O Colar de Veludo

O Colar de Veludo Alexandre Dumas




Resenhas - O Colar de Veludo


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Edu4rd0 30/08/2011

Resenha originalmente publicada em catalisecritica.wordpress.com

Acabei de ler O colar de veludo, o terceiro livro que li de Alexandre Dumas, que já é um de meus autores favoritos. O colar de veludo é um romance curto, 160 páginas apenas, que conta a história de Hoffmann, um jovem poeta, pintor e músico alemão cujas faculdades mentais nem sempre estão em equilíbrio perfeito. A história começa em Mannheim, cidade da Alemanha, onde o nosso personagem acaba se apaixonando pela jovem Antônia, da qual acaba noivo. Infelizmente para o casal, o rapaz planejava já há muito viajar para Paris, a fim de visitar os teatros, os museus, enfim, a arte da cidade luz. Ele acaba viajando, não sem antes prometer a sua noiva que nunca mais tornaria a jogar, além claro de fidelidade eterna.

Chegando em Paris Hoffmann cria um estranho fascínio pela bailarina Arsène, a dama do Colar de veludo. Sua paixão é incontrolável, fazendo-o esquecer as promessas e seu amor, assim que tem contato com o desejo carnal. O interessante do romance são as ações do jovem Hoffmann, sendo que não temos muita certeza do que é real, ou o que é fruto da loucura e do devaneio do protagonista; em meio a tudo isso temos uma França revolucionária, onde cada ação, cada movimento pode ser motivo de guilhotina, sendo este elemento (a guilhotina), bastante presente, de um efeito bastante interessante no desenvolvimento do livro.

O livro é muito bom, divertido, sendo um pouco mais descritivo do que O Conde de Monte Cristo e os Três Mosqueteiros, o que de forma alguma atrapalha. Na verdade esse excesso de descritivismo ajuda a situar o leitor na época pós-Revolução Francesa pela qual passava Paris. Apesar de o clímax do romance (a última página) ser um tanto previsível, o final chega a emocionar, apesar desse não ser o objetivo principal do livro. A perda dos sentidos diante dos desejos mundanos, seja o jogo ou o prazer encontrado na mulher, a destruição da vida, a falta de controle diante da imoralidade. Esse sim é o tema central do romance. Ótimo livro. Recomendo.
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Duda 15/04/2023

Achei incrível a história é bem detalhada, mas esse excesso de informação ao meu ponto de vista ajuda e muito a não deixar a pessoa que tá lendo perdida. A história se passa após a revolução francesa, é interessante como Alexandre Dumas retrata uma paixão e fascínio por alguém que a pessoa nem se quer conhecer.
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andalm 09/02/2010

Até a metade, absolutamente normal e desinteressante, até.
Mas sua continuação é surpreendente, e realmente se quer ler em um fôlego só, o livro até o final.
Dumas está excelente mais uma vez nesse livro.
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valentina bd; 21/01/2011minha estante
A história do livro em si é muito emocionante.
na verdade Dumas só passou para o papel o livro. é um livro emocionante, uma história sem fôlego do início ao final. mas o mais emocionante mesmo é o posfácio, que conta que Charles Nodier que contou a história para o Dumas pouco antes de morrer, e fala da imortal amizade dos dois, muito lindo!




Andréia 03/09/2011

O Colar de Veludo - Alexandre Dumas
Conhecido mundialmente por seus romances cheios de aventuras e conspirações, Alexandre Dumas dá um tempo nas histórias de capa-e-espada para criar esta pequena aventura romântica e misteriosa.

Em uma pequena cidade alemã, um jovem artista apaixona-se perdidamente pela filha de um velho músico, a bela e angelical Antonia. Aceito como pupilo de mestre Murr, Hoffman vê-se duplamente feliz: a bela Antonia também apaixona-se por ele e o romance dos dois é bem aceito pelo severo e amoroso pai da moçoila. Fim de história? Claro que não, afinal, não é na pacata cidade de Mannheim que nossa trama irá realmente se desenvolver, mas sim na bela, fervilhante e, no momento histórico da trama, sangrenta Paris dos anos da Revolução Francesa (1789-1799).

Embora enamorado de Antonia, a quem jura amor eterno e casamento, Hoffman tinha um plano em mente: conhecer a cidade das artes. Seu grande amigo Werner já está lá e Hoffman só não foi com ele pois, exatamente no dia da viagem, seus olhos fitaram Antonia e o plano ficou esquecido. Portanto, fica acertado que ele irá a Paris antes do casamento.

A chegada a Paris será mais difícil do que Hoffman supunha. O ano é 1793 e as mortes na guilhotina são comuns, principalmente para os que possam ser considerados inimigos da revolução.

Mas é na Ópera de Paris, que aventura de Hoffman irá começar. É lá que ele conhece a bela e sedutora bailarina Arsène, cujo adereço frequente é um colar de veludo. E entre o extremo fascínio provocado por Arsène e a promessa de fidelidade a Antonia, Hoffman se vê envolvido em um situação cheia de incertezas e mistérios. Conseguirá o amor romântico ser mais forte do que o desejo?

Além de ser uma história deliciosa de ler, O Colar de Veludo também é interessante pelo pano de fundo histórico. Aqui e ali, o autor faz algumas veladas críticas ao que, aparentemente, ele considera excessos da época, em algumas frases cheias de fina ironia:

" - Vamos, cocheiro - gritou o médico.
Em seguida, despediu-se da multidão.
- Viva o doutor! - gritou a multidão.
Quando a multidão está sob o domínio de uma paixão, ela sempre precisa gritar 'viva alguém' ou 'morra alguém'. "

Nesta edição da L&PM, há um posfácio em que o escritor presta uma homenagem a um amigo, o também escritor francês Charles Nodier. Uma narrativa cheia de afeto e com um dado interessante, que complementa a leitura de O Colar de Veludo.


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Letícia 19/11/2012

Um colar... um amor?
Nunca tinha lido nada de Alexandre Dumas, mesmo sendo um autor considerado clássico e mundialmente conhecido. Porém, eu ainda sigo aquela máxima que cada momento tem seu livro, e que o livro nos escolhe.
E foi assim que comecei a leitura d'O Colar de Veludo. Queria ler algo diferente e que podia carregar comigo para onde fosse, e que me fizesse distrair das outras leituras densas que estão comigo. E acertei. É um livro de leitura fácil e de um golpe só, e você chega assim ao final da história, fechando a capa e falando assim Ahhhhhhh! pelo menos esse foi meu sentimento. Mas um sentimento feliz ao fim das linhas de Dumas.

Um pequeno trecho me chamou atenção, pois me vi nele, e acho que a grande maioria dos leitores ávidos também se verão nele.Eis,

"Falamos dos defeitos de Nodier: seu defeito predominante, pelo menos para a senhora Nodier, era sua manina de livros; esse defeito, que era a felicidade para Nodier, era o desespero de sua mulher. Por que com todo o dinheiro que Nodier ganhava, ele comprava livros. Quantas vezes Nodier que saía para buscar duzentos ou trezentos francos absolutamente necessários para a casa, voltava com um volume raro, um exemplar único." página 177

Quando li esse trecho, vi que eu também tenho esse defeito do Nodier, que Dumas descreve de forma tão singela, que nem tem como ficar brava com Nodier por comprar livros e livros.


Bem, não vou falar muito mais, mas vale a leitura.
Recomendo!
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Pense Livro 11/05/2012

O Colar de Veludo
Paris realmente sempre foi uma cidade desejada, que desperta artes e amores. Misteriosa e perigosa, a Paris deslumbrante atrai (e trai) até mesmo os mais apaixonados dos corações.

Assim acontece com o talentoso alemão Theodor Hoffmann, que, embora desesperadamente apaixonado pela bela Antonia, não resiste a alucinante voz de Paris chamando-o para aquilo que você somente saberá, se ler este arrebatador romance de Alexandre Dumas, O Colar de Veludo.

Para os aficionados por música e romance, esse é uma boa pedida.
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Joelma 28/12/2013

O colar, a guilhotina e o amigo.
Finalizei a leitura do livro O Colar de Veludo de Alexandre Dumas e a completude da história me bastou ali na última página, sem necessidade nenhuma de acréscimo quimérico de outrem ou mesmo meu como leitora ( sensação essa que só se tem acerca dos textos dos gênios) diferente da sensação deixada pela novela televisiva no espectador que sempre precisa de outro fim depois do fim. O livro tem um daqueles enredos que não deixa fios pois todos eles já foram usados no decorrer da trama. E o posfácio Meu Deus! Todo ele dedicado ao bom e magnífico Charles Nodier que não só fora um entusiasta e amigo pessoal de Dumas mas, também leitor e coautor de algumas obras de Alexandre. A excelência do autor tem ainda reforço no seu desprendimento e humildade quando se refere a Nodier como pessoa unânime. Tais fatores ligam a história ao posfácio de maneira a mostrar a humanidade de Dumas no tocante à amizade por Charles e isso corrobora a ideia de que os grandes gênios eram também excelentes amigos! Viva Hoffmann! Viva Arsène! Viva Charles Nodier! Viva sempre, sempre, sempre Alexandre Dumas!!!!
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Edson Camara 17/05/2017

Uma das maiores reviravoltas em um enredo que já tenha lido.
Comecei a ler este livro por curiosidade, da capa, do titulo, e porque queria ler algo do Alexandre Dumas, que não havia lido nada ainda, antes de embarcar no volumoso Conde de Monte Cristo.
O livro é fantástico, eu maginava uma história romântica, o que até quase o final é para onde o enredo lhe leva. Mas nas suas últimas páginas, a reviravolta do enredo nos dirige para uma historia de suspense e terror indescritível. A história do jovem Hoffmann que envolve a linda Antônia de forma trágica e termina se evolvendo com a bela Arséne que lhe carrega para um final impressionante.
Dumas é um mestre da narrativa e vou encarar o Conde de Monte Cristo com bastante ansiedade agora.
O livro nos brinda com um apêndice onde com as palavras do próprio Dumas nos é explicado como a historia do colar de veludo foi concebida e se desenvolveu o que por si só já é uma outra grande aventura, principalmente o trechinho onde se explica o sumiço do óleo da vela eterna um determinado cavaleiro.
Somos premiados também com uma pequena biografia de Charles Nordier importante para o enredo do colar de veludo narrada pelo próprio Dumas.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 11/07/2018

Cruzada Contra As Tentações Mundanas
Após cento e cinquenta anos de sua morte, Alexandre Dumas continua sendo um dos mais aclamados escritores franceses. Afinal, quem nunca ouviu falar das aventuras de Athos, Porthos e Aramis ou acompanhou a impiedosa vingança de Edmond Dantès?

No entanto, se você quiser fugir do óbvio, o escritor possui boas opções de leitura dentre seus livros menos conhecidos. Uma delas é "O Colar de Veludo", um romance com aproximadamente de 200 páginas que apresenta escrita elegante e estilo folhetinesco numa curiosa narrativa que reúne fatos históricos e ficção.

Publicado em 1850, seu protagonista é um jovem artista chamado Hoffmann (uma homenagem ao compositor e escritor homônimo) que deixa a pequena cidade de Mannheim para realizar o sonho de conhecer Paris. Noivo da bela Antonia, antes de partir ele faz um pacto de fidelidade, prometendo regressar em poucos meses. No entanto, ele se apaixona por Arsène, uma misteriosa bailarina do Théàtre de Saint Martin, e quebra a promessa.

Essa jovem é a dona do tal colar e amante de Danton, famoso estadista e contra-revolucionário francês. Com relação a joia, ela sempre atraiu meu interesse e trata-se de uma faixa de veludo negro com fecho no formato de guilhotina e um broche de diamantes no centro.

Enfim, como já deve ter dado para perceber, o fio condutor do romance é a difícil cruzada de Hoffmann contra as tentações mundanas. Além do desejo carnal, ele tem de enfrentar o vício pelos jogos de azar. Todavia, essa é sua única chance para arrumar dinheiro suficiente para conquistar o coração de Arsène, habituada com uma vida de luxo e prazeres.

Para quem é menos afeito aos romances de Dumas, o maior desafio está no preciosismo da linguagem e no estilo descritivo. À primeira vista, esses seriam seus maiores defeitos, entretanto, mediante um olhar mais acurado, na verdade, são suas maiores qualidades, afinal, sua recriação de cenários e personagens é simplesmente primorosa, aliás, diferente da concisão que marca a literatura contemporânea.

Sondando a loucura e até mesmo flertando com o sobrenatural, confesso que estranhei a temática e o desfecho. Aliás, acredito que esse livro daria um filme incrível nas mãos de Tim Burton. Todavia, ao ler o posfácio, uma homenagem ao amigo e escritor Charles Nodier, recém-falecido na época, tive uma surpresa. Essa história foi apresentado por Nodier a Dumas, quando ele estava à beira da morte. Dúvida esclarecida, não deixe de ler, é outra joia que faz parte do livro.
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Francisco 27/11/2020

Final surpreendente!
O livro inicialmente ambienta-se na cidade alemã de Mannheim, onde mora o protagonista Ernst Hoffmann (Dumas utilizou esse escritor e compositor como protagonista). Porém, posteriormente ambienta-se em Paris durante a Revolução Francesa quando Hoffmann muda-se para essa cidade e apaixona-se por Arsène, uma bailarina do teatro Saint Martin acostumada a levar uma vida de luxos e riquezas. Para conquistá-la, com poucos recursos financeiros que possui para conquistá-la, Hoffmann adentra no mundo dos jogos de azar e sua paixão por fim o conduz à perdição e a um fim surpreendente que Dumas não deixa transparecer senão nas últimas linhas do romance. Recomendo a leitura desse livro em razão de sua escrita é simples e sem rodeios, como sempre ocorre nos textos desse autor, o que torna a leitura fluida e agradável.
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Ana Paula 13/07/2023

Que final!!!
Fui ler essa novela do Dumas esperando nada e ele simplesmente entregou tudo! adorei a narrativa, as referências e obviamente fiquei com raiva do personagem principal hahahaha recomendo!
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