Angústia

Angústia Graciliano Ramos




Resenhas - Angústia


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Lucas Rabêlo 23/10/2023

A barganha da comiseração
Não se trata de um entretenimento exato, nem para o leitor, menos ainda para o protagonista, sofrido andarilho social. Luís da Silva é partícula dos temas caros ao autor: a opressão política e o sofrimento do sertanejo, mas menos que em seus demais romances. Troca se a sujeição da secura geográfica pela afetiva.

Obcecado por um amor corruptível e fracassado (a Marina de seus sonhos; a falsa esperança de vida), Luís demanda da pena excessiva de Graciliano, perscruta, perscruta seus tormentos e violenta as páginas de justaposições, consequentemente, cansativas. Com rememorações passadas, vão-se em conta seus 30 anos em vida até o presente, do desenlace familiar à mudança rural para a cidade, num modelo civilizatório da República Velha - ele lança a obra já subsequente a este período, às margens do primeiro governo vargas, em 1936 -, como um vivente do coronelismo na literatura. Tem-se medo do poder anti-miseráveis.

É na regressão da infância e juventude que incorrem passagens menos
repetitivas e redundantes dos valores agridoces que Luís carrega: seu sonho se desfaz na aridez da prosa graciliânica e no vexame do amor platônico malogrado ao sistema psicológico da rejeição. Também enjeitados são os filhos do escritor, criações nascidas à fatalidade. Aqui, a obsessão desata a credulidade humana.
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giu 21/10/2023

O livro é o sentimento aqui são únicos
Luís Pereira da Silva é, em nome e alma, verdadeiramente brasileiro. Movido pelo amor e, depois, pelo ódio até o intenso fim.

Terminei Vidas Secas e prometi que leria outra obra de Graciliano Ramos, diferente da história da Baleia, Angústia foi uma leitura bem desafiadora mas, assim como a primeira, admirei a maestria de escrita do autor. O fluxo de consciência foi complicado no primeiro momento, mas a confusão compensa com o enredo da obra.

A história não é inovadora e o final é esperado mas o livro passa longe de ser monótono. Longe disso, a história em flashback deixa o final esplêndido e a escrita passa uma angústia do início ao fim. Acho incrível como uma pessoa consegue descrever tão bem um sentimento tão complexo e, ainda, consegue transmitir até na composição do texto esse sofrimento!

Gênio, Graciliano Ramos.
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Leh 19/10/2023

Interessante
Li este livro para fazer uma prova na escola, ele é realmente angustiante.
O protagonista não teve um segundo de felicidade, a infância foi difícil e a fase adulta só ficou pior depois que ele decidiu casar com a vizinha e ela ter largado ele para ficar com outros homem.
Achei muito interessante a história ser circular, em que o começo do livro é o final dele.
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juh 18/10/2023

??????
Como uma pessoa que não gosta de livros clássicos, eu gostei bastante desse. Em algumas horas eu me perdia na narrativa, mas era tão interessante o que estava acontecendo que eu recuperava o foco rapidinho.
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Jessy R. 11/10/2023

Essa foi minha segunda leitura e novamente esse vídeo me pegou de um jeito quase inexplicável.

A narrativa é quase labiríntica e tão angustiante quanto o próprio protagonista, Luz da Silva. Um fluxo de consciência misturada com memórias, imaginação, pensamentos aleatórios, desejos e raiva.

Ora, esse livro tem tanta coisa que se pode discutir que não cabe em uma resenha aqui, é um livro que cresce a cada leitura e cada reflexão, não é atoa que é parte da segunda fase da escola modernista. Enfim, eu simplesmente amei do começo ao fim esse livro!!
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Camila 09/10/2023

Entendi muito bem o conceito de livro circular, onde o livro se conecta por completo, principalmente o final que tem continuação no primeiro capitulo do livro, o livro faz diversas citações internas do começo ao fim, é o tipo de livro que você termina achando que perdeu alguma coisa, um livro que te instiga em ler mais de uma vez
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Lilaa 07/10/2023

Angústia
Gente do céu, que livro mais doido. Ao mesmo tempo que Graciliano Ramos nos confunde fazendo essa transição de pensamentos do personagem entre o presente, o passado e só futuro, ele cria uma linha de pensamento incrível. Graciliano Ramos é tão gênio que montou todo um mistério no livro para só descobrirmos o que de fato acontece no final. Os temas abordados no livro também são de extrema importância. Não vou mentir que achei uma leitura fácil e legal, pq não achei. Mas o final vale toda a pena.
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patrick_emmerick 03/10/2023

O que é real?
Luís Pereira da Silva é um homem que vem de uma família decadente. Trabalha em um jornal e ganha muito pouco! Tão pouco que mal tem dinheiro pra pagar o aluguel.. Sua vida é tão miserável que ratos passeiam por sua casa. Luís Pereira da silva passa o livro contando dinheiro para pagar suas dívidas... No entanto, no meio de toda essa bagunça, ele conhece Marina! O grande amor da sua vida. Porém, Marina é uma mulher fútil que só pensa em ganhos materiais. E em paralelo ao relacionamento dos dois, Julião Tavares começa a cobiçar Marina... Com isso, Luís Pereira da Silva começa a nutrir um ódio tão profundo de Julião Tavares, que até pensa em o matar. O livro é delirante! Nós ficamos imersos nos pensamentos do Luís Pereira da Silva ao ponto que as vezes nos perdemos entre o passado e o presente. O Personagem faz muitas alusões ao passado durante o livro, o que faz com que grande parte da história se passe justamente dentro de sua mente. É uma história trágica! Definitivamente triste.
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Andreas.Caycedo 02/10/2023

Sim, li só por causa do vestibular. Como adivinhou?
Enfim, dos livros nacionais que eu já li, não é o que mais me marcou, mas foi interessante. De certa forma, me lembra uma obra do Dostoievski.
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maria22510 01/10/2023

Realmente angustiante
Luís da Silva, você é um bobão; a Marina, uma quenga; o Julião Tavares, um grande de um safado que teve o que merecia.
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Rafaela1550 01/10/2023

Livro muito poético e reflexivo sobre como nossos pensamentos podem nos levar ao ápice da loucura.
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Elaine Messias 25/09/2023

Intenso
A leitura de Graciliano sempre exige tempo, atenção e capacidade de suportar a intensidade de seu realismo e a intensidade de suas descrições psicológicas.
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Sayonara 23/09/2023

Angústia - Graciliano Ramos
Muito interessante. Em "Angústia" temos a narração em 1° pessoa da vida de Luis da Silva, um sertanejo que conseguiu com dificuldade se estabelecer na capital alagoana, mas se ressente ainda da vida que leva ali, ciente que é da sua condição de micro funcionário de um jornal, que para ser mantida demanda dele obediência alienada aos seus superiores.
Paralelo a isso, ele encontra na possibilidade de casamento com a jovem Marina uma forma de ser mais respeitado socialmente, enquanto em Julião Tavares projeta um inimigo, símbolo da classe dominante e opressora.
Realmente é uma boa leitura.
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juju 20/09/2023

Clássico por clássico
Estar finalmente fazendo a resenha desse livro para mim já é uma grande vitória esse ano porque eu realmente achei que iria demorar pelo menos mais um mês para terminá-lo!!! Infelizmente a leitura não fluiu para mim e não consegui me sentir a vontade com a escrita do Graciliano. O começo e o final foram muito interessantes, mas o meio da história me deixou bem desanimada, pois sentia que estava indo a ligar nenhum. No fim gostei da experiência de terminar mais um clássico da literatura, mesmo não tendo gostado muito. Ainda assim, clássico é clássico e é válida a leitura para todos!!!
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andrielle 20/09/2023

A angústia em ser pobre.
Angústia é um livro confuso e difícil de se ler, sua narrativa inteiramente intimista se forma baseando-se na mente do próprio personagem, confuso, louco e alucinante. Acontecimentos da infância de Luís da Silva se misturam ao presente como flashbacks a todo momento, seus sentimentos intensificam todas as sensações da história, os sons, a sujeira, a personalidade dos personagens, tudo contado pelo próprio Luis da Silva, tudo baseado em sua visão, mostrando a enorme agonia que o personagem sente em relação a tudo em sua volta.
Luís da Silva representa o proletariado brasileiro ainda em sua atualidade, um emprego medíocre, com salário medíocre, fazendo coisas medíocres, Luís escreve o que o governo lhe pede, elogia quem lhe pede, sua escrita não é incrível, não é um famoso escritor nem há chances de se tornar um, é um intelectual mas não debate, não discursa, não tem artigo de relevância. Sua carreira continua estagnada, jamais fez algo de brilhante na vida, tem casa e prato de comida mas jamais terá relevância social. Além de tudo Luís é um fracasso na vida amorosa, o tornando também faminto pela vida sexual que posteriormente o traria grandes problemas.
Historicamente falando, angústia se passa em um momento de urbanização, onde o Brasil começa a largar suas raízes oligarquicas dando lugar a uma república industrializada não mais centrada no nordeste ou no interior. Tais acontecimentos se mostram na própria fragmentação de Luís, onde sua infância mostra a antiga vida no interior, mais abastada para ele, neto de coronel, e suas raízes escravocratas, conservadoras. Já no presente, a imundície da cidade grande toma conta, os vagundos, descritos inúmeras vezes, aparecem junto das prostitutas, uma representação perfeita da revolução industrial.
Em meio a tudo isso a imagem de Julião Tavares aparece, Julião representa todo o fracasso de Luís, representa a burguesia, os beneficiados com a urbanização. Ele mais que ninguém é o motivo de toda a angústia de Luís, nenhum pode viver enquanto o outro não morrer. Os desejos de matar Julião se tornam cada vez mais fortes e reais, o ranço, raiva, vão dando lugar a um odio animalesco, um desejo insaciável que preenche todos os sentidos de Luís, Julião parece roer a vida de Luís como os ratos que não o deixa dormir a noite. Ao decorrer do livro a insanidade e a própria angústia passam a se intensificar cada vez mais na mente de Luís da Silva, não se sabe mais o que é real ou não, a dissociação se faz presente em todos os momentos. Ele precisa matar Julião Tavares. Precisa matar o câncer que se espalha no Brasil.
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