Lorena 08/06/2021O livro fala sobre três desastres aéreos brasileiros: o voo 402, da TAM, que caiu logo depois da decolagem em Congonhas em 1996. O voo 1907 da Gol que caiu depois de colidir com um jatinho Legacy e o voo JJ3054 da TAM que não freou não aterrissagem e invadiu um prédio da própria TAM ao lado do aeroporto de Congonhas.
VOO 402
O autor fez um resgate até da história de vida de alguns passageiros e, inclusive, li que o pai do levantador da seleção brasileira de vôlei, o Willian, foi uma das vítimas desse acidente :(
Fiquei presa na leitura, mesmo se tratando de termos técnicos de aviação, é uma leitura muito interessante
Esse acidente aconteceu devido a uma falha no reversor da turbina, fazendo com que, na decolagem, um motor acelerasse e o outro "freasse", o que fez com o que o avião perdesse sustentação e caísse.
VOO 1907
O voo 1907 da Gol, aquele que caiu depois de “colidir” no ar com o jatinho Legacy pilotado por dois americanos. Uma sucessão de falhas humanas cara… que absurdo
Essa história acho que doeu mais do que a primeira. Não desmerecendo todo o sofrimento da anterior, longe disso. Mas ler sobre o que aconteceu e que resultou nesse tragédia, me revoltou.
Foi uma sucessão interminável de falhas humanas que, sei que não tenho conhecimento algum de aeronáutica, mas foram na minha opinião, falhas amadoras demais. Os pilotos falharam por andar com o avião com o transponder desligado (se de propósito ou desligado acidentalmente, acho que só eles sabem), logo, o avião não detectaria outro no ar e nem seria detectado.
Isso somado às cagadas colossais de controladores de voo que não perceberam que o Legacy voava com o aparelho desligado e “na contra-mão”: numa altitude utilizada por aviões que iam sentido sul, quando o Legacy ia sentido norte.
Fiquei chocada com as transcrições de caixa preta, porque entendo que era uma tragédia altamente “evitável”
Que tristeza 😢
VOO JJ3054
A última história: o avião da TAM que derrapou na pista de Congonhas e acabou invadindo um prédio da própria TAM
Esse também se deu por uma série de falhas humanas associada a uma falha mecânica no avião (um tipo de falha que a TAM “permitia” que o avião andasse com ela), a recém reformada pista de Congonhas que ainda não estava 100% pronta, muito menos pra dias de chuva (que era o caso), a pressão da TAM em seus pilotos para que não fizerem aterrissagem em aeroportos que não o programado
Enfim, a receita pro desastre
Achei o livro muito bom, explica de forma clara como aconteceram os acidentes, sem deixar de ser insensível com as vítimas, muito pelo contrário: há relatos fortes e que me emocionaram várias vezes durante a leitura
Recomendo