O Jogo das Contas de Vidro

O Jogo das Contas de Vidro Hermann Hesse




Resenhas - O Jogo das Contas de Vidro


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Bruno Pinto 13/12/2013

Em seu último livro Hermann Hesse joga para o alto a dualidade um tanto simplória - apesar de muito profunda - que predominava em suas obras anteriores para criar algo muito mais complexo.

Em um mundo futurístico, utópico, há uma organização responsável pela guarda de todo o conhecimento teórico da humanidade. José Servo, protagonista da história, entra no seleto grupo e destaca-se rapidamente, ganhando habilidade no Jogo das Contas de Vidro, ou Jogo de Avelórios - um suposto sistema lúdico que concatenaria toda a ciência humana. Mas percebendo a fragilidade da organização ele desperta para o mundo "real".

Hesse dá um mergulho completo no mundo que criou: a própria narração se constitui de uma biografia que teria sido feita por gerações posteriores a José Servo, incluindo ao final obras que teriam sido escritas pelo próprio protagonista, poesias e mais três textos (O Conjurador da Chuva, O Confessor e A Encarnação Hindu - que poderiam até ter sido editados separadamente).

Toda criação de Hesse parece desembocar neste livro: há relatos do personagem desde sua infância, adolescência, contando com experiências espirituais com chineses e hindus, questionamentos existenciais e muitas frases de efeito, chegando até o fim da sua vida. É tanta coisa que fica meio pesado, mas ainda assim é um ótimo livro.

site: http://estantedopinto.blogspot.com.br/2013/11/o-jogo-das-contas-de-vidro-hermann.html
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Júnior 28/10/2013

Uma obra que deixa bem claro a que veio. Hesse faz uma crítica à vida acadêmica através dos questionamentos que surgem com o protagonista, José Servo.

Essa extensa discussão, sobre o papel da academia no mudo, é pertinente e propriamente atual. No entanto, é a maneira como o autor a faz que dificulta que o leitor se prenda á narrativa.

Independentemente do fato de o assunto central do livro seduzir mais uns que outros, é impossível negar que o estilo adotado por Hesse quase o exclui de um gênero literário. O livro parece muito mais um documento que um romance ou novela.
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Carlos Alberto 10/11/2012

Como livro que marcou na segunda metade da década de 70, há alguma coisa na resenha que parece não bater, pois o personagem é selecionado quando criança, como violinista, para pertencer à comunidade, e não para voltar e ensinar a prática do jogo de avelórios. A rebelião dele ocorre quando, após galgar ao mais alto posto, ele resolve sair e trabalhar como preceptor de um jovem no mundo exterior, aproveitando a saída para tornar-se útil ao mundo, e consegue sair, ao convencer o yogue Alexandre, também altamente graduado, e depois...é melhor não contar o final. O livro termina com o relato de três encarnações hipotéticas de José Servo, que era um trabalho exigido anualmente dos participantes, para livrá-los da ociosidade total.
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Yussif 17/05/2012


O Jogo das Contas de Vidro, de Hermann Hesse, é uma fábula sobre o jogo como utopia total. Para Hesse, “o Jogo das Contas de Vidro é um jogo que joga com todos os conteúdos e valores da nossa cultura, um pouco como nos tempos áureos das artes um pintor terá brincado com as cores da sua paleta”, como um órgão é tocado (em inglês, “jogado”) por um organista. Acrescentaríamos hoje: como um computador é jogado por um matemático.
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Breno 17/01/2012

Livro Preferido
O Jogo das Contas de Vidro é sublime!
Durante sua leitura, entrei em estados alterados de percepção, tamanha foi a paz e iluminação proporcionadas pela sabedoria de Herman Hesse. Nenhum outro livro jamais me sensibilizou de modo tão intenso e profundo.
É uma obra que fala sobre auto-conhecimento sem adotar um posicionamento mais ou menos favorável diante de qualquer ideologia ou organização.
Já dei O Jogo das Contas de Vidro de presente para 20 pessoas, e vou continuar a fazê-lo.
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João Paulo 04/12/2011

O livro consiste de uma história enorme, relatando a vida de Joseph Knecht desde a infância até sua vida pós Magister Ludi. Depois seguem alguns poemas escritos por Knecht e três contos. Todas as obras giram em torno do mesmo tema: transcender. O que imagino signifcar: fazer sua parte e seguir em frente.
As histórias são muito detalhadas, especialmente a primeira, o que tornou a leitura difícil, como ter que atravessar uma parede usando uma colher. Depois que descobri a "chave" da leitura, tudo se tornou mais fluido.
O livro mostra como a ausência de liberdade pode tornar as pessoas amargas,embora sempre exista uma brecha por onde pode-se fugir. Se o povo de Castália tem a liberdade de abandonar sua "torre de marfim", eu, mero mortal, tenho o dever de viver livre.
Para reler daqui a alguns anos.
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Fabio Shiva 04/10/2011

O testamento literário de Hermann Hesse, seu último livro, sua obra magna!

“O Jogo das Contas de Vidro” é ápice da realização intelectual humana, um passatempo criado por uma sociedade futurista que tem em Castália o seu templo sagrado. Lá são realizadas as sessões cerimoniais do Jogo, que dura semanas e até meses. Cabe ao Magister Ludi a função mais alta e sublime, de idealizar e conduzir o Jogo, que sintetiza música e astronomia, matemática e linguística, filosofia e física, o supra sumo de todo engenho e arte da humanidade.

O livro é a biografia de José Servo (Joseph Knecht), lendário Magister Ludi de Castália, acompanhada por textos póstumos de Servo. É como um livro dentro de outro, o tal chamado “livro moldura”. Bem no estilo de Hesse, Só Para Raros.

A primeira parte é lenta, solene, comedida. Ao ler agora pela segunda vez, mais de dez anos depois, foi só lá pela página 400 que lembrei porque considerava esse livro um dos melhores que li na vida. Lindo e essencial.

A segunda parte está certamente dentre o melhor do melhor já produzido por Mahatma Hesse. Reproduzo abaixo uma passagem para gravar na alma!

Viva O Jogo das Contas de Vidro! Viva Hermann Hesse!

Valeu Marcia querida por esse lindo presente!

(30.09.11)

Citação

“(...) Fizera também a experiência de que os homens que se dedicam ao espírito despertam nos outros uma estranha repulsa e antipatia, e que só são apreciados de longe, e lembrados em caso de necessidade, mas sem amor; não são considerados pelos outros seu igual, e sendo possível, evitam-no. Também ficara sabendo por experiência própria que os doentes ou infelizes preferem as inovações mágicas e os exorcismos, tradicionais ou recém-inventados, a sábios conselhos; que o homem prefere ser atingido pela desgraça ou praticar penitência pública a transformar-se interiormente, ou mesmo até a fazer um exame de consciência; que acredita mais facilmente em feitiços do que na razão, em exorcismos mais que na experiência: coisas essas que, conforme parece, nos milênios que decorreram desde então, não mudaram tanto como pretendem muitos tratados de história.

Mas Servo aprendera também que um homem que procura decifrar os domínios do espírito não deve deixar de amar: deve observar sem orgulho os desejos e loucuras da humanidade, mas sem deixar-se dominar por eles; que do sábio ao charlatão, do sacerdote ao malandro, do irmão que presta auxílio ao vagabundo parasita, existe apenas um passo de distância, e que o povo, afinal, prefere pagar a um trapaceiro e deixar-se explorar por um propagandista de feira, a aceitar de graça um auxílio altruísta. Os homens não gostavam de pagar com confiança e amor, mas sim com dinheiro e mercadoria. Enganavam-se mutuamente e ficavam à espera de ser enganados. Era preciso aprender a considerar os homens seres fracos, egoístas e covardes, e a ver quão profundamente nos próprios participamos dessas más qualidades e instintos, sem no entanto deixar de crer e alimentar com essa crença a própria alma; o homem também possui espírito e amor, nele habita algo que se contrapõe aos instintos e anseia por enobrecê-los.”



Comunidade Resenhas Literárias

Aproveito para convidar todos a conhecerem a comunidade Resenhas Literárias, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
.
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=36063717
*
http://www.comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/
*

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Goldenlion85 14/04/2009

Apesar de ser um bom livro,
é muito detalhado e isso faz
com que eu não me interesse
muito nele.
Aline 15/03/2011minha estante
... me interesse POR ele.
Quem se interessa, se interessa POR alguma coisa.


TomAs.Henrique 06/12/2016minha estante
temos uma "professora de rede social aqui"




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