A linguagem das flores

A linguagem das flores Vanessa Diffenbaugh




Resenhas - A Linguagem das Flores


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Nana 13/09/2011

Encantador!
Um livro muito bem escrito, com uma linguagem simples e envolvente. Victoria é um personagem comovente e muito real. Ela foi criada em orfanatos, sendo adotada e devolvida por várias famílias por ser uma garota agressiva, rebelde e cheia de ódio. Por tantos sofrimentos que passou, ela não consegue amar aos outros e nem se deixa ser amada.
A narração vai alternando entre presente e passado. No presente, Victoria completa 18 anos e se vê sozinha, tendo que trabalhar e batalhar por sua própria vida. E no passado, quando ela tinha 09 anos e morava com Elizabeth, sua última mãe adotiva que lhe ensinou sobre a linguagem das flores. O que cada flor representa e como elas podem expressar os nossos sentimentos.
Após conseguir emprego em uma floricultura, Victoria vai se tornando mais acessível e aprendendo a conviver com outras pessoas. Quando encontra Grant, que também conhece esta linguagem, Victória compartilha com ele o amor pelas flores e aos poucos vai se entregando ao amor verdadeiro.
Um livro lindo e delicioso de ler. Fala de amor sem ser um conto de fadas romântico. Uma estória de crescimento pessoal, perdão, amor, arrependimentos e reconciliação. Recomendo!!!

No final do livro ainda tem um dicionário com o significado de cada flor.
Rose 30/03/2012minha estante
Boa resenha, vc me convenceu... vou acrescenta-lo a minha lista! :)


Ádila 20/08/2012minha estante
Boa resenha, vc me convenceu... vou acrescenta-lo a minha lista! :) [2] Exatamente!


Lu 23/08/2012minha estante
"Uma rosa é uma rosa é uma rosa"


Renata CCS 24/10/2013minha estante
Li bons comentários deste livro aqui no Skoob. Vou colocar em minha lista de futuras leituras!


Mariana_ 08/01/2015minha estante
estou lendo e amando


Belle 06/07/2016minha estante
Encerrei a leitura há uns dias e amei esse livro. Como você falou, trata dos relacionamentos de uma forma mais real e não idealizada como estamos acostumadas em livros mais leves. A personagem principal é muito interessante com os seus altos e baixos e isso me cativou bastante. Realmente uma leitura que a gente termina querendo que o mundo inteiro leia. ;-)




DIRCE 08/05/2014

Amar se Aprende Amando
Temas atuais: os estragos provocado pelo abandono, a dificuldade em adotar e ser adotado e uma comunicação original: por meio das flores(tanto para o bem como para mal)conferem ao leitor do romance "A linguagem das Flores uma leitura capaz de surpreender e emocionar. Poderia seguir falando sobre a história do romance, sobre as personagens, falando que a menina Victória, a protagonista, e blá,bla, blá ...mas prefiro me ater às reflexões que me assaltaram durante a leitura.
Ao me deparar com o comportamento da menina Vitória e também da Elizabeth- uma das inúmeras mães adotivas que passaram pela vida da menina- estabeleci, de imediato, uma relação com um título do livro do Drummond Amar se aprende amando. Não se pode exigir de uma criança carente que nunca conheceu seus pais tamanha sabedoria e desprendimento, mas e quanto a Elizabeth? Ela queria muito uma família, entretanto não conseguia enxergar o óbvio: ela amava Victória e esse amor poderia ser transformador, só que ela preferiu ficar presa aos conflitos familiares e ignorar as carências afetivas da menina que culminou no afastamento de ambas. Tempo e amor desperdiçados.
Mas se Elizabeth não conseguiu deixar transparecer o amor que sentia por sua quase filha (o sistema de adoção exigia um prévio período de convivência para daí então efetivar a adoção)ela conseguiu lhe passar os seus conhecimentos sobre a linguagem das flores e foi esse conhecimento que permitiu a Victória, quando atingiu a maioridade, exercer uma profissão. Victória aprendeu muito sobre a linguagem das flores, mas nada sobre o Amor ela se recusava aprender a amar. Ela se sentia inferior por não ter raízes e isto a levava a se fechar para os sentimentos e a se afastar das pessoas, mesmo das pessoas bondosas como a Mamãe Ruby. Porém, como é impossível termos tudo sobre o nosso controle ( acho que aqui cabe um frase do John Lennon que adoro: Vida é o que acontece lá fora enquanto a gente faz planos) a vida aconteceu e Victória descobriu por meio de muito sofrimento que os musgos também não têm raízes, mas ainda assim eles crescem, e tal e qual eles também cresce o Amor Maternal de modo espontâneo . Victória aprendeu que os rejeitados, os mal-amados também eram capazes de aprenderem a amar e dar amor com tanta abundância como qualquer outra pessoa.
A linguagem das flores é um livro que fala sobre a redenção, sobre o recomeço, sobre a MATERNIDADE ( ao me referir à maternidade não faço qualquer distinção entre o filho biológico e adotivo) e estando às vésperas do Dia das Mães foi uma leitura feita em boa hora e, ainda que eu não o considere uma grande obra, muito me emocionou. É um livro que tem um alvo certo: o coração feminino as resenhas que aí estão não me deixam mentir.
Renata CCS 09/05/2014minha estante
Resenha certeira Dirce! Este livro está em minha lista de futuras aquisições há algum tempo. Suas palavras somente o colocaram no topo.
As alusões à Drummond e Lennon (duas paixões!) deixaram a resenha ainda mais encantadora.
bjs.




@_leandropaixao 01/01/2022

Bem sem gracinha
Imaginei que esse livro terias bastante referências às flores e tudo mais, algo bastante envolvido a esse tema, mas não! Possui algumas poucas referências e achei a história em si bastante rasa.
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AndyinhA 04/03/2013

Trecho de resenha do blog Mon Petit Poison

É um livro cheio de emoções, torcemos por Victoria, também a odiamos em certos momentos, entendemos que às vezes é difícil se entregar a qualquer coisa quando se já sofreu demais na vida ou ficamos com medo de nos machucarmos. Mas acho que o maior aprendizado do livro é o querer. Mesmo quando nós sabemos que não podemos seguir, será que sabemos que realmente é hora de desistir? Ou é apenas o momento da pausa?

Este livro de emoções tão conflitantes tem tantas coisas com a vida real, que ao termina-lo fiquei repassando na minha vida, vendo as escolhas que fiz ou as que abri mão. Realmente é daqueles para se pensar. Acredito que quem está apenas acostumado a ler Jovem-Adulto não irá gostar do livro. Não que a linguagem seja profunda ou complicada, mas não tem as coisas fúteis e as brigas de garotas/garotos que sempre se encontra nesse tipo de livro. Aqui é vida real nua e crua.

Para saber mais, acesse: http://www.monpetitpoison.com/2012/09/poison-books-linguagem-das-flores.html#.UTT7KjCG08k
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Lua 18/01/2021

Eu amooo
Eu amo esse livro, eu amo
Reli ele esse mês pra começar bem as leituras do ano!
Vale muito a pena ler, além de eu ter aprendido a Linguagem das flores com a Victoria e a Elizabeth
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Renata CCS 11/08/2015

E para não dizer que não falei das flores

"Não sou sempre flor. Às vezes espinho me define tão melhor. Mas só espeto os dedos de quem acha que me tem nas mãos."
(Clarice Lispector)

Clarice Lispector poderia facilmente ter buscado inspiração em Victoria Jones quando escreveu as palavras acima transcritas. A protagonista de A LINGUAGEM DAS FLORES é uma figura difícil para se gostar e compreender. Teimosa, mal humorada e sempre desconfiada, ela procura manter-se o mais longe possível do contato humano. Cresceu entre abrigos e lares adotivos, até ficar por sua própria conta ao completar 18 anos. Mas por trás da cara de poucos amigos e da forte personalidade, há uma jovem sensível e desconhecida até mesmo de si própria. Seu dom com as flores é uma prova disso.

Os capítulos vão alternando entre passado de Victoria, quando ela tinha 9 anos e conheceu Elizabeth, dona de um vinhedo nas proximidades de São Francisco, que não apenas foi a única mãe que Victoria conheceu, mas que lhe ensinou tudo sobre a esquecida linguagem das flores, e o seu presente, já emancipada, trabalhando em uma floricultura, encantando os clientes com seu talento para arranjos e palpites certeiros. E é neste momento que ela acaba se reencontrando com fantasmas do passado e tem a chance de reparar antigos erros e, claro, cometer novos.

É uma história sem heróis ou vilões. São apenas pessoas comuns, que cometem erros e acertos, e acabam aprendendo com todas essas experiências, tentando encontrar seus respectivos caminhos para a redenção.

A LINGUAGEM DAS FLORES é um livro sobre amor, perdão, amizade, família, mas, acima de tudo isso, de autoconhecimento, de amor-próprio e da capacidade de perdoar a si próprio, mesmo quando lutamos ao contrário. Um belo relato sobre a vida e as relações humanas.

Uma leitura simples, delicada e de qualidade, e também intensa de sentimentos.
Lola 13/08/2015minha estante
Comecei a ler essa semana e estou gostando muito!




Denise195 11/09/2011

Um livro simples e maravilhoso. Além de contar a história da pequena Victoria, e sua vida difícil de menina temperamental e órfã, o livro nos leva a uma pequena viagem interior. Quantas vezes colocamos tudo a perder, ou jogamos fora uma oportunidade apenas porque queremos provar nosso próprio ponto de vista? Victoria odiava todas as pessoas, aliás, acreditava ser possível apenas amar as flores. No decorrer do livro entre tantas passagens difíceis, ela aprende que amar é uma questão de entrega, como tudo na vida você deve, primeiro, querer. Você precisa realmente querer ser, ter e também amar. A jovem sempre acreditou que não merecia coisas boas e para não ser magoada, preferia magoar antes. Mesmo sentindo-se solitária, não admitia a proximidade de ninguém. Somos todos assim em algum ponto de nossas vidas. Queremos provar ao mundo que podemos tudo e sozinhos. Ela levou um longo tempo e sofreu muito no caminho de volta para casa. Um lugar que ela conheceu e aprendeu a amar, ao lado de pessoas que apenas lhe queriam bem, sem cobranças. Pessoas que a amavam apesar de tudo, por causa de qualidades que nem ela mesma sabia ter.
Foi uma leitura delicada, triste e intensa. E algumas passagens me fizeram fechar os olhos e respirar mais fundo para segurar as lágrimas. Não fala apenas de flores, mas sim de sentimentos, de imagens e cores.
E quando Victoria se vê mãe, acredito que todas as mulheres que já tiveram filhos irão se identificar com a dor, pânico e desespero que nos cerca e sufoca, desafiando nossas forças físicas e capacidades mentais na busca pela perfeição, o que descobrimos logo, não existir.
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Giovanna Regiolli 08/01/2023

Encantador e comovente
Começamos a história com a jornada de Victoria, uma jovem que acaba de completar 18 anos e precisa deixar seu último orfanato e enfrentar a vida. Só isso já é um soco no estômago, visto que se trata da situação de diversos jovens na vida real. Victoria é uma menina que cresceu e construiu uma barreira para o amor ao redor de si.
O livro é narrado no presente e no passado, quando, em um bom lar adotivo, Victoria conhece a linguagem das flores com sua mãe. Nesse momento vemos que Victoria não está aberta ao amor. Tudo muda quando ela conhece um cara que também conhece a linguagem das flores, que consiste em atribuir um significado a cada flor e conseguir se comunicar através dele. Inicia-se uma nova etapa na vida de Victoria quando, com a ajuda dele, ela começa a se abrir ao amor e aceitar questões do passado dela.

Li o livro por indicação de uma amiga e tenho que dizer que ele me trouxe uma sensação de plenitude. Não é clichê, longe disso. Tem vários plots que fazem com que seja uma experiência muito boa de leitura. Falando em leitura, a escrita é fluida e não é cansativa. Adorei.
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@eusara.lees 17/05/2023

A linguagem das Flores.
Victoria passou a vida pulando de um lar adotivo a outro, acumulando traumas e decepções.
O livro começa com Victoria aos 18 anos, deixando para trás o orfanato que por muitos anos foi sua casa. Ela é a típica garota amarga e endurecida pelo sistema. Suas ações não retratam uma menina que gostaria de mudar de vida, mas alguém que tem muita raiva do mundo. Sozinha, sem emprego e sem ter onde morar, Meredith, a assistente social, tentou ajuda-la, mas Victoria preferiu fugir e se virar sozinha dormindo na rua.
“Piedade, eu sabia muito bem, era diferente de amor.”

Certo dia ela conhece Renata que oferece um emprego em sua floricultura pois precisa de ajuda ornamentando casamentos e etc. E aos poucos Victoria vai se reerguendo. Certo dia no mercado de flores Victoria vê um rapaz a observando, aos poucos ele passa a presenteá-la com flores (cada uma tendo um significado), eles então se comunicam desse modo até que ela descobre que o rapaz é Grant, que está relacionado ao seu passado e sua infância. O romance entre eles é ao mesmo tempo doce e duro. Foi difícil entender o motivo pelo qual Grant relevou os inúmeros erros de Victoria.

Nós conhecemos o passado de Victoria por meio de trechos de sua infância. Em particular, o tempo em que passou com Elizabeth. A única guardiã que realmente a amou. E com quem aprendeu a linguagem das Flores através de um dicionário Vitoriano. Mas, algo horrível aconteceu.. Algo que as separou e vai sendo desdobrado por meio de sutis e lentas camadas no curso da leitura. No final do livro vamos descobrir por qual motivo essa adoção não foi concretizada e somente com essa revelação somos capazes de entender o comportamento de Victoria.

Esse livro trás o real significado de família e amor além de laços de sangue, e superação da culpa e dos medos. Ah e não podemos esquecer das Flores que também são protagonistas na trama, acabei aprendendo muito, pois na época que li eu queria muito cursar Biologia/Botânica. É uma leitura que vale muito a pena!
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Kelly 14/09/2022

Protagonista 'raivosa' que nos faz passar mta raiva
Gente, que livro esse hein...
Iniciei achando que seria um tipo de romance, daqueles com certo drama e tals, mas que nos deixa emocionados e faz até chorar.
Mas me enganei.
Esse livro começou confuso pra mim, de início não conseguia entender o motivo daquela menina ser assim.
Mas ao longo da leitura a gente até que consegue entender ela melhor. Porém, a dita cuja só fazia merda. Meu Deus. Eu passei muita raiva, pq sempre que parecia que as coisas iriam entrar nos eixos, ela ia lá e cagava tudo. Minha nossa senhora.
Demorei tanto pra ler esse livro tbm, que até isso me irritou um pouco, mas não mais que as atitudes dela ao longo da trama. Cara, ela tinha tudo pra ter uma vida ótima, mas ela própria estragava as coisas, na maioria das vezes por pura insegurança e também por não acreditar em si mesma. Eu até acho que na vdd ela passou ali por uma depressão bem complicada.
Ainda assim, ela conseguiu vencer nos negócios, se tornando até bem sucedida digamos, mas nem isso foi suficiente pra ela e voltava a cometer erros completamente simples, coisas fáceis de resolver, mas né, é um livro, e bem sabemos que nos livros os personagens nunca vão pelo caminho mais fácil, até pq se não, não teria graça, minha amiga que recomendou o livro quem me disse isso!!
Ahh, em relação às flores, achei lindo! O modo como ela se encontrava ali, e o tanto de pessoas que ela ajudou com seu dom, isso foi gostoso de ver. Uma pena que ela não conseguia usufruir disso para si mesma.
As amizades que ela fez, que a aceitavam acima de tudo, foram muito importantes pra ela, mesmo que ela não visse isso como deveria.
Renata foi incrível, Elisabeth essencial e Grant um amor! Queria guardar num potinho!
Ah, o final tbm, foi legal sabe, mas ainda acho que ela foi perdoada fácil demais.
Enfim, gostei muito da leitura, passei raiva, sim, mas assim que é bom!! Kkkk
Luh 14/09/2022minha estante
Melhor resenha de todas!!!!!


Kelly 14/09/2022minha estante
Exageradaa vc hein?? mas obrigadaa?




Léia Viana 26/06/2013

Bela história
Apesar de ter uma carga emocional intensa, “A Linguagem das Flores” não me fez chorar e tão pouco me deixou triste. Narrado em primeira pessoa e sem rodeios, a trama foi muito bem conduzida e explorada e o suspense na medida certa, devorei as páginas tamanha necessidade que tive em saber qual seria o próximo passo da menina órfã, estava ávida por descobrir e à medida que seu presente se alternava com o seu passado mais eu torcia para que ela superasse tudo, que se permitisse ser amada, que pudesse de fato ter uma vida plena.

“É um pouco irônico não acha? Você estar obcecada com uma linguagem romântica, inventada para que amantes pudessem se comunicar, e usá-la para espalhar a hostilidade.”

Mesmo tendo conhecimento da linguagem das flores, de ter a oportunidade de conviver com a beleza e a leveza que muitas flores nos passam, para a personagem isso teve efeito reverso, a vida a deixou amarga, dura a ponto de usar o significado delas para passar mensagens para as outras pessoas, na maioria das vezes, mensagens de ódio. Todo esse sentimento demonstrado de maneira coerente pelo personagem , que não soube o que era amor e carinho e muito menos não sabia como lidar com esses sentimentos, quando os outros demonstravam isso por ela.

Com um enredo delicado: adoção, a história poderia ser de uma leitura difícil, pesada, mas não achei, a autora soube conduzir muito bem a história, principalmente por mostrar outro lado do processo de adoção: a rejeição. É triste uma vida sem uma família e amigos.

A capa é linda e combina perfeitamente com a história, gostei muito do dicionário com o nome e o significado das flores, anexado ao final do livro.

“Você tem que querer. Você tem que querer ser uma filha, uma irmã, uma amiga, uma estudante ... Eu nunca quisera nenhuma dessas coisas e as promessas ... Mas, de repente, eu soube que queria ser florista. Queria passar o resto da minha vida escolhendo flores para desconhecidos ...”

Leitura recomendada!
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Santos 29/09/2015

Embora não seja um livro ruim, várias coisas me incomodaram durante a leitura de A Linguagem das Flores.

A primeira delas se refere à temática do livro. Achei que a autora exagerou um pouco nas informações sobre flores, embora esse seja um dos pontos principais da história. As passagens de quando a protagonista está fotografando para montar o próprio dicionário são especialmente entediantes e, depois de um certo tempo, são tantos significados para tantas flores que eu, particularmente, parei de prestar atenção ao que ela dizia.

Outro aspecto que me não me agradou foi a protagonista em si. É compreensível que Victoria tenha traumas e dificuldades para se relacionar com as pessoas ao redor, mas a maneira como ela reage diante de algumas situações é absurda até para uma pessoa com uma história de vida tão complicada. Criar um jardim no tapete de um quarto de aluguel e ir voluntariamente viver na rua no momento em que ela mais precisa ter um teto sobre a cabeça são atitudes que não fazem o menor sentido. Parece que Victoria é uma garota esperta e realista, apesar de revoltada, mas esses pontos me fazem questionar seriamente o intelecto dessa menina (ou a coerência da autora).

A parte romântica do livro deixa a desejar, ainda que não seja o principal relacionamento abordado — este seria o amor entre mãe e filha. A dinâmica entre Victoria e Grant é mais bem desenvolvida enquanto eles são apenas amigos do que quando se tornam de fato um casal. A partir daí tudo se torna acelerado, meses se passam em um virar de páginas e o leitor não vê a história acontecendo; a autora resolve pular direto para a parte em que a protagonista faz mais uma de suas péssimas escolhas sem lógica alguma. Coincidência ou não, foi nesse ponto que eu comecei a pular parágrafos para adiantar o final.

E o final acabou sendo corrido, mal explicado e sem emoção — ainda que as cenas tivessem a pretensão de emocionar. A grande revelação do passado de Victoria não teve efeito nenhum sobre os acontecimentos da narrativa atual, simplesmente nada de relevante aconteceu depois disso. Bastou que ela decidisse que iria parar de complicar a própria vida e pronto, tudo se resolveu, ninguém ficou magoado com as atitudes dela, estavam todos ali à disposição para quando ela quisesse agir como uma pessoa normal.

O livro tem seus pontos positivos — a parte sobre o sistema de adoção, o desenvolvimento da relação entre Victoria e Elizabeth nos flashbacks —, a história em si é interessante, porém, como um todo, não foi uma leitura que me agradou.
Carina 07/08/2016minha estante
Estou muito chateada com esta leitura, estou quase no final e estou engolindo como um purgante.


Santos 19/08/2016minha estante
Bem como eu me senti, Carina.


Carina 19/08/2016minha estante
Horrível, o finalzinho da uma melhorada, mas não é um livro que vou reler, vou colocar para troca.


Erika 24/08/2016minha estante
Até que enfim. Mesmo sentimento meu. Não curti o livro nem a personagem. Para mim, o que valeu foi o aprendizado sobre as flores.


Bianca.Ruivo 24/03/2021minha estante
Nossa, eu finalizei essa leitura agora e vim ver a resenha da pessoas , e todo mundo amando e falando que achou encantador , porém eu estou nesse mesmo sentimento que você teve quando leu kkk achei uma resenha que realmente faz sentido. Obrigada rs




Daia 28/04/2021

Surpreendente
Não dei nada por ele, até começar. Daí, devorei cada página! Senti pena, raiva, orgulho e felicidade por Victorya. Por fim...foi um livro maravilhoso de se ler!
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Eduardo 30/11/2017

Como adorar a trajetória de uma personagem insuportável
Empatia: eis um sentimento que o leitor provavelmente nunca terá por Victoria Jones, protagonista desse livro. Por mais que ela experimente diversas sensações e lições que mudem seu modo de lidar com a vida e com as pessoas, é quase impossível desenvolver uma afeição genuína por Victoria. Como é possível que, ainda assim, sua trajetória seja tão bela, emocionante e inesquecível? Vanessa Diffenbaugh, com muita destreza, cria uma história que mostra, sem clichês, heroísmos ou romance barato, que "qualquer pessoa pode se transformar em algo belo".
Victoria é órfã. Durante toda sua vida, Meredith, sua assistente social, fez tudo o que pôde para arranjar famílias que a adotassem, tentando livrá-la, assim, dos orfanatos onde passou sua infância e adolescência. No entanto, Victoria sofria de uma condição peculiar: a misantropia, responsável pelo horror que sentia pelas pessoas. Odiava qualquer tipo de contato humano. Por consequência (ou cabe aqui também a causa, se analisarmos outros pontos de vista), era uma criança rebelde, mal-humorada, complicada de lidar e propositalmente problemática. Por culpa própria não conseguia passar mais do que alguns dias com suas famílias adotivas; todas a devolviam ao orfanato em virtude de seu comportamento insuportável. Tornou-se, assim, inapta para adoção.
Entretanto, Victoria conseguiu se afeiçoar a uma de suas mães: Elizabeth, que a adotou aos nove anos. Foi com ela, dona de um vinhedo e profunda conhecedora das flores, que aprendeu a mágica linguagem das flores, baseada em uma cultura da era vitoriana, que atribuía às flores significados relacionados a sentimentos, vontades e comportamentos. Victoria descobriu ali sua paixão e desde então não a abandonou. Tudo corria bem, até que, como de costume, Victoria colocou tudo a perder e Elizabeth perdeu a guarda da menina.
Daí em diante a menina só tem interesse por um único assunto: flores. Por todos os abrigos que passa encontra maneiras de cultivar suas plantas e coleciona livros e dicionários sobre o assunto. Quando completa dezoito anos e é emancipada, não tem onde morar e nem emprego. Resolve então morar na rua e cultivar seu pequeno jardim em uma praça. É nesse ponto da história que ela conhece Renata, dona de uma floricultura, que a emprega em sua loja. Por conta do trabalho, ela precisa se dirigir até o mercado de flores frequentemente, onde conhece Grant, um vendedor de flores que, no início, parece mais misterioso que a menina rabugenta. A beleza da história e da transformação de Victoria principia-se aqui.
Usar uma personagem que impacienta qualquer leitor por conta de seu comportamento foi algo arriscado. Dizer que essa personagem sofreria uma transformação comportamental pareceu ainda mais ousado, como se fosse possível prever uma bela trama de benevolências, pessoas complacentes, arrependimentos e um amor avassalador que transformaria aquela alma surrada pelo abandono. Não é bem isso o que acontece. A história se apresenta esplendidamente humana, eliminando qualquer tipo de "conto de fadas" do seu enredo.
Esse livro apresenta, de forma bastante emocionante, a relação de Victoria com as flores e com as pessoas, e como uma complementa a outra. Se não lida bem com a comunicação verbal, que as flores falem por ela, não é mesmo? Mais do que isso, mostra a evolução de uma menina que passou a vida toda repelindo qualquer aproximação humana, como também mostra o descobrimento por parte dela de três formas de amor: de uma filha para com a mãe, de uma mãe para com a filha e da paixão (aqui como subtítulo do amor). Tudo discorre de forma sutil. Há humanidade na história porque não há ligeireza. Victoria não se transforma de cardo em cosmos de uma hora para outra. A autora não mostra a semente e depois a flor; ela apresenta a semente, seu desenvolvimento, o despontar das primeiras folhas, o botão e, por fim, a flor. É essa a beleza na trajetória de Victoria.
Há passagens extremamente emocionantes no livro (e uma delas um tanto quanto polêmica) que não podem ser citadas sem que o enredo fosse revelado. As relações de Victoria com Elizabeth, com o mistério que envolve a família de sua mãe adotiva, com o mistério por trás do mercador de flores e, principalmente, com a descoberta de certa "humanidade em si mesma", fazem de A Linguagem das Flores uma história ao mesmo tempo simples e sentimentalmente multifacetada. No início há hortênsias, helênios, arquilégias, manjericão, ibéris, gerânios vermelhos e cardos por todo o lado, mas o final é um jardim de cravinas, avelãs, eucaliptos, azedinhas, olivas, campânulas, jacintos roxos, orégano, rosas vermelhas e musgos. É claro que essa última frase não poderia ter sido escrita se não fosse pelo maravilhoso dicionário de flores de Victoria que acompanha a obra. :)
Henrique_ 01/12/2017minha estante
Esse livro é quase uma aula de botânica, hein? rsrsrs
Parabéns pela resenha!


Eduardo 01/12/2017minha estante
Obrigado, Henrique :)
Sim, tem muitas lições nele e um dicionariozinho no final hahaha


ricardo 02/12/2017minha estante
deixei uma msg. abs




CALINE 03/05/2020

Que livro difícil!!!
Ele estava na minha lista de leitura há anos, mas eu sempre deixava para depois. A quarentena faz com que o depois se tornasse agora e decidi que iria mudar seu status na minha estante.
A escrita da Vanessa é super fluida e eu fui totalmente envolvida pela história. Mas passei uns maus bocados. Algumas parte me causaram sentimentos controversos e eu precisei de um tempo para digerir e tentar entender algumas atitudes e decisões da protagonista. Foi difícil, mas acho que eu consegui.
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