Maria16577 21/05/2023
Definitivamente não estou no momento certo para apreciar essa leitura, ou talvez nem seja o público certo pro livro. Todas as reflexões, as grandes dúvidas de Sidarta eram completamente inacessíveis a mim, que não conseguia distinguir sua origem, o que despertava essa ânsia do personagem principal em primeiro lugar. Talvez (e com certeza), eu pessoalmente peque por um excesso de pragmatismo, mas realmente não consegui me conectar nem de longe com a jornada de Sidarta no livro. Me vi, por outro lado, incomodada com alguns grandes detalhes, como a ausência de Sidarta da vida de seu filho, ou com aquele senso de soberba do personagem, no início do livro, com todos que não compartilhassem de suas preocupações.
O ponto do livro é justamente esse, claro, da vida ser esses aprendizados ao tempo que, como em uma correnteza de um rio, na própria existência de algo coexiste sua própria negação, tudo existindo ao mesmo tempo. Mas no fim as conclusões não me soaram tão satisfatórias, e todas as reflexões de Sidarta me pareceram quase despropositadas. Novamente, óbvio, o livro não é pra mim.
A outra questão que posso comentar é que talvez algo que atrapalhou a minha conexão com o livro seja uma certa caracterização genérica dos personagens. Me pareciam arquétipos, personagens um tanto superficiais, pouco complexos. Provavelmente uma estratégia para tornar a história mais acessível, para fazer o leitor se pôr no lugar dos personagens, mas que acabou me fazendo me importar menos com o que seria deles.
Enfim, talvez uma leitura em um outro momento me seja mais proveitosa.