Nath 20/01/2023Resenha Pobre LeitoraAnny é uma criança de uns sete anos quando a história começa e desde a primeira página garota já sofre: ausência dos pais, indiferença, maus tratos, abandono, abusos psicológicos e físicos, fome, solidão, trabalho forçado, humilhação. Eu confesso que comecei o livro me sentindo mal em ler, de tanta coisa que a menina passa e que pra mim, não tinham sentido nenhum. Os motivos eram muito rasos, basicamente ela tinha que sofrer pra mostrar como era uma criança especial, que sempre enxergava a beleza em tudo, mesmo nos momentos ruins. Anny foi retratada quase como um anjo, sem maldade em seu coração, sem raiva, sem revolta, apenas amor e perdão. Eu sei que crianças são seres especiais e tem muito a nos ensinar, mas a forma como Anny foi escrita é impossível de acontecer.
A história se passa basicamente no mesmo cenário sempre e tem inúmeros personagens que aparecem para ajudar Anny em sua jornada. Cada um tem uma história de fundo e a autora tenta contar sobre todos, mas ela faz de um jeito que não faz a menor diferença se tivesse aquela passagem ou não, porque as personagens não são aprofundadas, elas estão ali apenas para servir à Anny e para serem ajudadas pela mesma. Logo todos tem os desfechos que tanto queriam e pronto, acabou. Teve muita coisa na história que não fez sentido existir, e sempre acontecia tudo muito rápido, apesar de se passarem anos.
Tenho certeza que essa história foi escrita como o intuito de ensinar e tocar as pessoas, sempre falando muito em anjos e Deus, retratando até a própria Anny como um ser especial, talvez sobrenatural, mas para mim, ao invés de emocionante foi irritante. Li outras resenhas de pessoas que amaram o livro e queria que tivesse sido assim comigo, mas não deu. Terminei o livro total sem paciência.