Beatriz Gosmin 13/12/2011Resenha por Beatriz Gosmin - www.livroseatitudes.blogspot.com :)Sobre o livro? Bem, poderia ter sido melhor.
Miranda, uma jovem adolescente de 15 anos (quase 16), vive com sua tia uma vez que seus pais já se foram. Sua melhor amiga é a Sam, que possibilita a sua inclusão nos grupos escolares uma vez que é bem popular.
No início do ano letivo, Miranda percebe que caiu em sala separada de Sam, e nota uma aluna nova um tanto esquisita que (tendo mais sorte que ela) caiu na classe de sua melhor amiga.
A surpresa maior foi notar que Sam já ‘adotara’ Aghata como uma nova amiga, convidando-a a passar os intervalos junto dos populares com Miranda e ela.
Miranda sente que Aghata, a aluna nova, esconde algo e passa a odiar fica receosa quanto a ela, mas logo se contenta pensando que isso é apenas uma crise de ciúmes.
Depois de convencerem a diretora da escola a dar um baile de boas vindas aos alunos, todos saem em busca de seus pares. Miranda é convidada por Peter, um garoto popular amigo de Sam.
Mas, na noite do baile um terrível acidente com Sam a faz desconfiar novamente de Aghata. E após acontecimentos e sonhos esquisitos, ela descobre que sua melhor amiga, Peter e até sua tia, sempre esconderam um segredo dela: que ela era uma bruxa. E não uma bruxa qualquer, ela era uma das grandes, que só nasciam a cada 100 anos e que possuíam ao completar 16 anos, um poder descomunal que poderia vencer quase tudo e todos.
Mas, esse poder deveria ser liberado por um Anel, o anel de Esparcktos, cujo poder poderia tanto matar, quanto salvar.
Agora Miranda teria que encontrar o tal anel, pois só assim seria suficientemente forte para sobreviver, uma vez que a única bruxa que sobrevivera aos 16 anos fora sua ancestral, mas poucos acreditavam que ela sequer tenha existido.
Junto de seus aliados e protetores: Peter e Sam, ela parte na busca pelo anel, enquanto tenta se manter viva fugindo da malévola e sedenta por poder: Aghata.
- Não são simples sonhos. Eles usam magia e entram nos seus sonhos. É muito perigoso, você pode não acordar nunca mais, eles podem te prender dentro deles.
- Como posso evitar?
- Não há como evitar os sonhos. De modo que você é mais forte que muitos bruxos, você também tem pontos fracos, que parecem ser seus sonhos.
Bem, como eu disse, a história poderia ter sido melhor.
O livro, por ser escrito por uma jovem autora, (treze anos) é bem fraco em sua narrativa, assim como na coerência dos acontecimentos.
A ideia da história eu achei super criativa, e se tivesse sido mais explorada, teria se tornado uma história bem mais marcante.
A falta de descrição das coisas e a rapidez dos acontecimentos me irritaram um pouco, os acontecimentos se sucediam com uma velocidade exagerada, mais ou menos assim:
Vamos procurar uma agulha no palheiro?
Puff.
Acharam.
Entendem? Muito rápido, muito fácil. E também não tem ação, apenas algumas partes com pequenas intrigas, mas poxa, eles são bruxos!
Taí uma dica para a Sarah para a continuação do livro: procure descrever mais, e procure ligar os fatos mais complexamente, devagar, sem atropelar nada. E por favor, faz a Aghata ficar mais má e um tantinho menos boba. :P
Bem, me senti confusa quanto ao romance (se é que teve) na história. No começo deu a entender que ela estava com um e depois apaixonadinha (será?) pelo outro. Não sei, até agora estou meio em dúvida em vários pontos do livro.
Um personagem que eu gostei bastante foi o Logan, acho que de todos, ele foi o melhor trabalhado. Sua personalidade não é irritante, é até interessante, e isso me agradou. Vejam um pequeno quote em que ele está presente:
- Preciso ir ao banheiro - eu disse me dirigindo a porta.
- Eu vou com você – disse Logan indo logo atrás de mim.
- O quê?
- Eu vou ficar te esperando do lado de fora do banheiro, Miranda. A partir de agora você não dá mais um passo sem mim. Eu não quero que você seja impulsiva e mate a todos nós.
- Que fofo, vai ser minha sombra.
Bem, então é isso. Para você que está acostumado com uma leitura mais amadurecida, definitivamente este livro não vai ser agradável (mas nada impede que você se aventure a lê-lo para distrair a cabeça). Agora, acho que para uma criança ele seria ideal. A autora poderia trabalhar este lado da história, acho que seria mais interessante e produtivo direcionar a série para o público infantil. :)
Beijos,
Bia.