Perdas Necessárias

Perdas Necessárias Judith Viorst




Resenhas - Perdas Necessárias


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Kaju 08/04/2024

Um livro profundo e bem psicanalítico que discorre sobre todas as perdas do ser humano durante a vida, desde seu nascimento, apego aos pais, crescimento, perda de juventude, de sonhos, de quem fomos, de amores, idade e morte.
Muito bom!
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rafapagno 15/01/2024

PROFUNDO E INTENSO
Esse livro faz você viajar no tempo, desde a sua infância até o momento da sua morte. Te faz refletir profundamente sobre suas escolhas, mas principalmente sobre as renúncias que fazemos e vamos fazer ao longo da vida.

Eu senti enjoo em alguns capítulos de tão profundo que era o assunto. Fala sobre culpa, sobre desejos proibidos e a morte.

Essa livro nos ensina a lamentar e aceitar as perdas que temos ao longo da vida. Perda de desejos, de sonhos, de pessoas e da pessoa que fomos um dia.

Baseado no conceito da psicanálise e com algumas referências de filósofos, poetas e a personagens da Bíblia, faz com que a leitura seja realmente profunda e subjetiva.

Não concordo com algumas visões que são trazidas do livro. Mas a ideia principal, a essência, é excelente. Um livro perfeito para quem precisa se desapegar do passado e planejar melhor o futuro, alinhando as expectativas que temos sobre nossos sonhos e as pessoas que convivemos.
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Carla.Parreira 07/10/2023

Perdas necessárias
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Melhores trechos: ??A estrada do desenvolvimento humano é pavimentada com renuncia?
Quanto mais nova a criança, menor é o espaço de tempo ? uma vez que esteja já ligada à mãe ? em que a ausência é sentida como perda permanente. E embora os cuidados de um substituto conhecido a ajudem a tolerar as separações diárias, só aos três anos, gradualmente, começa a compreender que a mãe ausente está viva e inata em outro lugar qualquer ? e que vai voltar para ela?
A ausência congela o coração, não aumenta o amor? Estudos demonstram que as perdas na primeira infância nos tornam mais sensíveis às perdas que sofreremos mais tarde?
Podemos criar estratégias de defesa contra a dor da separação. A indiferença emotiva é uma dessas defesas. Não podemos perder uma pessoa amada, se não amarmos?
Outra defesa contra a perda pode ser a necessidade compulsiva de tomar conta de outras pessoas. Ao invés de sofrer, ajudamos os que sofrem. E por meio das nossas bondosas ministrações, aliviamos nossa antiga sensação de desamparo e nos identificamos com aqueles de quem cuidamos tão bem. A terceira forma de defesa é nossa autonomia prematura. Proclamamos nossa independência cedo demais. Aprendemos muito cedo a não permitir que nossa sobrevivência dependa da ajuda ou do amor de pessoa alguma. Vestimos a criança desamparada com a armadura rígida do adulto autoconfiante? Todas as nossas experiências de perdas relacionam-se com a Perda Original, a da conexão mãe-filho?
Existe um modelo que divide a mente em três estruturas hipotéticas: o id, a província dos desejos infantis. O superego, nossa consciência, nosso juiz interior. E o ego, a sede da percepção, da memória, da ação, do pensamento, da emoção, da defesa e do autoconhecimento ? o lugar onde vive o ?eu? como imagem de nós mesmos?
A personalidade ?como se fosse? não se apercebe do vazio no seu intimo. Vive sua vida ?como se? fosse um todo. As expressões que usa, as ligações que escolhe, seus valores, suas paixões, seus prazeres, apenas imitam realidades de outras pessoas?
A presença do ódio no amor é comum, mas só reconhecido com relutância?
A repetição é compulsiva na natureza humana. Na verdade, é chamada compulsão repetitiva. Ela nos leva a fazer e repetir o que fizemos antes, tentando restaurar um estado anterior do ser. Ela nos leva a transferir o passado ? nossos desejos antigos, nossas defesas contra esses desejos ? para o presente. Assim, aqueles a quem amamos e o modo que amamos são repetições ? repetições inconscientes ? de experiências anteriores, mesmo quando essa repetição nos causa dor? Repetimos o passado até mesmo quando, conscientemente, tentamos não repeti-lo, por mais inútil que seja a tentativa?
Repetir o que é bom tem sentido, mas é difícil para nós entender a compulsão para repetir o que nos faz sofrer? Fazemos, e repetimos, na esperança de que dessa vez o fim será diferente. Continuamos a repetir o passado ? quando éramos desamparados e conduzidos -, tentando dominar e alterar o que já aconteceu? temos necessidades que podem ser atendidas de outros modos, modos melhores, modos que criam novas experiências. Mas, enquanto não pudermos chorar aquele passado, chorar e deixar que desapareça, estaremos condenados a repeti-lo?
A rivalidade entre irmãos é normal e universal? Dez psicólogos em dez respondem que sim. E, embora possa ser mais intensa nos primogênitos, ou entre duas crianças (ou mais) do mesmo sexo, ou quando as idades são muito próximas, ou ainda quando as famílias são menores, não há duvida de que todos nós somos tocados por esse sentimento de rivalidade, do qual ninguém fica completamente isento. Pois nós todos experimentamos, nos primeiros meses de vida, a ilusão de possuir completamente nossa mãe? Alguns dos padrões que repetimos mais tarde são determinados, não só por nossos pais, mas também por nossos irmãos?
Às vezes, uma crise na família pode aproximar os irmãos. O reconhecimento, em qualquer idade, das nossas dolorosas repetições pode nos libertar para modificar as coisas. Nem sempre precisamos continuar como sempre fomos?
Foi Sigmund Freud que descobriu e descreveu o complexo de Édipo. Afirmou que é universal e inato?
O menino apaixona-se pela mãe. A menina apaixona-se pelo pai. O outro progenitor amado/odiado é um empecilho. Desejo sexual, ciúmes, competitividade e a vontade de dispor do rival aparecem muito antes de a criança ser capaz de dizer o bê-á-bá?
Mais ou menos aos cinco anos, a maioria dos meninos e meninas enfrenta a necessidade de abandonar seus desejos proibidos de Édipo. Que nunca são completamente abandonados. Desejos que, em menor ou maior grau, e às vezes de modo confuso, continuam a determinar sua vida?
Os analistas dizem que as mulheres cujos amantes são, em suma fantasia, pais, podem sofrer inconscientemente de grande sentimento de culpa. Com ?filhos?e ?mães?, esse sentimento talvez seja mais profundo. Na verdade, o homem pode ficar impotente quando sua mulher se parece muito com a mãe; a impotência evita que eles desobedeçam ao tabu do incesto?
O curso desses triângulos sofre nova alteração quando acontece o que os analistas chamam de complexo de Édipo negativo, uma condição emotiva que envolve desejos sexuais pelo progenitor do mesmo sexo, e sentimentos de rivalidade para o progenitor do sexo oposto. Na infância, luta-se com os dois complexos, o positivo e o negativo, e ambos permanecem conosco pelo resto da vida. O que significa que, enquanto para a maioria das pessoas os impulsos heterossexuais são ascendentes, todos nós somos, em certo grau, bissexuais?
Acreditando-nos culpados, podemos acreditar nos nossos poderes de controle da vida. Estamos dizendo que preferimos o sentimento de culpa à aceitação de não estarmos com o controle?
A culpa saudável é adequada ? em quantidade e qualidade ? ao ato. A culpa saudável leva ao remorso, mas não ao ódio por si mesmo. A culpa saudável evita a repetição do ato culposo, sem isolar um vasto campo de nossas paixões ou prazeres. Precisamos reconhecer que fizemos algo moralmente errado. Precisamos conhecer e aceitar nossa culpa?
É verdade que sentimos culpa quando não alcançamos o ego ideal, ou quando ultrapassamos nossas realizações morais. É verdade que a culpa nos faz menos felizes, menos livres?
Embora sejamos adultos, os desejos proibidos e impossíveis da infância continuam a insistir por uma gratificação?
Quando é possível não sentir tanta culpa, tanta vergonha e medo das fantasias, elas podem ser uma fonte de libertação e de alivio. Basta reconhecê-las como essencialmente inofensivas. Reconhecê-las como substitutos daquilo que se precisa necessariamente perder. E usá-las para expressar e aproveitar o que não se pode, ou não se ousa, viver na vida real. Os devaneios conscientes que passam pela mente, quase sempre sem convite, trazem sugestões de um mundo subterrâneo feroz. No sono, porém, quando as restrições são parcialmente abandonadas, caminha-se muito mais perto desse mundo. Sonhando, regredimos no conteúdo e na forma ? liberamos desejos e processos primitivos da mente. Pois os sonhos são construídos com a linguagem vibrante e secreta do inconsciente?
Nem todos os sonhos são tão claros; usam muitos disfarces. Mas Freud diz que todo sonho contém um desejo. Diz que, por mais assustador ou triste que seja, o sonho sempre procura ser realizado. E diz também que está sempre ligado a desejos proibidos e impossíveis da infância?
O senso de realidade permite também uma avaliação relativamente exata de nós mesmos e do mundo exterior. Aceitar a realidade significa aceitar as limitações e as falhas do mundo ? e as nossas. Significa também criar objetivos possíveis, compromissos e substitutos dos nossos desejos infantis?
A vida é, na melhor das hipóteses, ?um sonho sob controle? ? que a realidade é feita de conexões imperfeitas?
Freud, tratando do amor, distingue o amor sensual, que procura a gratificação física, e o amor caracterizado pela ternura. Freud descreve também a superestimação ? ou idealização ? da pessoa amada. Ela também faz parte do amor sexual romântico. Além disso, Freud nos lembra que nem mesmo o relacionamento amoroso mais profundo pode evitar a ambivalência, e nem o casamento mais feliz pode evitar uma certa porção de sentimentos hostis? Levamos para o casamento uma infinidade de expectativas românticas. Às vezes, também visões de míticos êxtases sexuais. E impomos à nossa vida sexual muitas outras expectativas, muitos outros ?devia ser? que o ato quotidiano do amor não consegue realizar?
Mas o contraste entre o casamento que se desejava e o casamento conseguido abrange mais do que o desapontamento romântico e sexual. Pois, mesmo para quem se casa com uma visão realista do que deve ser o casamento ? e da pessoa com quem está se casando -, a condição de casado pode não corresponder a alguma e às vezes a todas as expectativas?
A inimizade aparece porque as expectativas não realizadas tornam-se metáforas para tudo o que falta no casamento? No amor do casamento, procuramos recuperar os amores do passado: o pai ou a mãe inacessível da paixão epidiana?
É claro que ninguém se casa com a intenção consciente de se casar com o papai ? ou com a mamãe. Nossa agenda secreta é um segredo também para nós. Mas esperanças subterrâneas provocam abalos sísmicos?
Os relacionamentos dominador-dominado, ídolo-adorador, desamparado-eficiente, bebê-mamãe, são exemplos de complementaridade neurótica? uma versão mais complicada do casamento complementar é o eu chamamos de identificação projetada, um intercambio sutil e inconsciente, no qual um usa o outro para conter e experimentar algum aspecto da própria personalidade?
As mulheres geralmente escolhem como maridos homens que expressam justamente tudo aquilo que elas precisam negar em si mesmas, ou qualidades que deveriam expressar mas não conseguem?
Os homens procuram a autonomia; as mulheres desejam a intimidade. Essa diferença sexual é responsável pelas tensões conjugais?
Podemos construir o amor adulto. Podemos lutar para amar, usando o melhor das nossas aptidões distorcidas. Podemos, embora com menos freqüência, caminhar sob as estrelas e viajar até a lua, curvando-nos aos limites e às fragilidades do amor. E podemos, com amor e ódio, preservar aquela conexão extremamente imperfeita que chamamos de casamento, onde companheiros amados são também inimigos. Lembrando sempre que não existe amor humano sem ambivalência. E aprendendo que devemos abandonar o sonho de ?amor para sempre: ódio, nunca??
Quando os filhos começam a nascer, surge um novo sonho ? o sonho de protegê-lo contra qualquer perigo. Mas os planos mais perfeitos para a felicidade e o bem-estar dos filhos podem não ser ideais do ponto de vista deles. Mesmo tentando salvá-los dos perigos e das dores da vida, há certos limites que devem ser respeitados. Temos de desistir de muita coisa que queríamos fazer por nossos filhos. E, naturalmente, temos de desistir dos filhos também?
Separações dolorosas da nossa infância podem influenciar o modo como encaramos a separação dos nossos filhos. Revivemos o passado e tentamos reparar o que sentimos?
Existe uma criatura chamada ?mãe boa demais?, a mãe que insistentemente dá demais, a mãe que atrasa o desenvolvimento, não permitindo que o filho tenha nenhuma frustração. Alem disso, essas mães podem ter uma empatia tão imediata com os filhos que estes não sabem se possuem sentimentos próprios? Libertar os filhos consiste em deixar que sejam eles mesmos, e isso significa abandonar o que planejamos para eles. Pois, consciente e inconscientemente, antes mesmo de nascerem, as mães sonham com o tipo de filhos que desejam. Alguns entendidos dizem que a imagem formada pela mãe pode ser tão poderosa, que a ?mãe às vezes precisa abandonar a fantasia daquele bebê diferente que esperava ter, e lamentar a perda desse bebê idealizado, antes de conseguir mobilizar seus recursos para interagir com o bebê que realmente teve?
Apesar das nossas resoluções, surpreendemo-nos às vezes maltratando nossos filhos do mesmo modo com que fomos maltratados. E, sob vários outros disfarces, usando nossas filhas e filhos como personagens de uma peça, reencenamos trechos da nossa infância. Pois, como sabemos, existe uma compulsão para repetir os relacionamentos importantes do passado, o que inclui privações e sofrimentos, ressentimentos recalcados e raivas? Na verdade podemos nos empanturra de informações sobre como criar filhos, e podemos nos esforçar para agir de modo mais amadurecido e atento, e nada disso vai impedir que ? sim -, inevitavelmente, vez ou outra falhamos com nossos filhos. Porque há uma grande distancia entre saber e fazer. Porque pessoas maduras e com conhecimento também são imperfeitas. Ou porque algum acontecimento da nossa vida pode ser tão absorvente e deprimente, que não conseguimos atender às necessidades dos nossos filhos naquele momento?
Freud concluiu que as fantasias e desejos inconscientes (e os conflitos e sentimentos de culpa que provocam) têm um impacto da vida do individuo como se fossem fatos ?reais??
Para construir nossa própria vida, questionamos os mitos familiares e nossos papeis dentro da família ? e, é claro, questionamos as regras rígidas da infância. Pois o ato de sair de casa só se torna uma realidade emocional quando deixamos de ver o mundo com os olhos dos nossos pais?
É mais fácil envelhecer quando não somos entediados nem tediosos, quando temos interesse por pessoas e projetos, quando temos o espírito aberto, flexível e maduro o bastante para nos submeter, quando necessário, às perdas imutáveis. O processo, começado na infância, de amar e deixar partir pode nos preparar para essas perdas finais. Mas privados, pela idade, de alguma coisa que amamos em nós mesmos, podemos descobrir que o envelhecimento exige uma capacidade para aquilo que chamamos ?transcendência do ego??
É verdade que o presente é definitivamente moldado pelo passado. Mas é verdade, também, que as circunstancias de cada estagio de desenvolvimento podem nos fazer reexaminar antigas disposições? Cada um tem a resposta interior para os fatos externos da vida?
Quanto a nossas perdas e ganhos, já vimos que freqüentemente se misturam. Para crescer, temos de renunciar a muita coisa. Pois não se pode amar profundamente alguma coisa sem se tornar vulnerável à perda. E não se pode ser um indivíduo separado, responsável, com conexões, pensante, sem alguma perda, alguma desistência, alguma renúncia?.
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bmiiiiilly 15/09/2023

Eu adoro esse livro, e acho que todas as pessoas que não entendem o porque de continuar vivo, ou perderam alguém pra morte (n necessiamente) precisam ler ele!!! Eu tinha uma visão totalmente diferente antes de ler ele.. ele fala sobre filosofia e explica coisas que eu pelo menos nao sabia, leiamm!
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Vgsantana 22/02/2023

Meu livro favorito até o momento
Sensacional e necessário para quem tem interesse em psicologia e na mente humana.
A abordagem é simples e se expande em diversas áreas de nossa vida, sendo capaz de mudar a forma como vemos o mundo, as pessoas e nós mesmos.
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Jacqueline Marinzeck 05/02/2023

Ótimo livro, mas se enrosca no fim
Até a metade do livro há muito conteúdo teórico rico sendo abordado de maneira mais leve, cotidiana e didática, com muitos (muitos mesmo) exemplos de casos.
Após o capítulo que discorre sobre o fim do Édipo, a leitura se entronca e fica difícil fluir (para mim!). São muitos exemplos, mais opiniões e perspectivas da própria autora, menos teoria e mais exemplos que retomam alguns pontos abordados anteriormente.
Pode ser que seja eu quem tenha entraves com os temas abordados nos últimos capítulos, mas, ainda assim, foi difícil terminar a leitura.
Com certeza lerei novamente os capítulos com mais conteúdo teórico.
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Dandarams 03/02/2023

Perdas necessárias
O livro Perdas Necessárias conta através do olhar da teoria psicanalítica sobre as etapas da vida, desde o nascimento até a morte, incluindo as relações vivenciadas com pais, irmãos, amigos e até religião. Uma leitura fluída, bastante explicativa, porém em alguns temas não me prendeu e foi arrastado.
Para quem ama a Psicanálise terá uma aventura satisfatória com a leitura deste livro.
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Maria 11/12/2022

As perdas sempre têm o lado positivo....
As perdas são necessárias para nosso desenvolvimento e aprendizado.... claro que existem perdas que acarretam em traumas p a vida toda, porém, há sempre um aprendizado com relação a perda.
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Rosangela Max 04/09/2022

Interessantíssima maneira de falar sobre perdas.
De forma muito fluída e clara, a autora explica como esse sentimento de perda, no sentido amplo, nos é apresentando pela primeira vez quando somos ainda bebês, quando tomamos consciência que somos um ser independente da nossa mãe e que ela precisará se distanciar de nós em alguns momentos (para ir ao banheiro, para ir ao trabalho etc) e como nós sentimos nesse momento (insegurança, medo que ela não volte). Depois passa para conscientização da criança do seu ?Eu? e que esse ?Eu? demanda ações de independência da mãe (aprender a andar, ter que frequentar uma creche/escola etc). Com a identificação do nosso ?Eu? vem as primeiras responsabilidades, as primeiras crises indentidade (tipo: quem eu sou de verdade? Como as as pessoas me enxergam?), as primeiras renúncias, os primeiros fracassos? Depois o tema evolui para outros tipos de perdas até finalizar com a perda da própria vida para a morte.
A autora usa alguns exemplos apresentados através dos livros, principalmente os clássicos, e com isso ela acaba dando vários spoilers. E isso é bem desagradável porque alguns spoilers são do pior tipo, daquele que fala sobre a morte dos personagens.
Tirando isso, leitura super recomendada.
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May 31/07/2022

Uma das leituras básicas do curso mas que valeu a pena, me tocou em muitos momentos e com certeza vai ser muito útil no futuro.
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Laura 27/06/2022

Esse livro é simplesmente PERFEITO, a junção entre o ?morde e assopra?, o tanto que me fez refletir, questionar e filosofar, não está escrito. Fiquei com dó de terminar ?
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Isa 24/04/2022

DESCONSTRUÇÃO
Perder nunca foi o meu forte e esse livro me mostrou mais do que nunca o quanto é necessário e essencial para o nosso crescimento. Muitas pessoas devem estar imaginando que o livro se trata do luto e é sobre ele também, mas não apenas. Sabe aquele momento da vida que percebemos que algo ou alguém não nos cabe mais, porém temos dificuldade de deixar ir? Durante toda a nossa existência nos perdemos muitas pessoas, momentos, hábitos e coisas. Nem sequer pensamos sobre, mas sentimos a dor quando cada uma vai embora. Por mais que seja um processo natural e sabemos dele, ele dói. Mas como o próprio livro diz: "Perder é o preço que pagamos para viver". Se você está vivo, você precisa abdicar da falsa sensação de controle. Você precisa aprender a deixar ir e a perder. Alguns exemplos de perdas no livro: luto, a diferenciação do eu e do outro ( identidade), o ninho vazio, o envelhecimento e entre milhares. Particularmente, eu refleti muito em todos os capítulos e amei a desconstrução que ocorreu, mas no que se referia ao luto eu não dei conta. Tive que parar, chorar, refletir de novo e repensar sobre muitas coisas. Ainda é um ponto que mexe comigo. Esse livro possuí um viés totalmente psicanalítico e como estou estudando psicanálise na faculdade foi muito interessante associar alguns termos. Por isso, se você for leigo nessa área pode confundir um pouco com o senso comum, mas a linguagem não é difícil entendimento. Só queria falar que a perda é uma condição necessária a humanidade e precisamos aprender a lidar com ela, já que é impossível aniquilar. Sempre achamos que uma demissão ou um término é o fim, mas a vida é feito de vários ciclos. Quando um acaba, o outro começa. Quando uma porta se fecha, outra abre. Quando perdemos, aprendemos a lidar com a dor que é inerente a estar vivo. Por fim, para aqueles que vivenciaram a dor e a perda mais complicada, o luto, espero que estejam bem. Também vivencie ela recentemente e não é fácil. Um dia de cada vez. Mas o que fica são as memórias e cada lagrima que cai de saudade é o reconhecimento de um momento único e feliz com uma pessoa que amo de todo meu coração para sempre e vai estar comigo, não importa aonde. É isso
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Danie 30/03/2022

Para todos os que já tiveram perdas necessárias
Li esse livro pela primeira vez durante a universidade e aos vinte anos talvez não tenha vivido tantas perdas na vida quanto achava que tinha vivido, ao retornar ao livro vinte anos depois, parece um livro novo.
O livro passa por todas as perdas que vivemos desde o nosso nascimento até a nossa morte.
É um livro para ser lido lentamente e apesar de seus quase quarenta anos ainda muito atual.
Quando terminei o livro, pesquisei o que Judith Viorst estava fazendo atualmente. Hoje está com noventa e um anos e escreveu o último livro em 2014, e participou de um livro de poesia em 2019.
Fiquei com vontade de ler um livro dela sobre depois de todas as outras perdas que ela ainda não tinha vivenciado.
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Isabella.Fernanda 02/02/2022

Que livro!!
Enfim, depois de meses, concluí essa leitura. A demora não foi por ser chato ou difícil ou truncado, mas por ser bom demais e ter coisa demais pra absorver e pensar, carreguei um dó de acabá-lo.
O título é sugestivo, o livro é o desenvolvimento de inúmeras perdas básicas e necessárias em cada fase da vida, do nascimento à morte, como elas doem e nos afetam, os porquês de não as poder evitar e o como fugir delas impacta negativamente.
A autora, além de ser muito bem formada, usa recursos da literatura, acadêmica e clássica popular, para exemplificar e enriquecer ainda mais o entendimento. A base do livro é psicanalítica, ainda que a autora se beneficie de um conjunto de áreas do campo da psicologia.
Freud foi muito mais citado nas primeiras fases da vida do que no restante. Gostei muito de como ela aplicou os contrapontos de várias das teorias apresentadas, não subestimando a capacidade de absorção e análise do leitor, de fato, se utilizando da visão científica de "são teorias e temos esse, esse e mais esse indício, que se exemplifica assim e assim, mas existe este outro ponto também", enfim, esta pode ser uma chamada "simplificação" da estrutura da obra, mas em uma escrita fluída.
Por fim, recomendo este livro, para todos os que quiserem se entender melhor, chorei demais em diversos momentos por ler e analisar coisas dolorosas de minha própria vivência, me fez entender melhor algumas ações e mecanismos de pessoas próximas a mim, além das minhas próprias. É um favorito para se consultar e reler, sem dúvidas!
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Jak 19/12/2021

Com certeza um dos livros essenciais que já li na minha vida. Encontrei esse título navegando em um site de livros e o título me chamou atenção na hora, perdas necessárias, um livros para alguém tão apegada ao que é "seu" aprender que as perdas são necessárias. Ao o ler alcancei a percepção de que até a saída do ventre da nossa mãe já é uma perda, a perda não só é natural como é inevitável e resistir a isso só aumentar a dor da perda, o que é seu não é realmente seu, o que torna a posse uma ilusão, até a sua vida um dia você vai perder-lá.
Mas calma a perda também pode ser um momento de crescimento. Crescer também é perder, também é doer, a transformação exige que algo seje deixado. Desde o momento em que damos os primeiros passos e vamos engatinhando explorar o mundo, que sem sabemos já estávamos perdendo aos poucos a conexão absoluta com o todo, vamos dançando ao longo da vida uma dança de perdas até ao fim chegamos a perda final, o desapego final, a morte.
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