O Afinador de Piano

O Afinador de Piano Daniel Mason




Resenhas - O Afinador de Piano


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otxjunior 29/09/2022

O Afinador de Piano, Daniel Mason
Talvez não tenha entendido completamente os comentários sobre música, ou arte no geral, mas o clima de intriga em cenário exótico é sedutor. Assim como o piano, que poucas vezes percebi como um instrumento sensual. A narrativa reforça sempre o contraste entre caos e ordem, ganhando força em seus momentos mais oníricos.
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Mabia 07/01/2010

Uma mistura do militar, do poeta e do afinador de pianos Érard, em uma Birmânia Britânica cheia cultura, tradições e muito encanto. É fantástico, e é um adorável modo de descobrir um pouco a respeito da cultura do país (atual Myanmar) no final do século XIX.
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Marlo R. R. López 23/05/2021

'O afinador de piano' foi um verdadeiro achado para mim. Uma dessas experiências de leitura que são puro deleite. Geralmente os leitores reconhecem esses livros especiais antes mesmo de passar das 30 primeiras páginas.

Eu já conhecia o autor através de 'Um país distante', que li há muitos anos e do qual lembro pouquíssima coisa. Mas lembro que a prosa bem cuidada, poética, e o olhar sensível do protagonista para o mundo já estavam lá. Reencontrei esses elementos aqui sem grande surpresa, portanto. Isabel, de 'Um país distante', e Edgar Drake, de 'O afinador de piano', são quase duas faces da mesma moeda.

Daniel Mason gosta de escrever sobre pessoas que se encontram deslocadas de seu lugar de origem porque toparam embarcar em uma jornada de corpo e alma com caráter de "missão" - algo que deve ser feito quase que por um dever moral, e deve ser feito apenas por elas, porque diz respeito a elas e a mais ninguém. Assim Isabel foi atrás do irmão na cidade grande, e assim Drake partiu para a Birmânia para afinar um piano no meio da selva. São destinos e objetivos que se revelam no final das contas muito maiores do que parecem à primeira vista, e esse sentido é construído no caminho, no deslocamento. E é por isso que, nos dois romances que li de Mason, a trajetória do herói se revela muito mais importante do que qualquer ponto de chegada.

'O afinador de piano' é um livro de rara beleza. Embora tenha muita aventura e muita ação (se engana quem acha que não tem), a prosa do autor é muito contemplativa, quase meditativa. É uma escrita poética essencialmente visual, que convida o leitor a mergulhar de cabeça nas florestas birmanesas - sentir os cheiros do lugar, ouvir os sons, ver os nativos nas suas rotinas, apreciar o exotismo da paisagem. Há quem ache esse estilo de escrita maçante, mas para mim foi um bálsamo. Mason encadeia as palavras de modo harmonioso, bonito e sugestivo, e não fiquei cansado em absolutamente nenhum momento. É uma prosa imersiva.

O autor escreveu este livro com 26 anos de idade, enquanto estava morando no lugar para onde seu protagonista viaja, no século XIX. Seu trabalho é um feito impressionante, considerando que estamos falando de um romance de estreia com um volume de pesquisa assombroso e uma história coerente e original, redonda, sedutora. Há veteranos que não alcançam o que Mason alcançou aqui.

É uma pena que a Companhia das Letras tenha deixado de publicá-lo no Brasil.
Karamaru 26/05/2021minha estante
Excelente resenha, parabéns!




Gláucia 24/08/2010

Envolvente
A história se passa numa exótica Birmânia do século XIX e mescla música num ambiente de guerra; o resultado é interessante e o livro é muito bem escrito.
O tímido Edgar recebe a incumbência de afinar um piano raro na selva da Birmânia, onde tudo é absolutamente diferente da Londres onde vive. Sua vida vai sendo transformada à medida em que ele se envolve com uma enigmática nativa.
Destaque para o major Carroll, que cria um clima de suspense na trama, com sua atitude ambígua. Passei boa parte do livro tentando resolver o enigma: ele é mocinho ou vilão? E até hoje estou na dúvida... Personagem muito bem construído e só por isso já vale nota máxima.
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Guilherme Dehon 30/01/2023

O Afinador de Piano
Tenho este livro a quase três anos, e o que me chamou a atenção, além do custo benefício, foi a sinopse...

Resolvi apostar, pois achei a trama interessante...

Edgar Drake, um afinador de pianos é "convocado" pelo Ministério da Guerra britânico para afinar um piano Érard no nós confins da Birmânia...

A história tem momentos muito interessantes, especialmente o teor histórico muito bem abordados pelo autor, mas também em dados momentos, se torna maçante e chega a ser cansativo...

Divide por minha conta e risco, a obra em três fases para...

A primeira abrange desde a contratação, preparação até o embarque...

A segunda vai da longa viagem de navio até o período em que fica no privado, aguardando a ida para o Forte onde o povo está...

A terceira no momento da chegada ao Forte até o derradeiro final...

Apesar de muito bem escrita, ter uma linguagem um tanto poética, uma trama instigante, só toma um maior fôlego da metade para o final...

Nos momentos derradeiros, acredito que quem já leu (percebeu), e quem tiver a curiosidade de ler, também perceberá, o que o está reservado para o estimado Edgard...

Apesar de um tanto arrastada, a história acaba fluindo melhor do meio para o final, e apesar de não ter gostado do desfecho, a história de modo geral foi boa...

Recomendo.
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Bruna1789 28/04/2020

Finalmente terminei.
Eu criei muitas expectativas para esse livro, sinceramente... não gostei. A temática é bem interessante, mas a leitura em si (ao meu ver) foi muito arrastada, eu comecei a lê-lo em 29/03 e terminei hoje 28/04, pensei em abandonar, mas, minha curiosidade não deixou, eu tive que ler até o fim para poder criar minha opinião com propriedade. Além da leitura ter sido arrastada (para mim), a estrutura do texto não ajudou muito para a leitura ser agradável, pois me perdi várias vezes com o diálogo dos personagens, as vezes estava definido entre aspas e as vezes não. Estou um pouco decepcionada também comigo mesma por não ter gostado, porque a avaliação dele aqui no skoob é boa. Mas, faz parte da vida de leitores, existem livros que não gostamos, que outros gostam, depende muito da personalidade de cada um.
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Nivia.Oliveira 19/05/2020

Efeito viagem: o que você já viveu pode desaparecer com que o que ainda há de ver
Quando escolhi ler O afinador de Piano, fui atraída pela história deste instrumento que eu amo mas ao terminar percebi que se trata dos efeitos que as viagens podem causar em nós.
Edgar Drake, assim como Ulisses da Odisseia, sai da Inglaterra e passa por vários percalços até chegar ao local onde está o piano desafinado (Mae Lwin – fronteira da China e a atual Tailândia). Contudo apesar do ambiente ser de guerra, a luta retratada é a interna, aquela que pode ser provocada por uma viagem: mudanças de paradigmas, sentimentos inexplicáveis, deslumbramentos por pequenas coisas, o desejo de querer conhecer cada vez mais outros povos e culturas, a confirmação de nossa pequenez e o perigo de gostar tanto e desejar não retornar...
Estou aprendendo piano e realmente as partituras parecem códigos que precisam ser desvendados... as dificuldades que Drake passou são como os desafios que preciso ultrapassar a cada lição, um “problema (dedos indomáveis)” após o outro, repete meu professor. Paciência e resiliência para domar esse “bichão” maravilhoso que é o piano.
Amei quando o afinador toca uma obra de Bach para uma plateia e consegue ficar confiante (sobretudo porque os ouvintes não conheciam a música e ele poderia errar uma coisa ou outra), afinal ele não era pianista e sim um afinador de piano. Porque quem está aprendendo a tocar piano sabe que vencer o medo do público é outro desafio.
O autor também destacou a época em que “toda sala de estar precisava de um piano”. É possível reparar isso em filmes de época, ele está lá, mas ninguém toca, era um sinal de bom gosto. Mas o piano é tão eloquente que convida até aqueles que não gostam da pianística a pelo menos admirá-lo, quiça até a fazer um carinho...
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Renata.Correa 27/06/2020

No final do século XIX, o Ministério da Guerra britânico convoca o jovem Edgar Drake para afinar um piano de cauda Érard no forte de Mae Lwin, no sudeste asiático. O instrumento fora levado aos confins da selva birmanesa a fim de tentar apaziguar, por meio da música, a convivência entre nativos e militares ingleses. Um desenrolar lento da história..... tem um início muito interessante, mas achei que o mesmo se perde ao longo das páginas....
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Guito 26/04/2021

Frustrante
Eu poderia dissertar longamente sobre o que achei desse livro, mas após terminar de ler a única coisa em minha mente no momento é esquecer que eu li esse livro.

Pra não começar falando mal do livro, admitirei algumas coisas antes.

A escrita do autor é boa e te puixa pro livro; é um daqueles livros que você poderia ler em uma semana se realmente quisesse.

Além disso, a proposta do livro é interessantísima, assim como o personagem principal e seus pensamentos (em certas partes, pelo menos).

(Spoilers leves em frente)

Agora que já falei as coisas boas... A maneira com que eu me decepcionei com esse livro é imensúravel.

Os capítulos inicias foram tão bons, e prometiam tanto! Uma das coisas que me incomodou muito foi a demora pro Drake chegar ao forte. Demorou metade do livro pra ele chegar ao seu destino e para o famoso doutor aparecer, e, embora tenham acontecido coisas interessantes nessa jornada, eles tinham uma conexão muito rasa com o enredo principal (se for possível dizer que tinha uma conexão).


O livro parecia prometer que seria algo parecido como uma jornada na qual o protagonista passaria a conhecer mais a si e cresceria como pessoa, mas não se engane: certamente não foi isso.

E o final? Bem, se eu puder resumir em uma palavra eu diria ?queimar?. Por que queimar, você pergunta? Porque eu queria jogar esse livro no chão e botar fogo nele após ler o desfecho.

O autor joga um plot twist no final da história que é tanto ridiculo quanto é insatisfatório. O destino do protagonista ficou claro pra mim antes do desfecho, mas mesmo sabendo o que ia acontecer, ler aquilo me frustrou imensamente.

Existem outros pontos que eu poderia atacar e outros que eu poderia defender, mas esses foram os principais.
Marlo R. R. López 28/05/2021minha estante
Curioso, minhas impressões sobre o livro não poderiam ter sido mais diferentes das suas. Há pelo menos duas hipóteses para que a viagem até o forte seja longa: primeiro, dar a sensação ao leitor de que o translado até Mae Lwin é tortuoso e difícil e fazer uma transição lenta entre duas culturas distintas, a asiática e a europeia; segundo, boa parte do que acontece nessa viagem ajuda a formar o Drake que toma aquelas decisões no final. Pelo menos é assim que eu vejo. E o livro tem tanta ação que é até difícil tomá-lo como lento. O plot twist do final é apenas um desdobramento natural de vários elementos que foram colocados desde o primeiro capítulo, o que torna a história toda coerente e verossímil. Foi assim que eu captei as coisas. Abraço!




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