O Céu Está em Todo Lugar

O Céu Está em Todo Lugar Jandy Nelson




Resenhas - O Céu Está em Todo Lugar


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jonathan 14/05/2022

uma obra cheia de pequenas lições e significados
depois de ler eu te darei o sol, eu tinha todas as expectativas do mundo quando o assunto era jandy nelson. isso geralmente acaba sendo um pouco perigoso, mas preciso dizer que não me decepcionei nem um pouco. as coisas começaram um pouco esquisitas, afinal, eu te darei o sol não foi o suficiente para me acostumar com as excentricidades e o jeito único que a jandy tem de contar suas histórias, mas foi fácil me habituar depois de algumas páginas.

lennie é uma protagonista passando por momentos difíceis depois de perder bailey, sua irmã e melhor amiga. com o sofrimento, ela acaba se tornado uma musicista sem música, o que retira dela toda a perspectiva do que fazer com o futuro. vivendo com sua avó materna e seu tio, que são figuras bastante excêntricas assim como a sua mãe ausente ? que acaba sendo apresentada como uma espécie de personagem que teve motivos muito específicos para abandonar as filhas quando ainda eram bebês ? , ela acaba se sentindo incompreendida, e assim aparecem em sua vida duas figuras centrais que podem mudar tudo: toby, o ex-namorado enlutado de bailey, e joe, o garoto francês que acabou de chegar à cidade e que tem um talento musical fora do comum e um sorriso de tirar o fôlego.

a minha experiência foi um pouco lenta nas primeiras páginas, acredito que muito por questões pessoais. então, em determinado momento do livro, eu disse ?não é você, sou eu? e fiz uma grande pausa antes mesmo dos 50%, mas, ao retornar, para a minha surpresa, as coisas fluíram e percebi que lennie é uma das personagens mais humanas que já conheci e que aprender a simpatizar e a ter empatia pelas suas atitudes não seria tão difícil quanto eu havia imaginado.

é óbvio que existe um estranhamento antes da compressão, algumas atitudes da mesma podem ser consideradas questionáveis, mas o livro nos faz refletir sobre quem cria essas regras. quem transforma pessoas passando por momentos difíceis em réus por seus pecados além delas mesmos e da visão que elas acham que os outros têm delas? tudo o que precisamos passar para superar algo doloroso nos transforma e merecemos perdão por isso.

preciso fazer uma menção especial as particularidades construídas pela jandy ao longo da história, afinal, são elas que transformaram esse livro em algo único e especial. a forma única como a família walker parece enxergar a vida é algo simplesmente deliciosa! o tio big e seus e experimentos com inserções, a própria lennie é suas manias envolvendo o refúgio ? o quarto que dividia com bailey ? e seu hábito de espalhar bilhetes pelo mundo. temos também a vovó walker, que assim como a avó dos gêmeos de eu te darei o sol, é uma personagem única, com suas manias, lições e uma forma de ver o mundo extremamente interessantes: as rosas do jardim são afrodisíacas, a família possui um gene que faz com que algumas das mulheres queiram viver aventuras e existe uma planta lennie, que murcha ou fica feliz de acordo com a lennie real. é incrível como tudo é muito mais bonito e colorido pela ótica da casa walker!

de modo geral, esse é um livro muito especial. extremamente carregado de figuras de linguagem, com hipérboles, metáforas e analogias brilhantes, que me fazem querer morar na cabeça da jandy por um dia pra conseguir entender o que ? ou mais especificamente COMO ? ela enxerga o mundo ao abrir a janela do quarto pela manhã.

aproveitando pra falar um pouco do filme original appletv+, algumas alterações me incomodaram um pouco, principalmente se tratando da relação da lenine com a mãe, mas acho que eles foram capazes de trazer bem a essência do livro. apesar de achar que alguns minutos a mais teriam melhorado muito o filme como um todo, sinto que alguns detalhes importantes do enredo e da essência dos personagens e suas relações entre si que vemos no livro acabaram não sendo muito bem pincelados na tela, de modo que os expectadores que não conheceram a história antes não conseguiram entender a grandiosidade por trás de cada cena ou ato. por outro lado, foi fácil ver a magia das páginas nos pequenos momentos em que arabescos surgiam no ar, os sentimentos eram expressados por desenhos flutuantes e persongens flutuavam ao som da própria música.

é um filme que faz jus ao livro e recomendo fortemente como uma entrada para as obras da jandy nelson.
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Renato Klisman 17/08/2011

Um Livro Surreal
Uma história com sentimentos tão vívidos e eletrizantes que então sempre prontos para saltar do livro e atingir o leitor como uma bomba.

Lennie acabou de perder a irmã.
Simples assim, a pessoa mais importante para ela se foi.
Lennie e toda a sua família ficam de luto, porém ela logo percebe que o mundo não parou desde que sua irmã morreu. As coisas continuam a acontecer normalmente, o que deixa-a totalmente indignada.
Mas ela logo para de se preocupar com os outros para se indignar consigo mesma. Um mês se passou desde a morte e Lennie, simplesmente não consegue parar de pensar em garotos, garotos, garotos. Isso não seria problema, mas um dos garotos era o namorado da recém-falecida, Toby, um cara com uma beleza rústica e singular.
Cada dia que passa Lennie perde cada vez mais o controle de sua vida anterior, ela se snete como se a morte de sua irmã houvesse despertado algo dentro dela à muito tempo adormecido, uma nova EU está surgindo.
Mas nada para por aí. Chega a cidade um cara novo, Joe, um perfeito romântico, que logo se apaixona por Lennie tornando a vida dessa nova garota ainda pior.
Agora ela está dividida entre a paixão esquisita pelo namorado da irmã morta, e pelo amor avassalador que parece existir entre ela e Joe.
Uma história fantástica e emocionante, onde o amor não tem limites e os segredos podem destruir os corações mais frágeis.
Uma história para pessoas de Coração Forte.

A HISTÓRIA: Meu Deus! Ainda estou sem fôlego! Li o livro em menos de dois dias e, confesso, a história ainda está fazendo meu coração saltar feito um poodle alegre.
A magia existente em O Céu Está Em Todo Lugar é que a autora faz com que o leitor se sinta no lugar dos personagens, sinta tudo de bom e de ruim que os aflige, queira morrer com eles e por eles. Que queira matá-los.
Eu diria que a narrativa é repleta de uma eletricidade única, isso mesmo ELETRICIDADE, os personagens são hilários e ao mesmo tempo depressivos, sentimentos que extrapolam as meras páginas e atingem o leitor como um incontrolável Tufão. Em certo momento do livro é impossível parar, lembro-me bem de estar trabalhando, e morrendo de vontade de que chegasse logo a Hora do Almoço, pois eu simplesmente Não parava de Pensar na história.
Outra coisa interessante é a narrativa usada pela autora, é ao mesmo tempo infantil (Com a personagem principal beijando talheres e dizendo Pisca, Pisca, Pisca) e também bem adulta (Como a vontade LOUCA de... bom... Beijar e... Há, vocês sabem o que!). Tudo isso acaba tornando a leitura nem tão Infantil, o que faz com que o livro não seja totalmente idiota, e nem tão Adulta, o que deixa o livro picante mas suave, sem ser proibida para 18.
Não existem mais palavras para descrever a beleza e a surrealidade da história.
Tenho apenas que dizer... Leiam, leiam, leiam, LEIAM!

A CAPA: Ok. Vou confessar que quando a vi na internet não achei lá grande coisas. Era simplesmente uma capa bonitinha e talz. Maaaaas, quando recebi o livro Em Minhas mãos não cansei de olhá-la e de acariciar a textura Incrível dela. A Novo Conceito fez uma capa num estilo meio áspero-aveludada e também de um jeito que logo de cara parecia-se com um livro de capa dura, mas percebe-se ao abrir o livro, que ele tem orelhas e a capa é um pouco flexível.
Resumindo, a capa é MARAVILHOSA!

O KIT: A Editora Novo Conceito manda, na maioria das vezes, um kit para os blogueiros juntamente com o livro. Desta vez não foi diferente e, já adianto, foi o Kit mais lindo que já recebi. A caixa dele fica dentro que uma espécie de capa e, ela é totalmente branca, com apenas alguns detalhes escritos. Tudo isso porque a Editora quer que os leitores soltem a imaginação e decorem o pequeno Box.
Ah, a parte interna então, nem se fala, ela é dividida em dois compartimentos, um onde fica o livro (esse é colorido) e outro aonde vem uma caixinha de Giz de Cera para ajudar na decoração.
Não vou postar as fotos dela aqui ainda, pois tenho que decorá-la com corações, frases românticas, sei lá. Ainda estou indeciso.
Maaas, assim que tudo estiver pronto posto umas fotos no twitter e no Facebook para vocês verem (e babarem)!

UMA PALAVRA QUE DEFINIRIA O LIVRO: Surreal.

Veja mais resenhas no http://rkbooks.wordpress.com
@apilhadathay 24/08/2011minha estante
Renato, eu também considerei este o kit mais lindo e lúdico que já recebi de editoras. Tudo nele inspira criatividade. E este livro é bárbaro, eu li em 2 dias também porque... difícil mesmo foi ceder ao sono, entre um dia e outro kkkk

Beijos, parabéns pela resenha ;-)


Renato Klisman 24/08/2011minha estante
Valeeeu Thais! Que bom que gsotu!


Katty 24/12/2011minha estante
Li em 1 dia! Quando comecei a ler e via sempre a Lennie fazendo menções ao Heathcliff e ao Morro, não tive como não amar de cara! E o resto... Só amor... Chorei... Ri... Me emocionei muiTO!


Renato Klisman 24/12/2011minha estante
hahahah! #TotalmenteViciante!


Teri 05/02/2012minha estante
fiquei sabendo q talvez a Selly (selena gomez) vai interpretar Lennie :) tbm ameeii o livro! :D


Tony35 16/06/2012minha estante
Ri um bocao com as crises dela com a relação a penis eretos...kkkkkkk


Marianne 28/06/2012minha estante
Eu esperava um livro bem dramático, mas me surpreendi. O livro é bastante engraçado e nos envolve do começo ao fim. Adorei a ideia de espalhar os poemas que ela escrevia e as ilustrações do livro. Li em dois dias e super recomendo!


Naiane Oliveira 19/12/2012minha estante
Você disse exatamente tudo o que eu senti... Li em questão de horas.. É fascinante, viciante..


daany eimori 29/04/2014minha estante
Li esse livro em pouquíssimo tempo também, realmente cativante, não dá pra parar de ler! E o livro, fisicamente falando, é maravilhoso! Capa muito bonita, as folhas, os bilhetes, a letra em azul... aiai. Recomendo sem medo! haha


Laizz Ferreira 31/05/2020minha estante
Aaah que resenha lindaa. Tenho esse livro aqui na minha estante há tempo... Depois dessa resenha, tenho certeza que ele será lido em breve. Obrigada!??


PAmella.Rocha 03/01/2022minha estante
Livro que prende, é com certeza o meu favorito




Queria Estar Lendo 05/01/2016

Resenha: O Céu Está em Todo Lugar
Jandy Nelson não escreveu o melhor YA que já li na vida à toa, senhoras e senhores. O céu está em todo lugar, que está ganhando adaptação pela Apple TV em 2022, é um deleite para o emocional. A narrativa, os personagens, o jeito com que a autora conversa com o leitor, apresentando fatos e cenas e momentos tão reais que saltam do livro para conviver para sempre com você.

O céu está em todo lugar é um livro sobre superação e autodescobrimento, sobre encontrar força na sua dor e lidar com o fato de que ela nunca vai desaparecer completamente. Lennie acabou de perder a irmã mais velha abruptamente; em um dia, Bailey estava lá, se aprontando para interpretar a Julieta na peça da escola, e no outro ela não está mais.

O luto de Lennie é uma coisa complicada, cheia de agonia e negação, e a vida dela, antes resumida a ser a sombra de Bailey, de repente se torna um painel solar. Lennie nunca soube lidar com a realidade sem a irmã por perto. Não conhece um mundo onde a Bailey não está na cama ao lado da sua, onde seus comentários não vão ser respondidos por ela.

"Todo o conhecimento de Bailey não vale mais nada. Tudo o que ela aprendeu a vida toda e ouviu e viu. A sua forma específica de ver Hamlet ou as margaridas, ou a sua ideia sobre o amor, todos os seus complexos pensamentos escondidos e as consequentes reflexões secretas. - tudo isso se foi também. Um dia ouvi essa máxima 'toda vez que alguém morre, uma biblioteca se incendeia.' Estou vendo uma queimar diante de mim."

As irmãs cresceram juntas no abandono da mãe, na esquisitice da família, e agora só existe a Lennie. Não bastasse isso, tendo que lidar com a repentina solidão, Lennie vem a descobrir que está se apaixonando; como pode se apaixonar quando o corpo da irmã nem esfriou no túmulo?!

Através dos olhos da Lennie, acompanhamos esse período instável cheio de sentimentos confusos e momentos inesquecíveis. Sua irmã se foi, mas Lennie ainda está ali. Ela acha injusto, tão injusto, e odeia que o seu coração apaixonado comece a se esquecer do luto para focar no garoto recém-chegado à cidade.

Joe Fontaine é um sonho, o rapaz gentil e educado que a encontra na floresta numa das noites em que Lennie precisa ficar sozinha com seus bilhetes e seus pensamentos, e uma aura de compreensão e carinho aparece entre eles. Joe é todo aberto e necessário à Lennie. Ele é um novo capítulo em sua vida confusa, um coração capaz de acalentar o seu, capaz de fazê-la se esquecer da dor com seus beijos e sua presença reconfortante.

"Joe está com um sorriso do tamanho do continente. Será que ele olha assim para todo mundo? Será que ele é maluco? Seja lá o que ele for, é contagioso. Antes que me dê conta, estou imitando seu sorriso do tamanho dos Estados Unidos, unindo-os ao Havaí e a Porto Rico."

Por outro lado, no entanto, a mente de Lennie se fixa na dor da perda, e em Toby, ela encontra um tipo de dor mútua que é capaz de extinguir a que ela sente. Toby é o namorado da sua irmã morta. Toby é proibido. Toby e ela existem juntos na agonia da perda, e existe alguma força atrativa puxando-os um em direção ao outro; não é amor, não é paixão, é um estranho sentimento errado que existe quando estão juntos.

Lennie e Toby se lembram e vivem a Bailey quando dividem o mesmo espaço, e Lennie busca por esse sentimento porque precisa da irmã. Ela não consegue aceitar a sua partida. Ela não consegue aceitar que o mundo continua existindo quando Bailey se foi.

Toby é quase o fantasma da realidade onde a irmã mais velha de Lennie ainda estava viva, e ela se odeia por sequer pensar e se atrair pelo namorado de Bailey. Diferente da compreensão de Joe, que é mais amigável e distante, Toby sente a perda de Lennie e quer extinguir a própria tanto quanto a dela.

O céu está em todo lugar te mostra o quanto ela se sente errada por Toby e o quanto Joe é o caminho certo. Joe é o garoto da banda, o menino perdidamente apaixonado cujo sorriso consegue arrancar o fôlego e os pensamentos racionais de Lennie. Ele é um futuro promissor, uma possibilidade de felicidade depois de toda aquela agonia.

"Como vou sobreviver a esta saudade? Como os outros fazem? As pessoas morrem o tempo todo. Todo dia. Toda hora. Há famílias no mundo olhando para camas em que ninguém mais dorme, para sapatos que não são mais usados. Famílias que não precisam mais comprar um tipo específico de cereal, de xampu. Há pessoas em todo lugar na fila de cinema, comprando cortinas, passeando com cachorros, enquanto, por dentro, com o coração despedaçado. Durante anos. A vida toda. Não acredito que o tempo cura. Não quero. Se curar, não significa que aceitei o mundo sem ela."

Em meio ao turbilhão de emoções que é a nova vida de Lennie, conhecemos outras figuras importantes de sua vida; a avó, que é uma mulher excêntrica, cujas flores têm poderes mágicos e cuja dor é mascarada pela necessidade de estar presente pela neta que ficou. Tio Big, que é um homem bigodudo muito divertido, apaixonado por maconha e por casamentos - tanto que já passou por cinco deles - e que sente de maneira misteriosa.

Lennie está tão obtusa em sua dor que demora a notar a deles; demora a notar que a perda de Bailey foi um baque para toda a sua família esquisita. A avó não perdeu só uma neta, o tio não perdeu só uma sobrinha. A sombra da morte é uma coisa assustadora, e ela cresce nos sentimentos de cada um deles de maneira diferente e real.

Através de bilhetes deixados por Lennie em lugares aleatórios do seu mundo, conhecemos a sua dor. Através da história, entendemos e a superamos.

"Nas fotografias em que estamos juntas, ela está sempre olhando para a câmera e eu estou sempre olhando para ela."

Jandy conduz um livro sobre aceitação, sobre entendimento e sobre superação, mesmo que lenta e arrasadora. A narrativa é tão rica, tão verdadeira e sentimental. Você se apaixona pela Lennie, pela vovó e pelo tio Big. Você cai de amores por Joe e deseja ardentemente abraçar o Toby. Você ama Sarah, a melhor amiga não tão presente porém igualmente importante de Lennie. Você sente falta da Bailey sem nem ter conhecido ela.

A diagramação de O céu está em todo lugar é uma das coisas mais lindas que eu já vi na vida. Os bilhetes, poemas tristes e diálogos perdidos que Lennie deixou por seus caminhos dividem os capítulos. As folhas grossas e as letras azuladas são lindas e combinam perfeitamente com o clima do livro. Essa se tornou uma das minhas diagramações favoritas!

"Anos atrás, estava deitada no jardim da vovó e Big perguntou o que eu estava fazendo. Disse-lhe que olhava para o céu. Ele respondeu - Essa é uma concepção errada, Lennie, o céu está em todo lugar, começa aqui, aos nossos pés."

Quem acha que este é um livro simples, por dentro e por fora, passa longe disso. O céu está em todo lugar vai te fazer sorrir e chorar e pedir por mais; mais, Jandy, por favor!

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2016/01/resenha-o-ceu-esta-em-todo-lugar.html
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Tati lima 12/12/2021

"Minha irmã morre inúmeras vezes, o dia todo."
Não faço idéia de como começar essa resenha, então vou dizer que gostei muito mais do que imaginava (sem falar que essa edição antiga desse livro é impecável), foi uma leitura absurdamente fluida e nada entediante.

Vi mt resenha de gente falando que a protagonista era mt egoísta, mas, gente vocês tem que entender que a Lennie tá sendo egoísta em um momento DE LUTO. É mt hipocrisia cobrar mt coisa de uma pessoa que está passando por um doloroso processo de aceitação e que está totalmente perdida. Cada pessoa reage a determinadas situações de um jeito, então foi completamente compreensível o jeito da Lennie de lidar com tudo.
Era de um jeito meio louco/inconsequente? Sim, mas perfeitamente plausível se analisarmos o contexto.

Não estou passando nenhum pano pq eu acredito que explicar não é o mesmo que justificar, é igual à avó da Lennie disse: coisas malucas assim acontecem quando as pessoas sentem-se abaladas e deprimidas como nós.

Dito isso, eu gostei bastante dos personagens e de como eles são inseridos na história, não foi nada mt "uau", mas me trouxe um sentimento mt bom acompanha-los.

É tão louco como as vezes a gente lê exatamente o que precisa ler no momento certo, fazia mt tempo que eu não lia uma ya mais "raiz", que me remetesse aos que lia anos atrás e foi tão bom, foi uma leitura que apesar se todo tema do luto foi tão leve e eu não fazia ideia que precisava ler algo assim até ler e foi ótimo, como revisitar um lugar que eu amava mas não sabia que ainda existia.
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Nêmesis 25/06/2022

Sem defeitos
Ca-ra-ca!
Que livro maravilhoso, muito bom, eu estou totalmente apaixonada por essa história.
É um livro que te prende do começo ao fim, que te faz chorar, rir e pensar "eu quero viver esse tipo de romance!"


Ps: eu não consigo aceitar o fato de que a probabilidade de eu encontrar um Joe seja minúscula, eu quero viver um romance arrebatador também!!
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Luana.Nantes 13/12/2021

Amor de família...
Gostei muito!!!

Chorei no infinito e além.
Amei a dinâmica do livro (imagens).
Precisamos conversar sobre o luto, não devemos guardar pra gente... O livro é lindo... Me emocionei demais...


Três sentimentos/sensações que a leitura me trouxe:
#saudade
#luto
#poemasjogadosaovento

Super indico!!!
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Regiane 06/03/2012

Poético e fascinante

“ Minha irmã vai morrer todos os dias, pelo resto da minha vida. A dor dura para sempre. Não desaparece nunca; torna-se parte de nós, a cada passo, a cada suspiro. Nunca vai parar de doer, Bailey, porque nunca vou deixar de gostar muito de você. É assim que é. A dor e o amor caminham juntos, um não existe sem o outro. Tudo o que posso fazer é adorá-la e amar o mundo, imitar seus passos ao viver com ousadia e força e alegria. ”


Hoje eu trago a resenha de um livro singelo, tocante e ao mesmo tempo, repleto de humor, que me agradou completamente. Antes de dar uma opinião mais precisa - como de costume - farei um apanhado geral da história.

Lennie Walker, aos seus dezessete anos, levava uma vida calma e feliz, acompanhada por sua paixão pela música e pelos seus inseparáveis livros de romance. A garota nutria uma admiração sem igual pela irmã mais velha - Bailey. Tudo seguia perfeitamente bem, até o dia que a tragédia resolveu bater a porta da família Walker. Por uma fatalidade do destino, a querida Bailey, veio a falecer.

“ Às 16h48 de uma sexta-feira de abril, minha irmã estava ensaiando para o papel de Julieta, e menos de um minuto depois, estava morta. ”


A partir desse triste episódio, a única forma que Lennie encontra para tentar amenizar e driblar um pouco a dor pela perda da irmã, é seguindo em frente, mas só ela sabe o quanto é difícil e complicado lidar com a situação, pois Bailey significava e significa tudo para ela.

Felizmente, Lennie não é uma garota que desiste fácil das coisas. Ao lembrar-se do quanto a irmã amava viver, ela é motivada a continuar, e é nesse momento que dois garotos surgem em seu caminho. Um deles parece entender exatamente o que ela está sentindo, e o outro consegue deixar seu coração um pouco mais alegre e leve. Diante de um turbilhão de emoções e sentimentos confusos, ela terá que encontrar o equilíbrio em meio a tudo que está vivendo.

Primeiramente eu devo elogiar o capricho que a Novo Conceito teve com a diagramação desse livro. Além de encher os olhos, todos os detalhes são impecáveis. Adorei a fonte na cor azul, e fiquei deslumbrada com as diversas ilustrações e imagens contidas - com vários poemas e recadinhos da protagonista - entre um capítulo e outro.

A narração do livro é em primeira pessoa, mas em nenhum momento, deixou a desejar. Aos olhos de Lennie, tive uma visão ampla de tudo que acontecia ao redor. A história é conduzida de uma forma totalmente poética. Apesar da escrita da autora ser simples, ela é bem agradável e gostosa. A leitura fluiu tão rapidamente, que terminei em pouquíssimas horas.

Alguns personagens são bem curiosos, principalmente quando se trata do Tio Big e da Vovó. Eles são carismáticos, mas ao mesmo tempo, são bem peculiares. Não gostei muito de Toby, achei-o meio apagado e até mesmo bobão. Joe é uma graça em todos os sentidos. É impossível não se render a ele. A sua sensibilidade aos sentimentos alheios, faz dele um personagem muito especial. Lennie é uma protagonista bem completa. Ela está longe de ser perfeita - algo que adorei - e dessa forma, a autora deu um ar real a personagem. Outra coisa que gostei muito na Len, foi que mesmo diante da situação triste que se encontrava, ela conseguia ter um senso de humor incrível. Ri horrores com as suas atrapalhadas. Sem contar a quantidade exagerada de vezes que ela leu O Morro dos Ventos Uivantes, que sem dúvidas, achei hilariante.

“ Sarah e Joe também me encaram. Sarah com uma expressão de preocupação e Joe com um sorriso do tamanho de um continente. Será que ele olha assim para todo mundo? Será que ele é maluco? Seja lá o que ele for, é contagioso. Antes que eu me dê conta, estou imitando seu sorriso do tamanho dos Estados Unidos, unindo-os ao Havaí e Porto Rico. Devo estar parecendo a "enlutada alegre". ”


O Céu Está em Todo Lugar traz à tona muitos sentimentos. Raiva, decepção, compaixão, compreensão, tristeza, alegria, etc. Enfim, é incontável tudo aquilo que se pode sentir ao ler essa obra. Jandy Nelson criou um romance que retrata perfeitamente a dor diante da perda, a descoberta do amor e a luta pela felicidade. É um livro que deve ser apreciado por todos aqueles que adoram uma história sensível e poética. Recomendo!
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Niv 09/09/2020

Leia, leia muito!
Todo mundo que já perdeu alguém vai se identificar com esse livro.
Como podemos continuar vivendo quando alguém tão amado se foi? Como podemos sorrir, se divertir... se apaixonar?
As pessoas dizem que é só "seguir em frente", mas como?

E é por aí que Lennie, a personagem principal, nos leva.
Após perder a irmã ela precisa aprender a como viver de novo e, quando capaz disso, aprender a não sentir culpa.

Minha particular opinião é: leia, leia muito! Leia com seu sorriso de adolescente que se apaixona e leia com suas lágrimas de quem já viveu, ou apenas teme, a dor do luto.
Você vai rir, chorar, ter raiva e talvez, assim como eu, vc não consiga entender todas as ações de Lennie de primeira. Ainda assim, uma coisa garanto: você vai terminar com o coração mais leve, de quem sabe que, não importa a pacanda que a vida te deu, sempre dá pra continuar.
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Dri 09/12/2011

O céu está em todo lugar - Jandy Nelson
Me sinto MUITO excluída. Praticamente todos que leram esse livro deram nota alta para ele, gostaram dele, amaram, etc. Tentei todos os dias, durante todas as quase seis semanas que passei com ele, gostar da história, ficar com pena da Lennie, achar o livro emocionante e dramático, mas não foi possível.

A diagramação do livro é linda, cheia de páginas decoradas, divisão de capítulos muito legal, capa com textura diferente (muito frágil, devo citar. Prefiro as normais, são mais resistentes) que a princípio eu gostei, mas depois enjoei. A cor da fonte é azul marinho, super diferente e legal, a fonte é grande o suficiente para a leitura fluir melhor. A narrativa é simples e boa, a escrita da autora é legal, apesar de eu achar que ela enrolou MUITO e eu pulei alguns trechos com descrições chatas e desnecessárias. E a autora com certeza teve muito trabalho para escrever mais de quatrocentas páginas. Uma estrelinha por tudo isso.

Daria três estrelas, mas sofri muito com o livro. Passei a maior parte do tempo odiando a história e principalmente a protagonista chata demais. Apenas mais para o final que eu gostei um pouco, apesar de continuar achando Lennie a pior protagonista de livro do mundo. Nunca demorei tanto para terminar uma história, já estava quase desistindo. Então, situações desesperadoras pedem medidas desesperadas: Comecei a ler o livro a partir da metade com a trilha sonora da minha série favorita, Glee. A partir daí o livro comecei a ficar menos deprimente e a minha vontade de jogar o livro pela janela foi parando (e também porque tenho pena do meu dinheiro), inclusive achei duas músicas que bateram com dois trechos da história e então passei a ler o livro cada vez mais rápido (para o meu alívio).

Desculpe quem gostou dela, mas não encontrei pontos positivos na Lennie. Ela é egoísta, esquisita, gosta de sofrer e a considerei traidora sim. Com Joe quem iria querer saber de Toby? Claro, ela poderia ficar com qualquer um dos dois, mas o segundo era namorado da irmã... Não me agradou. Achei isso uma atitude doentia e a justificativa não me convenceu. Aliás, o luto dela não me convenceu. Me pareceu forçado. Quem está de luto não fica pensando as coisas que ela pensava. Quem está de luto fica triste, mas não egoísta. Gostava dela menos ainda quando desprezava sua avó, porque achei que naquele momento toda ajuda para ela seria bem-vinda e todos só estavam querendo ajudar. Mas ela tinha aquele amor doentio pela irmã e recusou de forma nada agradável todo e qualquer tipo de ajuda. Não tive pena dela e nem me comovi com seu drama em nenhum momento do livro. Aliás, que estranho ficar escrevendo em copos descartáveis, papéis, folhas de livros, papel de bala, troncos de árvore, enfim, por todo lugar para depois só jogar fora...

Não gostei do livro principalmente porque a narração foi feita pela Lennie e ela é chata, então estava presa na mente dela. Não havia escapatória. Mas gostei muito de Bailey, a irmã de Lennie, apesar dela estar morte e desejei que ela fosse a protagonista ou, pelo menos, desejei conhecê-la um pouco mais, ela tornou o livro menos chato. E também gostei bastante da avó das meninas, a dor dela sim, me comoveu, apesar de ter sido muito menos explorada. Gostei também de Big, mas ele foi pouco aproveitado e nem percebi qual foi seu final, mas valeu a participação.

Apesar de ter marcado vários trechos no livro, a maioria eram trechos de atitudes de Lennie que eu achava ridículos, então não vou colocar nada aqui. As músicas que eu achei que combinavam com os trechos foram: Firework (página 233) e No Air (página 262 aproximadamente). Os trechos ficaram muito mais interessantes assim.

O final eu achei sem graça, mas a última cena (um pouco antes do prólogo) eu achei muito bonita. E o que foi mais revoltante, é que eu não esperava NADA do livro. Para mim ia ser uma história triste, mas eu não dava muito pelo livro e mesmo assim ele conseguiu me decepcionar... Trágico.
Karol Rodrigues 07/01/2012minha estante
Concordo em tudo com você. Eu ainda nem terminei de ler o livro e ele já está na minha lista negra. Eu não sei porque diabos as pessoas amam tanto essa droga. O único sentimento que me vem a mente quando eu lembro desse livro e dessa protagonista insuportável é forçação de barra. Ela não está de luto cacete nenhum, ela quer é pegar o namorado da irmã porque ela queria ser a Bailey e ela tá é dando graças a Deus por ela ter morrido. Que pessoa decente vai sentir a ereção do ex-namorado da irmã morta? Pelo amor de Deus! ODIEI essa protagonistas e todos os outros personagens desse livro. São todos detestáveis, inclusive Sarah e até o viadinho do Joe, que eu também não gostei.

Ótima resenha :D


NALVA 17/01/2012minha estante
todos tem o direito de gostar ou não do livro .MAS NÃO PRESCISAR OFENDER O TRABALHO DA AUTORA . quem é santo atirea a primeira pedra .


Dri 18/01/2012minha estante
Mas eu não ofendi o trabalho de ninguém. Ao contrário, eu sei que deve ter dado um bom trabalho pra autora escrever tantas páginas e pra achar uma editora, etc. Só que eu não gostei da protagonista. Não foi a minha intenção ofender ninguém.


Karol Rodrigues 19/01/2012minha estante
Acho que ela pegou ar com meu comentário Dri, haha. E todo mundo tem o direito de não gostar mesmo, até porque, como ela disse ninguém é perfeito né (: Você não desrespeitou a autora e se tivesse desrespeitado não era problema de ninguém, apenas da autora, que não soube fazer um trabalho digno, haha.

Beeeijão


Dri 19/01/2012minha estante
Obrigada Kaká *-* concordo com tudo, haha. Beijos!


Nivia Carla 20/03/2012minha estante
Nossa Dri, eu to sofrendo pra tentera acabar com esse livro! confesso que comprei por causa da capa, achei romantica, mas logo no primeiro capitulo me decepcionei, Lennie consegiu ser uma protagonista mais chata e deprimente do que a Bela, aquela triteza toda não me convenceu, e o pior, beijar o cunhado pq ele entende a dor dela? sem nexo nenhum, li com a melhor das intenções mas não deu mesmo!!!


Dri 20/03/2012minha estante
Eu entendo você, Nivia. Esse é o livro mais sofrido de ler de todos os tempos. Também pensei o mesmo que você sobre o beijo do cunhado, ela se aproveitou da situação isso sim hahaha. Não da pra salvar nada da protagonista. Mas terminar esse livro foi uma sensação de superação mesmo hehe. Boa sorte lendo =)


gleicepcouto 23/03/2012minha estante
Esse livro é muito ruim! Não se sinta excluida. Completamente descartável a trama.


Dri 24/03/2012minha estante
Obrigada, Gleice! *-* Sim, descartável, concordo.


honeyg 06/11/2012minha estante
Pessoal que está comentando, por favor, sem spoiler. Acabei de ler que tem um beijo e quase dei um soco no monitor por ter lido. D:


Giovana 14/12/2012minha estante
também não consegui gostar muito desse livro; nem do jeito que a autora escreve nem da história. bem sem graça :/


Rita 15/07/2013minha estante
Sabe, às vezes uma resenha e alguns comentários podem mudar tudo, eu li a sinopse e pensei "uau, parece interessante e diferente até" e deixei na minha listinha de livros para ler, hoje decidi investigar algumas resenhas e claro que vim ler a sua visto que foi a 1ª que me apareceu com mais má pontuação e deparo-me com comentários que me identifico, o que li sobre as personagens não me cativou em nada, só de ler que a personagem é um saco e que em vez de fazer luto se atraca literalmente ao namorado da irmã sem pudor (foi o que subentendi de alguns comentários) eu perdi a vontade de ler, não gosto de livros em que nenhuma das personagens tenha conteúdo ou que eu não simpatize, como tal sinto que esta seria uma leitura bastante demorada e sem nenhum prazer, antes pelo contrário. Este livro acabou de ser excluído da lista.


Geo 01/01/2015minha estante
Não se sinta excluída, ainda estou lendo o livro e estou achando uma bela porcaria.




Mila F. @delivroemlivro_ 28/10/2023

Só pude confirmar o quanto esse livro é apaixonante
Vamos de releitura? Recentemente soube que o filme O Céu Está em Todo Lugar estava disponível na Disney+ e como fazem anos que li o volume (logo que foi lançado no Brasil) decidi fazer a releitura para depois conferir o filme e fiquei super receosa, pois poderia mudar de opinião e esse livro tem um lugar cativo no meu coração, porém a releitura só fortificou o que eu achava e me deu uma perspectiva a mais, pois percebi coisas que antes não havia percebido.

Nessa narrativa iremos acompanhar basicamente Lennie tendo que lidar com o luto após perder sua irmã Bailey e perceber que o mundo não gira em torno de seu umbigo, que o mundo não para para que ela possa sofrer e aprender a superar, desse modo ela segue cometendo vários erros, sobretudo, em relação aos seus interesses amorosos, Joe e e Toby, e também em relação ao seu comportamento com a família.

Continuo pensando uma série de coisas sobre o egocentrismo de Lennie, mas agora sou mais empática e entendo que esse foi o jeito que a personagem encontrou para lidar com a dor e o processo que ela passa para se "reconstruir" vai fazendo com que ela identifique seu comportamento bom e ruim.

Gosto de tudo nesse livro, da forma que foi narrado, da sensibilidade envolvida, da forma como às vezes é possível se perder ao se defrontar com uma situação inesperada ou traumática, mas também a forma como pequenas ou grandes coisas do dia a dia e do cotidiano vão nos curar. 

Amei toda a releitura e acredito que mesmo com o passar do tempo o livro envelheceu com um excelente significado para mim.

site: www.delivroemlivro.com.br
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josy 26/10/2021

Um dos livros mais lindos que já li.
A história é maravilhosa, mas o que me chamou mais a atenção, foi o capricho na edição do livro. Ele é impresso em papel pólen, o que não cansa a vista ( confesso que não gosto de livros impressos com as páginas brancas). E ele é todo escrito com letras azuis. Fiquei fascinada quando vi, porque nunca tinha visto antes.
E além de tudo, o livro todo é um charme
Dizer que amei é pouco. Devorei ele em 5 dias
Fica a dica pra leitura do final de semana
#apaixonadaporlivros
#paixaoporlivros
Thayssa Emily 26/10/2021minha estante
Já coloquei na minha lista ?




Blog MVL - Nina 23/09/2011

Minha Vida por um Livro | www.minhavidaporumlivro.com.br | Marina Moura

Imagine que você é filho único (talvez seja mesmo) e está acostumado a tomar suas decisões, escolher o caminho,olhar duas vezes para atravessar,ter tudo a seu dispor. Agora imagine que você é um primogênito, está acostumado a tomar as decisões por dois,escolher o caminho por dois,cuidar para que seu irmãozinho(a) chegue inteiro do outro lado da rua. Então imagine que antes mesmo que você pudesse tomar consciência de suas escolhas elas já foram feitas,o caminho já foi aberto para você,e há sempre seu irmão segurando sua mão ao atravessar. Imagine perder aquele que esteve sempre ali por você, que te protegeu. Alguém com quem você compartilhou tudo.

Sou a mais nova, a caçuleta da família. E devo dizer que experimentei o bom e o ruim dessa posição. Durante toda a minha vida, eu e minha irmã sempre estivemos cientes de que depois que nossos pais se forem, seremos apenas nós duas. Uma apoiando a outra. Imaginar a minha vida sem ela é verdadeiramente impossível. “O Céu está em todo lugar” toca em várias fraquezas minhas (no sentido do valor que dou para todas), lealdade, irmandade, orgulho. Portanto, esta será uma resenha profundamente pessoal, intransferível, dolorida e talvez incoerente. Deixo nas mãos de vocês avaliarem.

Entre o luto e a saudade, existem também sentimentos mais sutis, porém bem óbvios dividindo as emoções de Lennie. O rancor e a inveja permeiam inúmeros pensamentos da protagonista, e apesar de parecer uma coisa feia e deformada, são emoções comuns à condição humana e vamos e convenhamos, irmãos vivem embaralhados em competições e disputas. Quem é melhor, quem tem mais afeto dos pais... Estou falando por experiência própria. Assim como Lennie, sou a mais nova, e sei que nós caçulas costumamos estar sempre à margem dos primogênitos. Mas o natural é que isso passe ao adentrarmos a adolescência. O que não é o caso de Lennie. A personagem caracteriza um quadro perfeito de conflito de identidade,ela não sabe mais onde começa a Lennie e onde termina Bailey(sua irmã). É uma situação delicada que apenas se agrava com a morte prematura de Bailey. De repente Lennie não encontra mais solo firme para sua vida. Quem sou eu? Enquanto lia, percebi claramente que a personagem se fazia esta mesma pergunta a cada capítulo. Jandy Nelson soube como construir uma protagonista extremamente humana, real, e isso é um dos aspectos favoráveis da leitura. O mais interessante é que Lennie demonstra dons encantadores, ela é uma poetisa nata e musicista também. Só quem não consegue enxergar seus talentos... é ela mesma.

Além dos protagonistas, o enredo ainda conta com a solidez de um grupo de coadjuvantes especiais e carismáticos. A avó de Lennie e seu tio Big (que sofre de gigantismo) formam uma família incomum, hora com diálogos hilários e de uma simplicidade tocante. A avó de Lennie e Bailey,apesar da aparente alegria radiante,também possui seus próprios demônios para enfrentar.Mesmo antes da morte da neta,ela estava habituada a passar por “tempos privados”(como as meninas nomeiam),dias em que ela simplesmente se desligava do mundo. Eu poderia colocar meus óculos de psicóloga e dizer que o ambiente familiar no qual ambas cresceram é um tanto disfuncional. Apesar do afeto que permeia seus componentes. Lennie e Bailey não conheceram sua mãe, foram criadas somente pela avó e tio.

Apesar de este ser o primeiro trabalho de Nelson com escritora, esse detalhe passa despercebido ao leitor. A narrativa é bem delineada, os acontecimentos fluem bem, sem pesar demais em minúcias e bem focada nas emoções e pensamentos de protagonista. O início pode parecer desnecessariamente dramático, entretanto, com o desenrolar da estória,fui compreendendo a profundidade do sofrimento de Lennie,a depressão em que ela e Toby,o ex namorado de sua irmã,se encontram. Ambos descobrem um no outro, o espelho para o pesar que carregam dentro de si mesmos. É mais fácil viver perto de Toby porque ele leva muito de sua irmã, e vice versa. Joe, o terceiro ângulo do triângulo amoroso, entra como uma brisa de ar fresco para Lennie. Ele é a promessa de uma vida normal, de que ela pode voltar a ser feliz, apesar da ausência de Bailey. O leitor sabe o que é mais saudável para Lennie, mas ela é imatura, e está magoada demais para perceber isso sozinha. É surpreendente e fascinante a forma como Jandy expressa os conflitos de sua protagonista. Seus receios e paixões se misturam de uma forma poética e original.

Um livro encantador, que garante entretenimento e reflexão. Uma experiência inesquecível para leitores das mais variadas idades. Jandy Nelson toca em um tema polêmico, que comove e cativa. “O Céu está em todo lugar” é uma obra que instiga emoções diversas, mas de forma alguma desaponta seu público. Envolva-se com a poesia dessa talentosa autora.

Obs: A Editora Novo Conceito merece um gigantesco Thumbs Up! Pela diagramação,e o cuidado que tiveram em manter a beleza estética da versão americana. Ouso dizer (com propriedade,pois tive o livro americano nas mãos) que é ainda mais bem finalizado. Parabéns à editora Novo Conceito pela qualidade gráfica.
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Camila Ramos 23/02/2012

Um livro emocionante e lindo. O Céu está em todo Lugar é um daqueles que você termina de ler e continua pensando nele por dias.
Confesso, comprei pela capa. Quer dizer, pelo livro em si porque ele todo completamente lindo. Comprei e ele ficou lá na estante por um tempo; Tempo demais. Quando peguei pra ler, terminei no mesmo dia.

A Lennie acaba de perder a irmã dela. Ela ainda está num estado de “não caiu à ficha ainda”. Parece que ela não sabe se estruturar sem a irmã. A mãe dela sumiu desde que ela é pequena. Então ela mora com a avó e um tio. Os dois são ótimos. Mas as coisas não são mais as mesmas depois da morte da irmã. Tem o Toby, o cara que foi namorado da irmã dela. Os dois estão passando por um momento muito ruim, eles perderam uma pessoa muito amada, eles precisam de algum conforto. E vão procurar isso um no outro.

A Lennie conhece um garoto na escola, o Joe, e se apaixona por ele. No decorrer do livro, cada capítulo tem uma página com uma foto de um bilhetinho. Tipo, alguma coisa escrita num copo, num tronco de árvore e tal. Isso tem um papel importante na estória que no fim nós entendemos.

A narrativa é muito boa. Quem narra é a Lennie. Nós sofremos com ela. Esse é um livro tão profundo que eu consegui sentir tudo que ela sentia como se estivesse acontecendo comigo.

O livro fala sobre perda, como seguir em frente. Fala sobre amor, tem um romance muito lindo. É impossível não se apaixonar por essa estória. O Toby é um cara mais na dele, calmo e misterioso. Mas é muito sincero, e dá pra perceber o quanto ele sofre com a morte da namorada. O Joe... é um cara legal. Bom, dá pra ver que eu gostei mais do Toby né, mas enfim, as coisas nem sempre são como a gente quer... xD

Quando terminei ainda passei dias lembrando da estória. E adoro quando um livro faz isso comigo.

Recomendo MUITO esse livro. Se você quer uma estória emocionante e linda, esse livro tem isso e muito mais. LEIA!
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