A cidade ilhada

A cidade ilhada Milton Hatoum




Resenhas - A Cidade Ilhada


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Maria Faria 27/03/2022

Contos muito interessantes
A Cidade Ilhada é um livro de contos onde Milton Hatoum entrega narrativas muito interessantes utilizando vários cenários manauaras, o que me fez sentir vontade de voltar a Manaus. Os contos que mais me encantaram foram: Varandas da Eva; Manaus, Bombaim, Palo Alto; Bárbara no inverno (que me surpreendeu bastante no final); Encontros na Península; sendo Varandas da Eva o mais emocionante. Alguns contos são divertidos e outros tristes, com foco na realidade diária do povo, como é o caso de Varandas da Eva.
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Itamara 09/08/2020

Hatoum ótimo como sempre!
Adoro a escrita desse autor e sua forma de retratar as belezas e encantos da região Norte. Ele de fato faz jus a tantos prêmios Jabuti. A sensação é de estar no mesmo ambiente e sentir até os cheiros, ver as cores e paisagens que ele descreve com maestria. Por ser um livro de contos, a leitura acontece ainda mais rápida. Gostei muito de quase todos,mas os preferidos foram "Varandas da Eva", "Dois poetas da província ", "Encontros na península" e o melhor "Dançarinos na última noite", este último vou levar para ler em sala com meus alunos. Ansiosa para ler Cinzas do Norte, que está guardado há um tempão
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Julia G 07/11/2011

A Cidade Ilhada - Milton Hatoum
Publicado originalmente no blog http://conjuntodaobra.blogspot.com

Já há algum tempo que li Dois Irmãos, de Milton Hatoum, e simplesmente adorei. Considerando que era uma leitura obrigatória para vestibular, na época, imaginei que iria gostar ainda mais quando pudesse ler por opção. Acabei não buscando algo do autor por algum tempo, mas agora que tinha um livro de contos dele em mãos, tentei mergulhar na leitura de forma imparcial. E me surpreendi.

É impossível não se deixar envolver pelas palavras do autor. Carregadas de sentimentos reais, por vezes sombrios ou puros, fazem de contos simples uma obra para reler durante a vida. São textos originais, surpreendentes, que vão desde a loucura de Bárbara no Inverno à doçura de Um Oriental na Vastidão.

Não sei quanto disso é verdade, mas ouvi dizerem uma vez que Hatoum, considerado escritor contemporâneo, questionou o motivo de não ser considerado realista: "Porque não nasci no século XIX?". Encontros na Península, por exemplo, cita idéias de Machado de Assis, que, de acordo com o conto só falava de "loucos e adúlteros". E não falta disso em A cidade Ilhada: Bárbara no Inverno, já citado, O Adeus do Comandante, A Casa Ilhada, A ninfa do teatro Amazonas, o próprio Encontros na Península, entre outros, tratam de ao menos uma dessas características.

E de todos os contos, apenas dois não se passam ou citam Manaus. Como o próprio Hatoum cita, "para onde eu vou, Manaus me persegue" (pág. 26). É interessante ver como o autor mescla ficção e realidade. Fica quase impossível definir, em vários textos, quanto dos fatos narrados são ou não acontecimentos reais. Os próprios personagens, por vezes, aparecem em mais de um conto, como tia Mira e tio Ranulfo, que podem ser vistos também em seu romance Cinzas do Norte, de 2005; Lyris, personagem de Uma estrangeira na nossa rua, recebe uma dedicatória em Manaus, Bombaim, Palo Alto. E quanto do livro são fatos que ocorreram com Milton? Impossível saber.

A linguagem do autor é totalmente usual, o que facilita a leitura e a compreensão, e é por vezes carregada de uma ironia subentendida. Subentendida, por sinal, talvez seja exatamente a palavra para descrever esse livro. Nada é entregue de bandeja, como degustar um belo prato de olhos fechados. Sentir, perceber e imaginar.

Como já citei aqui no blog antes, me rendi aos contos. E os "finais" de Hatoum, abruptos, nos permitem visualizar uma continuação da forma que quisermos, ou odiar o autor por não nos contar. Mergulhei de cabeça em cada conto e queria mais, sempre mais... e havia nada além de questionamentos. Como a vida, que não sabemos como será e se realmente haverá um fim para determinados momentos. Isso não torna o livro ruim, entretanto. Foi exatamente essa antítese entre desejar e não receber que me fez gostar de cada vírgula dessa obra.
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Eliana 07/03/2010

Pessoalmente, o que mais me chama a atenção na leitura é a identificação nortista que faço com os senários descritos por Hatoum. Com contos obiviamente inspirados em fragmentos de memóriria do autor e seu contato com diversas culturas (inglesa, indiana, japonesa, etc) Hatoum leva suas personagens a 'viajarem o mundo', porém tudo acontece na quente Manaus, ladeada pelo caudaloso rio Amazonas, mas também por pequenos igarapés e ilhas. Afinal tudo começa e termina na ilhada cidade e no universo literário de Hatoum.
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Silvio 23/03/2011

Hatoum domína a narrativa curta e mantém a mesma elegância de estilo de seus romances. Também mostra que aprendeu a lição do mestre Guimarães Rosa: dar um final surpreendente às histórias para torná-las inesquecíveis para o leitor.
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Lorenlac 18/12/2022

A experiência de ler um livro em que se passa na sua cidade, realmente é diferente, vc consegue visualizar os cenários com exatidão, deixando a leitura mais profunda.

Contos diversos, curiosos e autênticos da nossa terrinha.
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Evelyn 22/09/2009

Dica: o livro "A Cidade Ilhada" do escritor amazonense Milton Hatoum conta várias historias interessantes, quase todas são rodadas na cidade de Manaus ou no interior do amazonas.

Contos breves, porém com finais surpreendentes.
Entre tantos, ressalto:

“Um oriental na vastidão” “Dois poetas da província” “O adeus do comandante”

Com toda nitidez dos contos, o autor consegue inserir-nos no cotidiano de Manaus e arredores.



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Ramon98 06/07/2023

Adentrando pelas Veredas Amazônicas
Que prazer é estabelecer uma ligação com o texto, reconhecer uma identidade e se perceber nas palavras de Hatoum! Como habitante do norte e imerso no contexto amazônico, o vínculo e a profundidade alcançados ao adentrar em uma história desse cenário são incomparáveis. Em alguns contos, tive a sutil sensação de reler "O Coração das Trevas" de Joseph Conrad, ao explorar a imensidão da floresta amazônica com seu aspecto misterioso e hostil. Sem dúvida, uma leitura menos densa e mais reveladora dos segredos e mistérios da vida amazônica, altamente recomendada para aqueles que desejam se aproximar um pouco mais desse recanto do país.
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cattess 09/05/2022

? Noite que teimava não ter fim.
eu amei mt essa leitura, principalmente por ser um livro que se passa no brasil. quero ler mais livros nacionais e é ótimo começar por esse. os contos são incríveis, alguns arrebatadores de lindos e outros misteriosos.
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Rafaela.Saragiotto 06/06/2021

Uma viagem pelos confins dos nossos mistérios
Para apreciar a prosa de Hatoum, é preciso ter os olhos atentos e a imaginação aguçada.

Arquiteto de formação, o espaço é a matéria de Hatoum. Os 14 contos desta coletânea versam sobre a relação do sujeito com seu lugar no mundo: seja num bangalô ilhado no coração da Amazônia ou num apartamento nos subúrbios de Paris.

Em menos de cem páginas, travamos uma viagem intercontinental que nos deságua nas margens da intimidade humana: a solidão, a melancolia, as traições da memória, a busca pelo desconhecido, o desejo da onipresença.

Manaus, a cidade ilhada, perdida, essa Atlântida brasileira, é novamente o palco da maior parte das histórias e atrai a atenção do leitor pela aura enigmática e mística com que Hatoum a descreve.

Com um toque autobiográfico, seus personagens percorrem os extremos dos espaços: desde um prostíbulo às beiras de um igarapé aos teatros e círculos intelectuais da época dourada da capital amazônica.

Ler Hatoum é sempre uma viagem pelos confins dos nossos mistérios.

Foi uma bela experiência matar as saudades da prosa deste autor que tanto admiro, saboreando lentamente suas palavras como uma encenação para encarar seus principais romances, ?Dois irmãos? e ?Cinzas do Norte?.

Poder desfrutar da escrita de um grande autor enquanto ele está vivo: que enorme privilégio!

Nota: 9/10
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Joao Ricardo 07/07/2022

Milton, um grande mestre
A escrita de Milton Hatoum me inspira muito. "Dois Irmãos" é um dos meus romances favoritos, mas os contos não ficam por baixo. É de uma sensibilidade à flor da pele. Foi uma leitura surpreendente e emocional, que pega pelo coração com seus personagens desiludidos, solitários e passionais. Destaco o conto "Um oriental na vastidão", uma joia. Para quem pretende se aventurar na escrita de narrativas curtas, Milton é um professor.
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Adriana Andion 12/05/2009

varias historias... muito bom!
Neste livro o escritor amazonense Milton Hatoum publica várias historias interessantes, quase todas sao rodadas na cidade de manaus ou no interior do amazonas.
Este livro é otimo, so nao é perfeito devido algumas historias serem um pouco interessantes, mas que nao tiram o brilho desta mais nova obra de Milton.
vale a pena ler.. adoro todas as obras deste escritor. Ele te prende na leitura do inicio ao fim.
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dialves 17/05/2009

"Tu és muito jovem para decifrar certos olhares. Le regard, Albain... O olhar é tudo. Tens que aprender a olhar..."

"Escritores e marinheiros estão quase sempre longe de seu lugar, cada um a seu modo."

"O tempo borra certas lembranças e pode mitigar o ódio, o ciúme, talvez a esperança."

"E os mapas, como tu sabes, fascinam as crianças, são desenhos miteriosos que as convidam a fazer viagens imaginárias. Os périplos da minha infância, irreais como os sonhos, começaram nos limites do quarto fechado, à espera do sono, não longe do mar e das falésias da Bretanha."

"A imaginação se nutre de coisas distantes no espaço e no tempo, mas a linguagem encontra-se no tempo, afirmou, como se falasse para si mesmo."

"... escrevi que ele não sabe ler, porque já havia lhe dito qe não sabe amar."

"E o que fazia na vida? Leio, ele disse."

"... poderia ter sido a decisão de uma vida, mas doi uma fantasia de minutos."

"O coração humano é mesmo uma caixa de mistérios."
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Renan 21/06/2012

Viajar
Gostei mais de 'Dois irmãos', mas este também é bom.
4 estrelas por em alguns momentos ter a sensação de repetição.
Porém, uma viagem a Manaus por meio das letras, sentindo o calor do lugar, viajando pelos rios, e principalmente conhecendo seu povo, é muito interessante. As histórias têm o estilo Hatoum, que me agrada muito.
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