Tortura Cor-de-Rosa

Tortura Cor-de-Rosa Lycia Barros




Resenhas - Tortura cor de rosa


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Cíntia Mara 26/03/2012

Terminei o livro há alguns dias, mas não consegui fazer a resenha antes porque não sabia bem o que dizer. Como eu disse no histórico, apesar de saber que existe esse tipo de coisa, eu não vivi nada parecido, então tive dificuldades em imaginar adolescentes reais fazendo tudo o que Jaque fazia. Não que não existisse bullying na minha época, mas era bem mais light.

Por outro lado, agora vejo que até mesmo o que eu acho que foi light pode vir a afetar alguém. A frase da capa é muito verdadeira. Nós sabemos ser muito cruéis. Eu sabia - e, sim, admito que fiz minha cota de maldades no ensino fundamental. O livro é uma boa forma de mostrar isso às meninas, tanto as que cometem bullying quanto as que sofrem.

Ava é uma personagem bem "comum" nos livros para adolescentes. A tímida e inteligente, que se acha feia, chega numa escola nova e se interessa pelo mesmo garoto que a loira-linda rainha da classe. Lembra um pouco Diário da Princesa e Gilmore Girls. O legal é que Ava não é daquelas tapadas, ela vai à luta. Pensa, pensa, até encontrar uma solução.

Duas coisas me incomodaram um pouco. Primeiro, eu gostaria que as situações fossem mais desenvolvidas (embora entenda que, provavelmente, o livro atingiria um público bem melhor se tivesse muitas páginas a mais). Algumas coisas a Ava simplesmente contava que tinham acontecido antes, sem a gente ver acontecendo. Não ficou claro se isso foi para manter as poucas páginas ou para manter o suspense. E segundo foi a que a parte cristã do livro ficou meio que concentrada no final e acabou sendo muita informação de uma vez só.

No mais, o livro é de leitura rápida, bem revisado. Gostei. Como disse, recomendo principalmente para as meninas que estão se descobrindo. E também pra quem tem que conviver com elas ;)
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PS: Livro lido pelo Book Tour promovido pela autora eu parceria com o Blog Bookaholic (http://bookaholic.com.br/)

PPS: Essa "resenha" ficou péssima. Me desculpem Lycia e Dana, vou tentar fazer uma melhor para o blog.
Cíntia Mara 27/03/2012minha estante
Oi, Lycia!

Sim, a mensagem foi passada e acho que as meninas da idade da Ava vão se identificar e gostar ainda mais :)

Beijos




Tathy 18/10/2011

Para conferir a resenha completa com links ativos e imagens, acesso o blog Eu sou assim: www.tathy.com.br

Tortura Cor-de-Rosa: As meninas também sabem ser cruéis da minha amiga Lycia Barros faz parte da coleção juvenil Geraçao Z. Esta coleção procura abordar a cada volume, um tema diferente e de modo geral, comum no cotidiano dos jovens. Entenda melhor a proposta da editora:

A Geração Z é aquela antenada com tudo que é novo e maneiro no mundo, como a Internet, a conexão Wi-Fi, 3G, os jogos de computador, o videogame, as redes sociais, os blogs, os microblogs, os tablets, os mp3, os smartphones e outras coisas modernas dos dias de hoje! É também uma geração que, por isso mesmo, não dá bobeira e tem opinião formada sobre tudo que acontece no universo jovem. Bem, todos aqueles que nasceram nos anos 1990 pertencem à geração Z (dis a Sociologia).

São jovens que nasceram na era da informação, em tempo real. Assim, eles estão sempre preocupados com tudo o que acontece no mundo, além de possuírem forte sentimento de responsabilidade social, preocupação com o meio ambiente e com a sustentabilidade do planeta – sempre usando a internet a seu favor.

Pensando nisso, o Grupo Editorial Danprewan criou a coleção Geração Z, que foi pensada especialmente para essa galera, trazendo conteúdo e também muita diversão. Assim, você encontrará aqui assuntos que fazem parte desse dia a dia, escritos de maneira leve e prazerosa, mas com muita emoção e aventura – claro!
Além de reunir um pessoal que passa pelos mesmos conflitos e pensa de modo muito parecido. São livros que também ajudam a entender e a atravessar esse momento que, às vezes, pode ser tão complicado: tornar-se um adulto de verdade.

O livro conta a história de Ava, uma menina tímida e introspectiva que, por ter um pai militar e que muda o tempo todo de base, sofre por não conseguir ficar tempo suficiente em nenhum lugar para fazer amigos e se divertir. Tentando resolver este problema, Ava veste a mascara da indiferença. Quando eles se mudam pra São Paulo, Ava se sente um pouco mais feliz, pois é o lugar onde seus avós, tios e primos moram e talvez, desta vez, ela não se sinta tão sozinha.

No primeiro dia de aula no novo colégio, Ava comete o erro fatal de escolher a carteira que é declaradamente da “garota má e popular” da escola. A Jaque, a garota mais perversa e temida. Uma outra aluna, Yoshie, tenta alertar Ava, mas ela não consegue entender que no primeiro dia de aula, alguém já tenha lugar reservado e por isso permanece no local. Quando Jaque e suas “fiéis amigas” (aka gangue) chegam na sala, inicia uma discussão verbal até que elas obrigam Ava a sair do lugar. Ava acaba cedendo, pois a coisa que ela mais detesta na vida é ser o centro das atenções. No dia seguinte, ela vai direto pra outro lugar na sala de aula, mas qual é a sua surpresa ao descobrir que Jaque colocou esmalte vermelho em sua cadeira… e este é só o começo das “brincadeiras de mau gosto” que Jaque faz com Ava. A situação piora quando Jaque se apaixona pelo mesmo garoto que Jaque é apaixonada. Ava sofre muito e não há nada que ela possa fazer pra que Jaque a deixe em paz. Por sorte, ela e Yoshie (que até a chegada de Ava, era o alvo preferido de Jaque) se tornam grandes amigas e assim, podem se apoiar uma na outra.

Este é um livro para jovens, porém escrito de uma forma muito madura. O livro em alguns momentos chega a ser cruel e no mesmo momento em que eu sofria com a Ava, eu tinha vontade de resolver a situação por ela. Mas neste momento, o sofrimento era maior, pois assim como Ava, eu me via sem saída, sem conseguir imaginar algo que pudesse ser feito para acabar com as torturas física, psicológica e emocional que Jaque fazia em Ava e Yoshie. E o mais triste é que pras pessoas que sofrem de bullying, é exatamente assim. Uma situação onde o poço parece nunca ter fim e a pessoa se vê cada vez mais pra baixo.

Ava já tem baixo autoestima, com essa situação toda, a coisa piora de vez. Mas em contra partida ela tem algo que eu adoro em qualquer personagem. Ela tem a capacidade de rir dos próprios problemas e até dos defeitos. Não estou falando em rir do seu sofrimento causado por Jaque, mas de rir da seu cabelo, do corpo e até da sua condição de “garota virgem” (os quotes dizem tudo). Isso faz com que o livro em alguns momentos nos permita respirar e esquecer um pouco tanta maldade. Sem falar de Yoshie, que é um caso a parte. Yoshie é sensacional. Apesar de tudo que já sofreu, é leal e divertida. Queria muito que a Lycia tivesse explorado mais ainda essa personagem secundária que em alguns momentos era ainda mais atraente que a protagonista.

Outro ponto positivo no livro é a inserção de mensagens de celular e diários. Eu já disse aqui que adoro quando isso acontece, pois acho que a leitura fica muito mais dinâmica.

Leia o Primeiro Capítulo.

Quotes que amei:

Meu Deus, pensava ela, roendo as unhas, e se eu não me casar nunca? Será que morrerei virgem? Afinal, onde arrumarei um homem que me esperará para o casamento? Talvez em algum mosteiro beneditino, animava-se. Céus! Será que terei que seduzir um monge e convertê-lo ao protestantismo?

E assim terminou a história de “o belo e a fera”, pensou Ava, derrotadamente. Foram felizes para sempre: ele arrasando corações e ela à caça de um monge beneditino.

Obscenidades? Pensou Ava, em súbito pânico. Como ela pode pensar uma coisa dessas? Mal sabia que Ava tinha mais chances de estar grávida por polinização do que por meios naturais.

Ava não dava importância ao que Lucas falava, contanto que continuasse falando.

- Ava – Yoshie tocou no seu ombro – não estrague o melhor dia da minha vida só porque a sua consciência tem TOC e adora ficar limpa.

http://tathy.com.br/2011/10/tortura-cor-de-rosa-de-lycia-barros/
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Abê 27/10/2014

Sem palavras
Além de fé, coragem e atitude, Tortura cor-de-rosa é um livro com um enredo tão forte quanto quanto sua cor, e os personagem tão cativantes que é possível sentir a aflição, angústia o sentimento de vingança. Por mais que tentemos parar de lê-lo... IMPOSSÍVEL!!!
Assim como todos os livros da Lycia: perfeito!
Defini-lo em uma palavra: LIVRO!!!
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Cyntia Bandeira 30/07/2014

Muito bom
Este livro é muito bom, o enredo puxa o leitor. Recomendo a todos!
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Deyse 02/01/2012


Este livro trata de um assunto atual e muito triste, o bullying.

Porém, Lycia Barros, aborda o assunto com leveza e inteligência!


Enquanto lia, senti um misto de sentimentos: muita raiva de Jaque, e pena de Ava, Yoshie e Lucas.

Teve momentos que quis "bater" na Ava, por ela não tomar uma atitude para fazer a Jaque parar...

Mas, o final é bem legal e merecido para todos, com partes surpreendentes!

Eu li sem parar, de uma vez só!!!!


Não vou dizer mais nada... Se quiserem saber mais, leiam o livro...

NÃO VÃO SE ARREPENDER!!!!!

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LAPLACE 05/11/2014

Os pais também devem ler
O bullying está na moda, infelizmente. Porém é bom termos autores como a Lycia Barros que nos trouxe esse livro que permanece atual, mesmo com o passar dos anos. Principalmente porque a obra aborda o bullying entre as garotas, o que não é tão comum na literatura. É mais comum vermos títulos sobre o mesmo problema com foco nos garotos.

As personagens são bem convincentes, a Ava e a Jaque foram muito bem caracterizadas em seus papéis de destaque, e a Yoshie dispensa comentários. Ela se tornou minha personagem favorita de todos os já criados pela Lycia.

A forma como o bullying é tratado em algumas partes da trama pode parecer irreal, mas no mundo em que vivemos hoje, eu não me surpreenderia se acontecesse muito mais do que a Lycia mostra. Essa leitura é essencial nas escolas para criar a consciência nos jovens de hoje de não praticarem tais atos.

E seria muito bom se os pais lessem também para aprenderem mais sobre o tema, orientarem seus filhos e os observarem melhor para tentar identificar e ajudá-los se eles sofrerem bullying. Até porque, em muitos casos, os praticantes do bullying possuem tais comportamentos por experiências que passam em casa.
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Janaina Vieira - Escritora 05/08/2011

Perseguidos x perseguidores: existe solução?
Cá estou eu, de novo. Suspeita, suspeitíssima... Para escrever sobre a história de Ava.

Bem, Ava é uma personagem empolgante! Sim, ela sofre bullying e passa por tormentos terríveis nas mãos de sua perseguidora. Ela tem medo,claro. Ela se encolhe, se perde,se acha, se perde... Mas Ava é corajosa, é íntegra, é uma jovem como muitas que conhecemos. E passamos o livro todo torcendo por ela, nos imaginando em seu lugar, torcendo para que ela se liberte.

Quanto à perseguidora... Bem, EU DESENVOLVI UMA RAIVA GIGANTESCA da criatura, juro! Olha, dá uma raiva dela, das coisas bizarras, cruéis e absurdas que ela faz contra Ava... Eu nem sei o que faria se encontrasse com ela pessoalmente! O que eu faria? Talvez, o mesmo que ela faz contra Ava logo no começo do livro. Sim, isso seria bom...

E Yoshie? O que é Yoshie? Yoshie é tudo de bom! É amiga de verdade, é engraçada, é inteligente e muito sagaz. Yoshie é responsável, depois de Ava e também junto com ela, por grandes momentos da história.

E a história de Lucas e Ava? Ahhhhhhh.... é uma história de amor tão linda e tão fofa... O meu lado romântico sempre fala MUITO alto quando há espaço para curtir e sonhar. E, neste livro, curti muito a relação deles dois.

Este é um livro para jovens, mas nem por isso é menos sério. Bullying é algo terrível e pode causar danos irreparáveis, às vezes até mesmo a morte. Os exemplos estão aí, no mundo todo, acontecendo a todo momento. E a responsabilidade sobre os abusos cometidos — tantas vezes impunemente — é de todos nós: pais, professores, dos próprios jovens e de quem quer que desconfie, saiba ou presencie situações assim. Espero que a história de Ava, que somente na aparência é uma narrativa para jovens, desperte muitas pessoas para este problema tão real, mas ainda tão disfarçado em nossas vidas cotidianas.

Quanto ao subtítulo do livro, é um achado. As meninas raramente agem com violência física, mas a violência emocional e psicológica pode ser muito mais terrível do que qualquer outra, porque se aloja na alma, talvez para sempre. Aí, não tem mais remédio.
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Alexia181 30/12/2020

Interessante
Eu li quando era um pouco mais nova e realmente havia gostado e ainda acho bem interessante. Recomendo! Na época e ainda hoje é difícil encontrar romances cristãos com uma boa escrita, no entanto eu dou 2 estrelas porque hoje vejo que tudo acontece muito rápido e talvez até de maneira irreal, por mais que se trate de um assunto cotidiano de muitas meninas: o bullying. Acho ótimo para alguém que está começando a ler agora e gosta de romances clichês (não que isso seja ruim, eu mesma amo).
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Amanda.Bauer 30/08/2018

Sem palavras.
Livro muito bom. Esse livro deveria dar em todas as escolas, para todos os alunos lerem.
Uma ótima leitura.
E acaba sendo para todas as idades
Recomendo demais
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Carla 06/05/2012

Tortura Cor-de-Rosa [Sonho de Reflexão]
Este livro, de 152 páginas, publicado pela Atitude (um selo do Grupo Editorial Danprewan), é o terceiro romance da autora que leio (O primeiro foi A Bandeja e o segundo foi Entre a Mente e o Coração, ambos da coleção Despertares), mas distinto dos outros por ser focado para o público infantojuvenil, mais especificamente aqueles nascidos na década de 90 e na era tecnológica da informação, favorecido pela internet. Este é um dos volumes que fazem parte da coleção Geração Z, cujos livros abordarão temas sérios e atuais com o intuito de entreter e, ao mesmo tempo, será um ensinamento e um aprendizado por meio do tema informativo relacionados aos problemas e conflitos vividos pelos adolescentes rumo à fase adulta.

O enredo é centrado na história de Ava, uma jovem mineira alegre, generosa, tímida, inteligente e bookaholic (identifiquei-me demais com ela aqui!). Por conta da profissão, seu pai, um militar da Marinha, vive viajando e, por isso, sua família está constantemente de mudança sem ter um lar fixo, o que impede que ela crie vínculos com alguém.

Filha única, foi criada em uma educação zelosa e rígida de uma família protestante, era muito afeiçoada ao pai, um homem atencioso, carinhoso e alegre, enquanto não se dava muito bem com a mãe, que não era de demonstrar afeto.

Devido à sua vida instável e itinerante, Ava tornou-se cautelosa com o intuito de se proteger, porque era muito solitária e não tinha amigos. Sempre foi ridicularizada na escola por ser diferente, mas era indiferente a opinião alheia. Desabafava todos os seus anseios, sonhos e temores em um diário. Ingênua e inexperiente no amor, ela era muito romântica e sonhadora.

Ao mudar se para São Paulo, tem a esperança de fazer novas amizades e encontrar um grande amor. Mal sabia o percalço que teria que superar!

Ao frequentar o novo colégio, trava uma terrível batalha contra o bullying onde será martirizada por um grupo de patricinhas populares, chefiadas pela megera Jaqueline, que é perturbadoramente uma psicopata insensível, fria e vazia (ela me fez lembrar muito da personagem Alice, de Bela Maldade. As duas são terríveis! Não sei dizer quem é a pior aqui pela crueldade desmesurada, porque elas são muito parecidas).

"Chocada. (...). Não acreditava no que estava acontecendo. Já conhecera pessoas descontroladas, mas aquela garota estava completamente fora de si. E isso tudo só por ter sido contrariada? (...)." - Pág. 22

Este será só o começo do seu martírio regado de muita crueldade, implicâncias, piadinhas maldosas e planos maquiavélicos, que trará terríveis consequências. Como Ava odiava se expor e ter a privacidade invadida, já que detestava confusão, decide driblar esse grande e intransponível obstáculo, se defendendo de forma despercebida, incomunicável e isolada. Mas ela não está sozinha nessa guerra, pois conta com a ajuda da humilde, romântica incorrigível e impagável Yoshie, que rouba a cena em todos os momentos do livro, amenizando os momentos tensos, divertindo-nos com suas gírias nos diálogos engraçados o que deixa o enredo mais leve.

"- Ava (...), não estrague o melhor dia da minha vida só porque a sua consciência tem TOC e adora ficar limpa. Vai ser a vingança perfeita!" - Pág. 142

Além da nova amiga, também contará com o belíssimo Lucas, um jovem aventureiro, esportista, espirituoso, galante, ousado, irreverente, desprovido de vaidade, vivaz, gentil, de boa índole e extrovertido, que sofreu um grande baque de autoestima devido à sua insegurança com as garotas (mas isso será esclarecido no decorrer da história). Ele dá um enfoque romântico no ar, trazendo esperança na vida de Ava, que se tornou inimaginavelmente infernal.

"O amor, no seu entender, não tinha prazo nem motivo para começar. Caía como uma tempestade, pegando-a de surpresa, arrancando-lhe as vontades e carregando-a para um abismo desconhecido. Era assim que ela lia nos livros, não era? E era exatamente o que estava sentindo naquele momento." - Pág. 105

"Em certo momento, Lucas passou o braço pela sua cintura e lhe puxou mais para perto de si. Seus olhos se encontraram e Ava sentiu algo dentro do peito aquecer, uma atmosfera de romance. Com o coração aos pulos, desviou o olhar. Não sabia se já estava preparada para aquilo. Seu coração batia tão descompassadamente que parecia que ia sair pela boca." - Pág. 59

Um dia, não entende a súbita mudança de Ava que era pura, discreta, simples e imune a todos à sua volta, já que odiava garotas exibidas e oferecidas. Apesar disso, ele não desiste de descobrir o que está havendo.

Ava sempre se menosprezou em relação ao sexo oposto e, para piorar ainda mais a situação, Lucas é o amor, ou melhor, a obsessão de Jaque que, ao descobrir seu interesse pelo rapaz, faz seu mundo ruir perseguindo e vigiando implacavelmente todos os seus passos e os de seus amigos, ameaçando sua vida, sua sanidade e felicidade, por ser vítima de uma tragédia pessoal, mas isso não lhe dá direito de sair descontando sua infelicidade e raiva, sua mágoa e frustração no primeiro que aparecer.

Todos sabiam das ameaças da vilã, mas ninguém fazia nada para reverter essa situação por medo de serem as próximas vítimas, pois já estavam resignados com sua frieza, que os ameaçava a torto e a direito sem dó nem piedade com suas maldades, se dedurassem-na.

"Yoshie tentou desabafar com os pais, dizer-lhe o quanto estava sofrendo. Mas eles acharam que era frescura de garota e disseram que com o tempo tudo se ajustaria." - Pág. 33

Ava e Yoshie tinham muito em comum, porque sofreram todo o tipo de preconceito descabido durante toda a vida e por ventura tornaram-se vítimas das circunstâncias nas mãos de Jaque.

"(...). Sua amizade se fortalecia diante da dor." - Pág. 90

"Teve até uma época em que eu acordava aos gritos todas as noites. Sonhava com Jaque me afogando, me esgoelando, sonhava que andava nua pelo colégio com todo mundo me zoando... Acordava sempre em pânico, com falta de ar e encharcada de suor. Foi nessa época que comecei a fazer terapia." - Pág. 129

Além de tudo isso, ainda tem que lidar com um momento difícil pelo qual sua família está passando e não queria preocupá-los com suas mazelas.

Até que um dia, cansada de tanto sofrimento, ela, antes uma jovem fragilizada, inocente e indefesa, que aceitava tudo sem reagir, tornou-se uma pessoa forte, decidida e determinada. Por isso, decide dar um basta nessa situação.

"Ava encarou-a por um momento, abalada, tentando disfarçar o pavor que se espalhava pelo seu corpo e as lágrimas que ameaçavam cair de seus olhos. Sentiu-se tomada por um ódio desconhecido. Queria asfixiar aquela garota. Jamais, em tempo algum, pensara que um dia fosse sofrer ameaças daquele tipo, de humilhação mórbida. Dois sentimentos fortes brotaram-lhe: a indignação e o desejo de vingança. Porém, o medo se espremeu entre eles. Se Jaque tinha mesmo feito aquilo com Yoshie, porque não faria com ela?" - Pág. 62

Ava sairá vitoriosa e ilesa dessa terrível batalha? Qual será a grande lição que dará em sua agressora? Jaque se redimirá?

"- (...). O que ganha humilhando as pessoas? Que tipo de prazer mórbido é esse? Por acaso você se acha melhor do que os outros? (...)." - Pág. 92

Depois de tanto sofrimento, Ava e Yoshie conseguirão encontrar a tão sonhada felicidade ao lado de um grande amor? Isso, você só saberá lendo o livro, cujo final foi chocante e surpreendeu-me demais como a autora conduziu-o de forma inesperada, porque já li diversos livros centrados neste tema, mas nenhuma vilã era tão instável quanto Jaque. Só lendo mesmo para crer. (risos).

Além disso, o livro aborda várias questões inerentes relacionadas aos jovens: problemas familiares e escolares, a inexperiência e as agruras do primeiro amor, mudanças físicas, o bullying, preconceitos raciais, bebidas, falta de diálogos com os pais e a violência nas escolas. São assuntos ótimos para ser debatido nos colégios ou em diversos lugares.

Adorei o enredo em si, mas a única exceção desta edição é que faltou uma supervisão melhor na revisão, o que me frustrou por diversas vezes no decorrer da leitura. Mas já conversei com a autora a respeito e isso será corrigido na próxima edição. Apesar dos erros de digitalização entre outros, não há nada que interfira na história, que é muito gostosa de ler!

Confira esta e outras resenhas na íntegra no Sonho de Reflexão:

http://sonhodereflexao.blogspot.com/
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Dana 28/02/2012

As meninas, quando querem, são até mais cruéis...
Ava é uma menina tímida e introvertida. O fato de seu pai mudar de cidade com frequência faz com que ela não estreite laços de amizade por onde passa. Mas, isso não atrapalha sua vida - pelo menos na cabeça dela, não - pois, já aprendeu a se virar sozinha e não depende disso para ser feliz. Já na adolescência, aproveita para passar despercebida, invisível, como ela mesma diz. E, assim, Ava vai criando um muro que a protege das pessoas e das zoações que ouve na escola.

No entanto, os planos de não chamar atenção em sua nova escola vão por água abaixo quando ela se vê em uma situação complicada com uma "colega" de classe. A partir de então, começam os terríveis casos de provocação e bullying, que é o tema principal do livro.

A ideia do livro é muito boa e super interessante para qualquer idade, afinal, nunca é demais saber sobre o comportamento de uma determinada faixa etária. Eu que sou mãe, mas que fui uma menina há alguns (disfarça!) anos atrás, me senti totalmente envolvida na trama e sofri junto com a Ava. Vale ressaltar que os acontecimentos narrados, apesar de às vezes parecerem exagerados, se você pesquisar um pouco vai ver que, sim, são totalmente comuns e alguns até reais. É bom estar atento, principalmente se você se relaciona com crianças e adolescentes.

A leitura foi rápida e tranquila, com momentos em que você torce pela Ava e outros em que fica morrendo de raiva de outras meninas.

Destaque especial para as palavras finais da autora, que me levaram às lágrimas. Achei lindo o que ela colocou sobre as mulheres. Me emocionou mesmo.

Não posso deixar de recomendar. Vale muito a pena sua leitura.
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M. Scheibler 27/10/2012

Como diz o subtítulo do livro, as meninas também sabem ser cruéis. E me arrisco a dizer que são piores que os homens em certos momentos, pois não focam o fato de mostrar que são maiores e mais fortes, e sim a maneira de se vestir, de usar o cabelo, etc. Coisas que, para elas, é de extrema importância, quase um sacramento.

A autora nos apresenta uma história baseada no bullying, assunto tão em voga atualmente, mas que acontece desde o início dos tempos. Só não tinha esse nome. A instigadora é uma menina rancorosa, dominadora, que procura afastar qualquer pessoa que tente cruzar o caminho de seus objetivos. Para isso, usa tanto de agressões morais quanto físicas.

A personagem principal, criada em família apegada à religião, resolveu, num certo ponto, enfrentar essa garota má, pois o seu objetivo era ficar ao lado do garoto que amava.

A história mostra uma situação que, infelizmente, nos atormenta diariamente. Por medo de represálias, aqueles que sofrem o bullying permanecem calados e os agressores ficam impunes. Cabe a cada um de nós fazer o seu melhor para acabar com esse preconceito absurdo.
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Mari 28/10/2011

Tortura Cor-de-rosa
O livro fala sobre uma adolescente que sofre bulling e passa por um problema na família!Achei o livro interessante,porém as ilustrações fazem muita falta e as imagens são de péssima qualidade!
Grata! @MariRibeiro
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Raíssa Lis 16/04/2012

O que dizer dos livros da Lycia Barros. Não tem como não amar, sempre aprendemos alguma coisa e levamos isso de lição para toda vida. O livro é bem fininho, com uma leitura muito fácil e tranquila.

Ava sempre foi uma menina tímida e com poucas amizades já que o trabalho do pai exigia uma constante mudança de cidades, então quando estava quase fazendo novas amizades se mudava de cidade. Acostumada com todas essas mudanças, Ava aprendeu a viver em seu próprio mundo passando despercebida por todos chegando quase a ser invisível.

Em São Paulo sua nova cidade, Ava se vê mais uma vez em uma escola desconhecida e sem amigos, já no primeiro dia de aula acaba discutindo com uma das garotas mais populares da escola: Jaqueline.

Por ser popular Jaqueline se acha dona da verdade e por isso não se importa em humilhar as pessoas para conseguir o que quer e fazer o que bem entende.

Ava conhece Yoshie uma grande companheira e amiga que vai ajudar em muito Ava nessa nova etapa de fazer amizades em uma escola nova e mantê-la sempre alerta aos perigos do grupo de Jaqueline.

Sem perceber, Ava se interessa pela grande paixão de Jaqueline e ,claro como sempre, disputam a tapas a atenção e o amor desse menino.

O livro trata de um assunto muito delicado que, acredito eu, todos nós passamos por isso quando estávamos na escola primária: o bullying. Um assunto sério que em muitos casos pode trazer grandes consequências.

Adorei a forma como Ava conseguiu superar tudo mesmo sendo uma adolescente de 14 anos, recomendo o livro, alias os livros da Lycia sempre são recomendados por aqui.

Resenha no Blog Flor de Lis
http://florderaissalis.blogspot.com.br/2012/03/o-que-vamos-ler_14.html
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