Angústia

Angústia Graciliano Ramos




Resenhas - Angústia


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Erich 13/04/2024

Angústia não chega a ser angustiante como ler Kafka, mas de fato busca representar incômodos.
Acompanhamos um homem ridículo e pobre, e aqui isso me leva a lembrar muito de alguns russos. Porém, para tentar representar a confusão mental do personagem o autor usa de um artificio que me chateou: ficar misturando o presente com o passado e com delírios.

O livro demora para começar de verdade. Tanto que fiquei bem chateado no início com a sensação de que a história não iria iniciar nunca... Vemos o personagem principal narrando episódios da própria vida e percebemos que ele é, como diria Dostoiévski, um homem ridículo. Ele é uma pessoa que simplesmente segue o fluxo e não tem nada de significativo na sua vida. Não é nem um herói, nem um vilão. Chega nem a ser uma pessoa comum, pois é inferior à normalidade. Vemos que mesmo sem condições financeiras e sem ter de fato uma paixão ele pensa em encontrar alguma mulher.

Sinto que o livro começa de verdade quando ele encontra alguém. E esse "encontrar alguém" é sem romantismo nem análise racional. O que o guia é sua insensatez. Vemos então o desdobrar gradual dos acontecimentos... E o relacionamento dele segue um caminho bem ruim. Vai realmente de mal a pior.

Quando vamos nos aproximando do fim do livro, tudo leva a crer que teremos um final trágico. E de fato o foi, só que não exatamente como eu tinha imaginado. Ele se perde em si mesmo. Se antes do relacionamento ele já era perdido, os efeitos do relacionamento se mostraram mais danosos... Angústia talvez seja um bom nome para o estado de espirito do narrador, e é angustiante de ler o fim da obra.
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bru_padoca1986 12/04/2024

O travis bickle da rua da lama
Sociopaticamente terapêutico

satisfatoriamente sociopata

cruelmente satisfatório

terapeuticamente cruel

universalmente angustiante
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toriviane 30/03/2024

Reflexões sobre a pobreza e miséria no Brasil e como isso afeta profundamente um indivíduo. achei algumas partes do livro bem difíceis por conta do vocabulário, mas gostei de acompanhar o desenrolar dessa história
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laviniax 30/03/2024

Tortura não é entretenimento
é simplesmente impossível existir uma coisa, um livro, que seja capaz de te fazer sentir tão mal, mas ele existe e aqui está ele. durante a leitura tudo vai escalonando de uma maneira que te prende a respiração e não de um jeito bom, mas quando eu percebi, era só a vida comum do brasileiro médio, funcionário público e sem grandes felicidades na vida. absolutamente desesperador, sufocante e dolorosamente real.
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Beca 30/03/2024

Muito, muito, muito bom!
Simplesmente, uma das melhores leituras obrigatórias que já fiz para a escola. Comecei o livro já achando q seria muito complexo de ler e que eu iria ficar entediada com a história, mas foi totalmente o contrário. Quando pegava pra ler, não conseguia mais parar. Sem falar na profundidade das críticas de Graciliano Ramos, que, com toda certeza, valem debates que transcendem barreiras.
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Sonic Judeu 26/03/2024

Angustiante.
"Das visões que me
perseguiam naquelas noites compridas umas sombras permanecem, sombras que se misturam à realidade e me produzem calafrios" pag 1.

Angustia, foi meu primeiro contato com Gracilianos Ramos, um aclamado escritor Brasileiro. Pouco eu sabia sobre ele ou sobre suas obras, mas quando comecei a ler, só sei que não pude parar.

Angustia é sem sombras de dúvidas, Angustiante. Vemos a vida de Luis da silva, um funcionário, redator, que vive uma vida massante e banal, sem contar dos tormentos que passa tanto em sua mente, que é o ponto principal do livro, quanto os tormentos onde mora, com uma vizinhança que o pertuba e atrapalha seu sono, sua casa completamente decante, contando com ratos que roem todo seus livros, pulgas que lhe pertubam toda a noite, e seus problemas de comunicação com pessoas a sua volta. É um livro tão bem escrito que em certos momentos você consegue sentir o que o Luís sente, e se sente tão sufocado quanto ele.

Apesar do seu início ser confuso, e eu pensar que era algo completamente massante, me enganei completamente, pois quando ele conhece Marina, a história avança surpreendentemente. Muitas vezes ficamos em duvida se a história se passa no presente ou no passado, mas isso se dá pois toda a história se passa na mente dele. E isso é algo fenomenal, algo que senti tão bem feito, quanto no livro "Psicopata Americano" pois entendemos muito mais sobre o seu ressentimento com sua vida atual, o quão ele sente ódio por passar por tanto no passado, pra viver de forma tão mediocre, sua saudade da infância e o quanto ele se degrada conforme tudo se avança.

"Haveria dentro de vinte anos criaturas assim encaracoladas que, tendo corrido o mundo, se resignavam a viver num fundo de quintal, olhando o canteiros murchos, respirando podridões, desejando um pedaço de carne viciada?" pag 111.

Também é interessante observar seus julgamentos a Marina, mesmo que ame ela, demonstrando ainda mais seus sentimentos sombrios com as relações humanas.

"O amor para mim sempre foi uma coisa dolorosa, complicada, e incompleta." pag 98.

Também há seu ódio pelos poderosos enquanto ele se sentia impotente diante de tudo. O que o leva ao Julião Tavares, onde todo o climax ocorre, oque é se não um dos melhores momentos do livro. Onde ficamos sem saber... quem é realmente o mal da história?

"Um crime, uma ação boa, dá tudo no mesmo. Afinal já nem sabemos o que é bom e o que é ruim, tão embotado vivemos." pag 152.

E como ele termina louco, insano, e onde toda essa dor e sofrimento o levou, ou melhor, onde levou a sua mente insana. A angústia.

"Não sou o que era naquele tempo. Falta me tranquilidade, falta-me inocência, estou feito um molambo que a cidade puiu demais e sujou." pag 18.

Graciliano Ramos é mestre de demonstrar esse lado do ser humano, e brasileiro. Esse lado inconformado com a vida, buscando algo a mais. Nosso lado ao mesmo tempo realista com nossa situação, mas sonhador de algo melhor.

Isso é Gracilianos Ramos.
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Melissa.Texeira 22/03/2024

é uma loucura de amor e traição e a prova de amor muito foda eu amei o livro é literalmente aquela música ?minha vizinha? kkkk
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Musa0 10/03/2024

A vida é uma angústia
Graciliano Ramos, é de fato, uma peça rara em um quebra-cabeça. A escrita, a escolha das palavras, o modo como ele narra e constroe os personagens!
É de propósito, é claro, a escrita inclinada pra causar tensão, desespero e temor diante ao que Luis da Silva passa. Em um instante, você se sente submersa ao mundo dele e também, as dores e aos apegos.

Eu nunca vi um título tão bem representado como este! É claramente uma angústia do início ao fim. É também, acima de tudo, uma miséria existencial. O personagem vive em um desgosto, sujeito ao um declínio que você sente. Você sente mesmo! A cada capítulo, eu me via pensando: ninguém sofre mais do que esse homem! E o pior que não faltavam razões para não sofrer... Acho que é assim com a gente também.
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gabi_rp 03/03/2024

Romance de Graciliano Ramos que conta a história de Luís, seus conflitos internos, paranóias e angústias.
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Josana.Baltazar 03/03/2024

O título já diz tudo é uma angústia do inicio ao fim mas para mim com certeza não pelo motivo escolhido pelo autor, acho que é o primeiro livro de Graciano que leio e a expectativa era alta, descobri ao longo de 2023 que não prefiro livros que não são divididos em capítulos. E de fato esse livro não mexeu comigo entendi a história mas achei o entorno da história principal chato e sem sentido.
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guganunesss 01/03/2024

Cambaleando pelas ruas de Maceió
Nenhum livro me tomou como Angústia. Não apenas porque amo Maceió. Porque sou bairrista e saudosista do patrimônio cultural e material que a miopia de nosso povo destruiu quase por completo. Porque viajo ao observar os resquícios dos casarões contemporâneos de Luís da Silva (e de alagoanos mais remotos). Eu trabalho no centro, e a cada esquina vivencio algum ato de Angústia. Chamo as ruas atuais pelos seus nomes verdadeiros. Cicinato Pinto é do Macena; Moreira Lima é 1° de Março; Melo Morais é do Apolo. Sigo os passos de Marina e Julião Tavares, que caminham de mãos dadas pela rua do Livramento (onde trabalho). Almoço num restaurante que engoliu a praça do Livramento (depois praça Dona Rosa da Fonseca). Ali se atravessava para acessar o Helvética... Quase trombo com a miragem da mulher grávida, na esquina onde Luís da Silva, distraído, quase a cegou com a aba do chapéu... Aquela mulher, que ia arrastando uma criança (a outra mão tapando a metade do rosto) e anunciava a gravidez de Marina. Paro diante das escadas do Instituto Histórico, agora em ruínas, pra ver se aparece o Julião Tavares; tento escutar aquela voz líquida e oleosa do burguês maldito. Ando pela Rua do Sol imaginando onde seria o movimentado café... Ali, naquela torre de Babel, eu também esbagaçaria algum dinheiro só para entrar numa conversa com Luís, Pimentel e Moisés, e opinar sobre Vargas, pré-Estado Novo. De certo não existe mais o café. Talvez tenha sido substituído por um estacionamento ou uma financeira qualquer. Atravesso a praça Montepio, onde ainda se observam obscenidades, e percorro a calçada do Edifício Breda, que ainda não existia, imaginando se ali seria a Rua da Lama. E a angústia do narrador se mistura com a minha. Por vezes, a solidão; e com ela, os pensamentos tortos.

site: https://amargoporfavor.blogspot.com/2024/02/angustia.html?lr=1
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Mr.C 28/02/2024

Deixei de lado porque o livro cumpriu todas as promessas feitas, causando-me angústia hahaha. Infelizmente, a leitura foi árdua, pois o personagem constantemente se perdia entre o passado e o futuro, o que me deixou extremamente confusa. Parecia que eu estava imersa em uma mente em frangalhos, porém de maneira nada agradável. A obra simplesmente não conectou comigo.
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