Noite na Taverna

Noite na Taverna Álvares de Azevedo




Resenhas - Macário e Noite na Taverna


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yu 26/07/2022

Noite na Taverna
Escrito em 1885 por Álvares de Azevedo, o livro foi publicado anos depois de sua morte (21 anos).

Um dos livros favoritos dos vestibulares, contêm influência byroniana e é uma das obras mais representativas do ultrarromantismo.

A experiência mais intensa que tive em minha vida (ainda estou no EM), não me arrependo de ter lido e agradeço um colega que me recomendou.

A leitura te prende do começo ao fim, as personagens são instigantes, suas histórias são repletas de sentimentos e pura poesia, de um jeito grotesco e mórbido, com muitos amores e muitas mortes.

É uma leitura chocante, não conseguimos distinguir os problemas finais por estarmos lendo em primeira pessoa, então o mistério continua até a última página do capítulo.

A narrativa é difícil, por ser um livro antigo, mas não deixe que isso o impeça de se aventurar nas histórias dos "amigos que se reuniram em uma taverna".

Me surpreende como um rapaz de 19 anos escreveu uma obra prima dessas, sem dúvidas um tesouro nacional!

Não acho que seja uma leitura para todos por conta dos gatilhos (que são MUITOS) e não recomendo para menores de 18 anos.
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Nathalia184 21/07/2022

Reler Álvares de Azevedo - agora numa idade adulta - foi estranho.

Conheci o trabalho do autor por meio de "Um amigo no escuro", onde dois poemas dele são citados e lidos por um dos personagens e aos doze anos, tinha ficado encantada.

Hoje em dia é interessante revisitar essa obra do romantismo e ver as influências de outros grandes mestres tiveram sob a obra do Álvares.

Os contos contém de tudo e flerta bastante com o horror.
Já Macario é uma narrativa teatral que lembra bastante a premissa de Fausto.
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legarcia 18/07/2022

A degradação da moralidade
Álvares de Azevedo é um autor o qual ocupa um lugar muito peculiar na história da literatura brasileira. É o caso de um gênio precoce que, não obstante a qualidade excelente de suas obras, por ter tido uma vida muito breve, estas expressavam um pouco das confusões e imaturidades naturais da pouca idade.

Em ?Macário e Noite na tarverna?, é possível perceber bem a cosmovisão pessimista do autor: considerando que ele consumia majoritariamente a literatura europeia, com destaque à francesa, a qual na época era marcada por um melancolismo profundo, resultado de todo o contexto político e social da Europa.

Há uma desconformidade entre o mundo concebido por Macário e o que de fato é a sua realidade. Essa não aceitação de suas circunstâncias é o que abre espaço para o aparecimento de Satã na vida do personagem.

A relação de Macário com o Diabo é muito interessante, uma vez que este apenas dialoga com aquele e o vence pelas próprias fraquezas do menino, atuando quase como um tutor. O desprezo, o ceticismo e descrença pela realidade matam o lado bom de Macário, representado no texto como a morte de Pensaroso.

Fica evidente na história que Satã tem a experiência da vida e conhece a alma humana, em constraste com o personagem principal, o qual é um jovem perdido e cético. Este será corrompido por sua própria fraqueza e imaturidade.

A experiência de ler ?Macário e Noite da taverna? é muito boa, já que é claro as conexões entre os dois textos. Em ?Noite na taverna?, os personagens, diferente de Macário que está caminhando à sua perdição, já estão totalmente degradados. A primeira cena, na qual é apresentado o ambiente da tarvena, é um ótimo retrato do melancolismo do auor: homens perdidos e com tédio, bebendo em um bar com mulheres ao redor.

Tendo esse cenário em vista, a obra é construída por contos, cada um narrado por um dos homens presentes na roda. As histórias são macabras e muito pesadas, é uma reunião de episódios tétricos. É como se o autor, para compreender o que é verdadeiramente humano, opõe seu olhar ao que é bom e degrada a narrativa ao ponto mais imoral do ser humano.

Ademais, Álvares de Azevedo era um jovem muito erudito e utiliza-se da erudição, muitas vezes, de forma exagerada nessa obra, principalmente no prefácio, o qual é tão recheado de referências literárias e filósoficas que tornam-o excessivamente complexo. Essa questão é amenizada com observações em rodapés, o que auxiliou-me muito durante a leitura.

Entretanto, é inegável que estamos tratando de um escritor de grande magnitude e qualidade, ainda mais quando ressaltamos que foi alguém que escreveu durante sua adolescência e começo da juventude. A leitura desses textos é muito agregadora e dá espaço para muitas reflexões existenciais.
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gabrieldcolleta 21/05/2022

Decepção e surpresa
Sobre Noite na taverna: Há certas passagens que são enfeitadas de metáforas ricas e poéticas, o que seria positivo, não fosse o fato de que a narrativa em si nem é tão desenvolvida assim. É notável o quanto as coisas acontecem de forma corrida, os eventos se seguem tão rapidamente que certas histórias parecem inacabadas, e certos acontecimentos parecem se dar ao mero acaso.

Sobre Macario: Que peça do [*****]! Sinceramente, esperava muito de Noite na taverna e pouco de Macario, acabei recebendo o oposto do que esperava para as duas narrativas. Apesar da proposta simples, os diálogos e as reflexões são muito bem escritos, fluidos, gostosos de se ler. Sem dúvidas foi essa obra que fez o Álvares de Azevedo me conquistar, me fez querer ler a sua Lira dos 20 anos, e gostar ainda mais do Diabo.
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Bela 23/04/2022

Noite na Taverna - Álvares de Azevedo
Sobre o Livro
Maior nome do ultrarromantismo brasileiro, Álvares de Azevedo reúne em Noite na Taverna uma antologia de contos de teor gótico nos quais um grupo de amigos reunidos em um bar começam a narrar histórias escabrosas que supostamente aconteceram em suas vidas.

“Morrer! é a cessação de todos os sonhos, de todas as palpitações do peito, de todas as esperanças! É estar peito a peito com nossos antigos amores e não senti-los!

Passeando por temáticas infames como necrofilia, incesto, orgias, assassinatos, sequestros, canibalismo e muitas traições, os contos se conectam pelo ambiente do bar em que as histórias são narradas, no qual os amigos passam a palavra uns pros outros e iniciam a próxima rodada de narração de histórias. De paixões desencadeadas a partir de encontros obscuros em cemitérios até adultérios que resultam em crimes sangrentos, Noite na Taverna se propõe a narrar o absurdo em cada conto sórdido da antologia.

Minha Opinião
Álvares de Azevedo sempre foi um dos autores que mais apreciei estudar nas aulas de Literatura da escola. A poesia “do mal do século” – como sua geração literária ficou mais conhecida – foi uma das mais lidas na minha adolescência e o fato de a vida do autor ter sido tão breve, o que por consequência alimentou muito do imaginário místico de sua rápida produção literária, sempre o tornou uma figura muito comentada por leitores e mesmo por críticos. Em uma análise histórica da produção do autor, o sociólogo e pesquisador literário Antônio Candido comenta um fator bem interessante sobre a produção de Azevedo:
“Se o romantismo, como disse alguém, foi um movimento de adolescência, ninguém o representou mais tipicamente no Brasil”.

Como o trecho do crítico aponta: Azevedo era um autor romântico e de uma fase desse período literário que estava imersa em referências ultrarromânticas e góticas que há muito podiam ser vistas em Lord Byron e Alfred de Musset. Também como informa o trecho, Álvares de Azevedo era jovem, um adolescente quando escrevia e um recém adulto quando faleceu aos 20 anos. Com uma vida tão curta e marcada por poesias, contos e peças tão intensas e infames, não é difícil entender porque ele representara tão bem o “romantismo como movimento de adolescência”: sendo tão jovem, Azevedo não precisava que situações reais absurdas acontecessem para sentir emoções intensamente e nem precisava viver na infâmia para escrevê-la. A ousadia, a intensidade e o moralismo culpado, típicos de jovens da época, se apresentam em seu texto naturalmente e Noite na Taverna é um exemplo disso e um marco na literatura brasileira de diferentes formas.

Escrito em formato de contos, Noite na Taverna é uma antologia de ritmo frenético, rápida de ler e que por estar inspirada na estética do gótico literário, lembra muito produções europeias da época. É conhecido entre os estudiosos que Azevedo tinha grande consideração pela produção do poeta francês Alfred de Musset, mas muito da sua escrita gótica é associada com Byron: a presença de temas imorais como orgias, necrofilia, relações incestuosas e adultérios violentos é muito mais comum nos poemas do escritor inglês. Inspirada em maior ou menor grau nesses dois autores, Noite na Taverna se tornou um ponto muito importante para o terror e o fantástico na produção literária nacional: em meio a tantas produções nacionalistas de cunho realista ou histórico que a época de Álvares de Azevedo produzia, o autor foi um ponto fora da curva ao trazer os castelos escuros, o ambiente noturno, as referências constantes a morte e ao teor dúbio entre realidade e místico.

Nos contos de Noite na Taverna encontramos uma dinâmica rápida, modelada para provocar o choque: o primeiro conto já começa em um cemitério e apresenta a paixão obsessiva de um rapaz por uma moça pálida que encontrou andando por ali. Com um final que tinha por objetivo ser assustador, o conto é uma fagulha do que o resto da coletânea vai apresentar e o teor de infâmia só fica cada vez mais forte até culminar em um final que interliga a realidade dos amigos no bar com o que seus contos relatavam. A ambientação é múltipla também: quando os contos começam, claramente há uma mudança de ambiente e muito do cenário evoca clima e ambientes mais europeus do que brasileiros. Só voltamos para o país quando os contos terminam e os amigos comentam convidam o próximo da mesa a contar sua história. Por ser tão frenético, o livro passa realmente a sensação de que estamos na mesa de bar junto com eles.


Filme nacional de 2014 inspirado em a Noite na Taverna
“O que é a existência? Na mocidade é o caleidoscópio das ilusões: vive-se então da seiva do futuro. Depois envelhecemos: quando chegamos aos trinta anos, e o suor das agonias nos grisalhou os cabelos antes do tempo, e murcharam como nossas faces as nossas esperanças, oscilamos entre o passado visionário, e este amanhã do velho, gelado e ermo – despido como um cadáver que se banha antes de dar à sepultura! Miséria! Loucura!”

Apesar da ousadia das temáticas e da escalada rápida que temos do primeiro conto para temas ainda mais espinhosos que se seguem, Noite na Taverna não deixa de conter os moralismos de seu tempo e é notável a presença narrativa da culpa. No livro, acontece a comum criação de personagens femininas que encarnam estereótipos de gênero muito presentes nas produções escritas do século XIX: mulheres anjos são as presenças femininas virginais e puras que são ameaçadas pela corrupção masculina e mulheres demoníacas são a figura feminina impura, geralmente presentes como as cortesãs, prostitutas ou adúlteras que corrompem o espaço ao seu redor e enlouquecem o personagem masculino. Poucas são as personagens que escapam dessa elaboração narrativa comum, mas uma em especial chama a atenção: a espanhola Ângela, do conto narrador por Bertram é a única personagem feminina que não tem um final violento em que acabe morrendo.

Sua construção chama a atenção porque apesar de ser uma personagem que enquadra-se no estereótipo da personagem feminina impura que causa a ruína do personagem masculino, Ângela ainda tem uma participação um tanto inovadora, principalmente considerando a época em que o livro foi escrito. No fim, os contos, por mais infames que sejam, não escapam do próprio juízo moral de seu tempo e cada transgressão é punida com tanta violência quanto como foi cometida, principalmente para as personagens femininas transgressoras. Perceber esses detalhes narrativos ajuda muito a entender o próprio terror nacional contemporâneo, em que, apesar de muitas coisas terem mudado e a presença feminina na ficção de terror ter finalmente ganhado maior profundidade, ainda é comum encontras estereótipos de gênero similares.

De todo modo, Noite na Taverna é uma produção extremamente rica para quem tem interesse em conhecer melhor da produção nacional brasileira e ver as bases de muito do que hoje é produzido no fantástico nacional. O livro ainda tem a vantagem de ser curto, rápido e dinâmico, os contos fluem muito bem e são um gostinho simples, mas bem interessante de como o terror brasileiro lidava com pautas que são polêmicas mesmo hoje.

site: https://resenhandosonhos.com/noite-na-taverna-alvares-de-azevedo/
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CoelhaBabyGirl 21/04/2022

Não seja ignorante, esse livro não é flor que se cheire.
Muitos não gostam desse livro pois ele traz elementos do: Mal do século, romantismo, e literatura gótica.
O que mais pesa quando as pessoas vão falar desse livro é o mal do século, que se resume a: Violência, corrupção, adultério, traição, morte, vingança, tédio, bebida, luto e amor.
Sendo assim, é ÓBVIO que terão coisas que nos farão torcer o nariz.
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dani2vi 27/03/2022

Noite na taverna e Macário
Gostei muito! Leitura um pouco complicada para mim, mas o que importa é que gostei. Eu me choquei com algumas histórias do Noite na Taverna e isso que fez eu me interessar mais pelo livro.

Recomendo!
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Lima 05/03/2022

"mas é a ironia mais amarga, a decepção mais árida de todas as ironias e de sodas as decepções. Tudo isso se apaga diante de dois fatos muito prosaicos ? a fome e a sede."
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Sebo Gato Bibliotecário 04/03/2022

Número 2
Álvares de Azevedo é dono da cadeira número 2 da Academia brasileira de letras, só não escreveu mais livros porque morreu jovem por tuberculose aos 21 anos. O tema de suas publicações são morte, suicídio, orgias, melancólia, mulheres, vinho, amor e outros sentimentos, sendo autor obrigatório para a literatura gótica. "Macário" trata de uma peça de teatro dividido em dois episódios, o primeiro episódio onde o protagonista, chega em uma estalagem para descansar após uma longa viagem. Um desconhecido chega depois a ambos conversam a noite toda. O segundo episódio, Macário está na Itália e conversa com seu amigo penseroso. Conheci Álvares de Azevedo no ensino médio, atrás do livro de português da escola, no livro tinha um trecho do capítulo de "Solfieri", de outro livro do autor, "noite na taberna". Neste livro, cada capítulo é um personagem contando a sua história. Uma pena que Álvares de Azevedo morreu cedo (ainda não li "Lira dos 20 anos). Como essas dois contos são curtos, a editora Nova fronteira, fez uma única edição com as duas histórias, e acabei comprando porque não conhecia a peça "Macário", e não sabia que era uma peça de teatro, fui saber quando abri o livro, pensei que era na forma de conto.
nath191 04/03/2022minha estante
Eu já vi trechos de Macário mas não sabia que era dele.
Noite na taverna eu li e sim, Álvares de Azevedo foi (e com certeza seria muito mais) um escritor fenomenal??




Aninha 16/02/2022

Necrofilia???
O livro é interessante,tem assassinato, adultério, necrofilia,sequestro, canibalismo kskkskskskskkss tem de tudo e mais um pouco.Por conta de ele ser antigo,a leitura é difícil,mas não deixa de ser uma história interessante,mas não me conquistou, então é.
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Rilley1 15/02/2022

Caótico
Esse conto é uma coisa muito doida. Homem aleatórios contando suas histórias de vida de forma poética, mas o conteúdo das histórias... E é complicado, porque são coisas que te fazem ter dificuldade para digerir, porém é bom, bastante bom.
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Gabriel.Oliveira 03/01/2022

Estórias muito macabras
Na parte do Noite na Taverna há estórias que absorvem muito da segunda geração do Romantismo - o ultrarromantismo. Álvares de Azevedo foi um grande expoente dessa fase e esse livro destaca muito os pontos dela, muito inspirada no Byronismo.
Macário é um texto teatral que também trata de temas que eram pertencentes a esse período do movimento literário.
Livro muito bom!
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Pedro Schabarum 23/12/2021

Noite na Taverna
Gostei das histórias contadas pelos personagens, mas de qualquer forma não me prendeu totalmente. Porém nem sempre podemos contar que um livro seja totalmente do nosso agrado, nem que estejamos lendo em um momento que conseguimos captar sua essência.
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Gabryely2 07/12/2021

Um livro doido.
Achei a leitura até que fluída e rapidinha.
Mas com certeza è um livro bem doido.
Meu primeiro contato com esse tipo de literatura foi através desse livro e posso dizer que foi uma experiência até que interessante.
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