Rose 08/02/2015Victoria passou a vida pulando de família adotiva para família adotiva. Quando não estava mais em idade para ser adotada, ficou pulando de abrigo em abrigo.
Agora aos 18 anos está sozinha e com um mundo inteiro para descobrir. Um mundo que na verdade ela não queria fazer parte. Sua única preocupação eram as flores. E foi justamente as flores que levaram Victoria a dormir em uma praça pública ao lado de seu jardim particular. Um jardim que ela mesmo cuidou e montou.
Ela sabia que não poderia viver ali para sempre, mas também não sabia como faria para sair dali. Até que conheceu Renata, a dona da Bloom, uma floricultura local.
Victoria passou a trabalhar com Renata, e aos poucos o seu amor pelas flores e o que elas significavam iam conquistando mais e mais fregueses.
Parece que Victoria tinha finalmente encontrado seu lugar, mas só parece, pois seu passado mal resolvido não a deixava seguir em frente.
Victoria conhece Grant, ou melhor dizendo, reencontra. Ao perceber o amor que os une, ela entra em pânico, pois sabe que seus erros do passado são imperdoáveis e que nunca estará à altura ou merecedora do amor que Grant tem por ela.
Aos poucos Grant tenta provar o quanto Victoria está errada, mas não adianta, e ela se afasta de vez.
Diante de seu futuro incerto, Victoria tenta se descobrir. Ela quer ser uma pessoa melhor, uma pessoa como Elisabeth foi um dia com ela.
Mas não consegue, ela não é boa o bastante, e diante da terceira pessoa que ela se importa e ama, mais uma vez ela falha. Ela então se entrega ao negócio de flores e aos poucos sua pequena empresa vai crescendo e ganhando a confiança das pessoas.
Ela que usa a linguagem das flores para ajudar e trazer conforto para as pessoas, não consegue fazer este mesmo uso para si mesma.
Ela sabe que para ser feliz e ter sua família perto, aqueles que a amam, precisa por a limpo seu passado. Ela precisa perdoar e principalmente se perdoar pelos erros cometidos. Só depois disso ela conseguirá sua tão sonhada felicidade ao lado da família.
Resta saber se Victoria vai ter a mesma coragem em lutar pela sua vida como luta pelo seu negócio.
Eu não posso dizer que odiei o livro, mas também não posso dizer que caí de amores por ele.
Achei interessante o uso que podemos fazer das flores para expressar o que sentimos ou desejamos. A forma como Victoria usa as flores para se comunicar é única, e mesmo que ela não perceba, é desta forma que ela se aproxima das pessoas.
Depois que conhecemos o segredo que ela guardava, deu para entender o motivo de sua preocupação em se relacionar com Grant. A separação que sofreu de Elisabeth, a sua única e verdadeira referência de mãe, pois ao nascer ela logo foi rejeitada pela própria mãe, foi muito mais que uma simples fuga. Não é qualquer pessoa que perdoaria o que ela fez.
Mas a vida familiar e o amor nunca são fáceis, e são eles que nos guiam ao longo do caminho. Um caminho muitas vezes tortuosos, mas que precisam ser percorridos, pois o resultado é sempre gratificante.
Um livro que mesmo que não agrade tanto quanto eu gostaria, ainda sim tem um enredo bonito, que mostra a importância da família, do amor e de saber perdoar.
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