Homens e Caranguejos

Homens e Caranguejos Josué de Castro




Resenhas - Homens e caranguejos


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Luiz111 26/12/2023

O cruel retrato do abandono
Uma obra de ficção precisa fazer sentido, ao passo que a realidade não fica presa a esse critério; o que Josué de Castro nos apresenta, embora diga que seja um romance, é tão absurdo quanto a realidade permite. Afinal, no mundo real, os heróis não são conhecidos e os vilões vencem mais vezes do que gostaríamos
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Kevellyn5 26/12/2023

Homem ou Caranguejo?
Uma história crua e sem "felizes para sempre" ou reviravoltas, apenas a realidade de muitos homens. Recomendo a leitura para quem deseja abrir os olhos para o mundo real.
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Naline 17/12/2023

Sobre a fome e o mangue
Gostei muito da leitura. Fiquei completamente envolvida com os personagens. Incrível ver como o autor consegue descrever tão intensamente os sofrimentos humanos, a fome e a vida no mangue.
Consigo entender o motivo do livro ter inspirado o Chico Science ?
?Seres humanos feitos de carne de caranguejo, pensando e sentindo como caranguejos. Seres anfíbios ? habitantes da terra e da água, meio homem e meio bichos?.
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Katharina.Pedrosa 06/08/2023

Realista, comovente e necessário
Josué de Castro, expôs a realidade das pessoas que encontram no mangue a oportunidade de sobrevivência, retiram dele: alimento, trabalho e moradia. Homens, mulheres, crianças e idosos, todos se equilibrando neste mar de lama, precário e necessário, travando luta contra um governo que não se importa com a fome deles, mais que que isso, expulsa-os dali, em favor de seus próprios interesses, reproduzindo as desigualdades, cavando um abismo social.
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Daniela Botelho 03/07/2023

É um livro muito bem escrito, de linguagem acessível. O retrato da vida das pessoas no mangue é cru. O sofrimento e a fome passam por toda a história, que aborda também o papel do poder público no combate à situação de miséria em que muitas pessoas estão. Triste perceber que muita coisa não mudou desde quando o livro foi escrito.
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Bela 30/08/2020

É preciso maturidade pra ler este livro
Li esse livro pra matéria de português na época da escola. Eu devia ter uns 14,15 anos...
Acho que foi denso demais pra mim na época, talvez um filme sobre o assunto tivesse me impactado de forma a refletir sobre o tema, mas o livro em si, precisa ter maturidade pra curtir toda essa visceralidade. Só lembro de ler "lama", "merda", "caranguejo". Infelizmente me traumatizou de tédio na época e nunca mais dei uma chance haha. Ele é muito bem avaliado então acredito que seja bom e talvez eu tivesse outra percepção agora que sou adulta.
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Jô Santos 27/03/2020

Uma história sobre a fome e seus percausos
Uma história visceral, verdadeira e cruel sobre a fome, suas causas e consequências. Uma história real demais, que transparece toda a desigualdade social e o sofrimento que está causa, a marca da fome na vida das pessoas. Com uma escrita ao mesmo tempo poética e crua em sua verassidade Josué de Castro entrega em seu único livro ficcional um relato brutal e verdadeiro da fome do nordeste. Uma verdadeira obra prima.
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Karamaru 16/06/2019

MANGUES DA DESOLAÇÃO
Em seu livro literário unigênito, Josué de Castro, reconhecido pela obra de referência “Geografia da fome” e pelo seu engajamento social, explora os mangues do Recife, com os seus mocambos e caranguejos, e, principalmente, o cotidiano do povo que ali reside sob condições inóspitas.

A trama centra-se em João Paulo, um menino desolado, que, para ajudar a família, presta serviços auxiliares ao vigário da comunidade, o padre Aristides. Há em João Paulo o germe da inconformidade: é premente o seu desejo de libertar-se “daquela paisagem humana parada e monótona” (p. 19).

Ao longo da narrativa, fica-se conhecendo um pouco mais do passado de outras personagens: a negra Idalina; Cosme, o “cérebro” da Aldeia Teimosa; Mateus, o Vermelho; Chico, o leproso, entre outras. Sem dúvidas, Cosme é a personagem mais bem talhada do texto, com a qual se cria mais empatia.

Cosme ficou impossibilitado de se locomover, devido a uma doença que o acometera há anos. Ele perscrutava tudo ao seu redor por meio de um caco de espelho. Ótimo recurso retórico do autor: o que mais tinha dificuldade para ver era, ironicamente, o que detinha a visão mais aguçada dos fatos.

Não restam dúvidas de que o romance tem seu mérito; inclusive, julgo pertinente o aproveitamento da temática do mangue, a qual é tão incomum às letras. Há também um interessante flerte com a estética naturalista em alguns trechos mais pontuais.

Infelizmente, tais pontos positivos são fragilizados, seja pelo uso de frases prosaicas em certos trechos, seja pelo tom que beira o panfletário nas últimas páginas. O desfecho, ainda que coerente com a grande metáfora que o livro encerra, descamba num ritmo narrativo sôfrego.

De todo modo, recomendo a leitura.
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Samara 31/12/2018

O menino que virou caranguejo
Resenha por fazer.
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Tami 20/06/2018

Homens e Caranguejos
História da fome, da pobreza, de como o homem luta e encontra no mangue sua vitória, sua única chance de ter um teto, mesmo que de palha, sobre sua cabeça. Homens e Caranguejos se tornam semelhantes, um alimentado o outro e vice versa.
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Daniel Fessler 28/02/2018

Catar lixo, pegar caranguejo, conversar com urubu
Ótimo livro. Influenciou Chico Science e todo o desenvolvimento do movimento Manguebeat.
Não acho que esteja no mesmo nível, nem que escreva de uma maneira tão tocante, mas me lembrou o estilo Jorge Amado de escrever. (Não estar no mesmo nível de Jorge Amado não é demérito algum: poucos, na história da literatura mundial, descreveram o povo de maneira tão tocante quanto Jorge Amado).
A história é comovente, retratando a herança escravista, o coronelismo, a concentração de terra, de dinheiro e dos meios de produção, a população pobre abandonada pelo poder público e, como consequência, o maior flagelo do Brasil: a desigualdade social.
Infelizmente, retrata, em diversos aspectos, o Brasil atual (resenha escrita em 2018), um país que parece caminhar rumo ao passado.
Chelly @leiodetudo 30/04/2020minha estante
Enquanto eu lia eu também notei semelhanças com a escrita de Jorge, principalmente na forma poética de descrever cenários e as pessoas.




Nalini 07/11/2012

Leitura obrigatória na cadeira de HISTÓRIA DE PERNAMBUCO
Penso que ANTES de introduzir a História de Pernambuco toda escola daquele estado deveria apresentar este livro aos estudantes. Penso ainda que todo nordestino, principalmente os do litoral, deveriam lê-lo.
O que eu conhecia de Josué de Castro li em algumas folhas de A Geografia da Fome, que peguei ao acaso numa biblioteca qdo morei em Recife. Achava, até ontem, que fosse sociólogo de formação. Mas não, é médico (abaixo coloquei uma mini-biografia dele).
Foi impossível ler Homens e Caranguejos - único romance deste cientista que foi indicado 2 vzs ao Nobel de Literatura - e não sentir vontade de saber mais sobre ele. Como é que seu olhar se voltou para a fome da forma como foi, que o fez dedicar sua vida a minimizar essa desgraça.
Eu sempre quis livros e ir pesquisando coisas a partir deles. Despois da net vi que o nome é hipertextualidade. Pois bem, partir com Homens e Caranguejos numa aventura pela Internet, pesquisando palavras que não conhecia, olhando os locais que ele cita no Google Maps e entendendo o romance como se estivesse vivendo-o e ao mesmo tempo contemplando-o!
Na minha cabeça o livro é dividido em duas partes, onde na primeira, que Josué chama "Prefácio um tanto gordo para um romance um tanto magro" vi o cientista falando e pensei que aquele seria o tom do romance.
O romance é praticamente uma biografia, do Recife, dos mangues, do sertanejo, talvez do próprio Josué, duma época em que morrer de fome e sede era assunto corriqueiro (deixou de ser? talvez apenas porque o rol de modos de morrer mais comentados agora sejam outros). O pai de Josué, conforme essa primeira parte conta, saiu do sertão expulso pela seca de 1877 e o mesmo acontece com Zé Luiz, pai do protagonista da história, o menino João Paulo. Acho que há muitas semelhanças entre a vida de Josué e João - e seu pai e o Zé Luiz, mas isso veja aí que tiver a vontade de ler tbm :-)
Como no romance não há a data precisa dos fatos, foi através das pesquisa que puder formar melhor a imagem do tempo e de que Recife está sendo falada ali. Precisei fazer um exercício de imaginação e presença, já que o livro foi escrito em 1966, fala de + - 1900 e estou em 2012. É uma verdadeira viagem de ida e volta ao tempo, foi muito bom fazer a leitura pesquisando imagens, rememorando definições, conhecendo as plantas do sertão que são citadas no texto e das quais já havia ouvido falar antes, mas não havia parado para conhecer. Foi uma viagem de ida e volta ao tempo para perceber que pouca coisa - infelizmente - mudou de verdade.
Abaixo, algumas partes que considerei especialmente belas. A primeira, é linda de morrer, talvez porque eu adore o Recife, quem sabe?
"Já dentro da cidade, o Capibaribe lança um braço para um lado, segue para outro lado, fazendo um cerco pro Beberibenão escapar. alcança-o logo adiante, e aí os dois rios se entrelaçam, se confundem e afogam nas suas águas misturadas, esse prazer profundo das ânsias causadas pelas pelas distâncias percorridas. Dois aventureiros de fama que se juntam com satisfação para contar suas aventuras. No ímpeto do abraço bárbaro, as águas se avolumam e, tontos da alegria do encontro, os rios perdem o rumo, saem embriagados a cambalear pelos baixios, a se esfrangalhar pelos charcos, a se deitar pelos remansos, formando nessa boemia de suas águas as olhas, os canais, os mangues, os pauis, onde assenta esta saborosa cidade do Recife, resumo das aventuras heroicas que os rios contaram e continuam contando, ao se encontrarem numa praia do Atlântico." Pág. 128
Os 3 trechos a seguir é do que chamei "primeira parte" e é possível notar-lhe o tom diferente do que é usado no romance, que é o do parágrafo anterior. "O tema deste livro é a história da descoberta que da fome fiz nos meus anos de infância, nos alagados da cidade do Recife, onde convivi com os afogados deste mar de miséria." Pág. 10
"Nasci na cidade do Recife, que é sob certos aspectos a Hong Kong da América, com sua miséria acumulada, emplastada nesse grupo de ilhas que flutuam, sonolentas, entre os braços de dois rios: o Capibaribe e o Beberibe." Pág. 13
"A primeira sociedade com que travei conhecimento foi a sociedade dos caranguejos. Depois, a dos homens habitantes dos mangues, irmãos de leite dos caranguejos. Só muito depois é que vim a conhecer a outra sociedade dos homens. (...) observando estes vários tipos de sociedade, fui levado a reservar, até hoje, a maior parcela de minha ternura para a sociedade dos mangues" Pág. 13
"_ História de fome não é história que se conte - começou Zé Luiz -, é só tristeza. Tristeza e vergonha. História feia..." Pág. 76
Sobre a seca de 1877 continua Zé Luiz "(...) E começamos a morrer de sede. Foi aí que se deu a tragédia que me fez perder o amor pela minha terra". Pág. 77
"...não foi por ambição que a gente abandonou a terra do sertão. (...) Foi em busca de vida. (...) mas o que a gente topava a cada instante era com a morte e não com a vida. Era tanta morte de retirante que a impressão que a gente tinha era que eles vinham mesmo acompanhando o seu próprio enterro" Pág. 86
"...quase todos os homens são solitários, embora não se enxergue a solidão do outro." Pág. 128
PEQUENA BIOGRAFIA DE JOSUÉ DE CASTRO
FONTE: http://semanact.mct.gov.br/index.php/content/view/5575/Josue_de_Castro_1908_1973.html
Josué Apolônio de Castro nasceu em 5 de setembro de 1908, na cidade de Recife. Concluiu o curso de Medicina pela Universidade do Brasil em 1929 e três anos depois se tornou livre docente em Fisiologia, da Faculdade de Medicina do Recife. Josué de Castro é uma destas figuras marcantes de cientista que teve uma profunda influência na vida nacional e grande projeção internacional nos anos que decorreram entre 1930 e 1973.
Lecionou Antropologia e Geografia Humana e ao longo de sua obra desenvolveu diversos temas de relevância para a Geografia e para a sociedade como um todo, mas dedicou o melhor de seu tempo e de seu talento para chamar a atenção para o problema da fome e da miséria que assolavam e que, infelizmente ainda assolam, o mundo. Foi um cientista incansável e, na metade do século passado, contrariando o pensamento então dominante, empreendeu trabalho científico que desnaturalizava a fome. Em 1946 escreveu o livro “Geografia da Fome” e, em 1951, “Geopolítica da Fome”, onde afirmava que a fome não era um problema natural, isto é, não dependia nem era resultado dos fatos da natureza, ao contrário, era fruto de ações dos homens, de suas opções, da condução econômica que davam a seus países. Nas obras científicas que se seguiram, Josué ampliou suas convicções e aprimorou seus conceitos, visando sempre a inclusão social. Nas obras científicas que se seguiram, Josué ampliou suas convicções e aprimorou seus conceitos, visando sempre a inclusão social. Compreendeu que era imprescindível aumentar a renda do trabalhador, e foi um dos precursores na defesa do salário mínimo. Sabia dos males que a nutrição deficiente, nas crianças, poderia acarretar, e ajudou a formular a política de merenda escolar, iniciativa que ainda hoje atende a expressivo número de estudantes em nosso País. Tinha convicção de que a agricultura familiar era a melhor forma de fixar o homem no campo e possibilitar sua alimentação. Assim, combateu o latifúndio e defendeu a reforma agrária. Recebeu o Prêmio Internacional da Paz e indicações para receber o Prêmio Nobel da Paz . Percebeu, prematuramente, as agressões que sofria o meio ambiente e colocou-se como um combatente ecológico, em tempos em que até a expressão ainda era novidade. Após uma trajetória científica brilhante, Josué de Castro teve seus direitos políticos cassados pelo regime militar que dominou o País a partir de 1964. Exilou-se em Paris onde passou a lecionar na Sorbonne, morrendo em 24 de setembro 1973, sem ter voltado vivo ao seu País, sem ter, ao menos, recebido oficialmente e nominalmente anistia. Foi um homem a frente de seu tempo.
Obras:
O Problema da Alimentação no Brasil, Companhia Editora Nacional, São Paulo/Rio de Janeiro, 1933 (Col. Brasiliana).
O Problema Fisiológico da Alimentação no Brasil. Editora Imprensa Industrial, Recife, 1932.
Condições de Vida das Classes Operárias do Recife. Departamento de Saúde Pública, Recife, 1935.
Alimentação e Raça. Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, l935.
Therapeutica Dietética do Diabete. ln: Diabete. Livraria do Globo, Porto Alegre, 1936. p.271-294.
Documentário do Nordeste. Livraria José Olympio, Rio de Janeiro, 1937.
A Alimentação Brasileira à Luz da Geografia Humana. Livraria do Globo, Rio de Janeiro, 1937.
Fisiologia dos Tabus. Editora Nestlé, Rio de Janeiro, 1939.
Geografia Humana. Livraria do Globo, Rio de Janeiro, 1939.
Alimentazione e Acclimatazione Umana nel Tropici. Milão, 1939.
Geografia da Fome. Editora O Cruzeiro, Rio de Janeiro, 1946. Última Edição - Gryphus, RJ, 1992. Prêmio José Veríssimo da Academia Brasileira de Letras.
La Alimentación em los Tropicos. Fondo de Cultura Económica, México, 1946.
Fatores de Localização da Cidade do Recife. Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1947. 81p.
Geopolítica da Fome. Casa do Estudante do Brasil, Rio de Janeiro, 1951.
A Cidade do Recife - Ensaio de Geografta Humana. Casa do Estudante do Brasil, Rio de Janeiro, 1956.
Três Personagens. Casa do Estudante do Brasil, Rio de Janeiro, 1955.
O Livro Negro da Fome. Editora Brasiliense, São Paulo, 1957.
Ensaios de Geografia Humana. Editora Brasiliense, São Paulo, 1957.
Ensaios de Biologia Social. Editora Brasiliense, São Paulo, 1957.
Sete Palmos de Terra e um Caixão. Editora Brasiliense, São Paulo, 1965.
Ensayos sobre el Sub-Desarrollo. Siglo Veinte, Buenos Aires, 1965.
Adonde va la América Latina? Latino Americana, Lima, 1966.
Homens e Caranguejos. 1.ed. Porto, Brasília, 1967.
A Explosão Demográfica e a Fome no Mundo. ltaú, Lisboa, 1968.
EI Hambre - Problema Universal. La Pléyade, Argentina, 1969.
Latin American Radicalism. Vintagem Books, New York, 1969.
A Estratégia do Desenvolvimento. Cadernos Seara Nova, Lisboa, 1971.
Mensagens. Colibri, Bogotá, 1980.
Fome um Tema Proibido. Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro.
Festa das Letras. Última Edição - Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1996.

PEQUENÍSSIMO GLOSSÁRIO.
FONTE: http://pt.wikipedia.org
Secas no sertão brasileiro, à época citada no livro:
• 1877/1879 - Uma das mais graves secas que atingiram todo o Nordeste.[2] O Ceará, na época, com uma população de 800 mil habitantes foi intensamente atingido. Desses, 120 mil (15%) migraram para a Amazônia[3] e 68 mil pessoas foram para outros Estados. A seca foi considerada devastadora: cerca de metade da população de Fortaleza pereceu, a economia foi arrasada, as doenças e a fome dizimaram até ao rebanho. Um registro pictórico existe, uma família de retirantes é fotografada em uma estação ferroviária do Nordeste brasileiro (Ceará).
• 1888/1889 - Lavouras destruídas e vilas abandonadas em Pernambuco e Paraíba. D. Pedro II criou a Comissão Seca(depois Comissão de Açudes e Irrigação), como resultado cria-se o projeto do Açude do Cedro[4] na cidade de Quixadá, no Ceará.
• 1898/1900 - Seca atinge Pernambuco.
• 1909 - O governo de Nilo Peçanha cria o Instituto de Obras Contra as Secas (IOCS).
• 1915 - O Presidente Venceslau Brás na seca de 1915 reestruturou o Instituto de Obras Contra as Secas (IOCS), que passou a construir açudes de grandes portes. Com temor de saques, Campos de Concentração no Ceará foram criados para isolar a população faminta e impedir-lhe o movimento em direção as cidades.
• 1919 - O governo Epitácio Pessoa transforma o IOCS em DNOCS que recebeu ainda em 1919 pelo Decreto 13.687, o nome de Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS) antes de assumir sua denominação atual, que lhe foi conferida em 1945 pelo Decreto-Lei 8.846 de 28 de dezembro de 1945, vindo a ser transformado em autarquia federal através da Lei n° 4229 de 1 de junho de 1963.

O Rio Beberibe é um rio brasileiro que banha o estado de Pernambuco. Tem sua nascente no município de Camaragibe com o encontro dos seus dois formadores: o rio Pacas e o rio Araçá. Tem um curso de 19 km.
A bacia hidrográfica do Beberibe tem 79 km² e está situada inteiramente na Região Metropolitana do Recife, passando por Camaragibe, Recife e por Olinda, fazendo confluência com o Rio Capibaribe antes de desaguar no oceano Atlântico. Os principais afluentes do Beberibe são o rio Morno e seu afluente rio Macacos, além dos canais Vasco da Gama e da Malária, e do riacho Lava-Tripas. Estes últimos cortam zonas pobres do Recife e de Olinda, desaguando no Beberibe grandes quantidades de poluição.
Diz a lenda que, no Recife, o rio Beberibe se une ao rio Capibaribe para formar o Oceano Atlântico.
Por obra da engenharia, o Rio Beberibe obteve outra foz, antes da confluência com o Capibaribe, transformando a antes península do Recife Antigo em outra ilha, entre as tantas que formam a cidade.

O Rio Capibaribe é um dos rios do estado de Pernambuco, no Brasil. Seu nome é originário da língua tupi e significa "na água de capivara", através da junção dos termos kapibara ("capivara"), y ("água") e pe ("em")
Nasce na Serra de Jacarará, no município de Poção. Antes de desaguar no Oceano Atlântico, passa pelo Centro da cidade de Recife.
Possui 240 quilômetros de extensão e sua bacia, aproximadamente 5 880 quilômetros quadrados. Possui cerca de 74 afluentes e banha 42 municípios pernambucanos, entre eles Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho, Limoeiro, Paudalho, São Lourenço da Mata e o Recife.
Seu curso é dividido em três partes: o alto e o médio curso, situados no Polígono das Secas, onde o rio apresenta regime temporário (cheio sazonalmente) e o baixo curso, quando se torna perene, a partir do município de Limoeiro, no agreste do estado.
Divide a área central da cidade do Recife. Atravessa vários de seus bairros: Várzea, Caxangá, Apipucos, Monteiro, Poço da Panela, Santana, Casa Forte, Torre, Capunga, Derby, Madalena. Faz confluência com o Rio Beberibe atrás do Palácio do Campo das Princesas, antes de desaguar no Oceano Atlântico. Seu braço sul passa por Afogados, ilha do Retiro, rumo à ilha Joana Bezerra, juntando-se ao rio Tejipió e chegando à foz no porto do Recife.

Uma ilha, por definição, é um prolongamento do relevo, estando numa depressão absoluta preenchida por água em toda sua volta. Sua etimologia latina, insula, originou o adjetivo insular.
Existem quatro tipos principais de ilha: ilhas continentais, ilhas oceânicas, ilhas fluviais e ilhas vulcânicas. Também existem algumas ilhas artificiais.
• Ilhas continentais/costeiras:: situam-se próximas aos continentes, sendo ligadas aos mesmos através da plataforma continental, como por exemplo as Ilhas Britânicas (Grã-Bretanha, Ilha de Man e Irlanda, entre outras).
• Ilhas oceânicas: são aquelas que se encontram em pleno oceano, distantes dos litorais continentais. São partes emersas de grandes cadeias de montanhas.
Península (do latim paene, quase e insula, ilha) é uma formação geológica consistindo de uma extensão de terra que se encontra cercada por água por quase todos os lados, com exceção da porção de terra que a liga com a região maior, designada por istmo. Por exemplo, diz-se Península Ibérica para designar a região constituída pela Espanha e por Portugal, ligada à Europa pelos Pirenéus. Também se pode dizer que uma península é um braço de terra que avança pelo mar, ligando-se ao resto do continente pelo chamado istmo (porção de terra estreita cercada por água em dois lados e que conecta duas grandes extensões de terra) Nota minha: no entanto, o istmo de Olinda é "apenas uma extensa faixa de terra cercada por água em três lados :-/

Bruno.Rodrigues 22/07/2016minha estante
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Reinator 27/08/2009

só tristeza
muito triste esse livro, naum gosto nem de lembrar
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