o grande mérito é mesmo a forma como José Saramago imiscui o coletivo no individual, o pessoal no político, a História nas histórias, sem solução de continuidade, demonstrando como os dois são a mesma coisa ainda que diferentes, tanto quanto Portugal e Espanha são partes indissociáveis de uma Ibéria vagando pelo Atlântico.

(Publicado originalmente no Almanaque - http://almanaque.wordpress.com/2013/06/01/meninos-eu-li-35/)
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Gustavo 15/05/2013

Romances apocalipticos
Jangada de Pedra não é só um romance, nem somente uma aventura. É uma narração poética do Mestre Saramago que questiona a vida e a moral quando o inesperável impensável acontece. O livro não traz divisões ou marcações gramaticais no que diz respeito as falas dos personagens que seguem em texto corrido.

O romance que envolve os seis personagens é cativante e ousado, desenrolando durante uma viagem épica em busca de significado pessoal. As ironias e desaventuras lembram o clássico Dom Quixote, com certeza uma obra importante da literatura portuguesa.
Guilherme 05/10/2013minha estante
Mas Dom Quixote é uma obra da literatura espanhola.


Gustavo 28/03/2014minha estante
Sim, " uma obra importante da literatura portuguesa" refere-se a Jangada de Pedra




Claudia 13/05/2013

Ao estilo Saramago
Para do referido autor já ir adiantando o estilo, a graça do tal Jangada de pedra está antes na forma que no conteúdo. Conteúdo este que apesar de inusitado, de interessante pouco teria se não fosse ele pintado, com o perdão da inversão das artes e da despropositada rima, por Saramago.
Como pode uma peninsula inteira do continente rebelar lançando- se ao oceno sem rumo mas com determinação, não se sabe nem ficou explicado. Mas o que importa a deriva dos ibéricos quando se encontra o amor, diante de quatro paixões então, nada mais no mundo importa.
Verdade seja dita que atenção e paciência são muito necessárias mas se já foi possível interpretar esse pequeno e amador esforço de explicar já demonstrando e dele, e dele se explique: a resenha, extrair algum sentido, quando muito alguma informação é certo que não será dos maiores desafios e a final praserosa a leitura da verdadeira obra.
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Ana 28/04/2013

Com o homem começa o que não é visível ~
Minha segunda leitura de Saramago veio nos mesmos moldes que a primeira: por uma "obrigação" da faculdade, aparentemente. No fundo, creio que a razão é muito mais profunda que essa, pois essa leitura teve o peso de qualquer coisa, menos de obrigação.

Não conseguiria descrever, nesse curto espaço, todas as qualidades e características de Saramago. Deixo isso para quem sabe, ou para o dia em que eu queira fazê-lo decentemente.

Para os futuros leitores, só é preciso esclarecer poucos pontos:

a) Não é uma leitura de ação, cheia de acontecimentos e reviravoltas. Elas até existem, mas são mais lentas. O livro é feito com base nas ironias, mensagens nas entrelinhas e comparações, todas tão poeticamente lindas. É feito em cima de muita crítica.

b) Não existe outro escritor como Saramago. Todos deveriam se render, nem que seja um pouco, à essa poética e à essa sagacidade louca.

"A Jangada de Pedra" é um livro profundíssimo, com muitas nuances e segredos; fala da condição humana, do insólitos e do desprendimento. Da eterna viagem que todos nós estamos sempre fazendo.

Sem mais: recomendo a todos.
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Francieli 16/01/2013

Tive um pouco de dificuldade, no início, em engrenar a leitura, mas quando isto aconteceu o livro se apresentou com muita qualidade. Ótimas são as abordagens que o Saramago faz à situações decorrentes do relacionamento humano, sobre morte e o futuro.
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Fran 11/01/2013

Inspirador e fascinante!

Olá Caros Leitores!

Um risco no chão com uma vara de madeira que não desaparece, uma pedra atirada ao mar com força sobrenatural, milhares de estorninhos (pássaros) que acompanham um homem, um novelo de lã azul sem fim que interliga pessoas, a terra a tremer e um cão que não possui cordas vocais, saído não se sabe de onde e tudo isso acontece no dia em que uma fenda se abre e a Península Ibérica, formada por Espanha e Portugal se desprende da Europa e começa a navegar por mar aberto. Isso tudo é A Jangada de Pedra.

Acontecimentos, aparentemente, improváveis e um enorme pedaço de terra a navegar. Joana Carda, Joaquim Sassa, José Anaiço, Pedro Orce, Maria Guavaira e o Cão. Eles são o pano de fundo dessa história fantástica, onde o personagem principal é a terra ou a enorme jangada de pedra.

Todos os personagens irão se interligar ao longo da narrativa buscando respostas ao que aconteceu a cada um. O mundo está em alerta, pois não se sabe o rumo que a península seguirá. Cientistas, governos, curiosos buscam respostas que não tem solução.

Nessa trajetória sem rumo certo, permeada por uma atmosfera apocalíptica, o autor ressalta a capacidade de adaptação e mudança que todos nós, seres humanos, temos e também nossa eterna inquietude com tudo que nos rodeia.

Questões políticas, quotidianas, de vida e literatura se apresentam ao longo da história. Críticas colocadas pelo autor sobre como a Europa descrimina seus dois primos pobres, Espanha e Portugal. Dois países que já foram grandes impérios, navegadores e colonizadores, e que hoje são vistos como fatias menores.

Com a ironia já característica de Saramago e seu humor refinado, aquele que você ri sem saber por que, ele nos leva por essas duzentas e noventa e uma páginas de forma embriagante. Cada palavra, parágrafo te faz refletir e degustar de cada capítulo.

Saramago tem o dom de contar uma história fantástica, em meio a um enredo impensável envolvido por encontros e acontecimentos que se interligam terminando com um desfecho que te faz parar por horas e pensar em tudo a sua volta. Pensar na humanidade, no todo e ao mesmo tempo em gestos pequenos e insignificantes.

A história é contada por múltiplos narradores e eles se alternam ao longo da narrativa, variando entre primeira e terceira pessoa. Não se trata de uma leitura rápida, porém não pelo livro não ser bom, pois é fantástico, mas é um daqueles livros que você deve sorver, degustar. Absorver cada parágrafo e imergir completamente dentro dele. Ele requer toda sua concentração e depois dos três primeiros capítulos não há como parar.

Como já disse, a história é fascinante e inesperada. Você não consegue definir o que vai acontecer, para onde tudo aquilo te leva. Você se questiona, questiona o que está a sua volta e interage completamente naquele mundo, aparentemente inimaginável, mas que vai tecendo um completo sentido, ao menos o foi para mim.

Saramago salienta...

Continue lendo no Blog: http://poesiasprosasealgomais.blogspot.com.br/2012/11/resenha-jangada-de-pedra.html
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Silvana (@delivroemlivro) 25/11/2012

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Blog do Grupo Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com.br/2012/09/a-jangada-de-pedra-jose-saramago.html

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Tks!
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Carlos Aglio 04/11/2012

A jangada é de pedra, mas flutua linda e suave na nossa imaginação...
SARAMAGO, José. A jangada de pedra. Companhia das Letras, 2010.

A jangada é de pedra, mas flutua linda e suave na nossa imaginação...

A jangada de pedra tem uma história fantástica com personagens, homens e animais, fantásticos. É literalmente uma viagem numa jangada de pedra, metade portuguesa, metade espanhola, numa escrita sem pontos de interrogação ou exclamação, que não menospreza nem os velhos ditados, ali tão bem expressados com arte que só mesmo o Saramago poderia fazer.
Também, o que se pode esperar de um cara que começa a escrever aos 60 anos, que escreve de forma tão própria, é possuidor de uma imaginação fantástica e ganha um Nobel de Literatura? Saramago é isso, um ser-escritor fantástico – queria eu ter um décimo dessa capacidade!

Experimente só, ler em voz alta e diga-me se esta jangada de pedra não flutua linda e suave!

Bye Carlos Aglio, 07/11/2012
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