Resenhas - Senhor dos Mares & Paixão a toda prova

Fogui 30/08/2012

Duas Estórias...
Regência.
Senhor dos Mares.
Nicola Cornick.
H. Históricos 80.1.
2011.

Para um romance histórico até que foi muito bom. Tenho certo receio de textos históricos, normalmente são enfadonhos, com descrições intermináveis e personagens coadjuvantes fúteis e patéticos. Mas para minha alegria e paz de espírito o enredo e o ritmo deste foram excelentes.

Devo dizer que o mocinho pirata, gato e misterioso, não é o que demonstrar ser, tá enganando a todos descaradamente. A mocinha não fica muito atrás, viúva e governanta, vive se controlando para que seu lado aventureiro não venha átona e transpareça aos olhos de seus empregadores. Pois, não cairia muito bem uma governanta desmiolada.

O que mais posso dizer sem revelear a estória toda, vamos ver: depois de muitas reviravoltas há um final feliz. Ótimo, não é?

Recomendo!!!

Paixão a Toda Prova.
Julia Justiss.
H. Históricos 80.2.
2011.

Como já disse acima estou feliz de gostar de duas estórias com temas históricos... é praticamente um verdadeiro milagre.

Devo admitir, que gostei muito mais desta estória, mocinha sofredora, que vive com o marido soldado na Guerra Espanhola, marido este um verdadeiro canalha, que graças ao bom Deus morre e a deixa viúva e totalmente atolada em dividas.

Mocinho salvador da pátria, também soldado, amigo de infância do casal, que sempre amou calado a mocinha. Que vem para salva-la literalmente de um futuro como joguete na mão de pessoas sem nenhum escrúpulo.

O problema é que a mocinha não faz ideia do amor que o mocinho tem por ela, e como está traumatizada pelo casamento mal sucedido, acaba dando uma canseira no mocinho que vai sofrer para conseguir conquista-la, mesmo depois de casado com ela.

Silvana Barbosa 21/12/2013

Amores do passado
Duas boas histórias do período regência. Ambas falam sobre casais que se conhecem desde a infância. Atenção para este detalhe, pois é importante pra entrar no clima de cada trama.

A 1ª história(Mestre dos mares) é sobre Lucy e Daniel. Eles se conhecem desde sempre, e tem muita intimidade. Aos 17 anos ficam noivos, ele vai servir à Marinha e fica 4 anos sem dar notícias. Depois, todos, incluindo a noivinha, ficam sabendo que ele virou pirata . Lucy fica desolada, acaba casando com outro, fica viúva anos depois, empobrece e vai trabalhar como governanta, tudo isso num período de 12 anos.
Daniel é um corsário agora, e a reencontra por acaso. Como era de esperar, ainda há muito a se dizer entre eles, e a antiga atração física retorna. Daniel é um fofo, e tirando sua teimosia, é um mocinho (sim, mocinho) maravilhoso. Felizmente, nada em relação ao moço é exatamente o que parece.

A 2ª trama, "Paixão a toda prova", narra a história de Audra e Bryan.
O tenente Bryan é o melhor amigo da Audra, e secretamente apaixonado por ela. Quando descobre que a moça enviuvou, vai até ela, prestar a última homenagem ao amigo falecido, e ajudar no que for preciso. No velório fica sabendo que a viúva está afundada em dívidas, e sendo pressionada para pagar logo. O marido era um jogador, cafajeste, que gastava tudo que tinha e não tinha com farras, mulheres e jogatinas. Bryan se oferece para pagar as contas , mas Audra acha que aceitar os favores do velho amigo vai arruinar sua reputação (?). Então, muito espertamente, ele propõe casamento à ela, assim vai poder pagar tudo sem ninguém poder falar nada. Ela topa!
Ops! Isso não é meio esquisito? Vc acabou de ficar viúva e no dia seguinte já casa com outro? Ninguém vai comentar que isso é meio..ahn... suspeito? Também não pega mal, quero dizer, o cadáver nem esfriou e a viúva já tá dormindo com outro? Ela vai ser chamada de que? No mínimo, insensível.
Bom... É preciso entrar no clima do livro, lembrar que é só história, que o casal é muito amiguinho e tentarmos assistir a tudo como se fosse outra dimensão, onde absurdos não são absurdos.
Continuando:
Tudo bem ele pagar suas dívidas se é teu marido, então tá. Audra aceita casar, PORÉM, apenas pelo período de cerca de 3 semanas, onde Bryan pagará todas as contas e depois anulará o casamento, que não será de forma alguma consumado.
Três semanas de casamento somente?? Ah , tá....
Eu, o Bryan e toda a torcida do flamengo sabem que as coisas não serão como a Audra espera, só a tontinha não vê que esse negócio de casamento de fachada é a maior conversa fiada do mocinho. Ele está empenhado em conquistar a esposa nesse período e fazer a união durar pra sempre. E ele é bom em empenhar-se...
Apesar de ser pouco crível, o romance é legal, e torci pelo nosso tenente TDB.
(Ah, este mocinho tem dois colegas de infantaria que também foram dignos de livro: O Kit em "A dama de Companhia", de Deborah Simmons e o Charles de "O amor é para sempre", da Julia Justiss)