lu areias 02/09/2013
Resenha do blog - Fluffy
Infinito
Série: Os imortais – volume 6
Alyson Noël
Editora Intrínseca, 2011
240 páginas
Após derrotarem seus inimigos mais temidos, Ever e Damen começam uma nova jornada para que ele se livre do veneno em seu corpo. Se encontrarem o antídoto, finalmente serão capazes de viver a paixão pela qual anseiam há séculos. A busca, porém, leva-os a um terreno desconhecido e pavoroso — as profundezas de Summerland.
Lá, eles descobrirão a origem obscura e inimaginável de seu relacionamento e serão obrigados a encarar uma dolorosa verdade: o destino tem motivos para mantê-los separados. Agora, o futuro irá depender de uma única decisão, que poderá pôr em risco tudo o que eles têm. Inclusive a eternidade.
Se eu pudesse definir “Infinito” em apenas uma palavra, certamente seria “imprevisível”. E é o primeiro (e o último, no caso!) da série que eu classifico como cinco estrelas porque realmente gostei da narração, do rumo que a história tomou e o final até me fez dar umas gostosas risadas e derramar algumas lágrimas.
O começo da história não nos diz muito sobre o que vai acontecer no livro, e o início se dá ainda no volume 5, quando Ever encontra um lugar muito estranho em Summerland, onde uma senhora muito idosa lhe aponta o dedo, dizendo que está à sua espera há muitos anos, que só ela pode libertá-los e outras frases sem nexo desse gênero. Então, contrariando a vontade e todos os conselhos de Damen, ela vai até esse lugar mais uma vez porque sente que precisa solucionar o mistério para saber o que aquela estranha senhora quer lhe dizer. Ela sente que é algo que pode mudar a sua vida para sempre.
A história é cheia de reviravoltas e, pra mim, tudo se resumiu a soluções bem simples. Tudo o que Ever e Damen estiveram buscando durante todo esse tempo revela-se não tão importante, e as questões relativas ao universo, ao carma, à verdadeira alma imortal são colocadas em jogo e, a partir daí, todas as convenções e tudo o que se acreditou até então pode ser derrubado.
O que me incomodou um pouco foi que as cenas, os locais foram tão surreais que às vezes eu desejava mais detalhes, porque não conseguia imaginar e entrar na história. E os raciocínios da Ever talvez pudessem ser mais devagar – ou eu sou lenta ou ela estava inteligente demais, resolvendo enigmas complicados num piscar de olhos. Apesar disso, o livro me prendeu, porque ele tinha um ponto, um objetivo, coisa que os outros livros deixaram a desejar.
Ever termina a saga como uma menina forte, determinada e corajosa, provando que ela cresceu e deixou de ser aquela chata dos primeiros livros. Acho que valeu o esforço de ler os cinco primeiros livros pra ler esse. E o final! Nunca teria imaginado e, apesar de não ter gostado da ideia dele quando surgiu, tanto que fiquei “do lado de Damen”, no fim eu achei que foi perfeito, e admiro a força da Ever em insistir nele, sabendo que sim, mudaria a vida de ambos para sempre.
“A verdade de nossa existência é revelada de forma muito clara. Não posso imaginar como não vi isso antes. Há uma ligação entre todos os seres vivos, plantas, animais e pessoas que habitam o planeta. Todos somos um. E, embora possamos entrar e sair da vida, nossa alma, nossa energia, nossa essência nunca desaparecem. Somos seres infinitos – cada um de nós. Essa constatação surge como um raio caindo em minha cabeça, e instintivamente percebo o que preciso fazer.” Página 111.
Me chamem de vencedora agora! Aguentei a Ever por seis livros! Haha! Mas recomendo a série pra quem gosta dessa literatura não tão sobrenatural, com romances, intrigas, amizades descobertas e outras destruídas e muito misticismo e vidas passadas. E pra quem for ler mesmo e ainda não leu os primeiros, tenha muita paciência, porque depois do quarto livro, tudo começa a melhorar =)