Rita 16/07/2013
Nem sei quantas estrelas dar.
O que dizer deste livro? realmente nem sei bem, tanto que nem descobri ainda que pontuação lhe daria.
O livro fala da história de Min ('Min, apelido de Minerva, deusa romana da sabedoria, porque o meu pai estava fazendo mestrado quando eu nasci...', esta é a lenga lenga que ela repete sempre que alguém lhe pergunta o nome) uma jovem que depois do fim da sua relação com Ed decide enviar-lhe uma caixa com todos objetos que foi recolhendo ao longo da curta relação em conjunto com uma carta que explica os motivos porque eles acabaram. O namoro dos dois começa de uma maneira estranha, eles conhecem-se na festa de aniversário do melhor amigo de Min, o Al, ela tem tanto carinho pelo amigo que fica cá fora de bate papo com um rapaz que acaba de conhecer em vez de ir para dentro cantar os parabéns. Só por aqui devia prever-se que tipo de personalidade ela tem.
O mais irritante do livro? o fato da Min introduzir, até à exaustão do leitor, comparações da sua vida e de tudo que a rodeia com filmes antigos (coisa que ela adora, e como tal quer ser diretora de cinema), o pior de tudo é que acredito que os filmes citados são todos inventados pelo autor.
A Min ao longo da sua carta vai descrevendo todos os objectos e a participação cronológica de todos eles na relação, desde um simples bilhete de cinema a uma garrafa de água vazia, quase tudo é possível de se encontrar naquela caixa que ela pretende deixar à porta de Ed.
Fiquei desiludida com a maioria das personagens: Min inicialmente poder-se-à pensar que é daquelas meninas fortes, decididas, cultas e divertidas, daí ela ter sido a minha maior desilusão, achei que estas combinações todas fariam da personagem alguém com um humor inteligente e cativante, mas ela não passa de uma egocêntrica iludida que passa a viver em torno daquela relação e começa a ser uma típica namorada de um popular, assiste os seus jogos apesar de achar entediante, vai às festinhas com ele. Na mente dela, ela trata os amigos como se tivesse que fazer uma escolha, ou eles ou o Ed, foi a ideia com que fiquei. Ela só chama os amigos quando precisa de algo ou alguém para lhe ocupar o tempo.
Passando para o Ed, não tenho realmente muito a dizer, porque apesar do livro ser em torno de uma carta dirigida a ele, ele não deixa grandes surpresas nem nada que o distinga muito. Menino que tem uma listinha de garotas com quem já se envolveu e cocapitão da equipa de basquete, dá para ver o género.
Agora Al, o melhor amigo de Min, estão a ver o melhor amigo gay que se encontra em muitos livros? poderia ser o Al, só com a discrepância que o Al não é Gay. O problema é que ele nos assuntos realmente importantes só responde: "Não tenho opinião formada", é daqueles que quando se pergunta se vai desejar vinho ou água, ele diz que tanto faz.
A ideia inicial do livro é realmente inovadora até, e promete ser um livro leve com aquelas ilustrações e tudo, mas depois a maneira como é explorada transforma este livro em mais um. Mau? já li livros piores, mas nada de novo.
O autor podia ter explorado tantos outros aspectos e personagens que podiam enriquecer a história, tais como a relação da Min com a mãe, a história em torno da familia do Ed, as amigas dela que pouco aparecem e até os amigos dele.
Esta foi a minha primeira resenha, mereço um desconto :*