Nathenes 29/05/2020
abe aquelas histórias de príncipes e princesas, que se apaixonam e vivem felizes para sempre? Nesta história, temos exatamente isso... um belo clichê, sim senhor. Mas quem disse que clichês não podem ser bons?
A história se passa num país chamado DRABOSZKA, em 1872. Fiz pesquisa e não achei nada sobre esse país, então creio ser inventado. Logo no início do livro, o país é descrito como sendo pertencente aos países dos Bálcãs. O país é dividido por dois reinos inimigos, Sáros e Radák. O lado dos Radák é governado pelo pai de Elisa, Jozef Radák. Ele é um rei autoritário e seu povo é infeliz. Sua mãe Gisela é apresentada como uma mulher muito controlada e orgulhosa. Sofreu horrores nas mãos do marido, mas nunca reclamou até que a agressão chegou à filha deles, ainda pequena. Fugiu do castelo com a filha e uma empregada de confiança (Magda), deixando para trás o filho mais velho Julius que já estava servindo ao exercito. Passaram a morar em Paris, numa casa pobre no Champ Elysées por oito anos. O pouco dinheiro que elas tinham era para a educação de Elisa. Sofreram com o Cerco de Paris (2) e chegaram a passar fome. A mãe ficou doente e morreu nesse período, sem nunca reclamar. Foi no período de luto, que o pai a encontrou em Paris e mandou seu pessoal buscá-la. Ela aceitou voltar já que se encontrava em uma situação terrível após a morte da mãe.
O livro tem uma descrição muito rica do país e do povo. A princesa Elisa retornou a Draboska e conhece um homem misterioso lindo, que rouba um beijo dela. Devido a questões políticas, ela aceita se casar com o príncipe Sáros, que descobre ser o tal homem misterioso. O casamento deles acontece em meio a muita intriga do pai e muita falta de conversa. Eu senti muita pena da personagem... ela entra num casamento, a princípio com um desconhecido, e descobre que ele a despreza devido a seu pai. “Durante quatro dias ela se preocupara com a aparência, procurara parecer bonita, tentando despertar alguma reação em seu marido, e falhara. Há quatro dias que era esposa do príncipe, e ele nem uma vez falara com ela quando ficavam a sós ou se dirigira a ela em público sem frieza na voz.” (página 72)
A cena em que ela descobre o amor é linda e angustiante. Ela é uma mulher muito reservada, devido à educação que a mãe dá a ela. Daí o titulo ser "a princesa orgulhosa"... e justamente por ser assim, não consegue lidar bem com o sentimento que surgiu junto com o ciúme.
“E, então, vendo o príncipe dançar com outra mulher, como um verdadeiro cigano, Elisa percebeu desesperada que o amava!”(página 78)
“O amor não chegou para Elisa como uma cálida sensação de felicidade, mas como um fogo devorador.” (página 79)
Após algumas situações perigosas, a redenção dela ao amor é emocionante. Sério, lembro direitinho da emoção que senti ao ler pela primeira vez. E, digo mais, sinto sempre que releio. E quando os dois se acertam... lindo!
"No início as lágrimas rolavam devagar em seu rosto, como as neves da montanha começando a derreter; depois, transformaram-se numa tempestade!" (página 117)
"- Chamei de meu amor, o que você sempre foi desde o primeiro instante em que a vi." (página 118)
Como todo livro da Barbara Cartland, temos uma história rápida, com muita descrição histórica e física (tanto dos locais quanto dos personagens) e com final feliz.
"E, assim, com as bocas unidas, Aladár a levou para um reinado secreto e maravilhoso, só deles, onde não havia orgulho... Só um amor profundo e cheio de êxtase." (frase final, página 127)