Leila 04/02/2020Tenso com personagens imperfeitosUma família inteira foi massacrada. Morreram esfaqueados: o pai, a mãe e a criança. O único sobrevivente do ataque foi Jeff, o filho de 15 anos, que está em choque.
O Dr. Erik, médico e hipnotista, jurou nunca mais utilizar a hipnose. Há 10 anos, seus métodos foram questionados e, desde então, ele duvida da sua eficácia. Por causa dos acontecimentos da época, acredita que pode ter prejudicado seus pacientes ao invés de ajudar, quando os hipnotizou.
Erik é chamado pelo detetive Joona para hipnotizar o garoto sobrevivente do massacre, para que ele conte o que aconteceu. A polícia acredita que a irmã mais velha, que não morava com a família, pode estar em perigo. Após relutar, Erik aceita hipnotizar Jeff. Com a hipnose, o médico descobre coisas terríveis. A polícia consegue encontrar a irmã mais velha e levá-la para um local seguro. Jeff foge do hospital assim que melhora.
Benjamin, o filho de Erik, é sequestrado no meio da noite. Os pais ficam apavorados porque ele é doente, se não tomar sua medicação, pode morrer. Será que o sequestro de Benjamin está relacionado ao massacre? Será que foi Jeff? E a irmã dele, que segredos esconde? Ou será que o sequestro está relacionado ao passado de Erik? Também pode estar relacionado aos amigos e à namorada de Benjamin.
Um livro tenso, com personagens imperfeitos, que cometem muitos erros. Não simpatizei muito com o protagonista Erik, o achei fraco e covarde, porque se enche de remédios para aguentar a vida ao invés de encarar a realidade. Quem mais me cativou, talvez tenha sido o avô de Benjamin, pai de Simone, que não mede esforços para encontrar o neto.
Ao longo do livro, tive a impressão de que os autores (sim, Lars Kepler é um casal!) se perderam e esqueceram-se do início, porque a trama muda completamente de foco. Mas, no final, as peças se encaixam e as coisas fazem sentido. Os autores nos levam a crer que sabemos quem é o criminoso, mas nos enganam completamente. Gosto de suspenses com muitas reviravoltas. No final, descobrimos porque a tesoura está na capa. Não é o meu suspense preferido, mas também não achei tão ruim. Indico para quem procura um suspense diferente.
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