Ao se infiltrar mais uma vez na boate Taboo junto com sua melhor amiga, Emma (graças à irmã desta), Kaylee Cavanaugh não imaginava o que a esperava lá. Ou quem.
"Se a escola Secundária de Eastlake fosse o universo, eu seria uma das luas que circulavam o planeta Emma, constantemente oculta por sua sombra, e feliz por estar ali. Nash Hudson seria uma das estrelas: brilhante demais para se olhar, quente demais para se tocar e no centro de seu próprio sistema solar."
Surpreendida por ouvir o som de seu próprio nome saindo da boca de ninguém menos que Nash Hudson, Kaylee decide aproveitar a atenção inesperada dele primeiro e se preocupar com seu motivo depois.
Mas essa não era a única surpresa que a noite preparara para Kaylee. Quando seus olhos cruzam com uma bela e desconhecida garota de cabelo loiro-avermelhado na pista de dança, um forte desconforto, tristeza e melancolia a tomam.
"Via apenas a garota, e a sombra escura e translúcida que a envolvera."
"O horror me dominou em uma devastadora onda de intuição. Minha garganta se fechou. Eu estava engasgada com um grito de terror."
Da última vez que algo assim acontecera, Kaylee não conseguiu se acalmar e segurar a gritaria – o que lhe garantiu uma passagem direta para o hospital e uma internação na ala de saúde mental.
Agora, ela estava perdendo o controle de novo. E na frente de Nash Hudson – seu ataque de pânico seria a fofoca da escola inteira na segunda-feira: a humilhação duraria a vida toda.
"Ela vai morrer, Nash. Aquela garota vai morrer logo, logo."
Porém, para sua completa surpresa, Nash não se assusta e tampouco parece achar que ela está louca. Pelo contrário, acalma Kaylee e a ajuda a recuperar o controle em meio ao pânico.
Confusa, Kaylee tenta decifrar quais os motivos por trás das atitudes, do interesse, das tentativas para ganhar a sua confiança e da preocupação de alguém que mal tinha falado com ela até esse dia.
Até que, quando a garota da boate aparece morta no dia seguinte, Kaylee descobre que, afinal, não era louca.
“Minha alma para levar” é um livro de temática adolescente que conta com elementos sobrenaturais, mas Rachel Vincent inova em sua mitologia fantástica, não trazendo mais vampiros ao mundo, como os comentários na capa e orelha do livro podem fazer pensar.
A história é interessante, divertida, e prende a atenção, deixando o leitor curioso. Existem acontecimentos previsíveis, mas, com certeza, quem se dispuser a acompanhar a jornada de Kaylee, será surpreendido em algum momento.