O rei de Havana

O rei de Havana Pedro Juan Gutiérrez




Resenhas - O Rei de Havana


83 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Rodrigo 04/10/2020

PQP, que p**ra de livro foi esse!
Bem... fazendo uma resenha sincerona desse livro, no formato padrão estudantil:

1 - Introdução:
Era uma vez um garoto de 13 anos, morador de Havana, que perdeu sua família da forma mais bizarra e idiota que poderia acontecer. Aí, vai parar num reformatório para adolescentes, mas conseguir fugir 3 anos depois. Então começa a pedir esmola pra sobreviver, mas acaba virando cafetão de uma sra de 50 anos, de um travesti e de uma moça que vende amendoim de dia e se prostitui de noite. Entre uma transa e outra, ele faz uns bicos e uns roubos pra manter seu estoque de rum e maconha. Com tempo, vai encontrando outras mulheres pra explorar, até que pimba! vem o final, que é uma merda. Sim, é só isso.

2 - Pontos fortes:
2.1 - Leitura ultra rápida, li em 3 dias; e
2.2 - Mostra Cuba como ela é (ô lugarzinho feio...)

3 - Pontos fracos:
3.1 - linguagem chula demais;
3.2 - história fraquinha, um protagonista cujo único dom (e o autor narra como se fosse algo sobrenatural) é ser bem dotado e, aos 16 anos, querer transar a toda hora (pô véi, na moral...)

4 - Conclusão:
Se for ler, use o kindle. Poupe uma árvore.
Tícia 05/10/2020minha estante
Nossa, Rodrigo....

Pelo que vc tá falando, esse é o tipo de livro que eu ou abandonaria alegremente ou esculhambaria de maneira vastamente mais cruel.
Sim, livro bosta desperta meu lado bosta.
Vc foi até bonzinho. kkkkkkkk

Mas, convenhamos... uma história que foca num moleque com um pinto que desafiou a ciência e, por tal feito, elevou-se ao status transcendental só pode ser avacalhação com minha boa vontade.

Adorei o ?Cuba é uma bosta? e ?Se for ler, use o kindle. Poupe uma árvore de um final tão indigno.? kkkkkkkkkkkkkkk
Ótima resenha, continue por esse caminho. :D


Rodrigo 05/10/2020minha estante
Rsrsrs agradecido!!! Toda vez que eu encontrar um livro meia boca vou me lembrar do seu incentivo!


Tícia 05/10/2020minha estante
Pode mandar ver no esculacho, basta ser sincero. rs




Thiago 25/10/2011

Sexo, drogas & sujeira
Esse é um livro em que a tríade do rock'n roll se aplica muito bem.

Ele conta a história de Rey, O Rei de Havana, um adolescente cubano que é preso devido ao acaso de uma fatalidade e, depois de fugir da cadeia, passa a viver nas ruas de Havana.

Esse livro é uma pedrada na cabeça do leitor.

Cheio de sexo e mergulhado em sujeira.

O Pedro Juan Gutiérrez narra todos os detalhes da vida de Rey e de Havana. Tudo com uma naturalidade que serve para amenizar um pouco do choque que algumas partes poderiam causar no leitor. Mas não deixa de ser um livro forte, sujo, viceral, cruel, depravado.

Já ví o autor dizendo que seus livros não são politizados. Mas é notável o protesto destilado nessas páginas. Um protesto abafado, mas ainda protesto.

OBS: A frase final do livro é excelente.
Geovane 27/07/2012minha estante
Thiago, perfeita resenha, compartilho da sua visão.

Abs


Thiago 27/07/2012minha estante
Pois é Geovane. É uma viagem à Havana que só os cubanos conhecem, porque aquela que os turistas vêem é bem diferente.

Já tenho aqui o "Trilogia suja de Havana", que parece ser igualmente bom. Você já leu algum outro dele?

Obrigado pelo comentário.
Abraço.




Rafa 21/06/2020

Visceral
O livro entrega ao leitor uma riqueza de detalhes perturbadora. Assim, de forma crua, vai desvelando a atmosfera caótica e sebenta dos submundos de Cuba, nesta obra, retratada no final dos anos 90.
Mattheus Moraes 22/06/2020minha estante
Já quero ler!!!


André Caracas 23/06/2020minha estante
Tb adorei




Cristiane 28/09/2021

O rei de Havana
É difícil eu considerar um livro ruim, mas este conseguiu. Esta é a história de Rei, um adolescente muito pobre de Havana. Perde a família num acidente estúpido. Vai para um reformatório... Foge e você se gabando de seus dotes sexuais. O autor poderia ter abordado a pobreza e o vazio da vida deste e dos outros personagens, mas optou pela questão sexual. Detestei.
priscyla.bellini2023 09/03/2023minha estante
Concordo plenamente!




Raphael 22/09/2022

Não existe beleza na miséria.
A intenção do autor foi apenas chocar. Poderia ter causado reflexão através da crítica social, mas optou apenas por sexo repulsivo.
Cristiane 22/09/2022minha estante
Sim... Um fim trágico e muito sexo sem sentido.




Caroline.Morgue 26/02/2024

Gorilão da bola azul
O livro trás bastante critica social e personagens super bem construídos e minha preferida é a travesti Sandra. O personagem principal, Reinaldo, me trás o sentimento de raiva. O cara fodido e não pensa em melhorar nunca. Magda tem razão. Em virtude do círculo onde foi criado, entendemos o porquê de tais comportamentos, mesmo assim não consigo passar pano. Torna irritante o livro inteiro todos os romances que Reinaldo se envolve, as mulheres ficarem looooucas de amores por um cara que não tem um mínimo de asseio e força de vontade de se tornar melhor, apenas vivendo de trambiques e confusões.
PS: O que esperar de um relacionamento tóxico e visceral, não é mesmo? Mas eu não esperava.

https://www.youtube.com/watch?v=g1y13KrBgl8

site: https://www.youtube.com/watch?v=g1y13KrBgl8&t=44s
V_______ 27/02/2024minha estante
Esse livro é até meio escatológico. Gostei por o autor parecer ter uma liberdade criativa sem impedimentos e limites rsrs




Lis 09/11/2021

A brutalidade pode ser um grito de socorro
Nas primeiras páginas senti um desconforto com as descrições sexuais do personagem, um machismo encarnado, uma má educação. Mas logo meu ?véu de maia? caiu - me perdoem os religiosos pelo uso do termo. E passei a me interessar por esses elementos do protagonista, o escárnio gera uma provocação necessária, de algum modo a história passou a causar em mim sensações físicas. Me vi no menino, na sua jornada de anti-herói, perdoei sua imoralidade para perdoar também a minha. Vi as personagens femininas tão encaixotados no lugar de seres sexuais de um sistema esmagador e senti mais uma vez o quão brutal é ser mulher, não dá para julgar os meios para resistir em suas próprias histórias.
O grande lance de o ?O rei de Havana? é o incômodo, de alguma forma ele nos tapeia para desacostumarmos com a literatura do alfabeto ou melhor da cartilha da ?escola? , em que tudo é explicado e até as críticas precisam vim acompanhadas de notas para não darem margem há uma interpretação desagradável , queremos ler um manifesto, mas sabemos que não é esse o papel da literatura. Não é preciso sentir leveza e assinar embaixo em tudo, há outras sensações reveladoras e políticas: enjoou, dúvida, raiva, nojo, repulsa, desalento, e esses sentimentos precisam ser provocados para não esquecermos o humano em nós, este humano que se revolta com a miséria absurda, que compadece vendo um menino torna-se homem em meio à violência e aos abusos. Percebemos que são esses homens fabricamos socialmente, essas crianças que prendemos como menores infratores, essa pobreza que vemos no jornal retratada como ao lado do aumento da violência.
Mas e o ser? O indivíduo por trás do trauma, ele que por não conhecer outras realidades até ?aprecia suas violências? por que simplesmente as desconhecem como tal.
No mais, curiosa para ler mais desse cubano, Pedro Juan Gutiérrez.

Ps: Um destaque especial para uma personagem travestir, que esbanja uma certa didática na narrativa que é sofisticada ao ponto de não ser forçada e apelativa, apenas irreverente e contrastante com a vulgaridade do protagonista Reinaldo. (Vulgaridade? Não sei se seria esse o termo a adequada, algo me leva a crê que melhor seria chamar de pornografia pois tem haver com o que não toleramos enquanto exposição efetiva dentro da ordem moral)
Margô 10/12/2021minha estante
Sua resenha despertou mil curiosidades! Não dá spoiler, mas atrai pelo comentário tão intimista, que permite conhecer a sensibilidade da leitora...????




pardons 26/02/2010

Foi como eu disse por aí: "eu preciso acreditar que um país possui intelectuais melhores que esse Pedro Juan Gutierrez..."



Sério, lembro de ter lido na contra-capa do livro uma declaração parecida com... "Ao lerem meu livro dizem que é erótico, numa segunda leitura dizem ser político."



O Rei de Havana conta a história de Reynaldo, um jovem que vivia com a família de dificuldades financeiras, até que de forma trágica, sua mãe, seu irmão e sua avó morrem praticamente ao mesmo tempo.



Como só estavam os quatro na casa, é preso injustamente acusado da morte dos três e vai pro reformatório, lá, como era de se esperar, vive momentos difíceis como tentativas de estupro, e maus-tratos, e foge. A partir daí a história realmente empaca entre sexo promíscuo, fome, roubos, mulheres diversas, travestis, falta de abrigo, enfim, miséria generalizada.











Eu prefiro partir de três pontos básicos pra desvendar esse livro:



1) Livro erótico: Meu Deus, até a Syang deve escrever erotismos melhores.

Não, certeza absoluta que ele não quis escrever um livro erótico.

Livros eróticos não citam o azedume do corpo dos personagens, e os chatos, e os piolhos, e a falta de banho, e a imundície generalizada.

Eu até entendo que muitos devem ter esse tipo de fantasia, mas não acredito que o livro tenha sido escrito pra esse público-alvo.



2) Livro-Livro: Disso subentende-se uma escrita culta, rebuscada, com bons jogos de palavras, enfim... subentende-se literatura, arte de escrever. CERTEZA que também não era a intenção, pois ele deve ter um pingo de auto-crítica e reconhecer que ele não sabe escrever para tanto.



3) Livro político: Agora eu até dou o braço a torcer. Realmente, na verdade, tomara Deus que essa tenha sido a intenção deste autor.

É a única chance de salvá-lo da guilhotina.

Mostrar a miséria de Havana num romance, sem citar nomes e formas de governo. Palmas. Bacana. E aproveitar todo o clima fétido do livro pra denunciar o que há de errado em Cuba, reduzir tudo a "sexo, rum e música cubana" de maneira a te fazer enxergar mais além, te fazer enxergar o âmbito político, meu louvor, mas por favor... Não escreva mais nada.



Aproveite a fama (ao meu ver exagerada) que o livro leva pra viver dele pelo resto da vida.
Herick 04/10/2013minha estante
Você é ridículo. Uma florzinha enrustida que venera classicismo e seleciona o que é literário pela quantidade de "erudição" e "pompa" que a escrita de um autor carrega. Não é só retrógrada, como também reduz o valor literário à uma estética caída. Eu não li o livro. Pretendo ler e posso odiar. Mas nunca pelos seus motivos. Já chega da paixão, do amor e do sexo idealizado pela moral cristã-cri-cri.




Uilians 07/06/2017

Critica social pura
Existe duas maneiras de ler esse livro. Uma é enxergar apenas o que está escrito e se prender na história, que com certeza fará com que deteste e fique se perguntando porque o autor se prestou a escrever essas coisas obscenas, sujas e descabidas.
Já a outra forma é olhar com uma visão critica e vê o que a falta de valores essenciais para vida como a família, a educação, a religião e o trabalho é capaz de produzir pessoas que não pensam em nada além de satisfazer necessidades básicas como a comida e o sexo. A repetição disso nas páginas é um tapa na cara das autoridades cubanas, que apesar da revolução, foi capaz de gerar um exercito de pessoas iguais a Rey, que vivem como animais e passam sem que ninguém os vejam. Dessa forma, com certeza é um grande livro. Critico, acido, contundente e impressionante leitura obrigatória. Bem parecido com "Na Pior e Londres e Paris, do George Orwell.

site: livraco, critica social, cuba
Cid Espínola 12/08/2017minha estante
Achei um obra indigesta. É meu primeiro contato com Gutiérrez.

Já leu a Trilogia Suja de Havana? Francamente, se for como este, vou mandá-lo para o final da fila.

Sua resenha tá maneira! As desventuras de Rey são imundas e funestas!




Patty 06/02/2009

Sinceramente, tive que abandoná-lo. Extremamente enfadonho. Minha impressão no começo, era de que ele narra parecendo que está fugindo da polícia, nas carreiras. Depois, nada muda, nada progride, até quando eu não consegui mais ler e parei. Talvez um dia, quem sabe?!!
comentários(0)comente



Leonardo Robert 03/03/2009

Acho que o livro saiu assim meio às pressas... mas ainda assim, eu gosto bastante do PJG. Curto bastante essa mistura de sujeira, sexo e política. Ainda assim, acredito que o Trilogia sim é o grande livro dele.
comentários(0)comente



Vanessa 31/10/2009

Convenhamos, Pedro Juan mata a cobra e mostra o pau, com exibicionismo, claro.

A parte da história, digamos, fantástica de Ray, o que se vê é um vômito de críticas a sociedade socialista cubana, que bebe merengue embalada por rum e sexo. Desde a obrigatoriedade da escola, onde os professores são mostrados como "obrigados a ensinar de qualquer maneira" até a cultura de Havana, abandonada ás traças e aos vândalos, com prazer.



Claro, poderia ser apenas um livro xingando Fidel Castro e exibindo as entranhas de Cuba expostas numa mesa cirúrgica, se não fosse o tom maléfico, cruel e sarcástico da escrita de Gutierréz, que transforma tudo numa grande orgia.



Se no Brasil tudo acaba em pizza, Na Cuba de Gutierrez, tudo acaba em sexo, ou pelo menos, ele tenta.

comentários(0)comente



Cesare 10/09/2013

O primeiro livro que li do Pedrito. Achei ótimo. Porém, numa segunda leitura, fiquei muito desapontado, ainda mais comparando com suas magníficas obras. O problema do Rei de Havana é que as perlonas e o caralho do protagonista aparecem incansavelmente. Se o livro tivesse 50 páginas a menos, seria magnífico. Mas estas páginas a mais estragaram a obra. Assim também penso em relação a Mulheres do Bukowski.
comentários(0)comente



Leandro 13/10/2014

Rey de Havana
Peguei este livro em uma feira de troca e não esperava muita coisa, mas fui positivamente surpreendido, pois "O Rei de Havana" é um livro ótimo e que vai te levar ao território cubano sem nenhum preconceito. Livre-se dos pudores, pois a leitura é pesada e contem linguagem obscena, mas você vai se ver diversas vezes na pele de Rey e sentir o cotidiano e as mazelas de Havana.
comentários(0)comente



Raquel Lima 01/02/2015

Angustiante
Rey é um natimorto. A sua experiência de vida é mínima , simplesmente passa os anos que não conta, tentando se alimentar, dormir e trepar ... Triste, angustiante. A degradação, a miséria permanente, a fome , a sujeira nos contamina... A sensação ao terminar de ler é de estar suja. Preciso de um banho ... E infelizmente, sabemos que podemos não estar muito longe do que lemos , talvez ali na esquina vivam Reys e Magdas, que acreditam que o que passam é normal , que o que têm é vida.
comentários(0)comente



83 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR