Resenhas - Persépolis

Caio 11/01/2024

Há muito tempo que este livro estava parado na estante. Resolvi dar uma chance e não me arrependi. Apesar das situações terríveis vividas pela personagem. Tudo é retratado com bom humor. É um choque conhecer a cultura de um país tão diferente do nosso. Gostei de como a história é contada. Os traços são simples, mas bem feitos. Eu fiquei revoltado com algumas situações, acho que para uma mulher essa revolta será ainda maior. Não deixa de ser uma aula de história muito rica. Às vezes a ignorância é uma benção, às vezes nossa perdição.

Fer Paimel 08/04/2021

Uma lindeza
Que livro belo... fiquei triste quando acabei, queria que a história continuasse...
Vários trechos marcantes, me fez pensar bastante nas dificuldades que devem haver em simplesmente ser imigrante... me fez pensar também sobre como deve ser terrível viver em meio a guerras e do privilégio que é viver em paz e em liberdade.
Recomendo muito!

Ana Júlia 05/11/2023

Inesquecível
Ler Persépolis foi um marco. Até então nunca tive acesso a uma história contada em formato de quadrinhos e me surpreendi muito com a fluidez apresentada de temáticas tão sensíveis e tristes. A Marjane Satrapi é uma mulher admirável que cresceu educada para a sua emancipação e conciência política, além de possuir uma família com a estrutura necessária a sua saída do Irã em meio a guerra. Esse privilégio é notório na história, mas não foi suficiente para isentá-la da repressão vivida, do choque cultural na Europa e dos impactos do tempo de exílio. O sofrimento das mulheres no Irã e em outras partes do mundo é real, e esse livro, além de proporcionar uma imersão cultural, me tornou mais consciente e curiosa da realidade vivida pelas mulheres no oriente médio.

Richard O. Silva 20/08/2021

" A liberdade tinha um preço"
De forma leve e descontraída, a autora relata sua infância até o início da vida adulta, em um país marcado por guerras e disputas pelo poder, e pela imposição religiosa que o regime ditatorial obriga os cidadãos a conviverem, especialmente se for mulher o rigor é ainda maior,. Em tempos em que o Taleban volta ao poder no Afeganistão, da pra se ter um ideia nada otimista que o povo afegão está passando novamente.

Evy 12/02/2024

Incrível, importante e necessária!
Ganhei essa graphic novel de uma amiga há muitos anos e demorei demais para começar a ler, e agora estou me perguntando porque não li antes. Escrita e ilustrada por Marjane Satrapi ,essa obra nos leva a uma jornada inesquecível pelos tumultuados anos da Revolução Iraniana e suas consequências na vida de uma jovem.

A história começa com Marjane, uma menina curiosa e perspicaz, que vive em Teerã durante os anos de mudança política e social no Irã. Através dos olhos de Marjane, testemunhamos os desafios e as transformações que ocorrem em sua vida e em seu país, desde os primeiros dias da Revolução Islâmica até o período de guerra com o Iraque.

O que torna Persépolis tão cativante é a maneira como Marjane combina sua narrativa pessoal com os eventos históricos que moldaram o destino de sua nação. Suas ilustrações simples, porém expressivas, capturam a essência de cada momento, transmitindo emoções que ressoam profundamente em nossos corações e mentes.

Além disso, também é uma poderosa reflexão sobre identidade e pertencimento. Marjane enfrenta dilemas complexos ao tentar conciliar sua herança cultural e religiosa com suas aspirações pessoais e desejos de liberdade. Sua busca por autenticidade e sua luta contra a opressão e o conformismo ressoam com qualquer pessoa que já tenha enfrentado conflitos similares em suas próprias vidas.

Ao longo de suas páginas, essa obra nos desafia a refletir sobre questões universais de justiça, liberdade e resistência. É uma obra que nos lembra da importância de permanecermos fiéis aos nossos princípios, mesmo diante das adversidades mais difíceis. Muito mais do que uma simples graphic novel, é uma obra de arte que nos inspira, nos comove e nos faz questionar o mundo ao nosso redor.

Leitura super recomendada!

Wamarisen 19/11/2023

Uma criança que presenciou situações violentas de morte e casos de censura, foi para o exterior sozinha quando adolescente e mais tarde retorna a seu país de origem.

O contexto de guerra entre Irã e Iraque foi algo totalmente novo para mim então eu gostei muito dessa abordagem através de HQ, como autobiografia eu diria que tem uma gama de detalhes e que eu invejo a memória dessa Escritora mas muitas escolhas da protagonista não foram muito bacanas a meu ver então automaticamente, metade do livro eu não gostei já que foi algo que eu não aprovo e certas coisas dava para ter evitado e no fim parecia mais enrolação para a estória não acabar ?

Contudo, acredito que a obra abordou bem o quanto a vida do estrangeiro pode ser fudida por simples estereótipos que você é obrigado a carregar por ter tal nacionalidade mesmo que não apoie aquilo. A descoberta de identidade, a repressão à mulher, a vida em drogas e o desespero para que seja incluído em um círculo social foram os temas que mais me chamaram atenção e que fizeram eu continuar a leitura com certo esforço.

Thamiris.Treigher 21/03/2022

AMEI TANTO, MAS TANTO!!
Só queria dizer pra vocês que esse livro é simplesmente FANTÁSTICO, de verdade! "Persépolis" é uma HQ autobiográfica em que a iraniana Marjane Satrapi conta sua vida desde a infância, quando se viu obrigada a usar o véu islâmico.

Marjane viveu de perto o início da revolução que inseriu o Irã no regime xiita, com muita opressão, mortes, proibições e crueldades absurdas de todos os tipos. Por sorte, sua família tinha a mente aberta e sempre foi um refúgio e um apoio no meio de tanta morte e destruição. Isso também foi essencial para a mulher inteligente e forte que Marjane se tornou.

Mas alcançar esse caminho não foi fácil, e tudo isso é mostrado de forma espirituosa, dramática e bem humorada nesse livro. Apenas leiam e se apaixonem! (sem falar que o livro é a coisa mais linda, começando por essa capa vermelha BABADO) ?

Bia 07/04/2021

Muito Bom.
Caraca que leitura incrível, Nunca achei que iria me envolver tanto com este livro, Amei o fato de que se passa no Irã em meio à guerra, ainda mais visto pelos olhos de uma mulher acompanhando a chegada de um regime autoritário,uso do véu e tudo mais .
A escrita é muito boa conseguiu me passar todo o sentimento de raiva e dor que a Marjane sentia por toda a falta de liberdade.

marcusmvps 24/03/2022

tô completamente encantando por essa HQ. persépolis aborda muitos temas extremamente importantes de uma forma muito sensível, e às vezes, engraçada. você sorri, chora, reflete, e tem muitos outros sentimentos. é uma HQ que todo mundo deveria ler algum dia.

FRAN329 01/04/2020

Persépolis - Marjane Satrapi
Persépolis ganhou o prêmio de melhor história em quadrinhos na Feira de Frankfurt de 2004. Em 2007, foi transformado em longa-metragem de animação, que estreou no festival de Cannes recebeu uma indicação ao Oscar. De forma divertida, a autora aborda um mix de filosofia, história e sociologia; uma lição de vida para todos os públicos. Muito bom!

Ingrid.Carvalho 27/08/2020

Vale apena
Mostra uma realidade a qual a maioria de nós não conhecemos e ainda sim nos colocar no lugar da personagem. Emocionante, forte e ao mesmo tempo divertido. Inspirador!

Thainá @thaii.limab 27/07/2022

Necessário!
Que HQ incrível.

Por mais incomoda que seja, muito necessária.. além de tudo, conta a história da própria autora.

É sempre bom conhecer outras culturas. Mas é difícil ver o quão dura é a vida das mulheres no Ocidente.




"Quando se proíbe uma coisa, ela ganha uma importância desproporcional."

@Estantedelivrosdamylla 23/06/2020

Gostei muito! @Estantedelivrosdamylla
Para quem vê que é em formato de quadrinho e acha que é para todos os públicos está enganado. É uma obra para adultos, com um conteúdo muito denso (que apesar dos desenhos, me fez reler algumas vezes para tentar entender), e com uma realidade bem dura.

Em alguns momentos eu senti um pouco de aversão tanto à família da autora quanto à ela mesma. Achei que para comunistas, eles eram bem hipócritas. E em alguns casos, achei a Marji um tanto cabeça dura demais, e chata. Porém, como deixa bem claro durante a história, todos vivemos processos de aprendizagem, a vida não é linear e aprenderemos sempre com os nossos próprios erros.

Em relação a realidade do irã é tão horrível quanto imaginamos ser, mais ainda deve ser para quem vive lá, sem sombra de dúvidas. Se era horrível para os privilegiados com estudos, conhecimento e oportunidade de viver no exterior, ou seja, os ricos - como é o caso da autora - imagina para os pobres. A forma como as pessoas são tratadas faz com que venha a nossa mente o quanto somos abençoados por termos nossa liberdade.

Como mulher, me senti extremamente impactada com o tanto de violência que as mulheres sofrem no irã, a começar por todos os seus direitos que são negados há cada dia que passa, com a falta de autonomia e a submissão aos homens. Tudo isso é muito brutal.

Por fim, achei uma obra incrível, muito forte e até um pouco complexa - como já disse acima - que vale cada minuto investido. Os desenhos são lindos, o livro é bem diagramado e o conteúdo carrega uma lição de vida há cada página. Recomendo muito.

Emerson Souza 30/08/2020

Ah, nossa amei muito!
Começando por essa mistura de humor e drama que eu gosto muito.
Mas o que eu gostei mais foi essa nova perspectiva sobre a história do Irã. Acredito que é a primeira vez que leio uma história onde o personagem viveu antes e depois da revolução.

Jussara 08/06/2022

Da pra chamar uma leitura que possui um contexto histórico tão atroz de "leitura leve"?

Marjane sofreu demais, tendo que largar o seu país e sua família, e tudo que acabou tendo que encarar longe deles, sem coragem de pedir ajuda.

Ao passo que crescia, teve algumas atitudes bem questionáveis, como qualquer ser humano, mas sempre acabou aprendendo rapidamente com esses erros.

Apesar do contexto histórico de conflitos e privação de liberdade e as dificuldades pelas quais a Marji passou, o modo como toda a história é contada, provavelmente reforçada pelo formato em quadrinhos, torna a leitura muito fluída, de certa forma leve, que não dá para ser explicada.

Recomendo demais a leitura, é uma fonte de aprendizado, dá pra entender a história dos conflitos do Irã e conhecer um pouco sobre a cultura de seus residentes.

Culturas diferentes das nossas e falta de conhecimento não justificam a desumanização das pessoas "do outro lado" (oriente), afinal, são tão pessoas quanto nós.